Em 1986, a explosão do reator nuclear de Chernobyl liberou uma nuvem de radiação, mudando o mundo para sempre.
Quase 40 anos depois, a região continua inabitável para pessoas. No entanto, muitos animais permaneceram e se adaptaram ao ambiente radioativo.
Muitos animais de estimação foram deixados para trás. Seus descendentes agora formam uma população única de cães selvagens na área.
Décadas depois, biólogos decidiram investigar de perto os animais que vivem na Zona de Exclusão, buscando respostas em seu DNA.
A pesquisa busca entender se a radiação constante alterou os genes desses cães, possivelmente acelerando sua evolução de forma única.
Cientistas dos EUA analisaram o genoma de 302 cães da região para encontrar as pistas dessa surpreendente adaptação genética.
A ideia não é nova. Experimentos já usam radiação para induzir mutações em sementes, buscando acelerar a evolução de plantas.
O estudo revelou diferenças genéticas claras entre os cães da usina e outros que viviam a apenas 16 km de distância.
Apesar dos fortes indícios, os cientistas afirmam que este é apenas o primeiro passo para comprovar a hipótese da evolução acelerada.
A continuação do estudo pode revelar segredos fundamentais sobre a complexa relação entre radiação, sobrevivência e a própria evolução.