A história dos antibióticos começa em um lugar inesperado. O pão mofado foi um dos primeiros tratamentos para infecções há milênios.
O Papiro Ebers, de 1550 a.C., descrevia o uso de terra medicinal e pão com mofo para curar feridas, mostrando um conhecimento avançado.
Os gregos antigos também usavam mofos e plantas específicas para tratar infecções, baseando-se na observação da natureza para curar.
Em 1928, Alexander Fleming notou que um mofo matava bactérias por acaso. Ele o batizou de penicilina, e a medicina nunca mais foi a mesma.
Antes de Fleming, Paul Ehrlich descobriu o Salvarsan em 1909. Foi o primeiro tratamento eficaz para a sífilis e um marco na quimioterapia.
Selman Waksman pesquisou o solo e descobriu a estreptomicina, vital contra a tuberculose. Ele também cunhou o termo "antibiótico".
As décadas de 40 a 60 foram um período de intensa inovação, com dezenas de novos antibióticos sendo desenvolvidos e salvando milhões de vidas.
Antibióticos são produzidos em massa por fermentação. Micro-organismos são cultivados em tanques gigantes para criar o medicamento em escala.
Antibióticos são armas contra bactérias. Eles as matam diretamente ou impedem sua multiplicação, ajudando nosso sistema imunológico a vencer.
Os bactericidas, como a penicilina, destroem a parede celular das bactérias, causando sua morte. É uma ação direta e fatal contra o invasor.
Já os bacteriostáticos pausam a reprodução das bactérias. Isso dá tempo para que as defesas do nosso próprio corpo eliminem a infecção.
Apesar de salvarem vidas, podem ter efeitos colaterais. Diarreia e náuseas são comuns, pois afetam também as bactérias boas do intestino.
Reações alérgicas, como urticária ou inchaço, são raras, mas sérias. Dificuldade para respirar é uma emergência médica. Sempre avise seu médico.
O uso excessivo e incorreto está criando um problema grave. As bactérias, e não as pessoas, estão se tornando resistentes aos medicamentos.
Infecções por bactérias resistentes são mais difíceis e caras de tratar. Isso leva a internações mais longas e a um maior risco de morte.
A resistência ameaça o tratamento de doenças como pneumonia e tuberculose. A OMS alerta que estamos perdendo armas vitais para a saúde.
Pesquisadores criaram a Vancomicina 3.0, uma versão 25 mil vezes mais potente de um antibiótico de último recurso. A esperança se renova.
A aprovação de novos superantibióticos pode fortalecer nossa defesa. A inovação, junto ao uso responsável, é a chave para o futuro.