Milhões de fiéis seguem rituais católicos com devoção. A origem de muitas dessas práticas, porém, pode te surpreender.
O batismo infantil é um dos primeiros e mais importantes sacramentos, simbolizando a purificação do pecado original.
A Bíblia conecta o batismo ao ato de "crer". Como uma criança que ainda não pode crer se encaixa nessa ordem?
O celibato é uma exigência conhecida para os padres, pedindo dedicação total a Deus e à sua comunidade de fiéis.
Contudo, as escrituras mencionam que os bispos poderiam ser "maridos de uma só mulher", sugerindo que o casamento era normal para o clero.
A figura do Papa como sucessor de São Pedro é o pilar da estrutura católica, garantindo a unidade da Igreja no mundo.
Embora a Bíblia fale da liderança de Pedro, a ideia de um ofício papal perpétuo e hierárquico é um desenvolvimento histórico posterior.
A doutrina do purgatório descreve um lugar de purificação para almas que ainda não estão prontas para o céu. É uma crença exclusivamente católica.
Apesar de sua importância na teologia da Igreja, não há nenhuma menção ao purgatório em toda a Bíblia, que fala apenas de céu e inferno.
O rosário é uma ferramenta de devoção popular, mas seu uso e a repetição de orações não são práticas descritas nas escrituras.
A confissão auricular a um padre é o sacramento estabelecido pela Igreja para que os fiéis recebam o perdão dos pecados.
As escrituras instruem a confessar os pecados diretamente a Deus, pois "ele é fiel e justo para nos perdoar".
A veneração de santos é central, pedindo sua intercessão. A Igreja diferencia veneração (honra) de adoração (reservada a Deus).
No catolicismo, Maria é venerada como Rainha do Céu e "Medianeira", um canal de graças e intercessão para os fiéis.
O texto bíblico afirma que existe "um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo", questionando a necessidade de outros intermediários.
A doutrina católica ensina que a salvação vem da fé combinada com as boas obras e os sacramentos da Igreja.
A Bíblia, por outro lado, enfatiza que a salvação é um dom gratuito de Deus, recebido pela fé, "não por obras, para que ninguém se glorie".
A lista de livros da Bíblia católica foi definida pela própria Igreja, levantando uma questão final sobre a fonte da autoridade.