Filho do sociólogo Sérgio Buarque de Hollanda, Chico nasceu no Rio em 1944 e mudou-se para São Paulo ainda criança.
Nos anos 50, sua família morou na Itália. Lá, ele estudou em uma escola americana, aprendendo inglês e italiano fluentemente desde cedo.
De volta ao Brasil, a música o encontrou. Sua irmã Miúcha, ensinada por Vinicius de Moraes, repassou os primeiros acordes de violão.
Influenciado por Brasília, ele cursou Arquitetura na USP. Porém, em 1965, abandonou a faculdade para seguir sua verdadeira vocação, a música.
Sua carreira decolou rápido. Após a primeira canção oficial em 1964, "A Banda" venceu o Festival da Record em 1966 e virou um hino.
A vitória no festival o transformou em uma celebridade nacional. Aos 22 anos, já era considerado uma figura de grande importância cultural.
Casou-se com a atriz Marieta Severo em 1966, com quem teve três filhas. Em 2021, uniu-se à advogada Carol Proner.
Sua obra misturou bossa nova com samba e modinha, criando um estilo único que marcou o fim de uma era e abriu novas portas.
Durante a ditadura militar, Chico enfrentou forte repressão. Peças foram proibidas na véspera da estreia e discos sofreram cortes da censura.
Para driblar a perseguição, ele criou o heterônimo Julinho da Adelaide, lançando canções críticas que se tornaram grandes sucessos populares.
Em 1969, em meio à repressão, partiu para um autoexílio de mais de um ano na Itália, onde continuou gravando álbuns.
Paralelamente, desenvolveu uma aclamada carreira literária, ganhando prêmios importantes como o Jabuti (três vezes) e o Prêmio Camões.
Seus romances, como 'Estorvo' e 'Leite Derramado', exploram a decadência social, enquanto outros, como 'O Irmão Alemão', mergulham na autoficção.
Clássicos como 'A Banda', 'Apesar de Você', 'Construção' e 'As Caravanas' são alguns exemplos de sua genialidade musical atemporal.
Nos últimos anos, o artista passou por diversas cirurgias, incluindo uma neurológica em 2025 para aliviar a pressão intracraniana.