Curiosão

Onde não ir sozinha o Brasil surpreende na lista de perigo

Uma pesquisa revela os destinos mais arriscados para mulheres, e a posição do nosso país é um verdadeiro alerta.

Você já parou para pensar quais são os lugares mais arriscados para uma mulher viajar sozinha ao redor do mundo? Dois jornalistas, Asher e Lyric Fergusson, decidiram investigar a fundo essa questão e criaram um ranking revelador. O estudo analisou os 50 destinos turísticos mais visitados para montar um mapa da segurança feminina global.

Para chegar a uma conclusão, eles usaram dados de fontes sérias como a Gallup World Poll de 2018 e o Gender Advocates Data Hub. A análise se baseou em oito fatores cruciais, incluindo segurança nas ruas, violência e até mesmo a discriminação prevista em lei. Essa metodologia complexa resultou no chamado “Índice de Perigo para Mulheres”, uma ferramenta poderosa e alarmante.

Com base nesses critérios, a pesquisa montou uma lista com os 20 países mais perigosos, mas também destacou os mais seguros. O que mais choca, no entanto, é que o Brasil aparece em uma posição de destaque negativo nesse ranking. Agora, vamos explorar essa lista para entender onde a segurança fala mais alto e onde o perigo é uma realidade constante.

Começando pelos refúgios: Polônia em 10º lugar

Vista panorâmica da cidade de Varsóvia, na Polônia, um dos países mais seguros para mulheres.
A Polônia abre a lista de destinos onde a segurança feminina é uma prioridade. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Vamos começar pelo lado bom, conhecendo os países considerados verdadeiros refúgios para as mulheres que amam viajar. Abrindo o nosso top 10 de lugares seguros, encontramos a Polônia, um destino que se destaca positivamente no leste europeu. Essa colocação mostra que é possível encontrar tranquilidade e respeito em cantos surpreendentes do mundo.

A Polônia garantiu sua posição no ranking graças a resultados muito positivos em categorias cruciais para a segurança. O estudo apontou baixos índices de homicídio intencional contra mulheres, um dado que por si só já traz um grande alívio. Além disso, os números de violência sexual cometida por não-parceiros também são consideravelmente baixos.

Esses fatores, somados a uma percepção geral de baixa violência contra as mulheres, consolidam a Polônia como o décimo país mais seguro. Para quem planeja uma aventura solo, explorar suas cidades históricas pode ser uma experiência incrível e, acima de tudo, segura. É um convite para descobrir um país fascinante sem o peso constante da preocupação.

O refúgio canadense: Segurança em 9º lugar

Paisagem de um lago nas montanhas rochosas do Canadá.
As paisagens deslumbrantes do Canadá são acompanhadas por altos índices de segurança. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Subindo uma posição no ranking, chegamos ao Canadá, um país conhecido por sua qualidade de vida e belezas naturais. Não é surpresa encontrá-lo nesta lista, já que a nação se esforça para manter um ambiente acolhedor. Para as viajantes, isso se traduz em uma jornada com muito mais liberdade e menos medo.

Os dados do estudo confirmam essa reputação, mostrando que o homicídio intencional de mulheres é um evento relativamente raro no país. Outro ponto de destaque é a baixa incidência de violência praticada por parceiros íntimos, um indicador importante de saúde social. A cultura de respeito parece realmente fazer a diferença no dia a dia.

O Canadá também obteve uma excelente pontuação no índice de desigualdade de gênero e nas atitudes gerais da sociedade sobre a violência contra a mulher. Isso significa que, além de leis protetivas, há um esforço cultural para garantir a equidade. Viajar pelo Canadá é, portanto, uma experiência de imersão em paisagens e em uma sociedade que valoriza a segurança de todos.

A joia do Adriático: Croácia em 8º lugar

Vista da cidade costeira de Dubrovnik, na Croácia.
A beleza da Croácia é um convite seguro para mulheres que viajam sozinhas. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Com suas praias deslumbrantes e cidades históricas, a Croácia é um destino dos sonhos para muita gente. A boa notícia é que, além de linda, ela também é um lugar seguro para as mulheres explorarem. O país conquistou a oitava posição no ranking, provando que é possível unir turismo e tranquilidade.

A pontuação da Croácia foi impulsionada por números muito animadores em áreas sensíveis. A violência sexual cometida por pessoas que não são parceiras íntimas, por exemplo, apresenta índices baixos. Esse é um fator que dá mais confiança para que as mulheres possam circular livremente e aproveitar a vida noturna.

Além disso, a taxa de violência intencional contra as mulheres também é uma das menores entre os países analisados. Isso demonstra um ambiente social mais protegido e menos propenso a agressões fatais. Portanto, se a Croácia está na sua lista de desejos, pode ir sem medo de ser feliz.

O sol de Portugal: Segurança em 7º lugar

Famoso bonde amarelo passando por uma rua de Lisboa, em Portugal.
Portugal combina charme histórico com um ambiente seguro e acolhedor para todos. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Nosso vizinho de além-mar, Portugal, aparece com destaque na lista, ocupando o sétimo lugar entre os mais seguros. O país tem se tornado um dos destinos favoritos dos brasileiros, e esses dados mostram que a escolha é acertada. A sensação de segurança é um dos grandes atrativos para quem decide cruzar o Atlântico.

De acordo com o estudo, Portugal obteve uma pontuação positiva na grande maioria das categorias avaliadas. Isso indica uma segurança consistente, que não se limita a apenas um ou dois aspectos. Desde a segurança nas ruas até a igualdade de gênero, o país apresenta um cenário bastante favorável.

Essa combinação de fatores faz de Portugal um destino ideal para mulheres que viajam sozinhas, seja pela primeira vez ou não. É a certeza de poder caminhar pelas ruas de Lisboa ou do Porto com tranquilidade. Definitivamente, um lugar para se sentir em casa e aproveitar cada momento.

A surpresa nórdica: Noruega em 6º lugar

Paisagem de um fiorde na Noruega com montanhas e água.
Apesar de ser o único país escandinavo no top 10, a Noruega brilha em segurança. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Pode parecer estranho, mas a Noruega foi o único país escandinavo a entrar no top 10 desta pesquisa. Geralmente, imaginamos toda a região como um paraíso da segurança, mas os dados trouxeram essa pequena surpresa. Mesmo assim, a sexta posição da Noruega é um feito e tanto e a coloca como um destino exemplar.

Um dos principais motivos para essa boa classificação é a taxa extremamente baixa de homicídio intencional de mulheres. Esse é um dos indicadores mais graves de violência e, na Noruega, ele é quase inexistente. Além disso, o país se destacou em um quesito muito prático e importante: a sensação de segurança ao andar sozinha à noite.

As mulheres na Noruega relataram se sentir muito seguras em suas caminhadas noturnas, um privilégio que muitas de nós não temos. Essa liberdade de ir e vir a qualquer hora do dia reflete uma sociedade com altos níveis de confiança e respeito. É um exemplo a ser seguido e um ótimo motivo para visitar o país dos fiordes.

A tranquilidade suíça: 5º lugar no pódio

Vila suíça com montanhas nevadas ao fundo.
A Suíça une paisagens alpinas com uma sensação de paz e segurança exemplares. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Chegando ao top 5, encontramos a Suíça, um país que é sinônimo de organização e qualidade de vida. Sua reputação de ser um lugar pacífico e ordeiro foi confirmada pelos dados da pesquisa. Para uma mulher viajante, isso significa poder focar nas paisagens deslumbrantes sem se preocupar com a própria segurança.

A Suíça teve uma performance excelente em múltiplos quesitos, começando pela segurança nas ruas. A sensação de poder caminhar tranquilamente por cidades como Zurique e Genebra é um dos seus pontos mais fortes. Essa tranquilidade é um luxo que transforma qualquer viagem em uma experiência muito mais prazerosa.

Além da segurança urbana, o país também registrou níveis baixíssimos de homicídio intencional contra mulheres. Essa combinação de fatores coloca a Suíça como um dos destinos mais seguros e confiáveis do planeta. É a prova de que um bom planejamento social se reflete diretamente na segurança de todos.

O exemplo austríaco: 4º lugar em segurança

Vista da vila de Hallstatt na Áustria, à beira de um lago.
Na Áustria, a baixa desigualdade de gênero contribui para um ambiente mais seguro. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Muito perto do pódio, a Áustria brilha na quarta posição como um dos lugares mais seguros para mulheres. Vizinha da Suíça, ela compartilha muitas das qualidades que tornam a Europa Central um refúgio para viajantes. A sua cultura rica e cidades imperiais podem ser exploradas com uma grande paz de espírito.

O grande diferencial da Áustria no estudo foram seus níveis baixíssimos de violência sexual. O país apresentou um dos melhores resultados de todos os destinos analisados nesse quesito tão delicado. Isso indica um ambiente de grande respeito e proteção para as mulheres, seja elas locais ou turistas.

Além disso, a Áustria também se destacou por sua baixa desigualdade de gênero. A pesquisa mostra que, onde as mulheres têm mais direitos e oportunidades, a violência tende a diminuir. É uma lição importante que faz da Áustria um destino não apenas bonito, mas também inspirador.

A Ilha Esmeralda: Irlanda em 3º lugar

Penhascos de Moher na costa da Irlanda.
A Irlanda combina paisagens dramáticas com uma sociedade acolhedora e segura. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Medalha de bronze para a Irlanda, a Ilha Esmeralda que encanta a todos com suas paisagens verdes e cultura vibrante. Ocupar o terceiro lugar no pódio mundial de segurança para mulheres é um feito notável. Isso mostra que o famoso espírito amigável dos irlandeses se traduz em um ambiente verdadeiramente seguro.

Os pontos fortes da Irlanda na pesquisa são claros e abrangentes. O país registrou níveis muito baixos de violência sexual por não-parceiros, o que aumenta a confiança para explorar o país sozinha. Além disso, a discriminação legal contra as mulheres é praticamente inexistente, garantindo direitos iguais perante a lei.

A pesquisa também revelou uma baixa desigualdade de gênero e atitudes sociais positivas em relação às mulheres. Isso cria um ciclo virtuoso, onde o respeito mútuo é a norma e a violência é a exceção. Viajar para a Irlanda é, portanto, uma chance de se conectar com a natureza e com uma cultura de acolhimento.

A eficiência de Singapura: 2º lugar no mundo

Vista noturna da moderna cidade de Singapura com seus prédios iluminados.
Singapura é de longe o país mais seguro da Ásia, com uma sensação de segurança noturna impressionante. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Conquistando a medalha de prata, Singapura se destaca como o país asiático mais seguro do planeta, e por uma larga margem. A cidade-estado é conhecida por sua organização e leis rígidas, que se refletem em uma segurança exemplar. Para uma mulher que viaja sozinha, Singapura é um oásis de tranquilidade no Sudeste Asiático.

As avaliações de Singapura no estudo foram simplesmente excelentes em quase todos os aspectos. O dado mais impressionante é que 92% das mulheres relataram se sentir seguras ao caminhar sozinhas à noite. Esse número é um testemunho poderoso do nível de segurança que o país oferece aos seus cidadãos e visitantes.

Esse ambiente de extrema segurança permite que as viajantes explorem todas as facetas de Singapura sem hesitação. Desde os mercados de rua movimentados até os jardins futuristas, tudo pode ser aproveitado com a certeza de que a proteção é uma prioridade. É um destino que prova que modernidade e segurança podem e devem andar de mãos dadas.

A grande campeã: Espanha em 1º lugar

Vista da Plaza de España em Sevilha, Espanha.
A Espanha lidera o ranking como o destino mais seguro do mundo para mulheres viajantes. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

E no topo do pódio, com a medalha de ouro, temos a Espanha como o país mais seguro do mundo para mulheres. Com sua cultura rica, gastronomia deliciosa e povo acolhedor, a Espanha já era um destino amado por muitos. Agora, ela tem o título oficial de lugar mais seguro para uma mulher se aventurar sozinha.

O desempenho da Espanha na pesquisa foi notavelmente bom em todas as categorias analisadas. Não houve um único ponto fraco, o que demonstra uma segurança estrutural e cultural muito sólida. Desde a segurança nas ruas até a igualdade de gênero e baixos índices de violência, o país se mostrou exemplar.

Essa combinação de fatores faz da Espanha o destino perfeito para qualquer mulher que queira explorar o mundo com confiança. É a garantia de poder viver a intensidade de Madri ou a beleza de Barcelona sem o fantasma da insegurança. Uma vitória merecida que serve de inspiração para o resto do mundo.

O outro lado da moeda: Ucrânia em 20º lugar

Catedral de Santa Sofia em Kiev, Ucrânia.
Iniciando a lista de perigo, a Ucrânia apresenta desafios significativos para a segurança feminina. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Agora, vamos para o lado mais sombrio da lista, começando pelos países que representam maiores riscos. Na 20ª posição, encontramos a Ucrânia, um país que enfrenta desafios complexos em relação à segurança feminina. Os dados do estudo, mesmo antes do conflito recente, já apontavam para vulnerabilidades importantes.

Os principais problemas que colocaram a Ucrânia no ranking foram a falta de segurança nas ruas e a grande disparidade salarial entre homens e mulheres. Além disso, a desigualdade de gênero é um fator presente e preocupante na sociedade local. São questões estruturais que impactam diretamente a vida e a segurança das mulheres.

A jornalista Lyric Fergusson compartilhou com a Forbes uma percepção alarmante sobre o país. Segundo ela, muitos ucranianos não consideram a discriminação de gênero no ambiente de trabalho como um problema sério. Essa atitude cultural acaba por normalizar a desigualdade e aumentar os riscos para as mulheres.

A surpresa americana: Estados Unidos em 19º lugar

Estátua da Liberdade em Nova York, com a bandeira dos EUA ao fundo.
Apesar da imagem de liberdade, os EUA figuram na lista de países perigosos devido a estatísticas alarmantes. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Pode ser um choque para muitos, mas os Estados Unidos figuram na lista de países perigosos, ocupando o 19º lugar. O país, muitas vezes visto como um modelo ocidental, apresenta falhas graves quando o assunto é a segurança feminina. Essa colocação no ranking acende um alerta sobre realidades que nem sempre estão nos cartões-postais.

A pontuação negativa vem de diversos fatores, como a baixa percepção de segurança nas ruas e os altos índices de violência sexual por não-parceiros. Além disso, a pesquisa aponta para uma série de problemas relacionados à desigualdade de gênero que persistem na sociedade. São números que mostram uma vulnerabilidade preocupante em um dos países mais visitados do mundo.

O dado mais alarmante, no entanto, revela que o homicídio é a terceira causa de morte mais comum para mulheres jovens, na faixa de 20 a 24 anos. Essa estatística sombria mostra que o perigo vai muito além do assédio, tocando em questões de vida ou morte. É um retrato complexo que desafia a imagem de “terra das oportunidades”.

O perigo na Tunísia: 18º lugar no ranking

Mesquita histórica na cidade de Kairouan, na Tunísia.
A violência doméstica e a discriminação legal são problemas graves na Tunísia. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Localizada no norte da África, a Tunísia é um país de grande beleza, mas que apresenta sérios riscos para as mulheres. Sua 18ª posição na lista de perigo é resultado de uma combinação de fatores sociais e legais. A falta de segurança nas ruas é um dos problemas que as viajantes podem sentir de forma mais imediata.

Além da insegurança urbana, a discriminação legal e a desigualdade de gênero são questões profundamente enraizadas. As leis e costumes locais muitas vezes não oferecem a proteção necessária para as mulheres. Isso cria um ambiente onde a vulnerabilidade feminina é acentuada.

Um dado que ilustra essa realidade é que pelo menos 47% das mulheres tunisianas são afetadas pela violência doméstica. Esse número altíssimo revela uma crise silenciosa que acontece portas adentro. Viajar para a Tunísia exige, portanto, um nível de cautela e consciência muito elevado.

Leis alarmantes no Bahrein: 17º lugar

Vista moderna da cidade de Manama, capital do Bahrein.
No Bahrein, leis controversas deixam as mulheres em uma posição de extrema vulnerabilidade. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

O Bahrein, uma pequena nação insular no Golfo Pérsico, ocupa o 17º lugar, principalmente devido ao seu sistema legal. O país apresenta uma das legislações mais problemáticas do mundo no que diz respeito aos direitos das mulheres. As leis locais, em vez de protegerem, muitas vezes acabam por proteger os agressores.

Uma das leis mais chocantes do Bahrein protege estupradores de serem processados se forem casados com suas vítimas. A lei vai além, oferecendo a mesma proteção se o agressor se propuser a casar com a mulher que violentou. Essa é uma realidade jurídica que causa repulsa e expõe a gravidade da situação.

Devido a essas e outras questões, o país foi classificado como o quarto pior em termos de discriminação legal contra as mulheres. A pesquisa também apontou uma pontuação ruim na segurança das ruas, completando um cenário de alto risco. É um destino que exige uma reflexão profunda sobre os direitos humanos.

Cultura de culpa no Camboja: 16º lugar

Templos antigos de Angkor Wat, no Camboja.
A cultura de culpar a vítima pela violência é um dos maiores perigos no Camboja. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

O Camboja, famoso por seus templos ancestrais, esconde uma realidade social preocupante para as mulheres. O país foi classificado como o terceiro pior do mundo no que diz respeito às atitudes sobre a violência de gênero. Isso significa que a própria cultura local muitas vezes justifica ou minimiza a violência contra a mulher.

Lyric Fergusson, uma das autoras do estudo, revelou um dado assustador em sua entrevista à Forbes. Segundo ela, mais da metade dos homens no Camboja acredita que as mulheres provocam a violência que sofrem. Essa mentalidade de culpar a vítima é extremamente perigosa e cria um ambiente hostil.

Quando a sociedade acredita que a mulher é a culpada pela agressão, a busca por ajuda e justiça se torna quase impossível. Isso deixa as mulheres, tanto locais quanto turistas, em uma posição de extrema vulnerabilidade. Viajar para o Camboja requer uma consciência aguda dessa triste realidade cultural.

Assédio nas ruas do Chile: 15º lugar

Paisagem do deserto do Atacama, no Chile.
O assédio de rua é um problema crônico no Chile, afetando a grande maioria das mulheres. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Surpreendentemente, um país sul-americano como o Chile aparece na lista, ocupando a 15ª posição. O principal fator que o colocou nesse ranking foi o altíssimo índice de assédio nas ruas. Essa é uma forma de violência que afeta a liberdade e o bem-estar das mulheres de maneira constante.

Os números do estudo são alarmantes e mostram a dimensão do problema no país. Três em cada quatro pessoas no Chile já foram afetadas pelo assédio de rua, e 85% dessas vítimas são mulheres. Isso demonstra que o problema tem um alvo muito bem definido.

A situação se torna ainda mais grave quando olhamos para a frequência: 40% das mulheres são assediadas diariamente. E o número mais chocante é que 90% de todas as mulheres chilenas já sofreram algum tipo de assédio ao longo da vida. É uma realidade sufocante que torna o espaço público um lugar de constante vigilância e medo.

Insegurança na Argentina: 14º lugar

Casal dançando tango em uma rua de Buenos Aires, Argentina.
Na Argentina, a insegurança nas ruas e os altos índices de homicídio colocam o país na lista de perigo. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Nossa vizinha Argentina também figura na lista, na 14ª posição, com problemas sérios de segurança. O país obteve a terceira pior pontuação de toda a pesquisa no quesito segurança nas ruas. Essa é uma preocupação que afeta diretamente a experiência de quem visita suas belas cidades.

Além da percepção de insegurança, a Argentina também foi classificada como o 10º pior país em homicídio doloso de mulheres. Esse dado é grave e mostra que a violência pode atingir níveis extremos. A combinação desses dois fatores cria um ambiente de risco considerável.

Os assaltos, por exemplo, são bastante comuns na capital, Buenos Aires, o que exige atenção redobrada dos turistas. Para as mulheres que viajam sozinhas, o cuidado precisa ser ainda maior. É uma pena que um país com tanto a oferecer tenha que lidar com problemas de segurança tão sérios.

A violência na Turquia: 13º lugar

Balões de ar quente sobrevoando a Capadócia, na Turquia.
A violência doméstica na Turquia atinge números assustadores, sendo um dos piores do mundo. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

A Turquia, um país que fascina pela sua mistura de culturas, ocupa a 13ª posição na lista de perigo. A nação teve classificações ruins em diversas áreas, mas uma delas se destaca de forma trágica. A violência cometida por parceiros íntimos é um problema crônico e alarmante.

O país teve a quarta pior classificação do mundo para a violência entre parceiros. Para ilustrar a gravidade, o estudo descobriu que impressionantes 89,2% das mulheres na Turquia já foram vítimas de violência por parte de seus cônjuges. Esse número é um dos mais chocantes de toda a pesquisa.

Além da violência doméstica, a Turquia também teve a quinta pior pontuação na disparidade global de gênero e a oitava pior em segurança nas ruas. Essa combinação de fatores faz do país um lugar de alto risco. A beleza de seus cenários contrasta fortemente com a dura realidade vivida por muitas mulheres.

Restrições na Arábia Saudita: 12º lugar

Vista do Kingdom Centre, um arranha-céu em Riade, na Arábia Saudita.
A discriminação legal contra as mulheres na Arábia Saudita é a pior entre todos os países analisados. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

A Arábia Saudita aparece na 12ª posição, sendo o pior de todos os países analisados em um quesito específico. A discriminação legal contra as mulheres no país é a mais severa do mundo. As leis sauditas impõem uma série de restrições que limitam a liberdade e a autonomia feminina.

Essa realidade opressora faz com que muitas mulheres tentem fugir da Arábia Saudita. Elas buscam em outros lugares a liberdade que lhes é negada em sua própria terra. Muitas dessas fugas são também uma tentativa de escapar de situações de abuso, que são potencializadas por um sistema legal que não as protege.

Embora o país venha passando por algumas reformas, o caminho para a igualdade ainda é muito longo. A estrutura social e legal continua a ser profundamente desigual e perigosa para as mulheres. Viajar para lá como mulher exige a adaptação a um conjunto de regras extremamente restritivas.

Riscos na Malásia: 11º lugar

As Torres Petronas em Kuala Lumpur, na Malásia.
A combinação de violência doméstica e desigualdade de gênero coloca a Malásia em uma posição de alerta. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Na porta de entrada do top 10 mais perigoso, encontramos a Malásia, na 11ª posição. O país do Sudeste Asiático apresenta uma combinação perigosa de problemas para as mulheres. As classificações muito ruins em violência por parceiro íntimo e desigualdade de gênero são os principais fatores.

A violência doméstica é uma questão séria no país, deixando muitas mulheres em situação de vulnerabilidade. Quando essa violência ocorre dentro de casa, o ciclo é muito mais difícil de ser quebrado. A falta de apoio e a desigualdade de gênero agravam ainda mais o problema.

Essa mistura de fatores cria um ambiente onde os direitos e a segurança das mulheres são constantemente ameaçados. Embora seja um destino turístico popular, a Malásia exige uma cautela extra. É importante estar ciente dos riscos que estão por trás de suas belas paisagens.

Alerta na Tailândia: 10º lugar

Barcos tradicionais em uma praia paradisíaca da Tailândia.
A Tailândia teve a pior pontuação de todas em relação à percepção de violência contra as mulheres. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Entrando no top 10 dos países mais perigosos, a Tailândia ocupa a décima posição. O país, famoso por suas praias paradisíacas e templos, teve a pior pontuação de toda a lista em um quesito. A percepção sobre a violência contra as mulheres na sociedade tailandesa é a mais negativa entre todos os países analisados.

Essa pontuação reflete atitudes culturais que podem normalizar ou justificar a violência de gênero. Quando a própria sociedade não vê a violência contra a mulher como um problema grave, a segurança fica comprometida. Isso cria um ambiente onde a impunidade pode prosperar.

Essa realidade contrasta com a imagem de “país dos sorrisos” que a Tailândia projeta para o mundo. Para as mulheres que viajam para lá, é crucial estar ciente desses riscos culturais. A beleza do destino não anula a necessidade de vigilância e cuidado constantes.

O perigo na Índia: 9º lugar

O Taj Mahal ao amanhecer, na Índia.
A Índia enfrenta graves problemas de desigualdade de gênero e violência por parceiros. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

A Índia, um país de cultura milenar e contrastes profundos, aparece na nona posição entre os mais perigosos. O estudo apontou que a nação teve o pior desempenho de todos em termos de desigualdade de gênero. Essa disparidade afeta todos os aspectos da vida das mulheres indianas.

Além da desigualdade, a Índia também recebeu uma classificação muito ruim no quesito de violência por parceiro íntimo. A violência doméstica é um problema endêmico e que muitas vezes permanece escondido. É uma realidade dura que afeta milhões de mulheres em todo o país.

Um dado que revela a natureza dessa violência é que quase 90% das mulheres que são estupradas na Índia conheciam seu agressor. Isso mostra que o perigo muitas vezes está dentro do círculo social mais próximo da vítima. Viajar pela Índia exige uma compreensão profunda desses complexos e perigosos desafios sociais.

Violência em Marrocos: 8º lugar

Mercado movimentado em uma rua de Marraquexe, Marrocos.
Marrocos registrou a pior classificação mundial para a violência entre parceiros íntimos. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Na oitava posição, encontramos Marrocos, um destino que atrai pelo seu exotismo e cultura vibrante. No entanto, o país foi classificado como o pior de toda a lista para a violência entre parceiros íntimos. Esse é um título alarmante que expõe uma grave crise social.

A violência doméstica em Marrocos atinge níveis críticos, colocando o país no topo negativo do ranking nesse quesito. Isso significa que, para muitas mulheres, o lugar mais perigoso é a própria casa. Essa é uma realidade que afeta profundamente a sociedade marroquina.

Além disso, o país também teve uma pontuação ruim em segurança nas ruas e na disparidade global de gênero. Essa combinação de fatores cria um cenário de risco elevado para as mulheres. Viajar para Marrocos exige um planejamento cuidadoso e uma constante atenção aos arredores.

Desafios no Egito: 7º lugar

As pirâmides de Gizé e a Esfinge, no Egito.
A combinação de insegurança nas ruas e grande desigualdade de gênero coloca o Egito em uma posição de alerta máximo. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

O Egito, lar de uma das civilizações mais antigas do mundo, ocupa o sétimo lugar na lista de perigo. O país foi classificado como o décimo pior em segurança nas ruas, um fator que impacta diretamente a experiência turística. Caminhar pelas cidades egípcias pode ser uma experiência tensa para uma mulher sozinha.

Além da insegurança urbana, o Egito ficou muito mal classificado em outros dois indicadores cruciais. Foi o quarto pior na diferença global de gênero e o sexto pior na desigualdade de gênero. Esses números mostram que as mulheres enfrentam barreiras significativas na sociedade egípcia.

Essa combinação de insegurança pública e desigualdade estrutural torna o Egito um destino desafiador. As viajantes precisam estar preparadas para lidar com um ambiente muitas vezes hostil. A grandiosidade de sua história contrasta com os perigos do presente.

Alerta na República Dominicana: 6º lugar

Praia de areia branca e mar azul-turquesa na República Dominicana.
Apesar de ser um paraíso caribenho, a República Dominicana é considerada insegura para mulheres sozinhas. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Muitos sonham com as praias paradisíacas da República Dominicana, mas o estudo acende um grande alerta. O país caribenho foi considerado inseguro para mulheres que viajam sozinhas, ocupando a sexta posição. A realidade por trás dos resorts de luxo pode ser bem diferente.

O país teve uma pontuação particularmente ruim em segurança nas ruas, um dos fatores mais importantes para viajantes. A sensação de não poder caminhar com tranquilidade pode arruinar qualquer viagem. É um problema que afeta tanto os locais turísticos quanto as áreas menos visitadas.

Essa insegurança generalizada exige um nível de cautela que nem sempre associamos a um destino de praia. O estudo deixa claro que a beleza natural não é garantia de segurança. Para mulheres que viajam sozinhas, a República Dominicana representa um risco que não deve ser subestimado.

A desigualdade no Irã: 5º lugar

Mesquita com domos azuis em Isfahan, no Irã.
O Irã tem a pior diferença de gênero do mundo, criando um ambiente de extrema opressão. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Entrando no top 5 dos mais perigosos, o Irã se destaca por um motivo trágico. O país tem a pior diferença de gênero do mundo, de acordo com a pesquisa. Essa disparidade abismal cria um ambiente de opressão e falta de oportunidades para as mulheres.

Curiosamente, as taxas de homicídio intencional de mulheres no Irã são relativamente baixas. No entanto, a violência estrutural e a discriminação legal são tão intensas que colocam o país entre os mais perigosos. A falta de direitos básicos é, em si, uma forma de violência.

O país também pontuou terrivelmente nos quesitos de desigualdade e discriminação. As leis e os costumes iranianos impõem um controle severo sobre a vida das mulheres. Viajar para o Irã como mulher significa entrar em uma realidade completamente diferente e muito mais restritiva.

A violência no México: 4º lugar

Pirâmide maia em Chichén Itzá, no México.
O México lidera negativamente em várias categorias de violência, tornando-se um destino de alto risco. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

O México é o país mais visitado entre os cinco mais perigosos, o que torna sua posição ainda mais alarmante. O país ficou em primeiro lugar negativo em várias categorias do estudo. Isso inclui a pior avaliação em segurança nas ruas, homicídio intencional e violência sexual por não-parceiros.

Essa tríade de problemas torna o México um lugar extremamente perigoso para as mulheres. A violência não é apenas um risco, mas uma realidade estatística em diversas partes do país. A situação é tão grave que afeta tanto as cidadãs mexicanas quanto as turistas.

O contraste entre a riqueza cultural e a brutalidade da violência é chocante. As viajantes que decidem explorar o México precisam tomar precauções extremas. A beleza de suas praias e ruínas históricas não consegue esconder a sombra da violência que assola o país.

Perigo na Rússia: 3º lugar

Catedral de São Basílio na Praça Vermelha, em Moscou, Rússia.
Altos índices de homicídio e violência sexual colocam a Rússia no pódio dos países mais perigosos. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Conquistando a infeliz medalha de bronze, a Rússia ocupa o terceiro lugar entre os países mais perigosos do mundo. O país teve uma pontuação muito ruim em duas das categorias mais graves do estudo. Isso a coloca em uma posição de alerta máximo para qualquer mulher que pense em visitar o país.

Os índices de homicídio intencional contra mulheres na Rússia estão entre os piores do mundo. Além disso, o país também apresenta números alarmantes de violência sexual por não-parceiros. Essa combinação de ameaças fatais e agressões sexuais cria um ambiente de medo.

Essa dura realidade lhe rendeu o terceiro lugar no ranking geral de perigo. A imagem de um país forte e imponente esconde uma vulnerabilidade interna que afeta diretamente sua população feminina. É um destino que exige uma análise de risco muito séria antes de qualquer planejamento de viagem.

Brasil: O 2º país mais perigoso do mundo

Vista do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, Brasil.
O Brasil ocupa a chocante segunda posição mundial em perigo para mulheres, com alertas graves do governo dos EUA. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

Chegamos à posição mais chocante para nós: o Brasil é o segundo país mais perigoso do mundo para mulheres. Essa é uma revelação devastadora que nos obriga a encarar uma realidade brutal sobre a nossa própria casa. A pesquisa mostra que a violência contra a mulher no Brasil atingiu níveis epidêmicos.

O país teve uma pontuação péssima tanto em segurança nas ruas quanto em homicídio doloso contra mulheres. Estamos entre os piores do mundo nesses dois quesitos, o que mostra que o perigo está em toda parte. A sensação de insegurança que sentimos no dia a dia é confirmada por dados internacionais.

A situação é tão crítica que o governo dos Estados Unidos, por exemplo, emite alertas específicos para seus turistas. Eles aconselham a não andar sozinho à noite no Brasil e, crucialmente, a não resistir fisicamente a uma tentativa de assalto. É um retrato sombrio da falha do nosso país em proteger suas mulheres.

África do Sul: O lugar mais perigoso do mundo

Leão descansando na savana africana, na África do Sul.
A África do Sul lidera o ranking como o lugar mais perigoso do planeta para uma mulher viajar sozinha. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

No topo da lista, como o lugar mais perigoso do planeta para uma mulher, está a África do Sul. O país teve pontuações ruins em quase todas as métricas de violência imagináveis. A pesquisa concluiu que este é, de longe, o destino mais arriscado para uma mulher que viaja sozinha.

A África do Sul se destacou negativamente em segurança nas ruas, violência sexual por não-parceiros e homicídio intencional de mulheres. Essa combinação fatal de fatores faz do país um lugar onde o perigo é constante e multifacetado. A violência parece estar impregnada em muitas áreas da sociedade.

As autoridades internacionais emitem alertas severos para as mulheres que viajam para a África do Sul. A recomendação é clara: não andar, dirigir ou se mover sozinha pelo país, em nenhuma circunstância. É uma conclusão desoladora que coloca o país no topo de uma lista que ninguém gostaria de liderar.

Tyler James Mitchell
  • Tyler James Mitchell é o jornalista e autor por trás do blog Curiosão, apaixonado por desvendar temas de história e ciência. Sua missão é transformar o conhecimento complexo em narrativas acessíveis e fascinantes para o público.