Surto de norovírus nos EUA: O que você precisa saber

Surto de norovírus nos EUA O que você precisa saber

O aumento de casos de norovírus nos EUA preocupa especialistas, destacando a importância da prevenção contra esse vírus altamente contagioso.

O norovírus, conhecido como o “bug do vômito de inverno”, está em alta nos Estados Unidos, com o maior número de surtos registrados em dezembro desde 2012. Segundo o CDC, foram reportados 91 surtos na primeira semana de dezembro, superando a média histórica para o período. O vírus, que causa sintomas como vômitos, diarreia e náuseas, é altamente transmissível e pode afetar pessoas de todas as idades.

Especialistas alertam que o aumento de casos pode se intensificar nos próximos meses, já que o período de maior incidência do norovírus vai de novembro a abril. O contágio ocorre principalmente por contato direto com pessoas infectadas ou superfícies contaminadas, além do consumo de alimentos ou água contaminados. Locais como escolas, cruzeiros e restaurantes são frequentemente associados a surtos.

A gravidade dos sintomas varia, mas a maioria dos infectados se recupera em poucos dias. No entanto, crianças pequenas, idosos e pessoas imunocomprometidas estão mais vulneráveis a complicações como desidratação severa.

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Como ocorre a transmissão do norovírus

O norovírus é transmitido por meio do contato direto com pessoas infectadas, ingestão de alimentos ou água contaminados e toque em superfícies infectadas. Apenas 10 partículas virais são suficientes para causar infecção, tornando-o extremamente contagioso. Por isso, surtos são comuns em ambientes fechados e com grande circulação de pessoas.

Além disso, alimentos como ostras cruas ou mal cozidas têm sido identificados como fontes frequentes de contaminação. Recentemente, autoridades emitiram alertas sobre lotes de ostras provenientes do estado de Washington e do Canadá devido ao risco de contaminação pelo norovírus.

A higienização inadequada das mãos também é um fator significativo na disseminação do vírus. O uso exclusivo de álcool em gel não é eficaz contra o patógeno; lavar as mãos com água e sabão é essencial para prevenir infecções.

Surto de norovírus nos EUA O que você precisa saber
A transmissão do norovírus ocorre principalmente por contato direto ou consumo de alimentos contaminados (Imagem: Reprodução/Divulgação).

Sintomas e cuidados essenciais

Os principais sintomas do norovírus incluem vômitos, diarreia intensa, náuseas e dores abdominais. Outros sinais podem incluir febre baixa, dores musculares e cansaço extremo. A infecção geralmente se manifesta entre 12 a 48 horas após a exposição ao vírus e dura cerca de dois a três dias.

A principal recomendação para tratar os sintomas é manter-se hidratado para evitar complicações como desidratação. Beber soluções de reidratação oral ou líquidos sem cafeína é fundamental para repor os eletrólitos perdidos durante os episódios de vômito e diarreia.

Pessoas infectadas devem evitar contato com outras até pelo menos dois dias após o desaparecimento dos sintomas para reduzir o risco de transmissão. Em casos mais graves, como desidratação severa ou persistência dos sintomas por mais de três dias, é essencial procurar atendimento médico imediato.

Dicas para prevenir infecções por norovírus

A prevenção do norovírus depende principalmente da adoção rigorosa de práticas de higiene. Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos é uma das medidas mais eficazes para evitar a infecção. Isso é especialmente importante após usar o banheiro ou antes de preparar alimentos.

A desinfecção regular de superfícies potencialmente contaminadas também é crucial. Produtos à base de cloro são recomendados para eliminar partículas virais em áreas como cozinhas e banheiros. Além disso, frutas e vegetais devem ser lavados adequadamente antes do consumo.

Pessoas que trabalham com manipulação de alimentos devem evitar retornar ao trabalho até estarem completamente recuperadas para prevenir surtos em ambientes comerciais. Evitar consumir frutos do mar crus ou mal cozidos também reduz significativamente o risco de infecção.

Fonte: IFLScience.