Psicóloga revela hábitos que podem indicar traços de autismo
Especialista destaca comportamentos comuns que podem ser sinais do transtorno, mas alerta sobre a importância de uma avaliação profissional.
O transtorno do espectro autista (TEA) é caracterizado por uma ampla gama de comportamentos e características que variam de pessoa para pessoa. Recentemente, uma psicóloga compartilhou insights sobre hábitos cotidianos que podem estar associados ao autismo, gerando debates sobre a identificação precoce e a importância do diagnóstico correto. Esses comportamentos incluem desde ações repetitivas, como balançar o corpo ou manipular objetos, até reações sensoriais intensas a estímulos do ambiente.
Entre os exemplos citados estão atividades como enrolar os cabelos, brincar com joias ou interagir com objetos específicos. Esses comportamentos, conhecidos como stimming, são frequentemente observados em pessoas com TEA e podem ter um papel regulador em situações de estresse ou sobrecarga sensorial. No entanto, especialistas alertam que tais ações isoladas não são suficientes para determinar um diagnóstico.
A relação entre esses hábitos e o autismo é complexa, pois muitas pessoas neurotípicas também apresentam comportamentos semelhantes. Por isso, é essencial buscar orientação médica para uma análise mais aprofundada quando esses sinais começam a interferir na vida cotidiana.
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Comportamentos repetitivos e sua função no autismo
Os comportamentos repetitivos, como balançar o corpo ou bater as mãos, são frequentemente associados ao autismo devido à sua função reguladora. Esses movimentos ajudam a aliviar a ansiedade e a processar estímulos sensoriais intensos, sendo descritos por muitos indivíduos no espectro como uma forma de conforto.
Embora essas ações sejam naturais para pessoas com TEA, elas podem se tornar um obstáculo em interações sociais ou no ambiente escolar. A intensidade e a frequência desses comportamentos são fatores importantes na avaliação clínica, especialmente quando começam a impactar o desenvolvimento social ou acadêmico.
Profissionais de saúde recomendam que pais e cuidadores observem se esses hábitos estão acompanhados de outros sinais, como dificuldade em manter contato visual ou problemas na comunicação verbal. A presença de múltiplos indicadores pode justificar uma investigação mais detalhada.
Avaliação profissional: Quando buscar ajuda?
A identificação precoce do autismo é crucial para garantir intervenções eficazes e melhorar a qualidade de vida das pessoas no espectro. Especialistas destacam que os pais devem procurar ajuda médica se notarem que os comportamentos repetitivos estão prejudicando atividades diárias ou interações sociais.
A avaliação profissional geralmente inclui entrevistas detalhadas com os pais, observação direta da criança e testes padronizados para identificar padrões de comportamento característicos do TEA. Além disso, é importante descartar outras condições que possam apresentar sintomas semelhantes.
A intervenção precoce pode incluir terapias comportamentais focadas em habilidades sociais e comunicação, bem como estratégias para gerenciar comportamentos desafiadores. O objetivo é apoiar o indivíduo no desenvolvimento de habilidades que promovam sua autonomia e bem-estar.
A importância da conscientização sobre o transtorno do espectro autista (TEA)
A conscientização sobre os sinais do autismo é fundamental para reduzir o estigma e promover diagnósticos mais rápidos e precisos. Muitas vezes, os comportamentos associados ao transtorno do espectro autista (TEA) são mal interpretados como “manias” ou “birras”, o que pode atrasar a busca por ajuda profissional.
Além disso, é essencial entender que o espectro autista abrange uma ampla diversidade de experiências e habilidades. Enquanto algumas pessoas podem enfrentar desafios significativos na comunicação ou interação social, outras apresentam talentos excepcionais em áreas específicas, como música ou matemática.
A sociedade tem um papel importante na criação de ambientes inclusivos que valorizem as diferenças individuais e ofereçam suporte adequado às necessidades únicas das pessoas com transtorno do espectro autista (TEA).
Fonte: Mistérios do Mundo.