Mulher alerta sobre os perigos dos tampões após perder as pernas

Mulher alerta sobre os perigos dos tampões após perder as pernas

Lauren Wasser quase morreu devido à Síndrome do Choque Tóxico, uma condição rara associada ao uso de absorventes internos.

A modelo norte-americana Lauren Wasser enfrentou uma experiência devastadora que mudou sua vida para sempre. Após utilizar um tampão durante o período menstrual, ela desenvolveu a Síndrome do Choque Tóxico (SCT), uma infecção bacteriana rara, mas potencialmente fatal. A condição levou à amputação de ambas as pernas e colocou sua saúde em risco extremo.

Lauren começou a apresentar sintomas semelhantes aos de uma gripe comum, como febre e dores musculares, enquanto usava um tampão. No entanto, a situação rapidamente se agravou, resultando em insuficiência renal e um ataque cardíaco. Os médicos diagnosticaram a SCT, causada pela bactéria Staphylococcus aureus, que pode proliferar em condições específicas, como o uso prolongado de tampões.

A tragédia de Lauren trouxe atenção para os riscos associados ao uso inadequado de absorventes internos. Apesar de serem considerados seguros quando usados corretamente, o acúmulo prolongado de sangue pode criar um ambiente propício para bactérias perigosas, aumentando o risco de infecção.

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O que é a síndrome do choque tóxico?

A Síndrome do Choque Tóxico é uma condição rara causada por toxinas liberadas por bactérias como a Staphylococcus aureus. Essas bactérias estão naturalmente presentes no corpo humano, mas podem se tornar perigosas em determinadas circunstâncias. A SCT pode afetar homens, mulheres e crianças, mas está frequentemente associada ao uso de tampões menstruais.

Os sintomas incluem febre alta, pressão arterial baixa, erupções cutâneas e sintomas semelhantes aos da gripe. Se não tratada rapidamente, a condição pode levar a complicações graves, como falência de órgãos e amputações. Estudos indicam que os casos têm diminuído nas últimas décadas devido a mudanças na composição dos absorventes internos e maior conscientização sobre seu uso adequado.

No entanto, o risco ainda existe. Especialistas recomendam que os tampões sejam trocados regularmente, preferencialmente a cada 4 a 6 horas, para minimizar o risco de infecção. Além disso, mulheres devem optar por produtos com níveis de absorção adequados ao seu fluxo menstrual.

Mulher alerta sobre os perigos dos tampões após perder as pernas
A Síndrome do Choque Tóxico (SCT) é uma condição grave associada ao uso prolongado de tampões menstruais. (Imagem: Reprodução/Divulgação)

A luta de Lauren Wasser e seu impacto

Após sobreviver à SCT e enfrentar as amputações, Lauren Wasser se tornou uma voz ativa na conscientização sobre os perigos dos tampões. Ela utiliza sua experiência pessoal para alertar outras mulheres sobre os riscos e encorajar práticas seguras no uso desses produtos.

Lauren também apoia iniciativas legislativas que exigem maior transparência das empresas sobre os materiais usados na fabricação de absorventes internos. Essas medidas buscam garantir que as consumidoras tenham acesso a informações claras sobre os produtos que utilizam.

A modelo destaca que muitas mulheres desconhecem completamente os riscos associados ao uso inadequado de tampões. Sua história serve como um lembrete da importância da educação sobre saúde menstrual e da necessidade de escolhas informadas.

Como prevenir a síndrome do choque tóxico?

A prevenção da SCT envolve práticas simples, mas essenciais. Primeiramente, é fundamental trocar o absorvente interno regularmente e evitar usá-lo por mais de 8 horas consecutivas. Isso reduz o acúmulo de sangue e impede a proliferação bacteriana.

Médicos também recomendam alternar entre absorventes internos e externos durante o ciclo menstrual. Mulheres com histórico de infecções ou sensibilidade devem consultar um profissional antes de optar pelo uso desses produtos.

Além disso, é importante estar atenta aos sinais precoces da SCT. Febre alta repentina, náuseas, vômitos e erupções cutâneas devem ser avaliados imediatamente por um médico. O diagnóstico precoce é crucial para evitar complicações graves.

Fonte: Mistérios do Mundo.