Estudo revela que beber vinho com moderação pode diminuir em até 50% o risco de doenças cardíacas, especialmente quando aliado à dieta mediterrânea.

Pesquisas recentes indicam que o consumo moderado de vinho, especialmente como parte de uma dieta mediterrânea, está associado a uma redução significativa no risco de complicações cardiovasculares. Segundo o estudo, indivíduos que ingerem entre meio e um copo de vinho por dia podem reduzir em até 50% a probabilidade de eventos como infarto, AVC ou insuficiência cardíaca. No entanto, os benefícios desaparecem quando o consumo ultrapassa essa quantidade.

A pesquisa utilizou um biomarcador objetivo, o ácido tartárico, presente na urina, para medir o consumo real de vinho dos participantes. Essa abordagem eliminou as incertezas comuns em estudos baseados apenas em questionários alimentares. Os resultados reforçam a ideia de que o vinho, quando consumido com moderação e durante as refeições, pode ser um aliado na saúde cardiovascular.

Apesar das evidências promissoras, especialistas alertam para os riscos associados ao consumo excessivo de álcool. Portanto, a moderação é essencial para aproveitar os benefícios sem comprometer a saúde.

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Vinho e dieta mediterrânea: Uma combinação poderosa

A dieta mediterrânea, rica em frutas, vegetais, azeite de oliva e peixes, já é amplamente reconhecida por seus benefícios à saúde cardiovascular. Quando combinada ao consumo moderado de vinho, os efeitos parecem ser ainda mais significativos. O estudo revelou que pessoas que seguem essa dieta e consomem vinho regularmente apresentam menores taxas de doenças cardíacas em comparação a quem não bebe ou segue outros padrões alimentares.

Os polifenóis presentes no vinho tinto, como o resveratrol, desempenham um papel importante nesse processo. Esses compostos antioxidantes ajudam a proteger os vasos sanguíneos, melhorar os níveis de colesterol HDL (o “bom” colesterol) e reduzir a inflamação. Além disso, o álcool em pequenas quantidades pode contribuir para a saúde do coração ao melhorar a função endotelial e reduzir o estresse oxidativo.

No entanto, é importante destacar que esses benefícios só são observados com o consumo moderado. Ingerir mais de um copo por dia pode anular os efeitos positivos e aumentar os riscos à saúde.

Moderação: A chave para os benefícios

Embora os resultados do estudo sejam animadores, especialistas enfatizam que a moderação é fundamental. Beber mais do que um copo por dia não apenas elimina os benefícios cardiovasculares como também pode trazer prejuízos significativos à saúde. O consumo excessivo está associado ao aumento da pressão arterial, obesidade e doenças hepáticas.

Além disso, é importante considerar fatores individuais antes de incorporar o vinho à rotina alimentar. Pessoas com histórico de alcoolismo ou condições médicas específicas devem evitar o consumo de álcool completamente. Para essas pessoas, outras estratégias como exercícios físicos regulares e uma alimentação equilibrada podem oferecer benefícios semelhantes.

Por fim, os pesquisadores ressaltam que o consumo moderado de vinho deve ser visto como parte de um estilo de vida saudável mais amplo, que inclui uma dieta rica em nutrientes e hábitos saudáveis.

O papel dos biomarcadores na pesquisa

Um dos grandes avanços deste estudo foi o uso do ácido tartárico como biomarcador para medir o consumo real de vinho. Essa abordagem inovadora permitiu aos pesquisadores obter dados mais precisos sobre os hábitos alimentares dos participantes e sua relação com a saúde cardiovascular.

Os resultados mostraram que indivíduos com níveis moderados desse biomarcador na urina apresentaram menores taxas de eventos cardiovasculares em comparação aos abstêmios ou àqueles com altos níveis associados ao consumo excessivo. Isso reforça a importância da precisão nas pesquisas nutricionais para entender melhor os impactos dos alimentos e bebidas na saúde humana.

Ainda assim, os especialistas alertam que estudos adicionais são necessários para confirmar esses achados em populações mais amplas e diversificadas. A relação entre álcool e saúde cardiovascular é complexa e envolve diversos fatores genéticos, ambientais e comportamentais.

Fonte: Earth.com.