China tranquiliza população sobre aumento de infecções por HMPV

China tranquiliza população sobre aumento de infecções por HMPV

Autoridades chinesas e OMS reforçam que alta de casos do vírus respiratório está dentro do esperado para o inverno, sem sinais de emergência global.

O metapneumovírus humano (HMPV), um vírus respiratório comum, tem recebido atenção após um aumento de casos na China. Apesar das preocupações iniciais, as autoridades locais e a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmam que os números registrados estão dentro do esperado para a temporada de inverno no hemisfério norte. O HMPV é conhecido por causar sintomas leves, como tosse e febre, sendo raro evoluir para quadros graves.

O governo chinês destacou que o sistema de saúde do país não está sobrecarregado e que os níveis de ocupação hospitalar são menores em comparação ao mesmo período do ano passado. A OMS também descartou qualquer padrão incomum nos surtos, reforçando que o aumento sazonal de doenças respiratórias é um fenômeno esperado nesta época do ano.

A alta de infecções respiratórias inclui outros vírus comuns, como a gripe sazonal e o vírus sincicial respiratório (VSR). Especialistas ressaltam que o HMPV não é um vírus novo, tendo sido identificado há mais de 20 anos, e sua circulação ocorre globalmente durante os meses mais frios.

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O que é o metapneumovírus humano?

O HMPV é um vírus respiratório que pertence à mesma família do vírus sincicial respiratório (VSR). Ele foi identificado pela primeira vez em 2001, na Holanda, mas já circulava em humanos há décadas. O HMPV afeta principalmente as vias respiratórias superiores e inferiores, causando sintomas semelhantes aos de um resfriado comum.

Embora a maioria das pessoas infectadas apresente sintomas leves, como congestão nasal e febre, o HMPV pode levar a complicações graves em grupos vulneráveis. Crianças pequenas, idosos e indivíduos com sistemas imunológicos enfraquecidos estão entre os mais suscetíveis a desenvolver quadros graves, como pneumonia ou bronquiolite.

A transmissão ocorre por meio de gotículas expelidas durante tosse ou espirro, sendo essencial manter boas práticas de higiene para reduzir o risco de infecção. Autoridades recomendam lavar as mãos regularmente e evitar contato próximo com pessoas sintomáticas.

China tranquiliza população sobre aumento de infecções por HMPV
Aumento sazonal do HMPV na China reflete padrões normais para o inverno (Imagem: Reprodução/Divulgação)

Situação atual na China

O aumento dos casos de HMPV na China tem gerado preocupação nas redes sociais e entre a população. No entanto, especialistas enfatizam que os números registrados estão dentro da faixa normal para esta época do ano. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China (CDC), outras infecções respiratórias também estão em alta devido às condições climáticas típicas do inverno.

Imagens de hospitais lotados circularam nas redes sociais chinesas, mas as autoridades negaram sobrecarga no sistema de saúde. Pelo contrário, os dados mostram que a ocupação hospitalar está abaixo dos níveis registrados no mesmo período do ano passado. Além disso, não há indícios de mutações significativas no vírus que possam aumentar sua transmissibilidade ou gravidade.

A OMS reforçou que está em contato constante com as autoridades chinesas para monitorar a situação e desmentir informações alarmistas. O órgão destacou que medidas preventivas simples são suficientes para conter a disseminação do HMPV e outros vírus respiratórios comuns.

Impacto global e perspectivas

A circulação do HMPV não se limita à China. O vírus é detectado em diversos países durante os meses mais frios, incluindo o Brasil, onde foi identificado pela primeira vez em 2004. No entanto, nem todos os países realizam monitoramento regular ou publicam dados sobre sua prevalência.

No Brasil, as autoridades sanitárias acompanham a situação na China e reforçam a importância da vacinação contra gripe e Covid-19 como forma de prevenir complicações respiratórias. Medidas como uso de máscaras por pessoas sintomáticas também são incentivadas para reduzir a transmissão de doenças respiratórias.

Dada a estabilidade do HMPV ao longo dos anos e sua baixa probabilidade de mutação significativa, especialistas descartam a possibilidade de uma nova pandemia causada pelo vírus. A conscientização pública sobre práticas preventivas continua sendo fundamental para minimizar impactos à saúde pública.

Fonte: Aventuras na História.