Surto de norovírus preocupa autoridades de saúde, com aumento significativo de casos em ambientes fechados e cruzeiros.

O norovírus, conhecido como a principal causa de doenças gastrointestinais, está apresentando um aumento alarmante nos Estados Unidos neste inverno. Relatórios do CDC indicam que, apenas na primeira semana de dezembro, houve 91 surtos suspeitos ou confirmados, superando os números registrados em anos anteriores. Este vírus altamente contagioso é responsável por sintomas como vômitos, diarreia e dores abdominais, afetando milhões de pessoas anualmente.

O aumento dos casos coincide com o período mais frio do ano, quando as pessoas tendem a passar mais tempo em ambientes fechados. O norovírus se espalha facilmente por meio do contato direto com pessoas infectadas, superfícies contaminadas ou alimentos e água contaminados. Ambientes como cruzeiros, escolas e casas de repouso estão entre os mais afetados devido à proximidade entre os indivíduos.

Além disso, eventos recentes demonstraram a resiliência do vírus. Em um caso ocorrido em Los Angeles, dezenas de pessoas adoeceram após consumir ostras contaminadas em um evento gastronômico. A FDA alertou sobre a necessidade de cozinhar frutos do mar a temperaturas seguras para evitar infecções.

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O que é o norovírus e como ele se manifesta?

O norovírus, também chamado de “vírus do vômito de inverno”, é uma das principais causas de doenças transmitidas por alimentos nos Estados Unidos. Ele pode infectar qualquer pessoa e é particularmente perigoso para crianças pequenas, idosos e indivíduos imunocomprometidos. Os sintomas incluem náusea, vômito, diarreia aquosa e dor abdominal.

A infecção geralmente começa entre 12 e 48 horas após a exposição ao vírus e dura de um a três dias. Embora a maioria das pessoas se recupere sem complicações, casos graves podem levar à desidratação severa, especialmente em populações vulneráveis. Os sinais de desidratação incluem boca seca, tontura ao ficar em pé e redução na frequência urinária.

A transmissão ocorre facilmente através do contato com superfícies contaminadas ou ingestão de alimentos preparados por alguém infectado. Estudos mostram que apenas 10 partículas virais são suficientes para causar uma infecção.

Prevenção: Medidas simples podem fazer a diferença

A melhor forma de prevenir o norovírus é manter uma higiene rigorosa. Lavar as mãos frequentemente com água morna e sabão por pelo menos 20 segundos é essencial, especialmente antes das refeições ou após usar o banheiro. É importante destacar que desinfetantes à base de álcool não são eficazes contra este vírus.

Além disso, frutas e vegetais devem ser bem lavados antes do consumo, e frutos do mar precisam ser cozidos a uma temperatura interna mínima de 63°C. Superfícies contaminadas devem ser limpas com desinfetantes domésticos adequados para eliminar o vírus.

Pessoas infectadas devem evitar preparar alimentos ou entrar em contato próximo com outras pessoas até pelo menos dois dias após o desaparecimento dos sintomas. Essa medida reduz significativamente o risco de propagação.

Impacto em cruzeiros e ambientes fechados

Cruzeiros têm sido um dos principais focos dos surtos recentes. Apenas este ano, foram registrados 16 surtos relacionados ao norovírus, marcando o maior número em mais de uma década. Em dezembro, cerca de 900 passageiros relataram sintomas gastrointestinais durante viagens marítimas.

A alta densidade populacional nesses navios facilita a disseminação rápida do vírus. Além disso, ambientes como escolas, hospitais e casas de repouso também enfrentam desafios semelhantes devido à proximidade entre as pessoas.

Autoridades recomendam que passageiros sigam protocolos rigorosos de higiene durante as viagens para minimizar os riscos. Isso inclui lavar as mãos regularmente e evitar compartilhar utensílios ou alimentos com outras pessoas.

Situação atual e perspectivas futuras

Embora o norovírus seja mais comum nos meses frios, ele pode ocorrer ao longo do ano. Segundo especialistas, os números atuais já superam os registrados antes da pandemia da COVID-19. Isso ressalta a necessidade contínua de vigilância e educação pública sobre medidas preventivas.

No entanto, não há tratamento específico para o norovírus além da hidratação adequada para combater os efeitos da desidratação causada pela diarreia e vômitos. Casos graves devem ser tratados por profissionais médicos para evitar complicações maiores.

A conscientização sobre práticas seguras na manipulação de alimentos e higiene pessoal continua sendo a melhor defesa contra esse vírus altamente contagioso.

Fonte: Courier Journal.