
Famosos que desafiaram o óbvio e redefiniram a moda com seu estilo
Esqueça as etiquetas: estes artistas provaram que estilo não tem gênero.
Você já parou para pensar nas caixinhas que a sociedade cria, especialmente na moda? A ideia de que existem roupas “de homem” e roupas “de mulher” parece cada vez mais ultrapassada. Afinal, a moda sem gênero está ganhando um espaço gigantesco, misturando o que antes era considerado feminino e masculino em um único visual poderoso.
No entanto, nem sempre foi assim, e o caminho para essa liberdade foi longo e cheio de desafios. O estilo andrógino, que hoje vemos como tendência, já foi alvo de muito preconceito e associado a visões limitadas sobre sexualidade e identidade de gênero. Uma perspectiva que, felizmente, está ficando para trás no baú da história.
A boa notícia é que personalidades corajosas decidiram quebrar esses padrões e abraçar a beleza da ambiguidade. Elas nos mostraram que a moda é uma ferramenta de expressão para todas as pessoas, sem exceção. Vamos conhecer agora os ícones que se tornaram símbolos da androginia e mudaram o jogo para sempre.
Prince: O gênio musical que transcendeu as definições

A frase “Eu não sou mulher, eu não sou homem, eu sou algo que você nunca entenderá” resume perfeitamente o espírito de Prince. Cantada em sua música ‘I Would Die 4 U’, essa declaração era a mais pura verdade sobre sua identidade artística. Ele vivia essa filosofia em cada detalhe de sua performance e de seu guarda-roupa.
Seus saltos plataforma de dez centímetros, o uso ousado de joias e a preferência por rendas eram sua marca registrada. Ele não apenas vestia essas peças, mas as incorporava em sua persona, provando que a arte não tem gênero. Cada look era uma afirmação de que ele estava muito à frente de seu tempo.
Com sua atitude, Prince não se limitou a desconstruir a masculinidade convencional que dominava a cultura. Ele foi além, injetando uma dose necessária de delicadeza e androginia no universo pop. Seu legado continua a inspirar artistas que buscam autenticidade e coragem para serem quem são.
David Bowie: O Camaleão do Rock e sua revolução fashion

Falar de David Bowie é falar de uma verdadeira revolução na moda e na música. Conhecido como o Camaleão do Rock, ele ultrapassou todas as fronteiras de gênero existentes com uma naturalidade impressionante. De macacões colados e brilhantes a vestidos fluidos, ele experimentou de tudo sem medo.
Seus looks eram completados por saltos plataforma altíssimos e uma maquiagem pesada que se tornou sua assinatura. Tentar resumir seu legado fashion em poucas palavras é uma tarefa quase impossível, tamanha a sua influência. Ele não apenas usava roupas, ele criava personagens e mundos inteiros através delas.
O impacto de Bowie na androginia foi tão profundo que inspirou uma geração inteira de artistas e fãs. Sua coragem abriu portas e mostrou que a arte é um espaço para a fluidez e a experimentação. Seu legado, simplesmente maravilhoso, continuará a ecoar por muito, muito tempo.
Coco Chanel: A visionária que vestiu as mulheres com liberdade

O período pós-Primeira Guerra Mundial foi um momento de grande transformação social e cultural para as mulheres. Elas finalmente se livraram dos espartilhos apertados e ousaram encurtar o comprimento das saias. No entanto, para a mente visionária de Coco Chanel, essa mudança ainda era muito pequena.
A estilista francesa tinha uma visão muito mais radical e libertadora para o guarda-roupa feminino. Ela acreditava que as mulheres poderiam e deveriam usar calças, uma peça até então restrita ao universo masculino. Sua proposta não era apenas sobre moda, mas sobre empoderamento e praticidade.
Com sua genialidade, Chanel provou ao mundo que mulheres vestidas de calças poderiam ser incrivelmente chiques e sofisticadas. Ela não apenas criou uma nova tendência, mas redefiniu o conceito de elegância feminina para sempre. Seu legado é a prova de que a moda pode ser uma poderosa ferramenta de mudança social.
Jared Leto: O ícone fashion que ignora as expectativas

Jared Leto é a definição de um artista ousado, tanto em suas atuações quanto em suas escolhas de moda. O ator e cantor se consolidou como um verdadeiro ícone fashion, mas com uma regra clara: ele não se importa em agradar. Seu estilo é uma expressão autêntica de sua personalidade, e não uma tentativa de impressionar.
Ele já declarou publicamente que não acredita em uma definição única e rígida de masculinidade. Para Leto, esse é um conceito totalmente subjetivo e pessoal, que cada um pode interpretar à sua maneira. Essa filosofia se reflete diretamente em seus looks, que misturam elementos de forma livre e criativa.
Ao se vestir, ele desafia as convenções e mostra que a moda é um território livre para a exploração. Sua atitude inspira muitos a se libertarem das amarras sociais e a usarem as roupas como uma forma de autoconhecimento. Ele nos lembra que o mais importante é se sentir bem consigo mesmo.
Diane Keaton: A musa do estilo masculino vintage

Desde a década de 1970, Diane Keaton se estabeleceu como um ícone de estilo inconfundível e atemporal. A atriz sempre demonstrou uma paixão profunda por roupas masculinas vintage, transformando-as em sua marca pessoal. Ela não apenas usa as peças, ela as reinventa com uma elegância única.
Seu guarda-roupa é um verdadeiro desfile de clássicos do vestuário masculino, adaptados com maestria. Camisas de corte impecável, calças largas de cintura alta, gravatas, coletes e, claro, chapéus são a cara dela. É impossível imaginar Diane Keaton sem esses elementos que definem sua identidade visual.
Ao adotar esse estilo, ela projetou uma imagem de independência e confiança que marcou sua carreira. Ela provou que a feminilidade não está presa a vestidos e saias, mas reside na atitude. Seu bom gosto e originalidade a mantêm como uma referência de moda até hoje.
Bianca Jagger: Atitude e vanguarda no altar

Bianca Jagger sempre foi uma mulher à frente de seu tempo, com uma atitude que cativava a todos. Ela foi uma das primeiras a abraçar com entusiasmo os designs revolucionários do estilista Yves Saint-Laurent. Sua coragem para experimentar a colocou na vanguarda da moda nos anos 70.
Cheia de personalidade, a ativista nicaraguense fez uma escolha de moda que entrou para a história. Em seu casamento com o astro do rock Mick Jagger, ela surpreendeu o mundo ao aparecer de calça e terninho. A escolha do chapéu de abas largas completou o visual que se tornou um símbolo de transgressão.
Esse momento icônico solidificou seu status como um ícone de estilo que não tinha medo de quebrar regras. Bianca Jagger mostrou que é possível ser elegante, feminina e poderosa usando peças do guarda-roupa masculino. Sua ousadia abriu caminho para que muitas outras mulheres se sentissem livres para se expressar através da moda.
Janelle Monáe: Moda como manifesto político

A talentosa cantora Janelle Monáe sempre navegou com maestria pela linha tênue entre o feminino e o masculino. Seu estilo, predominantemente em preto e branco, é uma de suas marcas registradas mais fortes. No entanto, para ela, a moda vai muito além da simples estética e se torna uma poderosa ferramenta de comunicação.
Ela enxerga seu estilo andrógino como uma verdadeira declaração política e social contra o sexismo. Cada terninho bem cortado e cada detalhe de seus looks são pensados para desafiar as expectativas. É a sua forma de se posicionar firmemente contra a opressão e os padrões impostos pela sociedade.
Ao escolher suas roupas, Janelle Monáe não está apenas se vestindo, mas sim construindo uma narrativa. Ela usa a moda para celebrar a individualidade e para lutar por um mundo mais justo e igualitário. Seu estilo é a prova de que a arte pode, e deve, ser um ato de resistência.
Pink: Uma lição de empoderamento e aceitação

A história de Pink com sua filha é um exemplo emocionante de como lidar com o preconceito. Certo dia, a pequena chegou em casa chateada, contando que os colegas diziam que ela se parecia com um menino. A reação da cantora foi simplesmente genial e inspiradora para todos nós.
Em vez de um simples conselho, Pink preparou uma apresentação completa em PowerPoint. Ela mostrou para a filha uma galeria de estrelas da música andróginas, de Prince a Annie Lennox. A mensagem era clara: a beleza sem gênero é incrível e poderosa.
A cantora concluiu a lição dizendo à filha que quem precisava mudar era o mundo, e não ela. Essa atitude mostra a importância de criar um ambiente de aceitação e empoderamento desde cedo. Sem dúvida, todo mundo merece ter uma mãe tão incrível e consciente como Pink.
Katharine Hepburn: A independência em forma de calças

Vencedora de quatro Oscars, a lendária Katharine Hepburn era muito mais do que um talento no cinema. Ela se tornou um verdadeiro símbolo da mulher americana independente e à frente de seu tempo. Sua personalidade forte e sua inteligência transpareciam não apenas em suas atuações, mas também em seu estilo.
Hepburn foi uma das primeiras e mais influentes famosas a popularizar o uso de calças entre as mulheres. Ela não se importava com as convenções da época, que ditavam que mulheres deveriam usar saias e vestidos. Para ela, conforto e praticidade vinham em primeiro lugar, sem abrir mão da elegância.
Ela frequentemente combinava suas calças com coletes e ternos, criando um visual sofisticado e andrógino. Essa escolha de moda era uma extensão de sua personalidade forte e independente. Hepburn nos ensinou que o verdadeiro estilo vem de dentro e não de regras impostas pela sociedade.
Tilda Swinton: A personificação da elegância andrógina

Tilda Swinton possui uma aparência naturalmente andrógina que a torna uma figura magnética e única. Em vez de lutar contra essa característica, a atriz a abraçou como ninguém e a transformou em sua maior força. Ela se tornou um verdadeiro ícone de elegância e modernidade no mundo da moda.
Seu estilo é marcado por looks contemporâneos e neutros, que desafiam qualquer classificação simples. Ela flerta com o masculino, com o feminino e muitas vezes com uma mistura fascinante de ambos. Cada aparição sua no tapete vermelho é uma aula de como ser sofisticada e ousada ao mesmo tempo.
A atriz demonstra um conforto e uma confiança em seu estilo que são verdadeiramente inspiradores. Ela prova que a beleza está na singularidade e que a moda é um campo para a expressão pessoal. Tilda Swinton é a prova viva de que a elegância não tem gênero nem idade.
Jaden Smith: Quebrando barreiras para a nova geração

Filho do astro Will Smith, Jaden Smith rapidamente se tornou uma grande inspiração fashion para os jovens. Ele utiliza sua plataforma para questionar as normas de gênero e incentivar a liberdade de expressão. Seu estilo é uma mistura corajosa de diferentes universos da moda.
Ele combina com naturalidade roupas tradicionalmente masculinas com peças como saias e vestidos. Além disso, não abre mão de acessórios considerados mais femininos, mostrando que tudo é uma questão de atitude. Para Jaden, não existem regras quando se trata de se vestir e se sentir bem.
Sua ousadia lhe rendeu um lugar de destaque na indústria da moda, quebrando uma barreira histórica. Ele foi o primeiro homem a ser escalado para uma campanha de moda feminina da renomada marca Louis Vuitton. Um marco que prova que a moda está, finalmente, se tornando mais inclusiva e diversa.
Twiggy: O ícone cultural com o corte pixie

A supermodelo britânica Twiggy foi muito mais do que um rosto bonito, ela se tornou um verdadeiro ícone cultural dos anos 60. Sua fama explodiu em grande parte devido à sua aparência andrógina, que era completamente diferente de tudo o que se via na época. Ela representava a modernidade e a juventude de uma nova era.
Com um corpo magro e com poucas curvas, ela desafiava o padrão de beleza voluptuoso que dominava até então. Seu cabelo curtinho, o famoso corte pixie, virou uma febre mundial e símbolo de libertação feminina. Ela adorava desfilar com looks que eram considerados masculinos, como terninhos e sapatos baixos.
Twiggy não apenas mudou o mundo da moda, mas também influenciou a cultura pop de maneira profunda. Sua imagem se tornou sinônimo da “Swinging London” e de uma década de grandes transformações. Ela provou que a beleza vem em todas as formas e tamanhos, inspirando milhões de pessoas a aceitarem sua individualidade.
Elliot Page: Conforto e autenticidade em Hollywood

O ator Elliot Page encontrou em seu estilo uma forma poderosa de expressar sua verdadeira identidade. Peças como terno, calça e gravata se tornaram seu “uniforme” oficial nos eventos de Hollywood. Essas escolhas refletem não apenas seu gosto pessoal, mas também sua jornada de autoconhecimento.
Quando está de “folga” dos tapetes vermelhos, seu estilo se torna mais casual, mas sem perder a essência. Jaquetas, blusas largas, botas ou tênis compõem seu guarda-roupa do dia a dia. Ele transmite uma imagem de conforto e autenticidade em cada peça que veste.
Elliot parece tão à vontade e feliz em seu estilo que seria difícil imaginá-lo de outra forma. Sua confiança ao usar roupas que refletem quem ele é serve de inspiração para inúmeras pessoas. Ele nos mostra a importância de alinhar nossa imagem exterior com nosso eu interior.
Kristen Stewart: Do casual ao sofisticado sem gênero

Kristen Stewart é conhecida por sua versatilidade, tanto como atriz quanto como ícone de estilo. No seu dia a dia, ela claramente prefere roupas confortáveis e com uma pegada mais descontraída. Jaquetas de couro, camisetas básicas e gorros são peças frequentes em seus looks casuais.
No entanto, quando pisa no tapete vermelho, a transformação é impressionante, mas sem perder sua essência. Ela aposta em produções sofisticadas e sem gênero, muitas vezes desafiando o dress code tradicional dos eventos. Seus looks de alta-costura frequentemente incorporam elementos masculinos de forma elegante e ousada.
Essa habilidade de transitar entre o casual e o glamouroso, mantendo sempre uma atitude autêntica, é sua grande marca. Kristen prova que não é preciso escolher entre conforto e sofisticação, nem se prender a rótulos. Ela simplesmente veste o que a faz se sentir poderosa e confiante no momento.
A$AP Rocky: Ousadia sem preconceitos na moda

O rapper A$AP Rocky é a prova viva de que a moda não deve ter preconceitos ou barreiras. Ele se veste com uma liberdade contagiante, misturando estilos e referências sem medo de ousar. Seu guarda-roupa é um campo de experimentação constante, onde o único limite é a imaginação.
Este look icônico, com um turbante na cabeça, é apenas um exemplo de sua coragem fashion. Ele já apareceu publicamente usando quimonos, conjuntos de alfaiataria com estampas florais e outras peças que desafiam o convencional. Para ele, a moda é uma forma de arte e diversão.
Sua atitude destemida o consolidou como um dos homens mais estilosos da atualidade. O companheiro da diva Rihanna não se prende a regras e inspira outros homens a saírem da zona de conforto. Ele mostra que é possível ser autêntico e confiante explorando todas as facetas da moda.
Harry Styles: O ícone moderno da fluidez de gênero

Harry Styles se tornou um dos maiores nomes da música pop, e seu estilo é parte fundamental de seu sucesso. Ele tem desafiado constantemente as normas de gênero com suas escolhas de moda ousadas e divertidas. Colares de pérolas, por exemplo, se tornaram uma de suas marcas registradas, mostrando que acessórios não têm gênero.
Além das pérolas, ele frequentemente aparece com botas de salto alto e esmalte colorido nas unhas. Essas escolhas, que poderiam ser consideradas transgressoras, são vistas com naturalidade por seus fãs. Ele conseguiu normalizar a ideia de que homens podem e devem explorar elementos considerados femininos.
O mais interessante é que, ao fazer tudo isso, ele continua sendo visto como um dos homens mais sexy do mundo. Harry Styles provou que a masculinidade não é frágil e que a verdadeira confiança vem de ser autêntico. Ele está redefinindo o que significa ser um ídolo pop masculino no século 21.
Um marco histórico: A capa da Vogue

Em dezembro de 2020, Harry Styles escreveu seu nome na história da moda de forma definitiva. Ele se tornou o primeiro homem a estampar sozinho a capa da prestigiada revista Vogue em seus mais de 100 anos de existência. Foi um momento de grande simbolismo e que gerou conversas ao redor do mundo inteiro.
Para um feito tão importante, a escolha da roupa precisava ser igualmente impactante e significativa. O ex-integrante da banda One Direction não decepcionou e apostou em um look que desafiava todas as convenções. Ele posou usando um magnífico vestido da marca Gucci, combinado com um paletó preto clássico.
Essa imagem rodou o planeta e se tornou um marco na discussão sobre fluidez de gênero na moda. Harry usou sua plataforma para mostrar que roupas são apenas tecidos e que a arte de se vestir não deve ter regras. Ele abriu as portas para uma nova era de liberdade criativa e de expressão.
Quebrando a internet: O look do Met Gala

O Met Gala é conhecido como a “Copa do Mundo da Moda”, e em 2019, Harry Styles foi o grande campeão. O cantor surgiu no tapete vermelho com uma produção poderosa e inesquecível, assinada por Alessandro Michele, da Gucci. O look era uma obra de arte que misturava sensualidade, delicadeza e ousadia.
Ele vestia um macacão de renda preta, com detalhes de transparência e laços, complementado por botas de salto. O visual praticamente quebrou a internet, gerando uma avalanche de comentários e elogios. Foi um momento que definiu sua transição de popstar para um ícone de estilo global.
Até mesmo as pessoas que nunca tinham ouvido falar dele passaram a vê-lo como uma referência de moda. Com aquele look, Harry Styles ajudou a trazer a fluidez de gênero para o mainstream de forma definitiva. Ele provou que a moda masculina pode ser tão emocionante e dramática quanto a feminina.
As inspirações por trás do ícone

Com mais de uma década de carreira, Harry Styles construiu um estilo único, mas que homenageia os grandes mestres. Ele se inspira abertamente nos artistas que mais admira na história da música. Nomes como Prince, David Bowie e Elton John são referências claras em seu guarda-roupa e em sua performance.
Assim como esses ícones, Harry entende que suas roupas são uma extensão de sua arte. Ele as utiliza como uma forma de experimentar, brincar e se expressar sem amarras. Cada look, como este da foto, é uma oportunidade de contar uma história e se divertir no processo.
Ao se inspirar nos pioneiros da androginia, ele continua o legado deles de quebrar barreiras. Harry Styles não está apenas copiando, mas sim reinterpretando essas influências para a sua geração. Ele mostra que a moda é um diálogo contínuo entre o passado, o presente e o futuro.
Marlene Dietrich: A sedução do guarda-roupa masculino

Marlene Dietrich, que já foi a atriz mais bem paga de Hollywood, era uma mulher de personalidade magnética. Ela adorava o conjunto de terninho e calça, uma escolha extremamente ousada para sua época. Essa preferência não era apenas uma questão de estilo, mas uma declaração de poder e independência.
Ela afirmava abertamente que se sentia mais “sedutora” usando roupas que eram consideradas exclusivamente masculinas. Dietrich subverteu a lógica de que a sensualidade feminina estava ligada a saias e decotes. Para ela, a sedução vinha da atitude, do olhar e da confiança que o terno lhe proporcionava.
Sua coragem em adotar o guarda-roupa masculino chocou e fascinou a sociedade da época. Ela não apenas quebrou tabus, mas também redefiniu o que significava ser uma mulher poderosa e atraente. Seu legado como pioneira do estilo andrógino em Hollywood é inegável e eterno.
O smoking que chocou Hollywood

Em 1932, Marlene Dietrich protagonizou um dos momentos mais marcantes da história da moda. Ela marcou presença em uma estreia de filme vestida com um smoking completo, da cabeça aos pés. A escolha do look foi um ato de pura transgressão para os padrões rígidos da Hollywood daquela década.
A estrela chocou a indústria cinematográfica e o público não apenas por quebrar tabus e normas de gênero. O que mais impressionou a todos foi o fato de que ela continuava incrivelmente atraente e sofisticada. Ela não parecia uma mulher “vestida de homem”, mas sim uma mulher poderosa em seu próprio estilo.
Aquele smoking se tornou um símbolo de sua audácia e de sua visão à frente do tempo. Dietrich provou que a elegância e o glamour não estavam confinados a um único tipo de roupa. Ela abriu caminho para que o estilo andrógino fosse visto não como uma esquisitice, mas como uma forma legítima de expressão.
Ruby Rose: A fluidez de gênero como identidade

A atriz Ruby Rose, que ganhou fama mundial como a estrela da série ‘Batwoman’, é uma defensora da liberdade de expressão. Ela se identifica como gênero fluido, e seu estilo pessoal é um reflexo direto dessa identidade. Suas escolhas de moda são consistentes e autênticas, tanto nos tapetes vermelhos quanto no dia a dia.
Ela adora usar roupas neutras, que não se prendem a definições de masculino ou feminino. Em seu guarda-roupa, peças como ternos, camisetas, moletons e tênis são as grandes protagonistas. O conforto e a atitude são os pilares de seu estilo marcante e pessoal.
Sua paixão pela moda sem gênero a levou a ir além e criar sua própria marca. Juntamente com sua ex-noiva Phoebe Dahl, Rose lançou a Scallywags, uma linha de roupas neutras. A iniciativa mostra seu compromisso em oferecer opções para pessoas que, como ela, não se encaixam em padrões tradicionais.
Jean Seberg: A rainha da New Wave francesa

Jean Seberg foi uma das atrizes mais icônicas de sua geração, considerada a musa do diretor Jean-Luc Godard. Ela se tornou a “rainha da New Wave francesa”, um movimento cinematográfico que revolucionou a sétima arte. Seu charme e talento eram complementados por um estilo único e inesquecível.
Ela encantava o público com suas roupas de tamanho grande e com um ar despojado. Calças com as barras dobradas e suéteres largos eram peças constantes em seu visual. Esse estilo, combinado com seu corte pixie único, criava uma imagem de modernidade e sofisticação sem esforço.
O estilo de Seberg influenciou não apenas a moda da época, mas continua a ser uma referência até hoje. Ela provou que a elegância pode estar na simplicidade e na atitude. Sua imagem como ícone do cinema e da moda permanece viva na memória de todos.
Boy George: A extravagância dos New Romantics

Nos anos 80, o movimento New Romantics trouxe uma nova onda de cor e extravagância para a música e a moda. Boy George, o vocalista da banda Culture Club, foi sem dúvida o rosto mais famoso e transgressor desse movimento. Ele não tinha medo de chocar e de usar a moda como uma forma de performance artística.
Ele lançou um visual que era completamente inovador, misturando elementos de diferentes culturas e épocas. Suas maquiagens elaboradas e coloridas eram uma de suas marcas registradas mais fortes. Seus looks misturavam estilos diversos e seus penteados selvagens completavam a imagem icônica.
Boy George não apenas abraçou a androginia, mas a levou a um patamar de teatralidade e fantasia. Ele criou um personagem que era maior que a vida, inspirando milhões de jovens a se expressarem sem medo. Seu impacto na cultura pop é inegável, e seu estilo continua a ser celebrado como um dos mais originais de todos os tempos.
Cara Delevingne: Versatilidade e um smoking inesquecível

A modelo e atriz britânica Cara Delevingne é um verdadeiro camaleão quando se trata de estilo. Seu guarda-roupa parece variar muito de acordo com seu humor e a ocasião, mostrando sua versatilidade. Ela pode ir de saltos altíssimos e vestidos de gala a moletons e jeans descontraídos com a mesma naturalidade.
Dona de um estilo único e de uma personalidade forte, ela não tem medo de quebrar as regras. Um de seus momentos mais icônicos foi no casamento da Princesa Eugenie, no Castelo de Windsor. Enquanto a maioria das convidadas usava vestidos e fascinators, Cara optou por um caminho totalmente diferente.
Ela arrasou ao chegar vestindo um smoking impecável, complementado por uma elegante cartola. O look não apenas quebrou o rígido protocolo real, mas também foi um dos mais elogiados. Cara Delevingne provou que a elegância e o respeito podem vir em diferentes formas, inclusive em um terno bem cortado.
Rei Kawakubo: Vestindo-se “como os meninos”

A designer japonesa Rei Kawakubo é uma das figuras mais influentes e enigmáticas da moda contemporânea. Ela é a mente por trás da marca Comme des Garçons, que fundou na década de 1970. Desde o início, sua visão era radicalmente diferente do que se via nas passarelas.
O próprio nome da marca, que em francês significa “como os meninos”, já revela sua intenção. Kawakubo fundou toda a sua linha de moda feminina com o objetivo literal de se vestir de uma maneira não convencional. Ela questionou as silhuetas, as cores e as formas que definiam o vestuário feminino.
Seu trabalho é conhecido por ser conceitual, desconstrutivista e, muitas vezes, andrógino. Ela não se preocupa em criar roupas “bonitas” no sentido tradicional, mas sim em provocar o pensamento e desafiar o status quo. Rei Kawakubo não é apenas uma designer, é uma artista que usa o tecido como seu meio de expressão.
Chloë Sevigny: O ícone ‘boyish’ dos anos 90

Nos anos 90, Chloë Sevigny se tornou um dos maiores ícones da androginia e do estilo alternativo. Sua imagem estava associada a uma atitude “cool” e despretensiosa que cativou a todos. Ela não seguia tendências, ela as criava com sua autenticidade e originalidade.
Em uma época, ela chegou a aparecer de cabeça raspada, um ato de ousadia que solidificou sua imagem transgressora. Ela era uma grande adepta do estilo que ficou conhecido como ‘boyish’. Sevigny misturava com maestria roupas confortáveis e peças tradicionalmente masculinas em seus looks.
Seu estilo era uma extensão de sua personalidade artística e de seu trabalho em filmes independentes. Ela se tornou a “it girl” de uma geração que buscava referências fora do mainstream. O legado de Chloë Sevigny como ícone de estilo dos anos 90 continua a inspirar a moda até hoje.
Robert Smith: A beleza gótica e ambígua

Enquanto algumas estrelas do rock dos anos 80 incentivavam uma estética andrógina mais glamourosa, Robert Smith foi para um lado completamente diferente. O vocalista da banda The Cure criou uma imagem que era sombria, poética e totalmente única. Ele se tornou o rosto do movimento gótico para o mundo.
Seu visual era intencionalmente imperfeito e dramático, o que o tornava ainda mais magnético. O batom vermelho manchado, o delineador preto borrado e os cabelos selvagemente bagunçados eram sua marca registrada. Ele combinava essa maquiagem com roupas invariavelmente pretas, criando uma silhueta inconfundível.
Até hoje, Robert Smith adota esse estilo gótico e ambíguo que o consagrou. Sua influência ultrapassou a música e inspirou uma legião de fãs em todo o mundo a abraçarem seu lado mais sombrio. Ele provou que a beleza pode ser encontrada na melancolia e na ambiguidade.
Ellen DeGeneres: O conforto ‘moleca’ como marca registrada

A apresentadora de TV Ellen DeGeneres é conhecida por seu bom humor, mas também por seu estilo consistente. Desde os anos 1990, ela é famosa por seu estilo “moleca”, que se tornou sua marca registrada. Ela sempre priorizou o conforto e a praticidade em suas escolhas de moda, sem nunca parecer desleixada.
Ela continua fiel ao que ama e ao que a faz se sentir bem, independentemente das tendências passageiras. Seu guarda-roupa é composto principalmente por ternos bem cortados, calças sob medida e tênis estilosos. É um visual que transmite confiança, elegância e acessibilidade ao mesmo tempo.
O estilo de Ellen influenciou muitas mulheres a se sentirem mais à vontade para adotar um visual mais casual e confortável. Ela nos lembra que não é preciso usar salto alto e vestido para ser elegante e poderosa. A verdadeira elegância está em ser fiel a si mesma e ao seu próprio estilo.
Grace Jones: A sedução em todas as suas formas

Grace Jones é uma força da natureza, uma artista que transcende qualquer categoria simples. A cantora, modelo e atriz icônica construiu uma carreira baseada em sua imagem poderosa e transgressora. Ela mostrou ao mundo que é possível ser sedutora de todas as formas imagináveis.
Em inúmeras ocasiões, ela subverteu os padrões de gênero e de beleza com seus looks andróginos e esculturais. Seus ombros largos, seu corte de cabelo geométrico e suas roupas de vanguarda criaram uma persona única. Ela não tinha medo de parecer forte, intimidadora e, ao mesmo tempo, incrivelmente sensual.
Grace Jones usou seu corpo como uma tela para a arte, desafiando o público a repensar suas noções sobre feminilidade e raça. Sua influência na moda, na música e na arte performática é imensa e duradoura. Ela é um lembrete de que a verdadeira beleza está na coragem de ser diferente.
Patti Smith: A madrinha do punk e o estilo trocado

Conhecida como a “madrinha do punk”, Patti Smith é uma lenda da música e da literatura. Seu estilo de vida boêmio no famoso Chelsea Hotel, em Nova York, influenciou diretamente sua estética. Ela costumava relaxar no hotel com seu grande amor, o fotógrafo Robert Mapplethorpe, e essa relação foi fundamental para seu visual.
O casal tinha o hábito de trocar de roupas, o que acabou moldando o estilo icônico da cantora. Ela incorporou peças do guarda-roupa masculino em seu visual de uma forma orgânica e despojada. Camisas de colarinho, gravatas desalinhadas, ternos, calças e botas se tornaram sua marca registrada.
Esse estilo andrógino e sem esforço era o complemento perfeito para sua música crua e sua poesia visceral. Patti Smith não estava tentando criar uma tendência, ela estava apenas sendo ela mesma. Sua autenticidade a transformou em um ícone de estilo para gerações de artistas e rebeldes.
Agyness Deyn: A camaleoa do estilo britânico

Agyness Deyn surgiu no mundo da moda como um furacão, trazendo uma energia nova e rebelde. A modelo, uma verdadeira camaleoa do estilo britânico, era facilmente reconhecível por seu corte punk-pixie platinado. Ela parecia gravitar naturalmente em direção a estilos mais “masculinos”, misturando o punk com a alfaiataria.
Seu sucesso foi tão grande que ela decidiu levar sua visão de moda para além das passarelas. Em 2014, Agyness Deyn lançou a linha de moda Title A para a Net-A-Porter. A coleção era um reflexo de seu próprio estilo, com peças elegantes, confortáveis e com uma forte pegada ‘boyish’.
Sua marca foi pensada para mulheres que, como ela, apreciam um design minimalista e funcional, mas com atitude. Agyness Deyn mostrou que é possível ser uma supermodelo de sucesso sem se encaixar no molde tradicional. Ela trouxe uma dose de androginia e autenticidade para a indústria da moda.
Kurt Cobain: O grunge e os vestidos florais

O estilo grunge, popularizado nos anos 90, é frequentemente associado a jeans rasgados e camisas de flanela. Kurt Cobain, o icônico vocalista do Nirvana, foi um dos maiores expoentes desse movimento. No entanto, ele foi muito além do básico e usou a moda como uma forma de protesto.
Além dos clássicos do grunge, Cobain também investiu em peças inesperadas como vestidos florais e delineador nos olhos. Ele fazia isso de propósito, apenas para contrariar o limitado e machista “dress code” do rock da época. Era sua maneira de dizer que a masculinidade não precisava ser rígida e agressiva.
Kurt Cobain era, na verdade, um grande entusiasta da androginia e da fluidez de gênero. Ele usava sua enorme fama para desafiar as expectativas e apoiar o feminismo. Seu estilo continua a ser uma inspiração por sua autenticidade e por sua mensagem política poderosa.
Annie Lennox: O poder de uma mulher de terno

A incrível cantora do Eurythmics, Annie Lennox, sempre transitou pela androginia de forma criativa e lúdica. Ela usava a moda, especialmente no palco, para criar personagens e contar histórias. No Grammy de 1984, ela protagonizou um momento que entrou para a história da premiação.
Lennox apareceu no palco vestida como uma versão andrógina de Elvis Presley, chocando e fascinando o público. Anos depois, ela explicou a intenção por trás daquele e de outros looks semelhantes. Ela acreditava que a moda era uma ferramenta poderosa de comunicação e de subversão.
Ela disse: “É uma coisa poderosa quando uma mulher veste algo menos feminino. Ela está dizendo: você deve me olhar um pouco diferente, não serei apenas um objeto sexual para você”. Com essa atitude, Annie Lennox reivindicou seu poder e inspirou inúmeras mulheres a fazerem o mesmo.
Young Thug: Um gângster pode usar um vestido

O rapper Young Thug sempre teve uma abordagem muito liberal e aberta em relação à moda. Certa vez, ele declarou em uma entrevista que não acreditava no conceito de gênero. Essa filosofia, segundo ele, o ajudava na hora de se vestir como bem entendesse, sem se preocupar com opiniões alheias.
Ele provou que falava sério ao escolher o look para a capa de seu álbum ‘Jeffery’, de 2016. Na imagem icônica, ele optou por usar um deslumbrante vestido do estilista Alessandro Trincone. A escolha foi um ato de coragem em um universo, o do hip-hop, muitas vezes associado a uma masculinidade rígida.
Sua justificativa foi simples e direta: “Você pode ser um gângster com um vestido, você pode ser um gângster com calças largas”. Com essa frase, ele resumiu sua visão de que a roupa não define o caráter nem a força de uma pessoa. Young Thug abriu um importante debate sobre masculinidade e moda no rap.
Ezra Miller: A extravagância como forma de arte

Durante a turnê de divulgação do filme ‘Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald’, em 2018, Ezra Miller roubou a cena. O ator surpreendeu a cada aparição no tapete vermelho, transformando a promoção do filme em um desfile pessoal. Ele se tornou o centro das atenções em todos os eventos dos quais participou.
Seus looks eram dramáticos, extravagantes e completamente sem gênero, desafiando qualquer expectativa. Miller se tornou uma verdadeira inspiração para os fashionistas e o queridinho dos estilistas de vanguarda. Cada roupa era uma obra de arte que parecia contar uma história fantástica.
Sua coragem e criatividade o estabeleceram como um dos maiores ícones de estilo da nova geração. Ele usa a moda não apenas para se vestir, mas como uma forma de performance e expressão artística. Ezra Miller nos lembra que a moda pode, e deve, ser divertida, ousada e, acima de tudo, livre.
Andreja Pejic: Revolucionando as passarelas

A modelo australiana Andreja Pejic tem uma história de pioneirismo e superação na indústria da moda. Antes de se assumir como uma mulher trans no final de 2013, ela já estava quebrando barreiras. Ela era conhecida como uma das primeiras e mais bem-sucedidas supermodelos andróginas do mundo.
Sua capacidade de desfilar tanto em passarelas masculinas quanto femininas revolucionou a indústria. Ela desafiou as divisões rígidas de gênero e mostrou que o talento não tem rótulos. Sua beleza única e sua versatilidade a tornaram uma favorita de grandes estilistas como Jean-Paul Gaultier.
Hoje, Andreja é uma das modelos transgêneros mais bem-sucedidas e respeitadas do mundo da moda. Sua trajetória é um exemplo de coragem e autenticidade, inspirando incontáveis pessoas. Ela não apenas construiu uma carreira de sucesso, mas também abriu caminho para uma maior diversidade e inclusão nas passarelas.
Rain Dove: A beleza da ambiguidade

A pergunta “homem ou mulher?” é algo que a modelo americana Rain Dove ouve com frequência. E é justamente essa ambiguidade de gênero que a tornou uma figura tão fascinante e bem-sucedida na moda. Ela conquistou seu espaço na indústria ao abraçar sua aparência única e desafiadora.
Seu sucesso é tão grande que ela passou a ser requisitada tanto para desfiles masculinos quanto femininos. Os estilistas se encantam com sua capacidade de se transformar e de incorporar diferentes personas. Ela prova que o que importa na passarela é a atitude e a capacidade de transmitir a visão do criador.
Em seu Instagram, Dove vai além da moda e usa sua plataforma para educar seus seguidores. Com postagens inteligentes e provocativas, ela prova que gêneros são uma construção social. Rain Dove é uma ativista que usa sua imagem para lutar por um mundo com menos rótulos e mais liberdade.
Lena Waithe: Celebrando a silhueta não convencional

Conhecida por seu trabalho em séries de sucesso como ‘Master of None’ e ‘The Chi’, Lena Waithe é um talento multifacetado. A atriz e roteirista também se destaca por seu estilo pessoal forte e autêntico. Ela abraça com orgulho o oposto da silhueta convencionalmente feminina, criando um visual que é só dela.
Ela claramente se diverte com a moda, usando-a como uma forma de expressão criativa. Suas roupas são cheias de estampas vibrantes, camadas interessantes, chapéus estilosos e penteados únicos. Cada look parece contar uma história sobre sua personalidade e seu estado de espírito.
Ao se vestir, Lena Waithe celebra a liberdade de não se conformar com as expectativas. Ela inspira outras pessoas a encontrarem alegria em suas próprias escolhas de moda, independentemente do que é considerado “normal”. Seu estilo é um lembrete de que a moda deve ser, acima de tudo, uma fonte de autoexpressão e felicidade.