Yoga: Prática milenar ou porta para o ocultismo?

Yoga Prática milenar ou porta para o ocultismo

Yoga, uma prática milenar, enfrenta acusações de ligação ao ocultismo, gerando debates sobre espiritualidade e crenças religiosas.

Yoga, amplamente reconhecida por seus benefícios físicos e mentais, também é alvo de polêmicas devido a alegações de que estaria ligada ao ocultismo e ao satanismo. Essas acusações levantam questões sobre a relação entre práticas orientais e crenças ocidentais.

Críticos como Gabriele Amorth, exorcista do Vaticano, afirmam que o yoga pode desviar praticantes para caminhos espirituais incompatíveis com o cristianismo. Segundo ele, posturas e meditações estão enraizadas em tradições religiosas que promovem crenças como a reencarnação, consideradas heréticas por algumas doutrinas cristãs.

Por outro lado, defensores do yoga argumentam que a prática é uma ferramenta secular para autoconhecimento e bem-estar. Eles destacam que o yoga pode ser adaptado a diferentes contextos culturais e espirituais, promovendo saúde física e mental sem implicações religiosas.

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As raízes espirituais do yoga

A origem do yoga está profundamente conectada ao hinduísmo e budismo, onde é visto como um caminho para iluminação espiritual. A prática inclui meditação, controle da respiração e posturas físicas que buscam alinhar corpo e mente. No entanto, críticos apontam que essas práticas podem abrir portas para influências espirituais indesejadas.

Líderes religiosos e ex-praticantes alertam sobre os riscos espirituais do yoga, associando-o ao ocultismo. Alegações incluem relatos de invocação de entidades espirituais durante práticas avançadas. Apesar disso, muitos praticantes enxergam o yoga como uma disciplina secular focada no bem-estar físico e mental.

A busca por equilíbrio no yoga, segundo especialistas, não precisa estar vinculada a uma divindade específica. Essa visão permite que a prática seja adotada por pessoas de diferentes religiões ou mesmo por agnósticos.

Yoga Prática milenar ou porta para o ocultismo
Prática de yoga em ambiente natural, promovendo equilíbrio e bem-estar. (Imagem: Reprodução/Divulgação)

O debate entre tradição e modernidade

No Ocidente, o yoga passou por adaptações para torná-lo mais acessível. Aulas em academias enfatizam benefícios físicos como flexibilidade e redução do estresse, minimizando aspectos filosóficos e espirituais. Essa abordagem tem atraído um público diversificado.

No entanto, puristas criticam essa adaptação como uma descaracterização da essência do yoga. Para eles, desconectar a prática de suas raízes culturais prejudica sua autenticidade. Por outro lado, essa flexibilização permite que pessoas de diferentes crenças se beneficiem da prática sem conflitos religiosos.

A ideia de um yoga laico, desvinculado de tradições religiosas, também gera debates sobre apropriação cultural. Instrutores destacam que é possível respeitar as origens da prática enquanto se adapta às necessidades modernas.

O futuro do yoga no Ocidente

A popularidade crescente do yoga no Ocidente deve manter vivo o debate sobre sua natureza e propósito. Enquanto alguns o veem como incompatível com certas crenças religiosas, outros o consideram uma ferramenta valiosa para saúde e autoconhecimento.

O desafio será equilibrar respeito às raízes culturais do yoga com sua adaptação às demandas contemporâneas. Praticantes e instrutores precisam encontrar formas de preservar sua essência enquanto atendem a um público diverso.

No centro dessa controvérsia está a capacidade do yoga de inspirar milhões de pessoas ao redor do mundo a buscar uma vida mais saudável e equilibrada, independentemente das interpretações religiosas ou culturais associadas à prática.

Fonte: Expresso.