Exploradores acreditam ter encontrado os destroços do avião da pioneira da aviação, desaparecida há quase 90 anos.

O desaparecimento de Amelia Earhart e seu navegador Fred Noonan, em 1937, permanece como um dos maiores mistérios da história da aviação. A dupla desapareceu durante uma tentativa de dar a volta ao mundo em um avião Lockheed Electra. Apesar das buscas intensas na época, nem os corpos nem os destroços foram encontrados.

Recentemente, a empresa Deep Sea Vision anunciou ter capturado imagens de sonar que podem revelar os restos da aeronave no fundo do Oceano Pacífico. As imagens mostram uma estrutura que se assemelha ao formato de um avião da década de 1930, localizada a cerca de 160 km da Ilha Howland, último destino planejado pela aviadora.

A descoberta reacendeu o interesse global pelo caso. Embora ainda não haja confirmação definitiva, a equipe liderada por Tony Romeo planeja retornar ao local com equipamentos mais avançados para validar a hipótese.

Leia também: Alicudi, a ilha italiana cercada por lendas de mulheres voadoras

Como o desaparecimento ocorreu

Amelia Earhart e Fred Noonan partiram em julho de 1937 para completar sua volta ao mundo. Durante o trecho final da viagem, entre a Austrália e o Havaí, eles deveriam pousar na pequena Ilha Howland, mas nunca chegaram ao destino. Acredita-se que o avião tenha ficado sem combustível e caído no oceano.

A missão de resgate mobilizou dezenas de aviões e navios, cobrindo uma vasta área do Pacífico. Contudo, nenhum vestígio foi encontrado, levando à declaração oficial de morte de ambos em 1939. Desde então, o caso gerou inúmeras teorias e expedições em busca de respostas.

A hipótese predominante é que o avião caiu próximo à Ilha Howland. As novas imagens capturadas pela Deep Sea Vision reforçam essa teoria, mas também levantam questões sobre o que realmente aconteceu naquele dia fatídico.

O papel da tecnologia na busca

A tecnologia moderna tem desempenhado um papel crucial na tentativa de resolver o mistério do voo de Amelia Earhart. A Deep Sea Vision utilizou sonares avançados para mapear o fundo do oceano em áreas estratégicas próximas à Ilha Howland. O equipamento capturou imagens que mostram contornos semelhantes aos de um Lockheed Electra.

Segundo Tony Romeo, CEO da empresa e ex-oficial da Força Aérea dos EUA, não há registros de outros acidentes aéreos na região que possam explicar a estrutura identificada. Ele acredita que as características observadas nas imagens são consistentes com as do avião desaparecido em 1937.

A equipe planeja retornar ao local com câmeras submarinas e veículos não tripulados para obter imagens mais detalhadas. Caso confirmada, essa descoberta seria um marco histórico na aviação e na exploração marítima.

Impacto cultural e legado de Amelia Earhart

Mesmo décadas após seu desaparecimento, Amelia Earhart continua sendo uma figura inspiradora. Pioneira na aviação feminina, ela foi a primeira mulher a cruzar o Oceano Atlântico pilotando sozinha. Sua coragem e determinação abriram caminhos para gerações futuras.

A história de Earhart também alimentou a imaginação popular, gerando livros, filmes e teorias conspiratórias. Algumas hipóteses sugerem que ela poderia ter sido capturada por forças militares ou sobrevivido em uma ilha deserta. Apesar das especulações, nenhuma evidência concreta foi encontrada até agora.

A possível descoberta dos destroços pode finalmente trazer respostas sobre seu destino e encerrar um capítulo importante da história da aviação. No entanto, independentemente do resultado das buscas, Amelia Earhart continuará sendo lembrada como uma lenda e um símbolo de perseverança.

Fonte: Mega Curioso.