Empresário investe milhões em tratamentos inovadores para reverter o envelhecimento e desafiar os limites da ciência.

O empresário americano Bryan Johnson, conhecido por sua obsessão em alcançar a juventude eterna, é o protagonista de um novo documentário da Netflix. Com práticas que vão desde uma dieta vegana rigorosa até a ingestão de mais de 100 comprimidos diários, ele busca reverter sua idade biológica para a de um jovem de 18 anos. O filme explora os limites da ciência e os desafios éticos envolvidos nessa jornada.

Após vender sua empresa Braintree ao PayPal por US$ 800 milhões, Johnson decidiu investir sua fortuna em um projeto ambicioso: retardar o envelhecimento. Para isso, desenvolveu o protocolo Blueprint, que inclui monitoramento constante da saúde, uso de luz infravermelha e uma rotina disciplinada de exercícios físicos. Apesar das críticas, ele afirma que seu objetivo é inspirar outros a adotarem hábitos saudáveis.

Entre as práticas mais polêmicas do empresário está a transfusão de plasma sanguíneo, que envolveu até mesmo seu filho adolescente. Embora tenha abandonado essa técnica após questionamentos sobre sua eficácia, Johnson continua a explorar métodos inovadores para prolongar sua vitalidade.

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O protocolo Blueprint: Ciência ou obsessão?

O protocolo Blueprint, criado por Bryan Johnson, é uma abordagem científica que visa desacelerar o envelhecimento. Ele inclui medições diárias de biomarcadores, como peso e índice de massa corporal, além do uso de tecnologias avançadas, como painéis de luz infravermelha. Segundo Johnson, esses métodos ajudam a ajustar o relógio biológico e melhorar a saúde geral.

Com uma equipe composta por 30 profissionais da saúde e um investimento anual estimado em R$ 10 milhões, Johnson transformou sua residência em uma clínica particular. Sua rotina inclui acordar às 4h30 da manhã, dormir às 20h30 e seguir uma dieta vegana restrita com menos de 2.000 calorias diárias.

No entanto, especialistas levantam preocupações sobre os possíveis efeitos colaterais desse estilo de vida extremo. O consumo excessivo de medicamentos e a rigidez das dietas são apontados como potenciais riscos à saúde mental e física do empresário.

A controvérsia das transfusões de plasma

Uma das práticas mais controversas adotadas por Bryan Johnson foi a transfusão de plasma sanguíneo. O empresário chegou a receber plasma do próprio filho adolescente e transferir seu plasma para o pai idoso. Apesar das críticas e da falta de evidências científicas robustas, ele acreditava que essa técnica poderia rejuvenescer seu organismo.

A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) alertou sobre os riscos dessa prática, levando Johnson a abandoná-la. Ainda assim, ele defende que experimentos como esses são essenciais para avançar no campo da longevidade humana.

Além das transfusões, Johnson também utiliza dispositivos tecnológicos para monitorar sua saúde. Um exemplo é o uso de um anel peniano durante o sono para medir ereções noturnas, dados que ele considera úteis para avaliar sua vitalidade.

A busca pela juventude eterna: Inovação ou ilusão?

A história de Bryan Johnson levanta questões importantes sobre os limites éticos e científicos da busca pela longevidade. Enquanto alguns veem suas práticas como uma forma revolucionária de explorar o potencial humano, outros as consideram exageradas e arriscadas.

Johnson afirma que seu objetivo não é apenas prolongar sua própria vida, mas também compartilhar suas descobertas com o mundo. Ele planeja lançar versões acessíveis do protocolo Blueprint e comercializar produtos como azeite de oliva premium. No entanto, críticos questionam se essas iniciativas realmente promovem saúde ou apenas alimentam um mercado lucrativo.

Independentemente das opiniões divergentes, a trajetória do empresário reflete um desejo universal: viver mais e melhor. Seu documentário na Netflix promete inspirar debates sobre o futuro da medicina e os desafios éticos da busca pela imortalidade.

Fonte: Aventuras na História.