
A crise invisível que une Paris a uma capital brasileira
Por trás dos cartões-postais de grandes cidades, uma crise humanitária silenciosa cresce a cada dia.
Você já parou para pensar na dimensão da crise de moradia que afeta o nosso planeta? Segundo o Fórum Econômico Mundial, em 2021, cerca de 150 milhões de pessoas não tinham um lar, o que representa aproximadamente 2% de toda a população global. Infelizmente, a tendência é que esse número continue a subir de forma alarmante.
Diversos fatores ajudam a explicar por que tantas pessoas acabam vivendo nas ruas, mas dois deles se destacam de maneira trágica. O aumento contínuo dos aluguéis e a gritante escassez de moradias com preços acessíveis são os principais vilões dessa história. Essa combinação explosiva empurra famílias e indivíduos para uma situação de extrema vulnerabilidade.
Para entender melhor esse cenário, mergulhamos nos dados mais recentes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do Yahoo News. A análise foca na maior cidade de cada país como um termômetro para a crise habitacional. Prepare-se para conhecer a realidade de 30 lugares ao redor do mundo, incluindo um caso brasileiro que é particularmente grave.
30. Talín, Estônia

Na Estônia, os números de 2023 revelam uma situação que merece atenção e cuidado. Estimava-se que 1.068 pessoas estavam vivendo em situação de rua em todo o país. Esse dado, embora pareça pequeno em comparação com outros, representa vidas em extrema dificuldade.
Sendo a capital e o coração econômico da nação, Talín naturalmente concentra uma parte significativa dessa população vulnerável. A cidade histórica, conhecida por sua beleza medieval, também enfrenta os desafios modernos da desigualdade social. É um contraste que nos força a refletir sobre as prioridades de uma sociedade.
Cada número nessa estatística conta a história de uma pessoa que perdeu seu porto seguro. A luta pela moradia digna é um desafio global que se manifesta de formas diferentes em cada local. A situação em Talín é um lembrete de que nenhum lugar está imune a essa crise.
29. Reykjavik, Islândia

A Islândia, uma ilha fascinante localizada entre os oceanos Ártico e Atlântico Norte, é conhecida por suas paisagens espetaculares. Sua capital, Reykjavik, é a cidade mais populosa e o centro da vida islandesa. No entanto, nem mesmo esse paraíso natural escapa dos problemas sociais complexos.
Em 2023, as estimativas apontavam para cerca de 1.272 pessoas em situação de rua no país. Esse número mostra que a crise habitacional pode afetar até mesmo nações com alta qualidade de vida. A vulnerabilidade social é uma questão que ultrapassa fronteiras e climas.
Para um país com uma população relativamente pequena, cada indivíduo sem teto representa um impacto profundo no tecido social. A situação em Reykjavik nos faz questionar como as políticas públicas podem ser mais eficazes. Garantir um lar para todos é um dever que se impõe em qualquer lugar do mundo.
28. Atenas, Grécia

A Grécia, com sua história milenar e contribuições inestimáveis para a humanidade, enfrenta um drama contemporâneo. Dados recentes indicam um número estimado de 1.387 pessoas vivendo sem um lar no país. É uma ferida aberta em uma nação que já passou por tantas provações econômicas.
Atenas, a icônica capital, é o palco principal dessa triste realidade. A cidade que um dia foi o centro do pensamento e da democracia hoje vê parte de sua população em extrema vulnerabilidade. As ruas que viram filósofos e estadistas agora abrigam pessoas lutando pela sobrevivência.
Esse cenário mostra como as crises econômicas podem deixar cicatrizes profundas e duradouras. A falta de moradia é uma das consequências mais visíveis e cruéis da instabilidade financeira. A luta do povo grego por dignidade continua, e garantir moradia é um capítulo essencial dessa jornada.
27. Tóquio, Japão

Tóquio é uma megacidade que pulsa com mais de nove milhões de habitantes, um verdadeiro epicentro de tecnologia e cultura. No entanto, por trás da fachada de modernidade e ordem, existe uma faceta menos conhecida. Em 2023, aproximadamente 3.065 pessoas viviam sem moradia na capital japonesa.
Este número, embora possa parecer pequeno para uma cidade de seu porte, revela uma falha no sistema de proteção social. Em uma sociedade que valoriza tanto a comunidade e a estabilidade, a existência de desabrigados é um paradoxo doloroso. A pressão econômica e o custo de vida elevado são fatores cruciais nesse contexto.
A situação em Tóquio nos lembra que o progresso tecnológico não garante automaticamente o bem-estar social para todos. A luta por um teto é uma batalha silenciosa travada nas sombras dos arranha-céus. É um desafio humano que persiste mesmo nos lugares mais desenvolvidos do planeta.
26. Oslo, Noruega

Oslo, a capital e cidade mais populosa da Noruega, é frequentemente associada a um alto padrão de vida. O país é conhecido por seu robusto estado de bem-estar social e indicadores exemplares. No entanto, a realidade da falta de moradia também se faz presente ali.
As estimativas apontam para um número de 3.335 pessoas sem-teto em toda a Noruega. Esse dado serve como um alerta importante sobre a complexidade do problema. A crise habitacional pode persistir mesmo em economias fortes e sociedades organizadas.
O cenário em Oslo demonstra que a luta contra a falta de moradia exige vigilância e políticas constantes. Nenhum sistema é perfeito, e a vulnerabilidade pode surgir onde menos se espera. É um lembrete de que a dignidade humana deve ser sempre a prioridade máxima.
25. Liubliana, Eslovênia

Liubliana não é apenas a capital, mas também o coração político e cultural da Eslovênia. É uma cidade charmosa e vibrante, que atrai visitantes de todo o mundo. Contudo, por baixo dessa superfície encantadora, residem desafios sociais significativos.
Estima-se que o país tenha 3.545 pessoas em situação de rua, um número considerável para sua população. A capital, Liubliana, absorve uma parcela importante desse contingente, refletindo as pressões econômicas locais. A falta de moradia acessível é um problema que não escolhe endereço.
Essa estatística nos convida a olhar além dos cartões-postais e a enxergar as realidades humanas. Cada cidade, não importa o seu tamanho, é um microcosmo das lutas globais por justiça social. A situação na Eslovênia reforça a urgência de soluções habitacionais inclusivas.
24. Helsinque, Finlândia

Helsinque, a capital e cidade mais populosa da Finlândia, enfrenta um cenário desafiador. Em 2023, estimava-se que 3.686 pessoas viviam nas ruas do país. No entanto, a Finlândia se destaca por sua abordagem proativa para resolver essa questão.
A nação implementou um programa revolucionário chamado “Housing First”, que pode ser traduzido como “Habitação em Primeiro Lugar”. A premissa é simples e poderosa: oferecer uma casa primeiro, para depois tratar de outras questões sociais. Essa filosofia humaniza o tratamento dado à população vulnerável.
Com essa iniciativa, a Finlândia tem a meta ambiciosa de eliminar o problema dos sem-teto até 2027. É um exemplo inspirador de como a vontade política e a inovação social podem transformar vidas. O mundo inteiro está de olho no sucesso desse programa notável.
23. Jerusalém, Israel

Jerusalém é uma cidade de imenso significado histórico e religioso, com uma população que ultrapassa um milhão de habitantes. No entanto, em meio à sua rica tapeçaria cultural, a cidade também lida com problemas sociais urgentes. A questão da moradia é uma delas, refletindo tensões mais amplas.
De acordo com dados da OCDE, estimava-se que 3.900 pessoas ficaram sem teto em Israel em 2023. Sendo a maior cidade do país, Jerusalém concentra uma porção significativa dessa população. É uma realidade dura que coexiste com a espiritualidade do lugar.
Este número revela que a complexidade política e social da região também se reflete na vida cotidiana dos mais vulneráveis. A luta por um espaço seguro para viver é uma necessidade humana fundamental. Em Jerusalém, essa busca ganha contornos ainda mais dramáticos.
22. Vilnius, Lituânia

Vilnius, a capital e cidade mais populosa da Lituânia, é um tesouro arquitetônico no coração dos Estados Bálticos. Conhecida por seu centro histórico barroco, a cidade atrai olhares por sua beleza. Mas, para além da estética, há uma realidade social que precisa ser discutida.
Em 2023, a Lituânia registrou aproximadamente 4.317 pessoas vivendo em situação de rua. Como principal centro urbano do país, Vilnius reflete essa estatística em suas ruas e praças. É um desafio que testa a capacidade de resposta das políticas sociais locais.
Esse número nos mostra que o crescimento econômico pós-soviético não beneficiou a todos da mesma forma. A transição para o capitalismo deixou alguns para trás, e a falta de moradia é uma de suas faces mais cruéis. A jornada da Lituânia em direção a uma sociedade mais justa passa, inevitavelmente, pela questão da habitação.
21. San José, Costa Rica

A Costa Rica é mundialmente famosa por sua natureza exuberante e seu lema “Pura Vida”. No entanto, a realidade de parte de sua população contrasta com essa imagem idílica. O país centro-americano também enfrenta uma séria crise de moradia.
Com base em estimativas da OCDE, a Costa Rica tinha aproximadamente 5.786 pessoas sem-teto em 2023. A capital, San José, sendo a cidade mais populosa, é o epicentro dessa crise. É lá que a maior concentração de pessoas em situação de rua pode ser encontrada.
Este cenário evidencia que a estabilidade política e o foco na ecologia não são suficientes para erradicar a pobreza. A desigualdade social persiste e se manifesta na falta de um direito básico como a moradia. O desafio para a Costa Rica é fazer com que a “Pura Vida” seja uma realidade para todos os seus cidadãos.
20. Copenhagen, Dinamarca

Copenhagen, a capital e cidade mais populosa da Dinamarca, é frequentemente listada como um dos melhores lugares para se viver. O design, a cultura da bicicleta e a felicidade de seus habitantes são mundialmente famosos. Mesmo assim, a cidade não está imune à crise global de moradia.
Dados recentes da OCDE estimam que 5.789 pessoas não possuem um lar no país. Esse número pode surpreender, dada a reputação da Dinamarca como um forte estado de bem-estar social. Isso mostra a persistência do problema mesmo em contextos favoráveis.
A situação em Copenhagen nos ensina uma lição valiosa sobre a complexidade da desigualdade. A prosperidade geral de um país não elimina automaticamente as bolsas de vulnerabilidade. A luta por moradia digna é uma batalha contínua, mesmo nos lugares mais felizes da Terra.
19. Riga, Letônia

Riga não é apenas a capital da Letônia, mas a cidade mais populosa de todos os estados bálticos. Com sua rica história e arquitetura Art Nouveau, ela é um polo cultural e econômico da região. No entanto, esse status também traz consigo desafios sociais significativos.
A cidade ocupa a 19ª posição neste ranking preocupante, com cerca de 5.997 pessoas sem moradia no país em 2023. Este número coloca a Letônia em uma situação delicada, lutando para equilibrar crescimento e inclusão social. A pressão sobre os serviços sociais é imensa.
A realidade em Riga é um reflexo das dificuldades enfrentadas por muitas nações do antigo bloco soviético. A transição econômica trouxe oportunidades, mas também aprofundou desigualdades. Garantir um teto para todos é um passo fundamental para consolidar um futuro mais próspero e justo.
18. Seul, Coreia do Sul

Seul é uma metrópole vibrante, lar de mais de nove milhões de pessoas e capital da Coreia do Sul. Conhecida por sua tecnologia de ponta e cultura pop influente, a cidade é um símbolo de modernidade. Mas, por trás do brilho do K-pop e dos gigantes da eletrônica, há uma crise social.
De acordo com dados recentes da OCDE, o país registrou 8.469 pessoas em situação de rua. A competitividade extrema e o alto custo de vida em Seul contribuem significativamente para esse número. A pressão para o sucesso pode, paradoxalmente, levar à exclusão.
Este cenário mostra que o desenvolvimento econômico acelerado nem sempre se traduz em segurança para todos. A Coreia do Sul, uma nação que se reergueu de forma espetacular no último século, agora enfrenta o desafio interno de cuidar dos seus mais vulneráveis. É uma batalha silenciosa em meio à agitação da grande cidade.
17. Lisboa, Portugal

Lisboa, a capital ensolarada e cheia de história de Portugal, tem atraído cada vez mais turistas e expatriados. No entanto, essa popularidade trouxe consigo uma consequência amarga: uma forte crise de habitação. Os preços dos aluguéis dispararam, tornando a vida insustentável para muitos moradores locais.
Dados recentes sugerem um número alarmante, com estimativas de 10.773 pessoas vivendo nas ruas do país. Lisboa, como centro econômico e cidade mais populosa, sente o impacto dessa crise de forma aguda. O boom imobiliário que enriqueceu alguns, deixou muitos outros para trás.
A situação em Portugal é um alerta sobre os perigos da gentrificação e da especulação imobiliária descontrolada. A alma de uma cidade reside em seu povo, e quando eles não podem mais pagar para viver ali, a cidade perde sua identidade. É uma luta difícil entre o progresso econômico e a justiça social.
16. Dublin, Irlanda

Dublin, a capital e maior cidade da Irlanda, é conhecida por sua atmosfera vibrante e povo acolhedor. No entanto, a Ilha Esmeralda tem lidado com uma crise de moradia cada vez mais severa. O problema se tornou uma das questões sociais mais prementes do país.
Em 2023, a Irlanda registrou um número chocante de mais de 13 mil pessoas sem-teto. Esse dado inclui muitas famílias e crianças, o que torna a situação ainda mais trágica. A falta de moradias acessíveis e o aumento dos aluguéis são os principais culpados.
O governo irlandês está sob intensa pressão para encontrar soluções eficazes e rápidas. A crise mancha a reputação do país como um lugar de oportunidades e bem-estar. Para muitos irlandeses, a busca por um lar seguro se tornou uma batalha diária.
15. Viena, Áustria

Localizada às margens do rio Danúbio, Viena é a capital da Áustria e uma cidade famosa por sua qualidade de vida. A música clássica, a arquitetura imperial e os cafés charmosos compõem sua imagem elegante. Contudo, essa sofisticação convive com uma realidade social complexa.
Estimativas recentes sugerem que a Áustria tenha 19.667 pessoas em situação de rua. Viena, como a cidade mais populosa, naturalmente abriga uma grande parte dessa população. É um número que desafia a percepção de Viena como uma cidade quase perfeita.
Apesar de possuir um dos sistemas de habitação social mais elogiados do mundo, o desafio persiste. Isso demonstra que a luta contra a falta de moradia é um esforço contínuo e multifacetado. Mesmo os melhores sistemas precisam se adaptar para não deixar ninguém para trás.
14. Santiago, Chile

Santiago, a capital e maior cidade do Chile, está situada em um vale espetacular aos pés da Cordilheira dos Andes. No entanto, a beleza natural da paisagem contrasta com uma crise social crescente. Estimativas recentes apontam que 20.775 pessoas estão em situação de rua no país.
Diversos fatores contribuem para este cenário alarmante, criando uma tempestade perfeita. Uma recessão econômica induzida pela pandemia, uma crise de moradia preexistente e um grande fluxo de imigrantes agravaram a situação. O resultado é um aumento dramático na população sem-teto do Chile.
O desafio para Santiago e para o Chile como um todo é enorme e complexo. Lidar com essas crises sobrepostas exige políticas públicas integradas e um forte senso de solidariedade. A dignidade de milhares de pessoas depende das respostas que serão dadas a esse problema.
13. Madri, Espanha

Madri, a capital e cidade mais populosa da Espanha, é um centro de arte, cultura e vida noturna. Suas praças movimentadas e museus de renome mundial atraem milhões de visitantes todos os anos. Mas, para uma parte da população, a realidade é muito menos glamorosa.
Dados recentes sugerem que aproximadamente 28.552 pessoas não têm uma casa na Espanha. Madri, como principal metrópole do país, concentra uma parcela significativa desse problema. É uma crise silenciosa que se desenrola nas ruas de uma das cidades mais vibrantes da Europa.
A recuperação econômica da Espanha após a crise de 2008 não alcançou a todos. A precariedade do emprego e o alto custo da moradia continuam a ser grandes desafios. Para milhares de pessoas, o sonho de uma vida estável permanece fora de alcance.
12. Varsóvia, Polônia

Varsóvia, a capital e cidade mais populosa da Polônia, é um símbolo de resiliência. A cidade foi quase completamente destruída durante a Segunda Guerra Mundial e meticulosamente reconstruída. Hoje, é um centro dinâmico de negócios e cultura.
Apesar dessa história de superação, Varsóvia enfrenta os mesmos desafios de muitas outras capitais europeias. Estima-se que haja 30.330 pessoas sem moradia em todo o país. Esse número reflete as complexidades da transição econômica e social da Polônia.
Para uma nação que valoriza tanto sua capacidade de se reerguer, a questão dos sem-teto é particularmente sensível. A luta agora é para garantir que o progresso do país inclua os mais vulneráveis. É a próxima grande reconstrução que a Polônia precisa empreender: a reconstrução do tecido social.
11. Amsterdã, Holanda

A charmosa Amsterdã, capital da Holanda, é mundialmente famosa por seus canais, bicicletas e espírito liberal. É uma cidade que parece ter encontrado um equilíbrio perfeito entre história e modernidade. No entanto, dados recentes mostram uma tendência preocupante.
Informações de 2023 sugerem que a população sem-teto no país aumentou, com uma estimativa de 30.600 pessoas em situação de rua. Este crescimento é um sinal de alerta em uma nação conhecida por sua organização e prosperidade. O custo de vida em cidades como Amsterdã é um fator chave.
O aumento do número de desabrigados na Holanda mostra que nenhum país pode se dar ao luxo de relaxar. A crise habitacional é um problema dinâmico que exige soluções constantes e adaptáveis. A beleza de Amsterdã não pode esconder a dura realidade enfrentada por milhares de pessoas.
10. Estocolmo, Suécia

Entrando no top 10, encontramos Estocolmo, a capital da Suécia. O país é frequentemente visto como um modelo de estado de bem-estar social e igualdade. No entanto, a realidade no terreno mostra que o modelo sueco está sob forte pressão.
As estimativas sugerem que há 33.269 pessoas vivendo nas ruas da Suécia. Relatórios indicam que o aumento acentuado dos preços das moradias contribuiu significativamente para esse crescimento. O acesso a uma casa tornou-se um grande desafio para muitos suecos.
Essa situação coloca em xeque a imagem de uma sociedade perfeitamente equitativa. A crise habitacional está erodindo um dos pilares do famoso modelo nórdico. A Suécia enfrenta agora a tarefa de adaptar suas políticas para garantir que ninguém fique sem um lar.
9. Bogotá, Colômbia

Bogotá, a capital e cidade mais populosa da Colômbia, é uma metrópole vibrante e complexa. Situada a mais de 2.600 metros acima do nível do mar, a cidade é o coração político e econômico do país. Ela também reflete as profundas desigualdades sociais da Colômbia.
De acordo com os dados mais recentes disponíveis, de 2018, havia aproximadamente 34.091 pessoas sem-teto no país. Esse número é um reflexo de décadas de conflito interno, deslocamento forçado e pobreza estrutural. Bogotá absorve grande parte dessa população vulnerável.
Embora os dados não sejam tão recentes, eles pintam um quadro preocupante da situação. A busca pela paz na Colômbia está intrinsecamente ligada à busca por justiça social. Oferecer um futuro digno para as pessoas em situação de rua é parte essencial desse processo.
8. Toronto, Canadá

Toronto é a cidade mais populosa do Canadá e a capital da província de Ontário. Conhecida por sua diversidade cultural e qualidade de vida, a cidade atrai pessoas de todo o mundo. No entanto, o sonho canadense tem se tornado cada vez mais difícil para muitos.
Estima-se que o país tenha 40.713 pessoas em situação de rua, um número que tem crescido nos últimos anos. Toronto, com seu mercado imobiliário superaquecido, é o epicentro dessa crise. O custo de vida disparou, tornando a moradia inacessível para uma parcela crescente da população.
O Canadá, um país que se orgulha de sua rede de segurança social, está lutando para lidar com o problema. A crise dos sem-teto em cidades como Toronto expõe as rachaduras no sistema. É um desafio urgente para uma nação que se vê como um farol de inclusão.
7. Bratislava, Eslováquia

A Eslováquia apresenta um dos cenários mais preocupantes desta lista, com números surpreendentemente altos. Em 2023, o país tinha mais de 71 mil pessoas em situação de rua. É uma estatística chocante para uma nação com pouco mais de 5 milhões de habitantes.
Bratislava, a capital e cidade mais populosa, naturalmente concentra uma parcela significativa dessa população vulnerável. A cidade, localizada às margens do Danúbio, enfrenta uma crise social de grandes proporções. A transição para a economia de mercado teve um custo humano elevado.
Esses números colocam a Eslováquia em uma posição crítica na Europa. A necessidade de políticas habitacionais urgentes e eficazes é inegável. O futuro do país depende de sua capacidade de resolver essa crise humanitária.
6. Roma, Itália

Roma, a capital da Itália, é um museu a céu aberto, repleta de história, arte e cultura. Como o município mais populoso e extenso do país, a “Cidade Eterna” é um lugar de contrastes. A beleza de seus monumentos convive com a dura realidade da pobreza urbana.
De acordo com os dados mais recentes disponíveis, estima-se que existam 96.197 pessoas vivendo nas ruas da Itália. Roma, com sua imensa população e desafios econômicos, é um dos principais focos do problema. É um número que se aproxima da marca de cem mil pessoas.
A instabilidade econômica e a burocracia são fatores que dificultam a implementação de soluções eficazes. A Itália luta para encontrar respostas para uma crise que afeta a dignidade de dezenas de milhares de seus cidadãos. A grandiosidade de Roma não pode ofuscar essa emergência social.
5. Auckland, Nova Zelândia

Auckland, a cidade mais populosa da Nova Zelândia, é um lugar conhecido por sua beleza natural e estilo de vida descontraído. A cidade abriga mais de 32% da população total do país, sendo um importante centro econômico. No entanto, a Nova Zelândia enfrenta uma das piores crises de moradia do mundo desenvolvido.
De acordo com os dados mais recentes, havia incríveis 102.123 pessoas sem um teto para viver no país. Esse número é extremamente alto para uma nação de cerca de 5 milhões de habitantes. A crise é tão grave que o termo “sem-teto” inclui pessoas vivendo em carros, garagens ou abrigos superlotados.
O alto custo da habitação em Auckland é o principal motor dessa crise. A especulação imobiliária e a falta de oferta de casas acessíveis criaram uma situação insustentável. A Nova Zelândia, muitas vezes vista como um paraíso, tem um sério problema social a resolver.
4. Praga, República Tcheca

Praga, a capital e cidade mais populosa da República Tcheca, é uma das cidades mais bonitas e visitadas da Europa. Seu centro histórico parece saído de um conto de fadas, com pontes, castelos e um relógio astronômico famoso. Mas, para muitos, a vida na República Tcheca está longe de ser um conto de fadas.
O país tinha cerca de 104.818 pessoas sem-teto em 2023. Este número coloca a nação em uma posição de destaque negativo no cenário europeu. A transição para o capitalismo trouxe prosperidade, mas também deixou um rastro de vulnerabilidade.
Praga, como principal destino turístico e centro econômico, sente a pressão dessa crise. O boom do turismo inflacionou os preços dos imóveis, dificultando a vida dos moradores locais. O desafio é conciliar o sucesso econômico com a proteção social para todos.
3. Sydney, Austrália

Chegamos ao pódio deste ranking preocupante, e o terceiro lugar é ocupado por Sydney, a cidade mais populosa da Austrália. Conhecida por sua icônica Ópera e praias deslumbrantes, Sydney é um dos lugares mais desejados para se viver no mundo. No entanto, esse desejo tem um preço muito alto.
De acordo com os dados mais recentes, havia 122.494 pessoas vivendo nas ruas do país. O mercado imobiliário de Sydney é um dos mais caros do planeta, tornando a moradia inacessível para muitos. A “sorte” australiana parece não se aplicar a todos.
A crise afeta jovens, idosos e famílias, mostrando que o problema é generalizado. O governo australiano enfrenta uma enorme pressão para agir e construir mais moradias sociais. A imagem de um país descontraído e próspero é manchada por essa grave crise humanitária.
2. Berlim, Alemanha

Em um chocante segundo lugar está Berlim, a capital e maior cidade da Alemanha. Com uma população de aproximadamente 3,85 milhões de habitantes, Berlim é um centro de criatividade, história e política. Mas também é o lar de uma população massiva de pessoas sem-teto.
As estimativas mais recentes sugerem que há impressionantes 262.600 pessoas sem teto na Alemanha. Este número coloca a maior economia da Europa em uma posição extremamente delicada. A crise dos refugiados e a falta de moradias acessíveis são fatores que contribuem para o problema.
Berlim, que já foi uma cidade conhecida por seus aluguéis baixos, viu os preços dispararem na última década. A cidade que simboliza a reunificação e a liberdade agora enfrenta o desafio de garantir um direito básico para centenas de milhares de pessoas. É uma crise de proporções épicas no coração da Europa.
1. Paris, França

No topo da lista, como a cidade com a maior população de sem-teto do mundo, está Paris. A capital e cidade mais populosa da França, conhecida como a “Cidade Luz”, enfrenta uma escuridão social profunda. A imagem romântica de Paris esconde uma realidade trágica para muitos.
As moradias caríssimas e a crescente diferença entre a renda e o custo de vida contribuíram para um número avassalador. Estima-se que 333 mil pessoas vivam nas ruas do país, um número verdadeiramente devastador. Paris é o epicentro dessa catástrofe humanitária.
Liderar este ranking é uma honra que nenhuma cidade deseja. A situação em Paris é um alerta máximo para o mundo sobre as consequências da desigualdade extrema e da crise habitacional. A cidade do amor precisa urgentemente encontrar uma maneira de abrigar todos os seus filhos.
E a situação no Brasil?

Embora o Brasil não tenha sido incluído no relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a nossa realidade é extremamente preocupante. Os dados nacionais sobre a população em situação de rua são verdadeiramente alarmantes. Infelizmente, estamos diante de uma crise social de grandes dimensões.
A ausência do país no ranking internacional não significa que o problema seja menor por aqui. Pelo contrário, a falta de dados integrados muitas vezes mascara a verdadeira escala da crise. A situação brasileira exige um olhar atento e políticas públicas urgentes e eficazes.
Ao analisar os números de uma de nossas principais capitais, fica claro que o cenário é gravíssimo. A comparação com as cidades globais revela uma situação que nos coloca entre os piores casos do mundo. É uma realidade dura que precisamos encarar de frente.
São Paulo: O epicentro da crise no Brasil

São Paulo se destaca como a cidade brasileira com o maior e mais visível número de pessoas vivendo nas ruas. A maior metrópole da América do Sul enfrenta um desafio humanitário de proporções gigantescas. Os números oficiais são um soco no estômago e revelam a profundidade da crise.
Um total de 80.369 indivíduos sem-teto foram registrados em junho de 2024, um número que choca pela sua magnitude. Esses dados foram compilados pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua). A pesquisa, vinculada à Universidade Federal de Minas Gerais, joga luz sobre uma emergência nacional.
Se compararmos este número com os do ranking global, São Paulo estaria entre as cidades com mais desabrigados no mundo. A capital paulista, sozinha, supera os totais de países inteiros como a Eslováquia ou a Suécia. É uma estatística que nos obriga a uma profunda reflexão sobre nosso modelo de desenvolvimento urbano.
Um aumento chocante em tempo recorde

O que torna a situação em São Paulo ainda mais dramática é a velocidade com que o problema está crescendo. O número de mais de 80 mil pessoas representa um aumento significativo de 24% em apenas seis meses. É um crescimento explosivo que os serviços sociais não conseguem acompanhar.
Como reforça uma reportagem do G1, essa comparação é feita com os dados de dezembro de 2023. Naquela época, o mesmo levantamento havia registrado 64.818 pessoas vivendo nas ruas da capital paulista. Em meio ano, mais de 15 mil pessoas se juntaram a essa população vulnerável.
Este aumento vertiginoso sinaliza uma falha sistêmica e um agravamento das condições socioeconômicas. Fatores como desemprego, inflação e o alto custo do aluguel estão empurrando cada vez mais gente para a rua. A crise está se aprofundando a um ritmo que a cidade parece incapaz de conter.
De onde vêm os números? A metodologia por trás dos dados

Para entender a origem desses números alarmantes, é preciso conhecer a metodologia do OBPopRua. Os dados são obtidos a partir do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, mais conhecido como CadÚnico. Essa é a principal base de dados utilizada para a distribuição de benefícios sociais no país.
A responsabilidade pela atualização dessas informações cruciais recai sobre as prefeituras. O trabalho é realizado por meio dos Centros de Referência em Assistência Social, os CRAS. São esses centros que estão na linha de frente, cadastrando e acompanhando as famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade.
Apesar de ser a ferramenta mais robusta disponível, muitos especialistas acreditam que os números reais podem ser ainda maiores. Nem todas as pessoas em situação de rua conseguem ou procuram o cadastramento. Portanto, a chocante cifra de 80 mil pode ser, na verdade, uma subnotificação da verdadeira dimensão da crise.