Youtuber famoso por defender a Terra plana reconhece evidências da forma esférica do planeta após observar fenômeno único no Polo Sul.

Jeran Campanella, um dos mais conhecidos defensores da teoria da Terra plana, surpreendeu seus seguidores ao admitir que estava errado sobre a forma do planeta. A revelação ocorreu após uma expedição de 15 mil quilômetros até a Antártida, onde ele presenciou o fenômeno do sol de 24 horas, algo incompatível com a teoria que defendia.

A viagem foi financiada por um pastor do Colorado e custou cerca de R$ 235 mil. Durante a expedição, Campanella transmitiu ao vivo imagens do sol circulando continuamente no céu polar, sem se pôr. Esse fenômeno, conhecido como “sol da meia-noite”, é possível apenas em um planeta esférico, devido à inclinação axial da Terra.

Em uma transmissão ao vivo, Campanella declarou: “Eu, honestamente, acreditava que não havia sol por 24 horas. Agora acredito que há. É isso”. A admissão marcou uma reviravolta para o youtuber, que anteriormente negava categoricamente a existência desse fenômeno.

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A ciência e o fenômeno do sol da meia-noite

A ciência já comprova a forma esférica da Terra há mais de dois mil anos, desde os tempos dos filósofos gregos. O fenômeno observado por Campanella ocorre devido à rotação e à inclinação de 23 graus do planeta em relação ao Sol. Durante o solstício de verão no hemisfério sul, o Polo Sul se inclina diretamente em direção ao Sol, resultando em luz constante por 24 horas na Antártida.

Apesar das evidências científicas amplamente aceitas, teorias conspiratórias como a da Terra plana persistem. Muitos adeptos dessa crença argumentam que o planeta é um disco gigante cercado por uma borda de gelo. No entanto, expedições como “The Final Experiment”, da qual Campanella participou, buscam desafiar essas ideias com observações diretas.

A jornada também destacou a importância de compreender os mecanismos naturais da Terra. O sol da meia-noite é um exemplo claro de como os movimentos planetários influenciam os fenômenos climáticos e astronômicos observados em regiões extremas.

A reviravolta na trajetória de Jeran Campanella

Jeran Campanella ganhou notoriedade como criador de conteúdo no YouTube, promovendo teorias terraplanistas sob o nome “jeranismo”. Seus vídeos atraíram milhares de seguidores interessados em questionar conceitos científicos estabelecidos. Contudo, sua recente admissão representa uma mudança significativa em sua postura pública.

“Às vezes, na vida, você está errado”, afirmou Campanella durante sua transmissão ao vivo. A declaração reflete não apenas sua experiência pessoal, mas também o impacto das evidências científicas quando confrontadas diretamente. Para muitos críticos das teorias conspiratórias, esse momento foi visto como uma vitória para a ciência e o pensamento crítico.

Ainda assim, é improvável que a admissão de Campanella mude completamente as opiniões dos adeptos mais fervorosos da teoria da Terra plana. Movimentos conspiratórios frequentemente se baseiam em desconfiança das instituições científicas e governamentais, dificultando a aceitação de evidências contrárias.

A persistência das teorias conspiratórias

Embora a ciência tenha desmistificado a ideia de uma Terra plana há séculos, teorias conspiratórias continuam a atrair seguidores ao redor do mundo. A crença na Terra plana é frequentemente alimentada por desinformação e pela disseminação de conteúdo pseudocientífico nas redes sociais.

Especialistas apontam que essas teorias prosperam em parte devido à falta de educação científica e à crescente polarização social. Além disso, plataformas digitais permitem que ideias sem embasamento científico alcancem grandes audiências rapidamente, criando bolhas informacionais difíceis de romper.

No entanto, eventos como a expedição de Campanella mostram que experiências diretas podem ser ferramentas poderosas para combater desinformação. Ao testemunhar o fenômeno do sol da meia-noite na Antártida, ele foi forçado a reconsiderar suas crenças e aceitar as evidências apresentadas pela ciência.

Fonte: Aventuras na História.