Surto de E. coli no McDonald’s dos EUA é encerrado pelo CDC
Autoridades confirmam o fim do surto que afetou 14 estados, com 104 casos e uma morte. Cebolas contaminadas foram identificadas como a provável causa.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) anunciou o encerramento do surto de E. coli relacionado ao McDonald’s nos Estados Unidos. A crise afetou 14 estados, resultando em 104 casos confirmados, 34 hospitalizações e uma morte. A investigação apontou que o problema foi causado por cebolas cruas contaminadas, utilizadas nos hambúrgueres “Quarteirão”.
Desde a identificação da possível fonte, a rede de fast food suspendeu o uso das cebolas fornecidas pela Taylor Farms, responsável pelo ingrediente contaminado. Em algumas localidades, o lanche chegou a ser temporariamente retirado do cardápio. Apesar disso, as evidências laboratoriais foram inconclusivas para confirmar a cepa bacteriana exata nas amostras analisadas.
O surto destacou os riscos associados à contaminação alimentar e levantou questões sobre os processos de segurança na cadeia de suprimentos. O McDonald’s enfrenta agora processos judiciais movidos por clientes que alegam terem sido afetados pela bactéria.
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Impactos do surto e resposta das autoridades
A crise começou em setembro de 2024 e se estendeu até outubro, com casos registrados em estados como Colorado, Iowa e Kansas. Entre os infectados, cerca de 84% consumiram itens do menu contendo cebolas cruas. Uma investigação conduzida pelo CDC e pela FDA concluiu que as cebolas amarelas eram a provável fonte da contaminação.
A Taylor Farms realizou um recall voluntário das cebolas suspeitas e colaborou com as autoridades para rastrear a origem do problema. No entanto, amostras recolhidas não corresponderam à cepa bacteriana encontrada nos pacientes. Mesmo assim, as entrevistas com os infectados reforçaram a ligação entre as cebolas e o surto.
A rede McDonald’s afirmou que descontinuará o uso de cebolas da Taylor Farms em suas operações nos Estados Unidos. Além disso, medidas adicionais foram implementadas para garantir maior segurança alimentar nos restaurantes.
O papel da E. coli no surto
A bactéria Escherichia coli, presente naturalmente no intestino humano e animal, possui cepas inofensivas e outras potencialmente perigosas. No caso deste surto, a cepa envolvida foi associada à Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU), uma condição grave que pode causar insuficiência renal.
A transmissão ocorre geralmente pelo consumo de alimentos ou água contaminados. Os sintomas incluem diarreia com sangue, febre, anemia e lesões renais agudas. Embora a maioria dos expostos não desenvolva sintomas graves, os casos mais severos exigem hospitalização imediata.
Autoridades destacaram que surtos envolvendo E. coli são relativamente comuns nos Estados Unidos, com uma média anual entre 20 e 50 episódios. Este incidente reforça a importância de práticas rigorosas de higiene na produção e distribuição de alimentos.
Medidas preventivas e próximos passos
A partir do encerramento das investigações, o CDC declarou que não há mais risco associado aos produtos do McDonald’s relacionados ao surto. A rede retomou o uso de ingredientes alternativos para substituir as cebolas contaminadas em seus hambúrgueres.
Especialistas recomendam cuidados redobrados na manipulação de alimentos crus para evitar novos surtos. Além disso, consumidores devem estar atentos à procedência dos produtos consumidos em redes alimentícias.
Enquanto isso, os processos judiciais contra o McDonald’s continuam em andamento. A empresa afirmou estar comprometida em reconquistar a confiança dos clientes por meio de melhorias em seus protocolos de segurança alimentar.
Fonte: Revista Galileu.