Livro proibido pela CIA revela teoria sobre o fim da humanidade

Livro proibido pela CIA revela teoria sobre o fim da humanidade

Descubra como um livro controverso, banido por décadas, reacendeu debates sobre cataclismos e teorias conspiratórias envolvendo o futuro da humanidade.

O livro “A História de Adão e Eva: A Era dos Cataclismos”, escrito por Chan Thomas em 1960, ganhou notoriedade após ser parcialmente desclassificado pela CIA. A obra apresenta uma teoria de destruição cíclica da Terra baseada na inversão dos polos magnéticos, que supostamente ocorre a cada 6.500 anos. Segundo Thomas, esses eventos seriam responsáveis por catástrofes globais, como dilúvios e extinções em massa, sendo associados a relatos bíblicos como os de Adão e Eva e Noé. Apesar de sua popularidade entre teóricos da conspiração, a hipótese foi amplamente refutada pela comunidade científica.

Chan Thomas, que se autodenominava ex-funcionário da Força Aérea dos Estados Unidos, sugeriu que tais inversões magnéticas poderiam causar terremotos devastadores, tsunamis e mudanças climáticas extremas. Ele acreditava que esses fenômenos explicariam eventos históricos e mitológicos, como a destruição de civilizações antigas. Em 2013, a CIA liberou 50 páginas do livro, gerando um ressurgimento do interesse público e especulações sobre os motivos da censura inicial.

Nas redes sociais, a teoria ganhou força com influenciadores associando-a ao aquecimento global e à crise alimentar. Um episódio do podcast “Joe Rogan Experience”, em janeiro de 2024, discutiu o tema e viralizou, acumulando milhões de visualizações. No entanto, cientistas como Martin Mlynczak, da NASA, afirmam que não há evidências científicas para sustentar as alegações de Thomas.

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O impacto cultural e científico do livro

A publicação de Chan Thomas tornou-se um marco na cultura conspiracionista. Misturando ciência e especulação, o autor traçou paralelos entre sua teoria e histórias mitológicas como a Atlântida. Ele argumentava que os ciclos catastróficos moldaram tanto a geografia quanto a história humana. Apesar disso, especialistas classificam o conteúdo como pseudociência devido à ausência de provas concretas.

A obra também levantou questões sobre o papel da CIA na censura de informações controversas. Muitos especulam que o sigilo inicial tenha contribuído para o fascínio em torno do livro. Para os críticos, no entanto, a desclassificação parcial apenas reforçou a falta de credibilidade científica das ideias apresentadas.

Martin Mlynczak destacou que mudanças no campo magnético terrestre não têm impacto significativo no clima ou na geologia. Estudos mostram que excursões magnéticas anteriores não causaram os eventos catastróficos descritos por Thomas. Ainda assim, a narrativa continua atraindo seguidores dispostos a interpretar fenômenos naturais como sinais de um apocalipse iminente.

Livro proibido pela CIA revela teoria sobre o fim da humanidade
A obra “A História de Adão e Eva” mistura ciência e mitologia para explicar catástrofes globais (Imagem: Reprodução/Divulgação).

Teorias conspiratórias e a viralização nas redes sociais

Com o avanço das redes sociais, o livro encontrou um novo público disposto a explorar suas ideias controversas. Entre janeiro e abril de 2023, vídeos relacionados à teoria de Chan Thomas acumularam mais de 20 milhões de visualizações no TikTok. Influenciadores destacaram possíveis conexões entre as previsões do autor e problemas contemporâneos como desastres naturais e mudanças climáticas.

No entanto, cientistas alertam para os perigos da disseminação de desinformação. Alegações extraordinárias exigem provas extraordinárias—ainda ausentes no caso das hipóteses apresentadas por Thomas. Pesquisadores apontam que eventos como glaciações passadas ocorreram devido a fatores naturais bem documentados pela ciência moderna.

Ainda assim, o fascínio pelo apocalipse continua alimentando debates acalorados. O livro exemplifica como narrativas pseudocientíficas podem ganhar força em contextos marcados por incertezas sociais e ambientais. Para muitos seguidores dessas ideias, as críticas científicas são vistas como tentativas de suprimir verdades inconvenientes.

Por que “A História de Adão e Eva” ainda intriga?

Embora refutado pela ciência, o livro permanece relevante devido à sua capacidade de capturar imaginações. Ele combina elementos históricos com especulações futuristas para criar uma narrativa envolvente sobre ciclos catastróficos. Para alguns leitores, isso oferece uma explicação alternativa para eventos inexplicáveis do passado.

A associação com histórias bíblicas também contribui para seu apelo duradouro. Thomas usou relatos como o Dilúvio para ilustrar sua teoria sobre destruição cíclica e reconstrução civilizacional. Essa abordagem ressoa com aqueles que buscam respostas espirituais ou simbólicas para desafios globais contemporâneos.

No entanto, é crucial abordar essas teorias com ceticismo informado. A falta de evidências científicas robustas destaca os limites entre especulação criativa e conhecimento verificável. Enquanto isso, “A História de Adão e Eva” continua sendo um exemplo fascinante do impacto cultural das teorias conspiratórias na era digital.

Fonte: Aventuras na História.