Cometa mais brilhante de 2025 já ilumina os céus do Brasil
O cometa ATLAS C/2024 G3, o mais esperado do ano, pode ser visto a olho nu no Brasil. Descubra como aproveitar este raro espetáculo celeste.
O cometa ATLAS C/2024 G3, considerado o mais brilhante de 2025, já pode ser observado nos céus brasileiros. Este fenômeno, que ocorre pela primeira vez em 160 mil anos, promete encantar entusiastas da astronomia e curiosos com sua impressionante luminosidade. Descoberto em abril de 2024 pelo sistema Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS), o corpo celeste atingiu seu periélio, momento de maior proximidade com o Sol, o que intensifica seu brilho.
No Brasil, as melhores condições para observar o cometa ocorrem logo após o pôr do sol, próximo à linha do horizonte oeste. Ele aparece inicialmente na constelação de Capricórnio e, a cada noite, ganha altitude no céu, facilitando a visualização. Para uma experiência mais rica, recomenda-se utilizar binóculos ou pequenos telescópios.
Apesar de ser visível a olho nu em locais com pouca poluição luminosa, como áreas rurais ou afastadas de grandes cidades, a observação do ATLAS C/2024 G3 pode ser prejudicada em regiões urbanas devido à alta luminosidade artificial. Por isso, escolher um local estratégico é essencial para aproveitar este espetáculo único.
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Por que o cometa ATLAS C/2024 G3 é tão especial?
O ATLAS C/2024 G3 é um cometa originário da Nuvem de Oort, uma região distante do Sistema Solar repleta de corpos gelados. Com um período orbital estimado em cerca de 160 mil anos, esta é a primeira vez que ele se torna visível para a humanidade moderna. Sua descoberta pelo sistema ATLAS destacou sua trajetória única e seu potencial brilho intenso.
A magnitude do brilho do cometa pode atingir valores próximos aos de Vênus, chegando a 0,6. Essa característica faz dele um dos objetos celestes mais luminosos do ano. Além disso, sua composição de gelo e poeira reflete a luz solar de maneira espetacular, formando uma cauda brilhante que é facilmente identificável no céu noturno.
A raridade deste evento astronômico reforça sua importância para observadores e cientistas. Após esta passagem pelo periélio, o cometa não retornará às proximidades da Terra antes de milhares de anos, tornando esta uma oportunidade única para testemunhar sua beleza.
Dicas para observar o cometa no Brasil
A observação do cometa ATLAS C/2024 G3 exige atenção ao horário e às condições climáticas. O melhor momento para avistá-lo é logo após o pôr do sol, entre 18h e 18h30min. Olhe na direção oeste, próximo ao horizonte, e procure por um ponto luminoso distinto nas constelações de Capricórnio ou Peixe Austral.
Para maximizar suas chances de visualizar o fenômeno, escolha locais afastados das luzes da cidade e com visão desobstruída do horizonte. Ferramentas como aplicativos de astronomia podem ajudar a localizar a posição exata do cometa. Mapas digitais como Stellarium ou SkySafari são ótimas opções para guiar sua experiência.
Se possível, utilize binóculos ou telescópios pequenos para observar detalhes impressionantes da cauda brilhante do ATLAS C/2024 G3. Esses equipamentos potencializam a experiência visual e revelam características que não são perceptíveis a olho nu.
A ciência por trás dos cometas
Cometas são corpos celestes compostos por gelo, poeira e gases que orbitam o Sol em trajetórias elípticas. Restos da formação do Sistema Solar há 4,6 bilhões de anos, eles se tornam visíveis quando se aproximam do Sol e liberam gases e partículas que formam suas características caudas brilhantes.
A interação entre os materiais voláteis dos cometas e a radiação solar cria espetáculos visuais únicos no céu noturno. Cada passagem próxima ao Sol oferece aos cientistas uma oportunidade valiosa para estudar esses corpos primitivos e entender melhor as origens do Sistema Solar.
No caso do ATLAS C/2024 G3, sua sobrevivência ao periélio foi uma surpresa para os astrônomos. Inicialmente acreditava-se que ele seria completamente vaporizado pela proximidade extrema com o Sol. No entanto, sua resistência revelou informações importantes sobre sua composição e história orbital.
Fonte: Canal History.