Bilionário desafia a morte com tratamentos inovadores de antienvelhecimento
Empresário investe milhões em terapias radicais, incluindo troca de plasma e uso do sangue do filho, na busca pela juventude eterna.
O bilionário e biohacker Bryan Johnson está chamando atenção global com sua ambiciosa busca pela imortalidade. Aos 47 anos, o empresário gasta cerca de US$ 2 milhões anuais em um rigoroso protocolo de saúde chamado “Blueprint”, que inclui dietas restritas, exercícios intensos e procedimentos experimentais. Entre as práticas mais polêmicas está a troca multigeracional de plasma, envolvendo seu pai e seu filho adolescente.
Johnson acredita que essas intervenções podem reduzir sua idade biológica, tornando seus órgãos tão saudáveis quanto os de um jovem de 18 anos. Ele já realizou uma série de procedimentos conhecidos como Total Plasma Exchange (TPE), substituindo todo o plasma do corpo por albumina, uma proteína regenerativa. Apesar das críticas da comunidade científica, Johnson afirma que seus esforços estão desacelerando seu envelhecimento a uma taxa sem precedentes.
A prática mais controversa foi a infusão de sangue do próprio filho, um procedimento que gerou debates éticos e ceticismo sobre sua eficácia. Embora ele tenha relatado benefícios significativos no caso de seu pai, os resultados para si mesmo foram limitados. Mesmo assim, Johnson continua explorando novas fronteiras na ciência da longevidade.
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O protocolo Blueprint: Ciência ou obsessão?
O “Blueprint” é um sistema meticulosamente planejado por uma equipe de mais de 30 especialistas. Ele inclui desde hábitos básicos, como dormir bem e manter uma dieta vegana rigorosa, até intervenções avançadas como terapia genética e monitoramento contínuo de biomarcadores. Johnson se autodenomina o “homem mais medido da história”, com exames regulares em mais de 70 órgãos.
Dentre os resultados relatados estão a redução da inflamação corporal em 85% e níveis excepcionais de aptidão cardiovascular. No entanto, especialistas alertam que muitos desses procedimentos ainda carecem de comprovação científica robusta. A FDA já se posicionou contra o uso terapêutico do plasma jovem devido à falta de evidências e potenciais riscos à saúde.
Apesar disso, Johnson defende que sua abordagem é baseada em dados e ciência rigorosa. Ele frequentemente ajusta o protocolo com base nos resultados obtidos, destacando a importância da experimentação controlada para avanços na medicina antienvelhecimento.
A controvérsia do plasma jovem
A infusão de plasma jovem ganhou notoriedade após estudos preliminares em ratos demonstrarem benefícios regenerativos. Inspirado por esses resultados, Johnson realizou o que chamou de “primeira troca multigeracional de plasma do mundo”, envolvendo ele mesmo, seu pai e seu filho adolescente.
Nesse procedimento, o sangue do filho foi processado para extrair o plasma, que foi então infundido em Johnson. Em contrapartida, ele doou seu próprio plasma para o pai idoso. Embora tenha relatado melhorias na idade biológica do pai, os efeitos no próprio corpo foram mínimos. A prática gerou críticas tanto pela falta de evidências quanto pelas implicações éticas.
Cientistas apontam que os benefícios observados em estudos com animais não são necessariamente replicáveis em humanos. Além disso, há preocupações sobre os riscos associados ao procedimento, como reações alérgicas ou infecções. Mesmo assim, Johnson continua defendendo a importância da inovação no campo da longevidade.
O futuro da longevidade humana
Bryan Johnson acredita que estamos à beira de uma revolução na ciência da longevidade. Ele argumenta que avanços tecnológicos podem tornar a morte opcional no futuro próximo. Apesar das críticas e ceticismo, ele se posiciona como um pioneiro nesse campo emergente.
Seu compromisso com a saúde extrema levanta questões importantes sobre os limites éticos e científicos da busca pela imortalidade. Enquanto alguns veem suas práticas como excêntricas ou perigosas, outros as consideram um vislumbre do potencial humano quando aliado à tecnologia.
Independentemente dos resultados finais, as iniciativas de Johnson estão impulsionando debates cruciais sobre envelhecimento, saúde e o futuro da medicina personalizada.
Fonte: The Independent.