Curiosão

Bond Girls que o tempo escondeu e você não se lembra mais

Elas brilharam ao lado de 007, mas o que aconteceu depois? A resposta vai te surpreender.

O que seria do agente 007 sem as mulheres incríveis que cruzaram seu caminho? Ele provavelmente não teria sobrevivido a tantas missões perigosas, pois foram elas que, muitas vezes, salvaram sua vida. Interpretar uma Bond Girl é um papel cobiçado que pode catapultar uma atriz do anonimato ao estrelato global.

No entanto, o caminho pós-franquia é uma verdadeira encruzilhada para muitas delas. Algumas conseguiram construir carreiras brilhantes em Hollywood, colecionando prêmios e sucessos de bilheteria. Outras, por outro lado, não tiveram a mesma sorte e acabaram se afastando dos holofotes.

Nesta jornada pela memória do cinema, vamos redescobrir atrizes que viveram esse papel icônico. Prepare-se para se surpreender com os destinos de cada uma delas. Vamos relembrar quem foram as Bond Girls que o tempo talvez tenha feito você esquecer.

Michelle Yeoh: A espiã que virou lenda do Oscar

Michelle Yeoh caracterizada como Wai Lin, sua personagem no filme de James Bond.
Sua performance como Wai Lin redefiniu o papel da Bond Girl para uma nova geração. (Fonte da Imagem: NL Beeld)

A talentosa atriz malaia Michelle Yeoh ganhou os corações do público ao interpretar Wai Lin em ‘007 – O Amanhã Nunca Morre’ (1997). Sua presença em cena foi tão marcante que o próprio James Bond da época, Pierce Brosnan, a descreveu como uma verdadeira “James Bond feminina”. Essa alcunha se deu principalmente por sua impressionante habilidade nas sequências de luta.

Wai Lin não era apenas um interesse amoroso para o agente, mas uma espiã formidável por direito próprio. A personagem quebrou estereótipos, mostrando uma mulher forte, inteligente e com domínio de artes marciais. Michelle Yeoh trouxe uma profundidade e uma capacidade física que elevaram o padrão para as futuras personagens femininas da saga.

A parceria dela com Bond foi uma de igual para igual, algo inovador para a franquia na época. Sua atuação deixou uma marca indelével, provando que uma Bond Girl poderia ser muito mais do que apenas um rosto bonito. Foi um presságio do que o futuro reservava para a carreira brilhante da atriz.

A consagração definitiva em Hollywood

Michelle Yeoh sorrindo em um evento de gala, usando um vestido elegante.
Décadas depois de 007, Yeoh alcançou o auge de sua carreira com um merecido Oscar. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Antes mesmo de 007, Michelle Yeoh já era uma figura respeitada nos cinemas chineses, especialmente em filmes de artes marciais. Seu papel em ‘O Tigre e o Dragão’ (2000) solidificou seu status como uma estrela de ação internacional. A partir dali, o mundo inteiro passou a reconhecer seu talento singular.

Sua carreira em Hollywood continuou a florescer, com participações em grandes produções. Ela brilhou na comédia de enorme sucesso ‘Podres de Rico’ (2018), mostrando sua versatilidade para além da ação. O ápice de seu reconhecimento veio em 2023, quando ela fez história ao ganhar o Oscar de Melhor Atriz por ‘Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo’.

A vitória no Oscar não foi apenas um prêmio, mas a coroação de uma jornada extraordinária. Michelle Yeoh provou ser uma força da natureza na indústria cinematográfica. Sua trajetória é uma inspiração, mostrando que o papel de Bond Girl foi apenas o começo de uma lenda.

Halle Berry: Uma agente de impacto inesquecível

Halle Berry saindo do mar em uma cena icônica de '007 - Um Novo Dia Para Morrer'.
A imagem de Jinx Johnson emergindo das águas se tornou um momento clássico da franquia. (Fonte da Imagem: NL Beeld)

Halle Berry entrou para a história da franquia como a agente Jinx Johnson em ‘007 – Um Novo Dia Para Morrer’ (2002). Sua icônica cena saindo do mar, uma homenagem direta a Ursula Andress, ficou gravada na memória dos fãs. Ela trouxe uma energia vibrante e uma presença magnética para o filme.

Embora sua atuação como Bond Girl talvez não tenha alcançado a mesma aclamação de seu trabalho em ‘A Última Ceia’ (2001), que lhe rendeu um Oscar, ela personificou a personagem com perfeição. Halle possuía o visual, a atitude e a desenvoltura de uma espiã de elite. Sua química com Pierce Brosnan foi um dos pontos altos do longa.

Jinx não era uma donzela em perigo, mas sim uma agente da Agência de Segurança Nacional (NSA) tão letal quanto o próprio Bond. A personagem foi tão popular que chegou a haver conversas sobre um filme solo para ela. Isso demonstra o impacto que Halle Berry causou no universo de 007.

Uma carreira sólida além do espião britânico

Halle Berry em um tapete vermelho, com um visual sofisticado e confiante.
Berry consolidou seu nome como uma das atrizes mais importantes e versáteis de sua geração. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A carreira de Halle Berry é recheada de sucessos que vão muito além de sua participação em James Bond. Ela se tornou um nome familiar para o grande público ao interpretar a icônica Tempestade na franquia ‘X-Men’. Sua presença na saga dos mutantes foi fundamental para o sucesso dos filmes.

Além dos blockbusters, a atriz americana também se aventurou em projetos mais complexos e desafiadores. Filmes como ‘A Viagem’ (2012) e ‘O Sequestro’ (2017) mostraram sua capacidade de se entregar a papéis dramáticos intensos. Ela nunca se acomodou em um único gênero, buscando sempre expandir seus horizontes artísticos.

Com uma filmografia diversificada e um Oscar na estante, Halle Berry se estabeleceu como uma das grandes estrelas de Hollywood. Sua jornada prova que ser uma Bond Girl foi um capítulo importante, mas não o único, em sua vitoriosa carreira. Ela continua a ser uma figura relevante e admirada no cinema mundial.

Famke Janssen: A vilã que roubou a cena

Famke Janssen como a vilã Xenia Onatopp em '007 contra GoldenEye'.
Sua interpretação como a letal Xenia Onatopp é uma das mais memoráveis da saga. (Fonte da Imagem: NL Beeld)

A atriz holandesa Famke Janssen deixou uma marca inesquecível como a vilã Xenia Onatopp em ‘007 contra GoldenEye’ (1995). No filme que introduziu Pierce Brosnan como o lendário agente secreto, ela interpretou uma piloto de caça e assassina sádica. Sua personagem era tão perigosa quanto sedutora.

Xenia Onatopp ficou famosa por seu método de assassinato bastante peculiar, usando a força de suas coxas para esmagar suas vítimas. Janssen abraçou a natureza exagerada da personagem, criando uma vilã que era ao mesmo tempo aterrorizante e fascinante. Ela roubou todas as cenas em que apareceu, tornando-se um ícone instantâneo.

Sua performance é frequentemente citada como uma das melhores de um antagonista na história da franquia. Famke Janssen conseguiu o feito de criar uma Bond Girl que não era aliada de Bond, mas sim uma de suas adversárias mais mortais. Esse papel foi um trampolim para uma carreira de muito sucesso.

De mutante poderosa a estrela de ação

A atriz Famke Janssen posando para uma foto em um evento.
Janssen provou sua versatilidade ao interpretar papéis icônicos em grandes franquias. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Depois de aterrorizar James Bond, Famke Janssen se tornou uma atriz extremamente prolífica e reconhecível. Seu papel mais famoso veio logo depois, como a poderosa mutante Jean Grey na trilogia original de ‘X-Men’. Ela deu vida a uma das personagens mais complexas e amadas dos quadrinhos.

Além do universo dos mutantes, ela também teve um papel crucial na série de filmes de ação ‘Busca Implacável’. Interpretando a ex-esposa do personagem de Liam Neeson, ela foi uma peça central na trama que moveu a franquia. Sua presença em Hollywood se consolidou com esses papéis marcantes.

Famke Janssen construiu uma carreira sólida, movendo-se com facilidade entre blockbusters e projetos independentes. Sua jornada mostra como um papel de vilã em 007 pode abrir portas para se tornar uma heroína amada pelo público. Ela é, sem dúvida, uma das Bond Girls mais bem-sucedidas da história.

Eva Green: A mulher que partiu o coração de Bond

Eva Green como a enigmática Vesper Lynd em '007 - Cassino Royale'.
Vesper Lynd não foi apenas uma Bond Girl, foi o grande amor da vida de James Bond. (Fonte da Imagem: NL Beeld)

No filme ‘007 – Cassino Royale’ (2006), que redefiniu a franquia com Daniel Craig, a atriz francesa Eva Green brilhou intensamente. Ela trouxe uma elegância, um mistério e uma profundidade inéditas para a sua Bond Girl, a inesquecível Vesper Lynd. Sua atuação foi um dos pilares para o sucesso estrondoso do longa.

Vesper Lynd foi muito mais do que um simples interesse amoroso; ela foi a mulher que moldou o James Bond que conhecemos. Sua inteligência e sua complexidade emocional desafiaram o agente secreto de uma forma que nenhuma outra mulher havia feito. A química entre Green e Craig é considerada uma das melhores de toda a saga.

A carreira de Eva Green despontou de forma meteórica após viver a enigmática Vesper. O trágico destino de sua personagem deixou uma marca permanente no coração de Bond e dos espectadores. Foi um papel que a estabeleceu como uma atriz de imenso talento e presença magnética.

Uma carreira marcada por personagens complexos

Eva Green posando em um evento, com seu característico olhar intenso.
Após Bond, Eva Green se especializou em papéis sombrios e fascinantes no cinema e na TV. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Após sua passagem marcante por 007, Eva Green conquistou seu espaço em Hollywood com escolhas de papéis ousadas e interessantes. Ela estrelou filmes como ‘Sin City 2: A Dama Fatal’ (2014), onde mais uma vez interpretou uma femme fatale memorável. Sua aura gótica e misteriosa se tornou sua marca registrada.

A atriz também se destacou em colaborações com o diretor Tim Burton, em filmes como ‘O Lar das Crianças Peculiares’ (2016) e ‘Dumbo’ (2019). No entanto, um de seus papéis mais aclamados foi na televisão, como a protagonista da série de terror ‘Penny Dreadful’. Sua atuação como Vanessa Ives foi universalmente elogiada pela crítica.

Eva Green construiu uma filmografia respeitável, sempre atraída por personagens sombrios e complexos. Ela provou ser muito mais do que a mulher que quebrou o coração de James Bond. Sua carreira é um testemunho de seu talento e de sua coragem artística.

Shirley Eaton: A icônica garota de ouro

Shirley Eaton como Jill Masterson em '007 contra Goldfinger', na famosa cena em que é encontrada coberta de ouro.
A imagem de sua personagem coberta de ouro é uma das mais lendárias da história do cinema. (Fonte da Imagem: BrunoPress)

A atriz britânica Shirley Eaton já era considerada um símbolo s-xual bem antes de estrelar como Jill Masterson. Sua participação em ‘007 contra Goldfinger’ (1964) foi breve, mas absolutamente inesquecível. Ela se tornou a personificação do luxo e do perigo da era de Sean Connery.

Sua personagem protagonizou uma das cenas mais marcantes e icônicas de toda a franquia. A imagem de Jill Masterson morta na cama, com o corpo inteiramente coberto por tinta de ouro, chocou e fascinou o público. Esse momento transcendeu o filme e se tornou um marco da cultura pop.

Apesar do pouco tempo em tela, o impacto de Shirley Eaton foi imenso. Ela se tornou a “garota de ouro” definitiva, um símbolo eterno do universo de James Bond. Sua fama explodiu da noite para o dia graças a essa cena poderosa.

A surpreendente decisão de abandonar os holofotes

Shirley Eaton em uma foto mais recente, sorrindo discretamente.
No auge da fama, Eaton escolheu uma vida longe das câmeras para se dedicar à sua família. (Fonte da Imagem: Getty Images)

O que aconteceu com Shirley Eaton depois de se tornar um ícone global é uma história surpreendente. Apenas cinco anos após o sucesso de ‘Goldfinger’, ela tomou uma decisão drástica. No auge de sua carreira, a atriz decidiu se aposentar da atuação para se dedicar inteiramente à sua família.

Essa escolha chocou a indústria do entretenimento, que esperava vê-la em muitos outros grandes papéis. Seu último trabalho no cinema foi o filme ‘Garota do Rio’ (1969), que, curiosamente, foi rodado no Brasil. Depois disso, ela se retirou completamente da vida pública.

A história de Shirley Eaton é um lembrete fascinante de que nem todos buscam a fama eterna. Ela trocou o glamour de Hollywood por uma vida tranquila e familiar, deixando para trás um legado pequeno, mas poderoso. Sua imagem dourada, no entanto, permanece imortal no imaginário dos fãs.

Tania Mallet: A Bond Girl que partiu cedo demais

Tania Mallet como a personagem Tilly Masterson no clássico '007 Contra Goldfinger'.
Mallet brilhou como Tilly Masterson, a irmã em busca de vingança no mesmo filme de Shirley Eaton. (Fonte da Imagem: NL Beeld)

No mesmo filme em que Shirley Eaton foi imortalizada, outra atriz britânica deixou sua marca como Bond Girl. Tania Mallet ficou famosa ao interpretar Tilly Masterson em ‘007 Contra Goldfinger’ (1964). Sua personagem buscava vingança pela morte da irmã, Jill.

Após sua participação na franquia, Tania Mallet teve um papel de destaque na série de espionagem ‘The New Avengers’. No entanto, sua carreira no cinema e na televisão não decolou como esperado. Ela não conseguiu conquistar outros grandes trabalhos que a mantivessem sob os holofotes.

Infelizmente, a vida da atriz foi interrompida de forma prematura. Tania Mallet faleceu aos 77 anos, no dia 31 de março de 2019. Sua partida deixou uma lacuna na memória dos fãs da era clássica de James Bond.

Uma prima famosa e uma alma gentil

A aclamada atriz Helen Mirren, prima de Tania Mallet, em um evento público.
A estrela Helen Mirren revelou o lado generoso e leal de sua prima, Tania Mallet. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Uma curiosidade fascinante sobre Tania Mallet é seu parentesco com outra grande dama do cinema britânico. A aclamada atriz Helen Mirren, na verdade, era sua prima. Após o falecimento de Tania, Mirren compartilhou palavras carinhosas sobre ela.

Helen Mirren descreveu sua prima como uma pessoa incrivelmente bela e gentil. Ela também ressaltou a lealdade e a generosidade de Tania, pintando um retrato de uma alma boa. Essas palavras ofereceram um vislumbre da mulher por trás da personagem.

A história de Tania Mallet é um misto de brilho e melancolia. Embora sua carreira não tenha atingido as alturas de outras Bond Girls, ela permaneceu uma figura querida. Seu legado é preservado não apenas em ‘Goldfinger’, mas também nas memórias afetuosas de sua família.

Barbara Bach: A espiã que criticou o próprio James Bond

Barbara Bach como a agente russa Anya Amasova em 'O Espião que me Amava'.
Bach interpretou uma das agentes mais capazes e inteligentes a cruzar o caminho de 007. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A atriz americana Barbara Bach estrelou como a memorável agente russa Anya Amasova, também conhecida como Agente XXX. Sua participação em ‘O Espião que me Amava’ (1977) a colocou no panteão das grandes Bond Girls. Ela interpretou uma personagem forte, que rivalizava em habilidade com o próprio 007.

Apesar da fama instantânea que o papel lhe trouxe, Barbara Bach não se deixou deslumbrar. Curiosamente, ela se tornou uma crítica ferrenha do personagem que a tornou famosa. Em uma declaração ousada, ela descreveu James Bond como “um porco chauvinista”.

Essa postura crítica era incomum para uma atriz da franquia na época, mostrando sua personalidade forte e independente. Ela não tinha medo de expressar suas opiniões, mesmo que fossem contra o establishment de Hollywood. Bach provou ser tão destemida quanto sua personagem nas telas.

A vida ao lado de um Beatle

Barbara Bach ao lado de seu marido, o ex-beatle Ringo Starr.
Seu último filme foi ao lado do marido, Ringo Starr, antes de se afastar da atuação. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A vida de Barbara Bach tomou um novo rumo quando ela se casou com uma lenda da música. Seu marido é ninguém menos que o ex-baterista dos Beatles, Ringo Starr. Juntos, eles se tornaram um dos casais mais icônicos do mundo do entretenimento.

Sua carreira como atriz foi se tornando menos prioritária com o passar do tempo. O último filme de Barbara Bach foi a comédia ‘To the North of Katmandu’ (1986). A produção também foi estrelada por seu marido, marcando sua despedida das telas.

Desde então, ela vive uma vida mais reclusa, longe dos holofotes, ao lado de Ringo. Sua história é a de uma mulher que brilhou como Bond Girl, criticou o sistema e, por fim, escolheu uma vida diferente. Ela deixou sua marca e seguiu seu próprio caminho.

Ursula Andress: A pioneira que definiu um legado

Ursula Andress na icônica cena de biquíni branco em '007 Contra o Satânico Dr. No'.
A imagem de Honey Ryder saindo do mar inaugurou o conceito de Bond Girl para o mundo. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A atriz suíça Ursula Andress tem um lugar de honra na história do cinema, pois foi a primeira Bond Girl de todas. Sua aparição em ‘007 Contra o Satânico Dr. No’ (1962), ao lado de Sean Connery, estabeleceu o molde para todas que viriam depois. Ela se tornou um ícone instantâneo e um símbolo de uma nova era.

A cena em que sua personagem, Honey Ryder, emerge do mar caribenho usando um biquíni branco é lendária. Esse momento não apenas definiu sua carreira, mas também se tornou uma das imagens mais famosas da história do cinema. A combinação de inocência e perigo de sua personagem cativou o público globalmente.

Ursula Andress não foi apenas uma atriz no primeiro filme de Bond; ela foi um evento cultural. Sua presença ajudou a cimentar o sucesso da franquia e a criar o arquétipo da Bond Girl. Sem ela, o fenômeno 007 talvez não tivesse sido o mesmo.

Um Globo de Ouro e uma carreira de sucesso

Ursula Andress em uma foto de estúdio, exibindo sua beleza clássica.
O papel de Bond Girl lhe rendeu prêmios e uma carreira sólida em filmes europeus e americanos. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A participação de Ursula no primeiro longa da franquia lhe rendeu um reconhecimento importante. Ela ganhou o Globo de Ouro de Revelação Feminina, um prêmio que dividiu com as atrizes Tippi Hedren e Elke Sommer. Foi a prova de que seu impacto ia além da beleza estonteante.

Após ‘Dr. No’, a estrela construiu uma carreira de sucesso, estrelando vários filmes populares. Ela participou de produções como ‘O Que É Que Há, Gatinha?’ (1965) e ‘A Décima Vítima’ (1965). Curiosamente, ela retornou ao universo de Bond na paródia ‘Cassino Royale’ (1967).

Ursula Andress capitalizou o sucesso inicial e se tornou uma estrela internacional. Sua jornada prova o poder que o papel de Bond Girl tinha para lançar carreiras. Ela será para sempre lembrada como a pioneira, a original, aquela que começou tudo.

Tanya Roberts: A Bond Girl e a notícia de sua morte

Tanya Roberts como a geóloga Stacey Sutton em '007 - Na Mira Dos Assassinos'.
Sua morte foi cercada por uma confusão midiática que chocou fãs em todo o mundo. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A história de Tanya Roberts, estrela de ‘007 – Na Mira Dos Assassinos’ (1985), é marcada por uma reviravolta bizarra e trágica. A atriz morreu aos 65 anos em 4 de janeiro de 2021, mas a notícia de sua morte foi inicialmente divulgada um dia antes. Essa confusão gerou um drama midiático incomum.

Primeiramente, seu agente, Mike Pingel, afirmou que a atriz havia falecido em 3 de janeiro, após ser internada em Los Angeles. Horas depois, ele precisou corrigir a informação, dizendo que ela ainda estava viva, mas em estado grave. O agente justificou o erro, explicando que recebeu a informação de uma pessoa muito abalada, o namorado da atriz.

Infelizmente, a notícia correta veio logo em seguida, confirmando de fato o óbito da artista. Esse episódio triste e confuso marcou o adeus a uma das Bond Girls mais lembradas da era Roger Moore. A forma como tudo aconteceu adicionou uma camada de melancolia à sua partida.

Uma carreira além de James Bond

Tanya Roberts sorrindo, em uma foto que captura seu carisma.
Antes de 007, ela já era famosa por ‘As Panteras’ e, depois, por ‘That ’70s Show’. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Nascida em Nova York, Tanya Roberts já era um rosto conhecido quando assumiu o papel da geóloga Stacey Sutton. Ela atuou no último filme de Roger Moore como o agente secreto James Bond, consolidando seu lugar na franquia. Antes disso, a ex-modelo já tinha uma carreira em ascensão.

Ela ganhou grande destaque ao participar da quinta e última temporada da icônica série ‘As Panteras’. Além disso, protagonizou o filme ‘Sheena, a Rainha da Selva’ (1984), que se tornou um clássico cult. Sua beleza e carisma a tornaram uma figura popular nos anos 80.

Mais recentemente, uma nova geração a conheceu através da série de comédia ‘That ’70s Show’. Nela, ela interpretava Midge Pinciotti, a divertida mãe de Donna. Sua carreira diversificada mostra que ela foi muito mais do que apenas uma Bond Girl.

Jane Seymour: A vidente virgem de 007

Jane Seymour como a personagem Solitaire em '007 - Viva e Deixe Morrer'.
Sua beleza etérea e seu papel como a mística Solitaire a tornaram inesquecível. (Fonte da Imagem: NL Beeld)

A atriz britânica Jane Seymour tinha apenas 20 anos quando estrelou ao lado de Roger Moore. Sua participação em ‘007 – Viva e Deixe Morrer’ (1973) a apresentou para o mundo inteiro. Ela interpretou a enigmática Solitaire, uma vidente cujos poderes dependiam de sua virgindade.

Seymour revelou em entrevistas que sua personagem deveria transmitir uma aura de pureza e mistério. “Minha personagem deveria parecer uma virgem”, explicou a atriz sobre a concepção de Solitaire. Ela conseguiu capturar perfeitamente essa essência, criando uma das Bond Girls mais etéreas da saga.

O papel de Solitaire foi o grande trampolim para a sua carreira. A juventude e a beleza de Jane Seymour, combinadas com a natureza mística de sua personagem, criaram uma combinação irresistível. Ela se tornou um dos rostos mais famosos dos anos 70.

Uma carreira duradoura na TV e no cinema

Jane Seymour em uma foto mais recente, mantendo sua elegância e charme.
Após 007, ela se tornou uma estrela da televisão com a aclamada série ‘Dr. Quinn’. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A carreira de Jane Seymour não apenas decolou, mas se manteve forte por décadas após viver a Bond Girl Solitaire. Um de seus papéis mais amados pelo público foi no romance clássico ‘Em Algum Lugar do Passado’ (1980). O filme se tornou um cult atemporal, solidificando seu status de estrela romântica.

No entanto, foi na televisão que ela encontrou seu maior e mais duradouro sucesso. A atriz se destacou imensamente ao protagonizar a série ‘Dr. Quinn, Medicine Woman’. O programa foi um fenômeno cultural e a tornou um nome familiar em todo o mundo.

Jane Seymour é um exemplo brilhante de como usar o papel de Bond Girl como um ponto de partida para uma carreira longa e respeitável. Ela soube navegar pela indústria e se reinventar ao longo dos anos. Sua trajetória é um verdadeiro caso de sucesso.

Luciana Paluzzi: A assassina italiana que marcou época

A atriz ítalo-americana Luciana Paluzzi como a vilã Fiona Volpe.
Fiona Volpe foi uma das vilãs mais charmosas e perigosas que James Bond já enfrentou. (Fonte da Imagem: NL Beeld)

A atriz ítalo-americana Luciana Paluzzi é, talvez, mais conhecida por seu papel como a letal Fiona Volpe. Ela interpretou a assassina da organização SPECTRE em ‘007 contra a Chantagem Atômica’ (1965). Sua personagem era uma vilã memorável, que exalava charme e perigo em igual medida.

Fiona Volpe era uma mulher forte, independente e que não tinha medo de enfrentar James Bond. Ela foi uma das primeiras “bad girls” da franquia, uma antagonista que era tão atraente quanto mortal. Paluzzi trouxe uma sofisticação europeia e uma intensidade que a diferenciaram das outras personagens.

Seu papel como Fiona Volpe é frequentemente lembrado pelos fãs como um dos pontos altos do filme. Ela provou que uma Bond Girl não precisava ser uma aliada para ser inesquecível. Sua performance como vilã garantiu seu lugar na história da saga.

Uma carreira prolífica no cinema europeu

Luciana Paluzzi em um retrato, exibindo sua beleza clássica italiana.
Depois de Bond, ela teve uma carreira agitada, com mais de 30 filmes até sua aposentadoria. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Após sua passagem pela franquia ‘007’, a carreira de Luciana Paluzzi continuou a todo vapor, especialmente no cinema europeu. A atriz emendou um filme atrás do outro, mostrando uma ética de trabalho impressionante. Ela se tornou um rosto familiar em produções italianas e internacionais.

Sua filmografia é vasta, totalizando um pouco mais de 30 trabalhos desde sua participação em ‘Chantagem Atômica’. Ela trabalhou incansavelmente por mais de uma década, aproveitando a visibilidade que o papel de Fiona Volpe lhe deu. Sua carreira foi um período intenso e produtivo.

Eventualmente, Luciana Paluzzi decidiu se afastar das câmeras, com seu último trabalho sendo ‘Deadly Chase’ (1978). Ela deixou para trás um legado de uma atriz trabalhadora que brilhou como uma das vilãs mais icônicas de 007. Sua contribuição para a saga permanece viva na memória dos fãs.

Honor Blackman: A Bond Girl que desafiou o rótulo

Honor Blackman como a icônica Pussy Galore em '007 Contra Goldfinger'.
Com um nome ousado e uma atitude desafiadora, Pussy Galore se tornou uma lenda. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A talentosa Honor Blackman detém um recorde interessante na saga, tendo sido a Bond Girl mais velha da série de filmes. A atriz britânica tinha 39 anos quando estrelou como a inesquecível Pussy Galore em ‘007 Contra Goldfinger’ (1964). Sua maturidade e confiança a tornaram uma presença imponente em cena.

Sua personagem, com um nome provocativo e uma atitude independente, era líder de um esquadrão de pilotas. Ela não era facilmente impressionada por James Bond, desafiando-o constantemente. Blackman, inclusive, levou essa atitude para fora das telas, reclamando do rótulo machista aplicado às personagens femininas da franquia.

Ela foi uma das primeiras a questionar o termo “Bond Girl”, defendendo que elas eram muito mais do que isso. Sua postura forte e sua performance memorável fizeram de Pussy Galore uma das personagens mais icônicas e complexas da era Connery. Ela era uma mulher à frente de seu tempo.

Uma voz contra o machismo e uma carreira longa

Honor Blackman em uma foto posterior, com um olhar sábio e forte.
Ela sempre lutou para ser reconhecida como atriz, e não apenas pelo rótulo de Bond Girl. (Fonte da Imagem: NL Beeld)

“Parem de nos chamar de Bond Girls, somos mulheres e atrizes!”, reclamou Honor uma vez a um entrevistador, numa declaração que ecoa até hoje. Sua reivindicação era mais do que justa, buscando o reconhecimento profissional que merecia. Ela se recusava a ser definida por um único papel, por mais icônico que fosse.

A atriz teve uma carreira longa e variada, com muitos outros papéis nas décadas de 1960 e 1970. Mais tarde, ela estrelou o popular seriado britânico ‘The Upper Hand’, mostrando sua longevidade na indústria. Sua carreira foi um testemunho de seu talento e de sua perseverança.

A veterana faleceu em abril de 2020, aos 94 anos, deixando um legado de força e integridade. Honor Blackman não foi apenas uma Bond Girl; foi uma grande atriz que lutou por respeito. Sua voz e seu talento continuam a inspirar novas gerações.

Grace Jones: A força da natureza que dominou a tela

Grace Jones como a imponente e andrógina May Day em '007 - Na Mira Dos Assassinos'.
Sua presença física e seu carisma fizeram de May Day uma das personagens mais únicas da saga. (Fonte da Imagem: NL Beeld)

A icônica Grace Jones já era uma estrela multifacetada antes mesmo de entrar para o universo de James Bond. Sua participação como a vilã May Day em ‘007 – Na Mira Dos Assassinos’ (1985) foi simplesmente eletrizante. Ela trouxe uma energia andrógina e uma força física que nunca haviam sido vistas na franquia.

May Day era a guarda-costas e amante do vilão Max Zorin, e sua presença em cena era absolutamente dominante. Com seu visual arrojado e sua força sobre-humana, ela era uma adversária formidável para James Bond. Até hoje, sua Bond Girl durona é uma das mais lembradas e celebradas pelos fãs.

Grace Jones não interpretou uma personagem, ela a encarnou com toda a sua personalidade magnética. Sua performance foi tão impactante que ela acabou mudando de lado no final do filme, em um arco de redenção memorável. Ela não foi apenas uma vilã, mas uma anti-heroína complexa.

Um ícone da música e do cinema

Grace Jones em uma performance musical, mostrando seu estilo extravagante e único.
Além de atuar, Jones construiu uma carreira musical lendária e influente. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Após sua passagem por 007, Grace Jones continuou a desafiar convenções em várias áreas artísticas. Ela apostou fortemente em sua carreira musical, lançando vários álbuns que se tornaram clássicos cult. Sua música e seu estilo visual influenciaram inúmeros artistas ao redor do mundo.

Ela também continuou a atuar, estrelando outros filmes que se beneficiavam de sua presença única. Entre eles, destacam-se ‘O Príncipe Das Mulheres’ (1992), ao lado de Eddie Murphy, e ‘Paraíso Mortal’ (1995). Ela sempre escolheu papéis que complementavam sua imagem de mulher forte e destemida.

Grace Jones é muito mais do que uma ex-Bond Girl; ela é um ícone cultural. Sua carreira na música, na moda e no cinema é um testemunho de sua originalidade e de seu poder artístico. May Day foi apenas um vislumbre da força da natureza que é Grace Jones.

Maud Adams: A atriz que foi Bond Girl duas vezes

Maud Adams, a atriz sueca que teve a distinção de interpretar duas Bond Girls diferentes.
Sua elegância e talento a levaram a ser convidada de volta para um segundo papel principal na franquia. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A estrela sueca Maud Adams possui uma distinção única e notável na história da franquia James Bond. Ela se tornou conhecida por ser a única atriz a interpretar duas Bond Girls diferentes em filmes oficiais da série. Esse feito demonstra a grande admiração que os produtores tinham por seu talento.

Sua primeira aparição foi como Andrea Anders, a amante do vilão em ‘007 contra o Homem da Pistola de Ouro’ (1974). Anos depois, ela retornou em um papel principal como a enigmática Octopussy, no filme ‘007 contra Octopussy’ (1983). Ela brilhou em ambas as oportunidades, mostrando sua versatilidade.

Interpretar duas personagens tão distintas no mesmo universo é uma prova de sua capacidade como atriz. Maud Adams conseguiu criar duas mulheres memoráveis, cada uma com sua própria personalidade e trajetória. Ela deixou uma marca dupla e indelével na saga de 007.

Uma carreira na TV e reuniões especiais

Maud Adams em uma foto mais recente, mantendo sua postura clássica.
Adams continuou sua carreira na televisão e participou de reencontros especiais com outras Bond Girls. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Depois de seus dois papéis icônicos na série 007, Maud Adams continuou sua carreira, principalmente na televisão. Ela estrelou a série dramática ‘Emerald Point N.A.S.’, consolidando sua presença na telinha. Sua elegância e sofisticação eram perfeitas para os dramas da época.

Uma curiosidade interessante é sua participação especial em ‘That ’70s Show’, onde ela se reuniu com outras ex-Bond Girls. Ela apareceu no mesmo episódio que Tanya Roberts, Kristina Wayborn e Barbara Carrera. Foi um momento nostálgico e divertido para os fãs da franquia.

Maud Adams permanece como uma figura querida e respeitada entre os aficionados por James Bond. Sua contribuição única para a saga garante seu lugar especial na história do cinema. Ser uma Bond Girl já é marcante; ser duas é simplesmente lendário.

Britt Ekland: A estrela que brilhou antes e depois de 007

A atriz sueca Britt Ekland como a agente Mary Goodnight.
Ekland já era uma celebridade quando interpretou a atrapalhada, mas charmosa, Mary Goodnight. (Fonte da Imagem: NL Beeld)

A atriz sueca Britt Ekland já era uma estrela consolidada e uma figura famosa na mídia antes de interpretar Mary Goodnight. Sua participação em ‘007 contra o Homem com a Pistola de Ouro’ (1974) adicionou ainda mais brilho à sua carreira. No filme, ela interpretou uma agente um tanto quanto desastrada, mas de bom coração.

Mary Goodnight serviu como um alívio cômico no filme, com suas gafes e sua admiração por James Bond. Ekland trouxe um charme e uma vulnerabilidade que contrastavam com a outra Bond Girl do filme, a personagem de Maud Adams. Ela representava um lado mais leve e divertido do universo da espionagem.

Sua fama pré-existente e sua beleza estonteante fizeram dela uma escolha natural para o papel. Britt Ekland personificou o glamour e o apelo internacional da franquia. Sua participação solidificou seu status como um dos grandes símbolos s-xuais dos anos 70.

O declínio melancólico de uma carreira

Britt Ekland em uma foto mais recente, refletindo sobre sua carreira.
Apesar do sucesso nos anos 70, sua carreira no cinema teve um fim prematuro e melancólico. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Britt Ekland foi uma das celebridades mais fotografadas e perseguidas pelos paparazzi durante os anos 1970. Sua vida pessoal, incluindo seu casamento com o ator Peter Sellers, era constantemente notícia. Ela viveu o auge da fama de uma forma muito intensa.

No entanto, sua carreira no cinema começou a desacelerar com o passar do tempo. O último filme de Ekland foi lançado em 1989, marcando o fim de sua jornada nas telonas. O brilho intenso dos anos 70 pareceu se apagar nas décadas seguintes.

Posteriormente, sua carreira tomou um rumo considerado melancólico por muitos, ao estrelar reality shows. A história de Britt Ekland é um conto sobre os altos e baixos da fama. Ela brilhou intensamente, mas a indústria do entretenimento provou ser inconstante.

Claudine Auger: A Bond Girl que mudou de nome

A atriz francesa Claudine Auger como Domino Derval em '007 contra a Chantagem Atômica'.
O papel de Domino foi adaptado especialmente para que a atriz francesa pudesse interpretá-la. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A história da personagem Domino em ‘007 contra a Chantagem Atômica’ (1967) é bastante curiosa. Originalmente, a personagem se chamaria Domino Vitali e seria de nacionalidade italiana. No entanto, os planos mudaram por causa de uma atriz específica.

Os produtores ficaram tão encantados com a atriz francesa Claudine Auger que decidiram adaptar o papel para ela. Assim, a personagem foi rebatizada como Domino Derval e sua nacionalidade foi alterada para francesa. Foi uma demonstração do forte impacto que Auger causou em sua audição.

Essa mudança mostra a flexibilidade da produção e o desejo de ter a atriz certa para o papel, mesmo que isso significasse alterar o roteiro. Claudine Auger trouxe uma beleza e uma elegância tipicamente francesas para a personagem. Sua escolha se provou um grande acerto para o filme.

Sucesso na França e um adeus silencioso

Claudine Auger em um retrato, destacando sua beleza clássica e sofisticada.
Após Bond, ela se tornou uma estrela do cinema francês, mas faleceu em 2019. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Após o sucesso internacional como Bond Girl, Claudine Auger construiu uma carreira de grande sucesso em seu país natal. Ela se tornou uma estrela do cinema francês, trabalhando com diretores renomados e participando de diversas produções. Sua carreira na França foi sólida e respeitada.

Ela continuou a atuar por muitos anos, mantendo-se como uma figura relevante no cenário cinematográfico europeu. Seu papel como Domino abriu portas para uma longa e frutífera jornada artística. Ela provou ser muito mais do que apenas um rosto bonito da saga 007.

Infelizmente, a atriz faleceu no dia 18 de dezembro de 2019, aos 78 anos. Sua morte foi sentida pela comunidade cinematográfica, especialmente na França. Claudine Auger deixou um legado de elegância e talento, imortalizada como a inesquecível Domino.

Diana Rigg: A única mulher que se casou com James Bond

Diana Rigg como a Condessa Teresa di Vicenzo, também conhecida como Tracy Bond.
Mais conhecida como Olenna Tyrell de ‘Game of Thrones’, Rigg teve um papel crucial na saga 007. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Muitos fãs mais jovens a conhecem como a sagaz Olenna Tyrell em ‘Game of Thrones’, mas Diana Rigg teve uma carreira longa e ilustre. A aclamada atriz britânica faleceu de câncer em 2020, aos 82 anos. Um de seus primeiros papéis de grande destaque foi como Tracy di Vicenzo em ‘A Serviço Secreto de Sua Majestade’ (1969).

Neste filme único, estrelado por George Lazenby, Diana Rigg interpretou uma condessa complexa e inteligente. Sua personagem não era apenas um interesse amoroso passageiro para o espião. Ela foi a mulher que verdadeiramente conquistou o coração do cínico James Bond.

A passagem de Diana Rigg pela franquia foi absolutamente revolucionária para a mitologia do personagem. Ela trouxe uma profundidade emocional e uma força que poucas atrizes conseguiram igualar. Sua performance é frequentemente citada como uma das melhores de toda a saga.

O trágico destino da Sra. Bond

Diana Rigg e George Lazenby como Tracy e James Bond, em seu breve casamento no filme.
Seu casamento e morte trágica explicam por que Bond nunca mais se entregou ao amor. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A personagem de Diana Rigg, Tracy, conseguiu uma proeza que nenhuma outra mulher jamais alcançou na saga cinematográfica. Ela conseguiu se casar com o agente 007, tornando-se Tracy Bond. Este foi um momento de virada chocante e sem precedentes para o espião conhecido por sua aversão a compromissos.

Ela foi a única e verdadeira esposa do espião britânico em todos os filmes, um fato que a torna absolutamente única. O casamento, no entanto, teve um final trágico e devastador. Tracy é assassinada minutos após a cerimônia, nos braços de seu novo marido.

Esse evento traumático é a chave para entender a personalidade de James Bond nos filmes seguintes. A perda de sua amada esposa o tornou mais frio, mais fechado e incapaz de se entregar novamente ao amor. Diana Rigg não foi apenas uma Bond Girl; ela foi o coração partido de James Bond.

Tyler James Mitchell
  • Tyler James Mitchell é o jornalista e autor por trás do blog Curiosão, apaixonado por desvendar temas de história e ciência. Sua missão é transformar o conhecimento complexo em narrativas acessíveis e fascinantes para o público.