
A maldição dos 27 anos que ninguém consegue explicar
Uma idade, um padrão sinistro e uma lista de estrelas que partiram cedo demais, deixando um mistério no ar.
A vida dos ricos e famosos muitas vezes esconde uma realidade bem diferente do glamour que vemos nas telas. A gente se acostuma a pensar que talento e sucesso trazem apenas felicidade, mas a verdade pode ser bem mais complexa. Por trás dos sorrisos e aplausos, uma enorme pressão pode levar alguns dos nossos maiores ídolos por caminhos sombrios.
Parece até roteiro de filme de suspense, mas existe uma estranha coincidência que assombra o mundo da fama. Por alguma razão que desafia a lógica, essa jornada turbulenta frequentemente chega a um fim trágico quando as celebridades atingem a fatídica idade de 27 anos. Esse fenômeno ficou tão conhecido que ganhou um nome próprio e alimenta teorias até hoje.
Nesta jornada, vamos desvendar os mistérios por trás do chamado “Clube dos 27” e conhecer as histórias de grandes estrelas que se foram no auge. Prepare-se para conhecer os rostos, os dramas e as circunstâncias que transformaram uma simples idade em um verdadeiro mito. Inclusive, uma talentosa atriz brasileira faz parte dessa triste lista.
Kim Jong-hyun: A pressão esmagadora do K-pop

Você provavelmente já ouviu falar da força do K-pop e de como ele conquistou o planeta, não é mesmo? Kim Jong-hyun era a alma e a voz de uma das maiores boy bands da Coreia do Sul, o SHINee, um verdadeiro fenômeno global. Ele era admirado por milhões de fãs que viam nele um talento raro e uma presença de palco inesquecível.
O universo do pop coreano, no entanto, é conhecido por ser uma máquina de pressão implacável e intensamente competitiva. A busca pela perfeição e a exposição constante criam um ambiente que pode ser devastador para a saúde mental dos artistas. Infelizmente, Jong-hyun sentiu na pele o lado mais cruel dessa indústria implacável.
Em 2017, o mundo foi pego de surpresa com a notícia de que o cantor havia tirado a própria vida, deixando o cenário musical em choque. Ele deixou para trás uma carta angustiante que revelava a profunda dor que sentia por trás dos holofotes. Sua partida se tornou um doloroso alerta sobre a importância de cuidar da saúde mental, mesmo para quem parece ter tudo.
Leila Diniz: O furacão brasileiro que viveu intensamente

O Brasil também tem uma representante de peso nesse clube trágico, uma mulher que marcou para sempre a nossa cultura. Apesar de sua carreira ter sido curta, a atriz Leila Diniz se transformou em um verdadeiro símbolo da revolução feminina no país. Ela não tinha medo de ser quem era e de falar o que pensava, quebrando tabus em uma época de muita repressão.
Em 1969, a musa deu uma entrevista histórica e polêmica ao jornal ‘O Pasquim’, onde falou abertamente sobre relacionamentos, prazer e fidelidade. Suas palavras foram como uma bomba, desafiando a moral conservadora e inspirando uma geração de mulheres a buscar sua liberdade. Leila era a personificação da vanguarda e da coragem em forma de arte.
Com um currículo impressionante na TV, cinema e teatro, ela morreu no auge do sucesso em um trágico acidente aéreo em 14 de junho de 1972. Ela estava voltando de um festival de cinema na Austrália, onde havia sido premiada, quando o avião da Japan Airlines caiu na Índia. Sua partida precoce deixou um vazio imenso na arte brasileira e a eternizou como um mito.
A Origem do Clube dos 27: Como o mito nasceu

A ideia de um “clube” de artistas que morrem aos 27 anos não surgiu do nada, mas de uma série de eventos chocantes. O conceito começou a tomar forma na década de 1970, um período de efervescência cultural e musical. Foi nessa época que vários ícones do rock partiram em um curto intervalo de tempo, todos com a mesma idade.
A morte de estrelas como Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison, todos aos 27 anos, criou um padrão sombrio e intrigante. A mídia e os fãs começaram a conectar os pontos, dando origem à lenda do “Clube dos 27”. A ideia se fortaleceu com o passar do tempo, à medida que mais artistas famosos se juntavam a essa lista macabra.
O que começou como uma observação virou um fenômeno cultural, alimentando debates e teorias por décadas. A seguir, vamos conhecer alguns dos membros mais notáveis desse trágico e exclusivo clube. Cada história é um lembrete do preço que, por vezes, a fama e o talento podem cobrar.
Amy Winehouse: A voz que se calou cedo demais

A cantora britânica Amy Winehouse era uma força da natureza, com uma voz que parecia vir de outra época. Seu talento incrível a tornou uma estrela mundial, conquistando prêmios e o coração de milhões de fãs. No entanto, sua vida pessoal era uma batalha constante e pública contra seus demônios.
Infelizmente, a luta da diva contra o vício era tão conhecida quanto sua música, estampando capas de jornais e revistas. A pressão da fama e os problemas pessoais a levaram a um caminho de autodestruição. Seus fãs acompanhavam aflitos cada passo, torcendo para que ela conseguisse superar a fase difícil.
Em 2011, a notícia que todos temiam chegou, abalando o mundo da música de forma irreversível. Amy foi encontrada sem vida em seu apartamento em Londres, vítima de uma intoxicação por álcool. Sua morte foi um dos capítulos mais tristes da história recente da música, calando uma das vozes mais potentes de sua geração.
Brian Jones: A misteriosa morte do fundador dos Rolling Stones

Brian Jones, o homem que deu nome e vida aos Rolling Stones, foi uma das primeiras estrelas a entrar para o fatídico clube. Como guitarrista e multi-instrumentista da banda, seu talento era inegável e fundamental para o som inicial do grupo. Ele era a alma criativa por trás de muitos dos primeiros sucessos que definiram uma era.
Sua vida, no entanto, foi marcada por excessos e conflitos internos que o afastaram da banda que ele mesmo fundou. Em 1969, pouco tempo depois de sua saída dos Stones, ele foi encontrado morto no fundo de sua piscina. A causa oficial foi registrada como morte acidental, um afogamento sob a influência de álcool e drogas.
Apesar da versão oficial, a morte de Brian Jones é cercada de mistério e teorias da conspiração até hoje. Muitos acreditam que a história não foi bem contada e que ele poderia ter sido assassinado naquela noite fatídica. A verdade, talvez, tenha se afogado com ele, deixando um eterno ponto de interrogação na história do rock.
Ron “Pigpen” McKernan: A alma do Grateful Dead

Ron “Pigpen” McKernan foi um dos pilares e membro fundador da lendária banda Grateful Dead. O grupo de rock americano explodiu nos anos 1960 e 1970, definindo a cultura da contracultura com seu som psicodélico. Pigpen era o coração do blues da banda, trazendo uma energia crua e visceral para o palco.
Apesar do sucesso estrondoso, sua saúde era uma preocupação constante, fragilizada por anos de abuso de álcool. Seus problemas de saúde se agravaram com o tempo, tornando difícil para ele acompanhar o ritmo da banda. Era uma luta silenciosa que contrastava com sua imagem pública de roqueiro festeiro.
A jornada do músico chegou a um fim trágico em 1973, quando ele morreu de uma hemorragia gastrointestinal. Sua morte foi um golpe duro para a banda e para os fãs, que perderam uma de suas figuras mais carismáticas. Ele se juntou à lista de talentos que se foram cedo demais, deixando um legado musical eterno.
Anton Yelchin: Uma estrela em ascensão com um fim trágico

O talentoso ator Anton Yelchin tinha um futuro brilhante pela frente, com uma carreira que estava decolando em Hollywood. Filho de dois patinadores profissionais russos, ele trazia uma intensidade e um carisma únicos para cada papel que interpretava. Seu rosto se tornou familiar para milhões de pessoas ao redor do mundo.
Ele ficou especialmente famoso por seu papel como o jovem Chekov na nova franquia de filmes ‘Star Trek’. Sua interpretação carismática do personagem conquistou tanto os fãs antigos quanto os novos da saga espacial. Tudo indicava que ele seria um dos grandes nomes de sua geração no cinema.
Tragicamente, sua vida foi interrompida de forma abrupta e bizarra em 2016, aos 27 anos. Yelchin morreu em um acidente de carro em sua própria casa, esmagado por seu veículo em um incidente inexplicável. Sua morte chocou a indústria do entretenimento e deixou uma sensação de perda imensa por um talento que se foi cedo demais.
Janis Joplin: A rainha do rock e sua partida chocante

Janis Joplin não era apenas uma cantora, mas um verdadeiro furacão de emoções e um ícone da era hippie. Sua voz rouca e sua entrega visceral no palco a transformaram em uma das maiores estrelas dos anos 1960. Ela personificava a liberdade e a rebeldia de uma geração inteira.
O mundo da música foi abalado profundamente com a notícia de sua morte, que aconteceu apenas três semanas depois da de Jimi Hendrix. A cantora foi encontrada sem vida em seu quarto de hotel, deixando um vácuo que jamais seria preenchido. A causa oficial foi overdose de heroína, um fim trágico para uma vida tão intensa.
No entanto, como em muitos casos do Clube dos 27, o mistério ronda sua morte até hoje. Uma amiga próxima da estrela levantou a teoria de que ela teria tropeçado e quebrado o nariz, asfixiando-se enquanto estava inconsciente. Essa dúvida apenas aumenta a lenda em torno de uma das artistas mais autênticas de todos os tempos.
Jonathan Brandis: O ídolo adolescente e a face oculta da fama

A história de Jonathan Brandis é um conto triste e comum sobre os perigos da fama na infância. Ele conseguiu seu primeiro papel com apenas seis anos de idade e continuou trabalhando sem parar à medida que crescia. Sua vida parecia um sonho para muitos jovens que aspiravam ao estrelato.
O ator se tornou um verdadeiro ídolo adolescente nos anos 90, especialmente depois de estrelar a série de ficção científica ‘SeaQuest DSV’. Seu rosto estava em todas as revistas, e ele era o crush de milhares de jovens ao redor do mundo. Contudo, por trás do sucesso, a pressão para se manter relevante em Hollywood era imensa.
À medida que a fama diminuía, a luta interna de Brandis aumentava, culminando em uma tragédia. Em 2003, ele tirou a própria vida, deixando amigos e familiares devastados. Sua morte se tornou um doloroso lembrete de como a indústria do entretenimento pode ser cruel com suas jovens estrelas.
Dave Alexander: O baixista dos Stooges e a batalha contra o álcool

O mundo do rock sofreu mais uma perda irreparável com a morte de Dave Alexander, baixista da influente banda The Stooges. Seu som pesado e sua presença de palco ajudaram a moldar o que viria a ser conhecido como punk rock. Ao lado de Iggy Pop, ele criou uma música crua, agressiva e à frente de seu tempo.
Sua jornada, no entanto, foi marcada por uma intensa batalha contra o alcoolismo, um problema que afetou sua carreira drasticamente. A situação se tornou insustentável a ponto de ele ser demitido da banda cinco anos antes de sua morte. A demissão aconteceu depois que ele apareceu bêbado demais para conseguir subir ao palco e tocar.
Em 1975, o músico morreu de pancreatite, uma consequência direta de anos de abuso de álcool. Sua história é um exemplo clássico do estilo de vida “sexo, drogas e rock’n’roll” que, para muitos, acabou em tragédia. Ele se foi aos 27 anos, deixando para trás um legado sonoro que inspira bandas até hoje.
Kurt Cobain: A voz de uma geração que não queria ser ouvida

Poucas mortes no Clube dos 27 foram tão impactantes quanto a de Kurt Cobain, o icônico vocalista do Nirvana. Ele se tornou, quase contra sua vontade, o porta-voz de uma geração inteira com sua música cheia de angústia e letras honestas. O sucesso do Nirvana foi meteórico e mudou para sempre o cenário do rock mundial.
Cobain, no entanto, nunca se sentiu confortável com o título de “gênio” ou “voz da geração X”. Ele lutou ferozmente contra o vício em drogas e álcool, além de uma dor crônica que o atormentava. As letras da banda eram um reflexo direto de seu sofrimento e de sua visão pessimista do mundo.
Em abril de 1994, a notícia chocou o planeta: Kurt Cobain havia tirado a própria vida com uma arma de fogo. Sua morte não apenas encerrou a trajetória de uma das bandas mais importantes de todos os tempos, mas também marcou o fim de uma era. Ele se tornou o membro mais emblemático e trágico do Clube dos 27.
Fredo Santana: O rapper de Chicago e sua partida repentina

Fredo Santana era uma figura proeminente na cena do rap de Chicago, conhecido por seu estilo duro e letras que refletiam a realidade das ruas. Ele estava construindo uma carreira sólida e ganhando respeito no competitivo mundo do hip-hop. Seu som era autêntico e conversava diretamente com uma legião de fãs.
Em 2018, o mundo do rap foi pego de surpresa com a notícia de sua morte súbita, aos 27 anos. O artista sofreu uma convulsão fatal, deixando todos chocados com a partida tão repentina. A causa da convulsão levantou muitas questões sobre seu estado de saúde.
Mais tarde, foi revelado que Fredo Santana sofria de epilepsia e estava em tratamento para insuficiência renal e hepática. Seus problemas de saúde eram, em parte, relacionados ao seu estilo de vida e ao uso de substâncias. Sua morte serviu como um alerta sobre os perigos que muitos jovens artistas enfrentam longe dos holofotes.
Aaron Hernandez: Da glória no esporte à escuridão da prisão

A história de Aaron Hernandez é uma das mais chocantes e complexas do mundo do esporte. Ele era um astro do New England Patriots, um dos times mais poderosos da NFL, com um contrato milionário e um futuro promissor. Parecia que ele tinha conquistado o mundo com seu talento no futebol americano.
No entanto, em 2013, sua vida virou de cabeça para baixo quando ele foi acusado de assassinar seu amigo Odin Lloyd. As investigações policiais começaram a desvendar um lado sombrio do atleta, ligando-o a vários outros crimes violentos. O herói do esporte se revelou um homem com uma vida dupla e perigosa.
Condenado pelo assassinato, Hernandez estava no meio de outros processos judiciais quando um novo drama aconteceu. Em 2017, ele se enforcou em sua cela de prisão, encerrando sua vida aos 27 anos. Sua morte deixou mais perguntas do que respostas e se tornou tema de documentários que tentam entender sua queda vertiginosa.
Jean-Michel Basquiat: O cometa da arte que brilhou intensamente

Jean-Michel Basquiat começou sua jornada como um grafiteiro anônimo nas ruas de Nova York, mas rapidamente se tornou uma estrela da cena artística dos anos 1980. Sua arte era crua, política e cheia de energia, capturando o espírito de sua época como ninguém. Ele transformou as paredes da cidade em sua galeria pessoal.
Seu talento o levou a amizades com figuras como Andy Warhol, e sua reputação cresceu de forma meteórica. Suas obras passaram a valer milhões, e ele se tornou um dos artistas mais celebrados e requisitados do mundo. Basquiat era a personificação do sucesso e da vanguarda artística.
Infelizmente, sua ascensão foi tão rápida quanto sua queda, marcada pela luta contra o vício. Ele morreu de uma overdose de heroína em seu estúdio em Nova York, aos 27 anos. Sua morte prematura o transformou em um mito, e seu legado artístico continua a influenciar gerações de artistas até hoje.
Sahara Davenport: A estrela de Drag Race e sua partida inesperada

Sahara Davenport, cujo nome de batismo era Antoine Ashley, ficou conhecida por sua participação carismática no famoso programa ‘RuPaul’s Drag Race’. Ela era uma drag queen talentosa, conhecida por suas performances de dança incríveis e sua personalidade contagiante. Sua presença no programa a tornou uma celebridade querida na comunidade LGBTQIA+.
Seu talento ia muito além da competição, e ela estava construindo uma carreira sólida na música e no entretenimento. Tudo parecia estar caminhando para um futuro de ainda mais sucesso e reconhecimento. Ela era uma inspiração para muitos jovens que sonhavam em seguir o caminho da arte drag.
Tragicamente, em 2002, o mundo foi surpreendido com a notícia de sua morte repentina. Sahara Davenport faleceu de insuficiência cardíaca, uma partida completamente inesperada que deixou fãs e colegas de profissão de luto. Sua luz se apagou cedo demais, mas seu legado de alegria e talento permanece vivo.
Jimi Hendrix: O gênio da guitarra e o poema misterioso

Jimi Hendrix é, sem dúvida, um dos maiores e mais influentes guitarristas de todos os tempos. Sua habilidade de extrair sons impossíveis de seu instrumento revolucionou a música e inspirou incontáveis artistas. Ele era um verdadeiro mago das seis cordas, um gênio que parecia ter vindo de outro planeta.
Em outubro de 1970, o lendário músico americano morreu após tomar uma quantidade excessiva de soníferos em Londres. Sua morte foi oficialmente considerada acidental, mas as circunstâncias exatas nunca foram totalmente esclarecidas. A partida de um talento tão monumental deixou o mundo em estado de choque e luto.
A controvérsia em torno de sua morte é alimentada por um poema encontrado em seu quarto de hotel. Alguns acreditam que o texto era uma nota de suicídio, indicando que ele planejou sua própria morte. Outros, no entanto, defendem que o poema era apenas parte de seu processo criativo, não um presságio de seu fim.
Andrés Escobar: O gol contra que custou uma vida

A história de Andrés Escobar, sem parentesco com o famoso traficante Pablo, é uma das mais tristes do futebol mundial. Ele era um zagueiro respeitado da seleção colombiana, conhecido por sua elegância e liderança em campo. Sua carreira estava em ascensão e ele era um orgulho para seu país.
Durante a Copa do Mundo de 1994, um lance infeliz mudou seu destino para sempre. Em um jogo crucial, o zagueiro acabou marcando um gol contra, que contribuiu para a eliminação da Colômbia do torneio. O erro, comum no futebol, teria consequências inimagináveis e brutais.
Apenas uma semana depois do fatídico jogo, Andrés Escobar foi baleado e morto por membros de um cartel de drogas. Acredita-se que seu assassinato foi uma vingança pelo erro cometido no Mundial, uma retaliação cruel de apostadores que perderam dinheiro. Sua morte chocou o mundo e manchou para sempre a história do esporte.
Pete Ham: O gênio do Badfinger e a batalha contra a ganância

Pete Ham era a força criativa por trás da banda de rock Badfinger, um grupo com um talento imenso para compor melodias perfeitas. Ele era um guitarrista e compositor brilhante, responsável por sucessos que ecoam até hoje. A banda era vista como uma das grandes promessas de sua época, apadrinhada pelos próprios Beatles.
Apesar do talento, o rock star vivia um pesadelo financeiro e uma batalha judicial contínua contra o agente da banda, Stan Polley. Ele se sentia explorado e traído, vendo o dinheiro do sucesso desaparecer enquanto ele afundava em dívidas. A situação se tornou insuportável, minando sua criatividade e sua vontade de viver.
Três dias antes de seu aniversário de 28 anos, em 1975, Pete Ham tirou a própria vida. Em sua nota de suicídio, ele mencionou especificamente o agente Polley, culpando-o por sua ruína. Sua morte foi uma tragédia que expôs o lado mais sombrio e predatório da indústria musical.
Jim Morrison: O Rei Lagarto e a morte misteriosa em Paris

A morte de Jim Morrison, o enigmático e carismático vocalista do The Doors, é um dos maiores mistérios da história do rock. O “Rei Lagarto”, como era conhecido, era uma figura hipnótica, um poeta que transformava seus shows em verdadeiros rituais. Sua presença de palco e suas letras profundas o tornaram uma lenda.
Em 1971, o cantor foi encontrado sem vida na banheira de seu apartamento em Paris, um fim abrupto para uma vida de excessos. O atestado de óbito oficial declarou que ele faleceu de causas naturais, especificamente insuficiência cardíaca. No entanto, a ausência de uma autópsia alimentou décadas de especulação.
Como a lei francesa não exigia uma autópsia na época, a causa real de sua morte nunca foi confirmada. A teoria mais aceita é que sua morte foi, na verdade, resultado de uma overdose de drogas. O mistério em torno de seu fim apenas solidificou seu status de ícone imortal do rock’n’roll.
Reggie Lewis: O coração de um campeão que parou de repente

Reggie Lewis era um jogador de basquete brilhante e capitão do Boston Celtics, um time com uma história gloriosa na NBA. Ele parecia estar no auge de sua forma física, um atleta exemplar com uma saúde de ferro. Ninguém poderia imaginar que uma tragédia estava prestes a acontecer em plena quadra.
Durante um jogo em 1993, o atleta sofreu um colapso súbito, assustando a todos os presentes. Os médicos diagnosticaram um grave problema cardíaco e o avisaram que ele nunca mais poderia jogar profissionalmente. O diagnóstico foi um golpe devastador para um jogador que vivia para o esporte.
Buscando uma segunda opinião, Lewis foi informado de que poderia retomar exercícios leves, uma notícia que lhe deu esperança. No entanto, três meses depois, enquanto arremessava algumas cestas, ele sofreu uma insuficiência cardíaca fatal. Sua morte repentina aos 27 anos deixou uma marca profunda na história do basquete.
Les Harvey: A morte trágica e pública no palco

A história de Leslie Harvey, guitarrista da banda escocesa Stone the Crows, é uma das mais dramáticas e aterrorizantes do rock. Sua morte não aconteceu em um quarto de hotel ou em um acidente de carro, mas em pleno palco. Ele viveu seus últimos momentos fazendo o que mais amava, na frente de seu público.
Em 1972, durante um show, o músico foi eletrocutado de forma fulminante ao vivo. O acidente aconteceu quando ele tocou em um microfone que não estava devidamente aterrado, com as mãos molhadas de suor. A descarga elétrica foi fatal, e ele morreu instantaneamente diante dos fãs e de seus colegas de banda.
A morte extremamente pública e chocante de Les Harvey se tornou uma lenda sombria no folclore do rock. Foi um lembrete brutal dos perigos que podem existir até mesmo no ambiente controlado de um show. Sua partida trágica o adicionou à lista do Clube dos 27 da maneira mais chocante possível.
Harry Hains: A batalha contra o vício de uma estrela de ‘American Horror Story’

O ator australiano Harry Hains era um rosto em ascensão, conhecido por seus papéis em séries de sucesso como ‘American Horror Story’ e ‘The OA’. Ele estava construindo uma carreira promissora e ganhando reconhecimento por seu talento e versatilidade. Seu futuro parecia brilhante e cheio de oportunidades.
Longe das câmeras, no entanto, Hains enfrentava uma difícil batalha contra o vício e problemas de saúde mental. Ele falava abertamente sobre suas lutas, tentando usar sua plataforma para ajudar outras pessoas. Era uma jornada pessoal dolorosa que ele compartilhava com coragem e honestidade.
Em janeiro de 2020, o ator faleceu após uma overdose acidental de fentanil, uma substância perigosamente potente. Sua morte foi um golpe duro para sua família, amigos e fãs, que lamentaram a perda de um jovem tão talentoso. Ele se tornou mais um nome na longa lista de artistas que partiram aos 27 anos.
Tyler Skaggs: O arremessador de beisebol e a morte no hotel

Tyler Skaggs, arremessador titular do time de beisebol Los Angeles Angels, era um atleta de elite no auge de sua carreira. Ele era conhecido por seu talento no campo e sua personalidade amigável fora dele. Sua vida parecia ser a realização do sonho americano para um esportista.
Em 2019, durante uma viagem com a equipe, Skaggs foi encontrado morto em seu quarto de hotel, uma notícia que chocou a Major League Baseball. A causa da morte não foi imediatamente clara, deixando todos em busca de respostas. A tragédia abalou profundamente seus companheiros de equipe e a comunidade do beisebol.
O relatório de toxicologia revelou a verdade por trás da tragédia, mostrando que o jogador havia consumido uma mistura fatal de fentanil, oxicodona e álcool. Sua morte foi considerada acidental, mas levantou sérias questões sobre o uso de opioides entre atletas profissionais. Ele se juntou ao Clube dos 27, deixando uma história de alerta sobre um problema crescente.
Thomas Fekete: O roqueiro indie e sua luta contra o câncer

Thomas Fekete foi um dos membros fundadores da Surfer Blood, uma banda de indie rock americana que conquistou a crítica e os fãs. Seu som de guitarra era uma marca registrada do grupo, ajudando a definir sua identidade musical. Ele era uma peça fundamental na engrenagem criativa da banda.
Sua jornada musical foi interrompida em 2017, quando ele foi diagnosticado com uma forma rara e agressiva de câncer. Ele precisou deixar a banda para se concentrar em seu tratamento, uma decisão difícil e dolorosa. Seus companheiros de grupo e a comunidade musical se uniram para apoiá-lo.
Em um gesto de solidariedade, a banda leiloou músicas inéditas para arrecadar fundos para o tratamento de Fekete. Apesar de toda a luta e apoio, ele faleceu em 2018, aos 27 anos. Sua história é um lembrete comovente da fragilidade da vida e da força da comunidade.
Richey Edwards: O desaparecimento que virou lenda

A história de Richey Edwards, guitarrista e letrista da banda galesa Manic Street Preachers, é diferente de todas as outras neste clube. Ele não foi encontrado morto, mas simplesmente desapareceu misteriosamente em 1995. Sua partida sem deixar rastros se tornou um dos maiores enigmas da história da música.
Pouco antes de sumir, seu carro foi encontrado abandonado perto de uma conhecida ponte, um local frequentemente associado a suicídios. No entanto, seu corpo nunca foi encontrado, alimentando inúmeras teorias e especulações. Para a lei, ele foi oficialmente declarado morto em 2005, mas para muitos fãs, a história não acabou.
Há teorias persistentes de que ele teria forjado o próprio desaparecimento para escapar da fama e das pressões da vida. Alguns acreditam que ele ainda está vivo em algum lugar do mundo, vivendo sob uma nova identidade. O mistério de Richey Edwards o transformou em uma figura quase mítica, um fantasma no rock britânico.
Pete de Freitas: O baterista do Echo & the Bunnymen

Pete de Freitas era o talentoso baterista por trás da sonoridade única da banda Echo & the Bunnymen. Seu estilo de bateria era fundamental para o som pós-punk e atmosférico do grupo, que se tornou um dos mais influentes dos anos 80. Ele era o coração pulsante da banda.
Ele viveu um período bastante tumultuado no início de seus vinte anos, com todos os excessos que a vida de rockstar proporcionava. No entanto, ele parecia ter encontrado a calma ao se casar e ter sua filha, Lucie Marie. Tudo indicava que ele estava entrando em uma nova fase, mais madura e estável.
Infelizmente, o destino tinha outros planos e sua vida foi tragicamente interrompida em 1989. Pete de Freitas morreu em um acidente de moto, uma partida súbita que deixou a banda e os fãs desolados. Ele tinha apenas 27 anos, juntando-se à lista de músicos cuja jornada terminou cedo demais.
Chris Bell: O gênio incompreendido da Big Star

Chris Bell era a alma criativa por trás da banda Big Star, um grupo que, apesar de não ter feito sucesso comercial, se tornou um dos mais influentes da história. Ele era um cantor, compositor e guitarrista genial, cujo trabalho foi aclamado pela crítica e por outros músicos. Sua música era considerada à frente de seu tempo.
Depois que a banda se desfez e suas tentativas de seguir uma carreira solo fracassaram, o músico enfrentou uma profunda depressão. A falta de reconhecimento o levou de volta para sua cidade natal, onde começou a trabalhar no restaurante de hambúrguer de seu pai. Foi um fim desolador para um talento musical tão extraordinário.
A história de Bell teve um desfecho trágico em 1978, quando ele morreu em um acidente de carro aos 27 anos. Sua morte consolidou seu status de gênio incompreendido, um artista cujo legado só foi verdadeiramente apreciado anos depois. Ele é um dos membros mais cultuados e melancólicos do Clube dos 27.
Alexander Baslachev: O poeta do rock soviético

Alexander Baslachev foi uma das maiores estrelas do rock soviético durante a década de 1980, um período de grande agitação política e cultural. Ele era reverenciado por sua poesia profunda e sua música intensa, que lhe renderam o apelido de “o poeta do rock”. Suas letras eram carregadas de metáforas e críticas sociais.
Apesar de seu status de ícone, Baslachev passou por uma grave crise criativa em 1987, sentindo-se esgotado e incapaz de compor. Esse bloqueio artístico o mergulhou em um estado de profunda melancolia e desespero. Ele lutava para encontrar um novo propósito em sua arte e em sua vida.
No ano seguinte, em 1988, o músico morreu após cair da janela de seu apartamento em São Petersburgo. Acredita-se amplamente que ele tenha pulado, pondo fim à sua própria vida aos 27 anos. Sua morte foi uma grande perda para a cena do rock russo, que o via como uma de suas vozes mais importantes.
A Ciência por Trás do Mito: O que dizem os fatos?

Diante de tantas histórias trágicas, é natural se perguntar se existe realmente uma “maldição dos 27”. As estatísticas mostram que, de fato, um número significativo de estrelas do rock morreu jovem. No entanto, a ideia de que a idade de 27 anos é especialmente amaldiçoada pode ser, na verdade, um equívoco.
Estudos mais aprofundados revelam que a alta taxa de mortalidade entre jovens músicos não é surpreendente. O estilo de vida regado a excessos e o uso abusivo de drogas e álcool aumentam drasticamente os riscos. Essas mortes, no entanto, ocorrem em várias faixas de idade, não se concentrando apenas nos 27 anos.
O famoso Clube dos 27 pode ser, na verdade, apenas uma grande coincidência que se encaixa perfeitamente em uma teoria atraente. A nossa tendência humana de buscar padrões pode ter criado um mito a partir de uma série de eventos trágicos, mas não estatisticamente anormais. A verdade pode ser menos misteriosa, mas não menos triste.
Pactos e Planetas: As teorias mais bizarras sobre o Clube dos 27

Para muitas pessoas, a explicação de “coincidência” simplesmente não é suficiente para justificar tantas mortes na mesma idade. Por isso, ao longo dos anos, surgiram diversas teorias da conspiração para tentar explicar o fenômeno. Algumas delas são verdadeiramente estranhas e fascinantes.
Uma das teorias mais populares afirma que essas estrelas teriam feito um pacto com o diabo em troca de fama e talento. Nesse suposto acordo, suas almas seriam ceifadas aos 27 anos como pagamento pelo sucesso meteórico. É uma narrativa que remete a antigas lendas do blues, como a de Robert Johnson.
Outra linha de pensamento vem da astrologia, que acredita que os efeitos do planeta Saturno são fortemente sentidos por volta dos 27 anos. Esse período, conhecido como “Retorno de Saturno”, pode levar as pessoas a um momento de crise existencial e grandes transformações. Para os mais vulneráveis, essa fase poderia ser um gatilho para a autodestruição.