Conheça os métodos extremos usados por Sissi para manter sua aparência e o impacto de suas práticas na saúde.

A imperatriz Sissi, conhecida por sua beleza e estilo de vida incomum, tornou-se um ícone da história europeia. Obcecada por manter uma aparência impecável, ela seguia uma dieta extremamente restritiva e adotava hábitos de beleza que impressionam até hoje. Com 1,72 m de altura e pesando entre 45 e 50 kg, Sissi alcançou medidas que desafiavam os padrões da época, mas enfrentou sérios problemas de saúde devido às suas práticas.

Sua dieta consistia principalmente em líquidos, como leite fresco, caldo de carne e suco de laranja. Em algumas fases, evitava alimentos sólidos completamente, mandando espremer bifes crus para consumir apenas o líquido. Essa obsessão pela magreza a levou a desenvolver anemia e outros problemas relacionados à desnutrição.

Além da alimentação rigorosa, Sissi dedicava horas diárias aos exercícios físicos e cuidados estéticos. Ela era uma pioneira em práticas como ginástica e cavalgada, atividades incomuns para mulheres da nobreza no século XIX. Seus rituais de beleza incluíam máscaras faciais feitas com carne crua e morangos, além de banhos alternados entre água quente e fria.

Leia também: McDonald’s mais antigo em funcionamento preserva charme dos anos 1950

A busca pela magreza extrema

Os padrões estéticos de Sissi eram incomuns para sua época, quando mulheres mais robustas eram valorizadas. Ela usava espartilhos apertados que reduziam sua cintura a impressionantes 50 centímetros. Essa prática era tão intensa que demorava cerca de uma hora para vestir as peças.

A dieta da imperatriz era igualmente rigorosa. Durante períodos específicos, ela consumia apenas laranjas ou leite retirado diretamente de vacas que levava consigo em viagens. Mesmo sob orientação médica para incluir proteínas na alimentação, Sissi encontrava maneiras de evitar alimentos sólidos.

Esses hábitos contribuíram para problemas graves de saúde. Em cartas ao marido, o imperador Francisco José expressava preocupação com a saúde da esposa, alertando-a sobre os riscos de sua dieta extrema. Apesar disso, Sissi continuou com seus métodos até o fim da vida.

Exercícios físicos e rituais estéticos

A rotina física da imperatriz era intensa e incomum para mulheres de sua posição social. Ela passava horas cavalgando, caminhando ou praticando ginástica em equipamentos instalados nos palácios onde vivia. Essas atividades eram parte essencial do seu dia a dia e refletiam sua obsessão por manter-se ativa.

Sissi também dedicava grande parte do tempo ao cuidado com seus cabelos longos, que chegavam até os calcanhares. O processo de lavagem levava um dia inteiro e incluía o uso de ovos crus como tratamento capilar. Durante as três horas diárias necessárias para pentear os fios, ela aproveitava para estudar idiomas como grego e húngaro.

Seus rituais estéticos incluíam banhos alternados entre água quente e fria para estimular a circulação sanguínea. À noite, ela aplicava máscaras faciais feitas com carne crua ou morangos amassados, acreditando nas propriedades antioxidantes desses ingredientes naturais.

O legado estético e cultural de Sissi

A obsessão da imperatriz Sissi pela beleza deixou um legado cultural duradouro. Ela introduziu tendências como o uso de estrelas de diamantes no cabelo, que continuam a inspirar estilos modernos em eventos formais. Sua dedicação à aparência também influenciou padrões estéticos na Europa do século XIX.

No entanto, suas práticas extremas levantam questões sobre os custos físicos e emocionais associados à busca pela perfeição estética. Sissi enfrentou episódios de depressão profunda ao longo da vida, agravados pela pressão social e pelos sacrifícios exigidos por seus rígidos padrões pessoais.

Hoje, objetos relacionados à sua rotina estão expostos no Museu Sissi, em Viena, permitindo que visitantes explorem a complexidade dessa figura histórica. Sua história continua a fascinar tanto por suas conquistas quanto pelos desafios enfrentados em nome da beleza.

Fonte: Aventuras na História.