A polêmica cena excluída de Deadpool & Wolverine que alfineta ator famoso
Ryan Reynolds utiliza sua liberdade criativa para provocar Justin Baldoni em cena deletada, gerando debates sobre ética e humor no cinema.
Uma cena excluída de “Deadpool & Wolverine” trouxe à tona uma das provocações mais controversas da carreira de Ryan Reynolds. A sequência, que viralizou nas redes sociais, apresenta o personagem Nicepool, uma versão satírica do Deadpool, fazendo referências diretas ao ator e diretor Justin Baldoni. A cena gerou debates acalorados sobre os limites do humor e a responsabilidade em abordar temas sensíveis.
No trecho, Nicepool ironiza a imagem pública de Baldoni como ativista feminista, dizendo: “Minha vocação é apresentar um podcast que monetize o movimento das mulheres”. Essa fala foi interpretada como uma crítica ao comportamento de Baldoni, acusado de assédio por Blake Lively, esposa de Reynolds. Além disso, a cena inclui Ladypool, dublada por Lively, em um momento que muitos consideraram uma forma de “vingança fictícia”.
A inclusão de referências tão pessoais em um filme amplamente aguardado como “Deadpool & Wolverine” levanta questões sobre a liberdade criativa versus a responsabilidade social. Enquanto alguns elogiam o tom irreverente característico da franquia, outros apontam que transformar acusações sérias em piadas pode trivializar o problema.
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Nicepool: Sátira ou ataque pessoal?
Nicepool é descrito como uma versão “bonita” e mortal do Deadpool, sem o fator de cura que caracteriza o protagonista. Sua breve aparição no filme foi suficiente para gerar polêmica. Além da fala sobre podcasts feministas, ele é morto por Ladypool em frente a uma loja de flores — uma possível referência ao cenário do filme “É Assim que Acaba”, dirigido por Baldoni.
A escolha de incluir essa cena no material promocional foi vista por muitos como um ato deliberado de Reynolds para expor publicamente as alegações contra Baldoni. Especialistas em cinema e ética questionam se tal abordagem é adequada para tratar temas tão delicados.
O advogado de Baldoni criticou duramente a cena, afirmando que usar um caso sério como pano de fundo para humor compromete a credibilidade das acusações. Para ele, questões como assédio sexual devem ser tratadas com seriedade e não transformadas em esquetes cômicos.
A repercussão entre fãs e críticos
A repercussão da cena nas redes sociais foi intensa. Muitos fãs defenderam Ryan Reynolds, argumentando que o humor ácido é parte essencial do DNA de Deadpool. No entanto, críticos apontaram que a escolha do tema ultrapassou os limites do bom senso. A viralização da cena também reacendeu discussões sobre como Hollywood lida com acusações envolvendo figuras públicas.
Blake Lively, que dublou Ladypool na cena deletada, não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido. No entanto, sua participação na sequência foi interpretada como um posicionamento indireto contra Baldoni. A atriz já havia movido um processo contra ele por comentários feitos durante as filmagens de “É Assim que Acaba”.
Apesar das críticas, Reynolds defendeu sua decisão criativa em entrevistas recentes. Ele afirmou que o objetivo era trazer autenticidade ao filme e explorar temas relevantes sob a ótica satírica característica da franquia.
O impacto na carreira dos envolvidos
A polêmica em torno da cena excluída pode ter implicações significativas para as carreiras dos envolvidos. Enquanto Ryan Reynolds continua sendo uma das figuras mais influentes de Hollywood, Justin Baldoni enfrenta dificuldades para restaurar sua imagem pública após as acusações.
A Marvel Studios ainda não se pronunciou oficialmente sobre o impacto da controvérsia no lançamento do filme. No entanto, analistas apontam que a situação pode influenciar futuras decisões criativas envolvendo personagens e temas sensíveis na franquia.
Por outro lado, a inclusão de Blake Lively no projeto foi vista como um movimento estratégico para reforçar sua posição no centro do debate público. Sua atuação como Ladypool recebeu elogios pela coragem e pela mensagem implícita transmitida na sequência.
Fonte: Revista Monet.