Colar de amante real inspira cena icônica em O Diabo Veste Prada

Colar de amante real inspira cena icônica em O Diabo Veste Prada

Um presente do príncipe Edward VII para sua amante no século 19 ganha destaque no cinema, conectando história e cultura pop.

O colar usado por Meryl Streep no filme O Diabo Veste Prada carrega uma história fascinante que remonta à monarquia britânica. Criado na segunda metade do século 19, o acessório foi encomendado por Edward VII, então príncipe de Gales, para presentear sua amante, a atriz e socialite Lillie Langtry. Inspirado no estilo egípcio, o colar é adornado com elementos como escaravelhos alados e pedras da lua esculpidas.

A peça reflete o gosto da era vitoriana por joias exóticas e simboliza o relacionamento extraconjugal do príncipe com Lillie. Apesar de seu casamento com a princesa Alexandra da Dinamarca, Edward manteve o caso por três anos, marcando um período de intensa influência cultural e social.

Décadas depois, o colar ressurgiu como um ícone cinematográfico. Recentemente devolvido à joalheria Hancocks & Co., onde foi originalmente confeccionado, ele agora está em exposição, permitindo que visitantes apreciem sua rica história.

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A conexão entre realeza e cultura pop

A transição do colar de um presente real para um símbolo cultural demonstra como objetos históricos podem ganhar novos significados. No filme de 2006, a peça complementa a atuação marcante de Meryl Streep como Miranda Priestly, uma personagem que personifica poder e sofisticação.

Essa ligação entre história e cinema ressalta a capacidade do design de transcender gerações. O colar não é apenas um acessório; ele carrega consigo narrativas de amor, poder e escândalo que moldaram a percepção pública sobre figuras históricas como Edward VII.

A escolha da produção cinematográfica em usar uma joia com tamanha relevância histórica reforça a autenticidade visual do filme, conectando-o ao glamour da aristocracia britânica.

Colar de amante real inspira cena icônica em O Diabo Veste Prada
O colar usado no filme reflete a opulência da era vitoriana e sua influência na moda contemporânea. (Imagem: Reprodução/Divulgação)

A influência de Lillie Langtry na sociedade vitoriana

Lillie Langtry não foi apenas uma amante real; ela também desempenhou um papel significativo na sociedade da época. Conhecida por sua beleza e inteligência, Lillie usou sua relação com Edward VII para se estabelecer como uma figura influente em círculos sociais e artísticos.

Embora o relacionamento tenha terminado após três anos, Lillie continuou a ser uma presença marcante na sociedade britânica. Sua associação com o príncipe ajudou a moldar sua imagem pública, transformando-a em uma das mulheres mais comentadas de sua geração.

A história do colar é apenas um exemplo de como objetos pessoais podem se tornar símbolos duradouros de eras passadas. Ele encapsula não apenas um romance proibido, mas também as complexidades das relações sociais na era vitoriana.

De presente real a ícone cinematográfico

A jornada do colar reflete mudanças culturais ao longo dos séculos. Inicialmente concebido como um presente íntimo, ele agora é visto como uma obra-prima artística e histórica. Sua aparição em O Diabo Veste Prada destaca como itens históricos podem ser reinterpretados para novos públicos.

Essa transformação também ilustra o poder do cinema em revitalizar narrativas históricas. Ao incluir o colar no figurino de Miranda Priestly, os cineastas criaram uma ponte entre passado e presente, mostrando que histórias antigas ainda têm relevância no mundo moderno.

A exposição atual do colar oferece ao público a oportunidade de explorar essa conexão única entre história e cultura pop, reafirmando seu status como um objeto atemporal.

Fonte: Aventuras na História.