
A surpreendente verdade sobre os países mais poliglotas do mundo
Prepare-se para descobrir que o mapa linguístico do mundo é muito mais complexo e fascinante do que você imagina.
Você já parou para pensar em quantos idiomas são falados em um único país? Em um mundo cada vez mais conectado, a diversidade demográfica transformou muitas nações em verdadeiros caldeirões culturais. Essa mistura de povos e tradições traz consigo uma consequência fascinante, o aumento do número de línguas coexistindo no mesmo território.
Alguns governos chegam a oficializar múltiplos idiomas, reconhecendo a importância de cada comunidade para a identidade nacional. Em outros lugares, mesmo sem um reconhecimento formal, a vida cotidiana acontece em diversas línguas, tornando a comunicação uma experiência rica e plural. O multilinguismo não é apenas uma habilidade, mas um pilar que enriquece a cultura e fortalece os laços entre as pessoas.
Nesta jornada, vamos explorar quais são as nações linguisticamente mais diversas do planeta. Algumas das respostas podem te surpreender e mudar completamente sua percepção sobre o que significa ser um país poliglota. Prepare-se para uma viagem pelas vozes do mundo, onde cada idioma conta uma parte da história.
Países sem língua oficial: Uma realidade surpreendente

Pode parecer um fato saído da ficção, mas até recentemente, uma das maiores potências mundiais não possuía um idioma oficial estabelecido por lei. Os Estados Unidos foram, por muito tempo, um exemplo claro de nação construída sobre a diversidade linguística de seus imigrantes. Essa característica era um reflexo direto de suas origens, como um porto seguro para pessoas de todo o mundo.
Historicamente, essa ausência de uma língua única e imposta era uma forma de honrar as inúmeras culturas que ajudaram a construir o país. Em suas cidades, era comum ouvir um mosaico de idiomas, do italiano ao chinês, do polonês ao espanhol. Essa liberdade era, de certa forma, a materialização do famoso “sonho americano” em forma de comunicação.
No entanto, essa longa tradição chegou ao fim, quando em 2025 uma decisão presidencial estabeleceu um idioma oficial. A mudança gerou debates intensos sobre identidade nacional e o futuro do multiculturalismo no país. Essa decisão marcou um novo capítulo na complexa história linguística dos Estados Unidos.
Canadá: O gigante multicultural com duas vozes

Logo ao norte dos Estados Unidos, encontramos um vizinho que abraça o multilinguismo de uma forma completamente diferente e oficial. O Canadá é mundialmente conhecido por ter dois idiomas oficiais, o inglês e o francês, um legado de sua história colonial. Essa dualidade está presente em tudo, desde as embalagens de produtos até os documentos governamentais.
No entanto, a diversidade linguística canadense vai muito além dessas duas línguas principais. Graças a um forte incentivo ao multiculturalismo, o país se tornou um lar para falantes de mais de 30 outros idiomas. Em cidades como Toronto e Vancouver, é possível viver e trabalhar usando uma vasta gama de línguas, como o mandarim, o punjabi e o tagalo.
Essa política de inclusão não apenas facilita a vida dos imigrantes, mas também enriquece imensamente a tapeçaria cultural do país. O Canadá prova que é possível construir uma identidade nacional forte e unificada, ao mesmo tempo em que se celebra a diversidade. É um verdadeiro exemplo de como diferentes vozes podem compor uma única e harmoniosa nação.
O mistério das nações sem idioma por lei

Você consegue imaginar um país funcionando perfeitamente sem ter um idioma oficial declarado em sua constituição? Embora pareça incomum, existem nações que operam exatamente dessa maneira, cada uma localizada em um continente diferente. Este fato curioso nos convida a questionar a real necessidade de uma língua única imposta pelo Estado.
A existência desses países demonstra que a identidade nacional pode ser construída sobre outros pilares que não apenas o linguístico. Em vez de uma lei, o que prevalece é um idioma “de fato”, aquele que a maioria da população utiliza no dia a dia por convenção. É uma prova de que a comunicação e a coesão social podem florescer de maneira orgânica.
A pergunta que fica é: quais são esses países e o que eles têm em comum para adotar essa abordagem tão particular? A resposta revela muito sobre a história, a política e a composição demográfica de cada um deles. Prepare-se para conhecer as quatro nações que desafiam as convenções e operam em um estado de liberdade linguística.
Os quatro países que desafiam a norma linguística

As quatro nações que surpreendentemente não possuem um idioma oficial são o México, o Reino Unido, a Austrália e a Eritreia. Cada um desses países tem um idioma predominante que funciona como a língua franca para governo e comércio. No entanto, nenhum deles foi formalmente consagrado em lei como o idioma nacional.
No México, o espanhol domina, mas o país reconhece dezenas de línguas indígenas como parte de seu patrimônio cultural. No Reino Unido e na Austrália, o inglês é o idioma de fato, um legado do Império Britânico que nunca sentiu a necessidade de oficializá-lo. Já na Eritreia, a diversidade étnica e linguística é tão grande que escolher apenas um idioma oficial poderia gerar conflitos.
Essa abordagem, embora pareça passiva, é muitas vezes uma decisão política deliberada para respeitar minorias e a história local. Mostra que um país pode ter uma identidade forte sem precisar impor uma única forma de falar. É um fascinante testemunho do poder da tradição e do consenso sobre a legislação formal.
Mudança de rumo: A recente oficialização de idiomas

A lista de países sem idioma oficial já foi maior, mas nas últimas duas décadas, um movimento de mudança começou a acontecer. Políticas internas e a busca por uma identidade nacional mais coesa levaram algumas nações a reverem seu status linguístico. Essa tendência mostra como a língua pode ser uma poderosa ferramenta política.
Um exemplo notável é o Paquistão, que por muito tempo operou com o inglês e o urdu como línguas de trabalho, mas sem uma oficialização plena. Tudo mudou em 2015, quando a Suprema Corte do país determinou que o urdu deveria ser adotado como o idioma oficial em todos os níveis do governo. Foi um passo simbólico para fortalecer a unidade nacional.
Essa transição reflete um debate global sobre a importância de preservar e promover as línguas nacionais frente à influência de idiomas globais como o inglês. A decisão paquistanesa foi celebrada por muitos como uma afirmação de sua soberania cultural. Este movimento mostra que a definição de um idioma oficial é um processo dinâmico e em constante evolução.
O fim de uma era: Como nações definiram suas línguas

Seguindo a mesma tendência, outras nações também tomaram medidas para formalizar seus idiomas nos últimos anos. A Etiópia e a Somália, países com uma imensa diversidade de dialetos, também declararam suas línguas oficiais para promover a unidade. Essas decisões são marcos importantes na história moderna do continente africano.
Nos Estados Unidos, a situação que perdurou por séculos foi alterada por uma canetada presidencial em 2025. A decisão de Donald Trump de forçar o país a sair da lista de nações sem língua oficial gerou controvérsia e debate. Para muitos, foi uma quebra com a tradição histórica de um país de imigrantes.
Esses eventos demonstram que a questão do idioma oficial está longe de ser apenas uma formalidade burocrática. Ela toca em pontos sensíveis como identidade nacional, inclusão de minorias e o legado histórico de um povo. O mapa linguístico do mundo continua a ser desenhado e redesenhado por essas decisões políticas.
A regra geral: A importância de um idioma reconhecido

Apesar desses casos atípicos que acabamos de ver, a grande maioria dos países ao redor do mundo adota uma abordagem mais convencional. Quase todas as nações têm pelo menos um idioma oficial reconhecido por seus governos. Essa é a norma global por uma série de razões práticas e simbólicas.
Ter uma língua oficial facilita a administração pública, o sistema educacional e o judiciário, garantindo que todos os cidadãos possam entender e participar da vida cívica. Funciona como um elo comum que conecta pessoas de diferentes regiões e origens dentro do mesmo território. É um pilar fundamental para a construção de um Estado-nação coeso.
Além da praticidade, o idioma oficial carrega um forte peso simbólico, representando a herança cultural e a identidade de um povo. É uma forma de preservar a história e os valores que definem uma nação para o mundo. Por isso, a escolha de um ou mais idiomas oficiais é uma das decisões mais importantes que um país pode tomar.
O clube dos quatro: As nações com quatro línguas oficiais

Se ter um ou dois idiomas oficiais já parece complexo, imagine gerenciar quatro ao mesmo tempo. Apenas um seleto grupo de quatro países no mundo alcançou esse impressionante feito de diplomacia e inclusão linguística. Essas nações são verdadeiros laboratórios de como a diversidade pode ser institucionalizada com sucesso.
Manter quatro línguas oficiais exige um esforço monumental por parte da população e do governo. Envolve tradução constante, sistemas educacionais bilíngues ou quadrilíngues e um profundo respeito mútuo entre as diferentes comunidades linguísticas. É um compromisso diário com a coexistência pacífica.
Esses países se tornaram exemplos fascinantes de como o multilinguismo pode ser a base da identidade nacional, em vez de uma fonte de divisão. Eles provam que é possível construir uma nação forte não apesar da diversidade, mas por causa dela. Vamos conhecer agora quem são esses campeões da pluralidade linguística.
Singapura: Um caldeirão cultural com quatro vozes

Singapura é um dos membros mais proeminentes desse exclusivo clube, com quatro idiomas oficiais que refletem sua população multicultural. As línguas reconhecidas são o mandarim, o inglês, o malaio e o tâmil. Essa política linguística é um pilar fundamental da harmonia social na cidade-estado.
Na prática, cada idioma tem seu espaço e sua função na sociedade singapurense. O inglês e o mandarim são amplamente utilizados no mundo dos negócios e nas relações internacionais, impulsionando a economia globalizada do país. Enquanto isso, o malaio, considerado a língua nacional histórica, e o tâmil são mais comuns na vida cotidiana e nas comunidades locais.
Essa abordagem pragmática garante que nenhuma das principais etnias do país se sinta excluída. As crianças aprendem inglês e sua língua materna na escola, tornando a maioria da população fluentemente bilíngue desde cedo. É uma estratégia brilhante que transformou a diversidade linguística em uma de suas maiores forças.
A história por trás da diversidade linguística de Singapura

Pode parecer chocante que um país com uma área tão pequena consiga abrigar uma diversidade linguística tão grande. A resposta para esse fenômeno está profundamente enraizada na rica e complexa história de Singapura. A nação insular sempre foi um ponto de encontro de diferentes civilizações.
Localizada em uma rota comercial estratégica, Singapura atraiu ao longo dos séculos comerciantes, trabalhadores e imigrantes da China, Índia, Malásia e Europa. Cada grupo trouxe consigo seus costumes, sua culinária e, claro, seu idioma. Em vez de suprimir essa diversidade, os líderes do país decidiram celebrá-la como parte da identidade nacional.
O resultado é uma sociedade vibrante onde diferentes culturas não apenas coexistem, mas se misturam e criam algo novo e único. Andar pelas ruas de Singapura é uma experiência sensorial que envolve ouvir múltiplos idiomas falados ao mesmo tempo. É a prova viva de que o multilinguismo é o reflexo de uma história de tolerância e intercâmbio.
O enigma do leste europeu e suas ambições linguísticas

Saindo da Ásia, nossa jornada nos leva a uma pequena nação do Leste Europeu que também ostenta o título de ter quatro idiomas oficiais. Este país pode não ter o mesmo reconhecimento global de Singapura, mas suas ambições linguísticas são igualmente grandiosas. É um lugar onde a história e a geografia política moldaram uma identidade complexa e multifacetada.
Você consegue adivinhar que nação é essa, escondida entre vizinhos maiores e mais poderosos? Sua política linguística é um reflexo direto das influências culturais e das minorias étnicas que compõem sua população. É um caso fascinante de como um país pequeno pode gerenciar uma grande diversidade.
A existência de quatro línguas oficiais em seu território é um testemunho de sua resiliência e de sua capacidade de equilibrar diferentes interesses. A resposta para esse enigma revela uma história de fronteiras que mudaram e de povos que permaneceram. Vamos desvendar agora que país é esse.
Moldávia: Um mosaico de influências e dialetos regionais

A resposta para o enigma é a Moldávia, um país que surpreende com sua complexa tapeçaria linguística. As quatro línguas oficiais da nação são o moldavo (considerado um dialeto do romeno), o russo, o gagauz e o ucraniano. Cada um desses idiomas conta uma parte da história conturbada e das influências externas que marcaram o país.
Enquanto o moldavo e o russo são mais difundidos por todo o território, os outros dois têm um status mais regional. O gagauz e o ucraniano são falados predominantemente em áreas específicas onde essas comunidades étnicas se concentram. Essa política de reconhecimento regional é uma forma inteligente de garantir a autonomia cultural e a paz social.
A situação linguística da Moldávia é um reflexo direto de seu passado como parte da União Soviética e de sua proximidade com a Romênia e a Ucrânia. É um país que vive na encruzilhada de diferentes mundos culturais. Essa diversidade é, ao mesmo tempo, seu maior desafio e sua maior riqueza.
As particularidades dos idiomas na Moldávia

Para entender completamente a Moldávia, é preciso olhar para suas diferenças regionais, que são a chave de sua diversidade linguística. O gagauz, por exemplo, é uma língua túrquica falada na região autônoma de Gagaúzia, no sul do país. Essa autonomia garante a preservação de uma cultura e um idioma únicos na Europa.
Já o ucraniano tem forte presença na Transnístria, uma região separatista que se autodeclara como República Moldava Peridniestriana. Embora não seja reconhecida internacionalmente, a região opera de forma independente e utiliza o ucraniano, junto com o russo e o moldavo, em seus assuntos oficiais. Essa situação política complexa contribui para o mosaico linguístico do país.
Essas divisões regionais mostram como a língua está intrinsecamente ligada à política e à identidade. Na Moldávia, falar um determinado idioma pode indicar não apenas sua origem étnica, mas também sua afiliação política. É um exemplo fascinante de como as fronteiras linguísticas podem ser tão importantes quanto as geográficas.
Gigantes europeus do multilinguismo: Países Baixos e Suíça

Completando o quarteto de nações com quatro idiomas oficiais, encontramos dois países europeus conhecidos por sua estabilidade e prosperidade. Os Países Baixos e a Suíça são os outros dois membros desse clube exclusivo. Ambos demonstram como o multilinguismo pode ser uma vantagem estratégica no coração da Europa.
Embora compartilhem o mesmo número de línguas oficiais, a forma como cada país gerencia sua diversidade é bastante diferente. Nos Países Baixos, a situação é influenciada por seus territórios ultramarinos e por línguas regionais específicas. Já na Suíça, o multilinguismo é uma consequência direta de sua localização geográfica, cercada por três das maiores culturas do continente.
Esses dois exemplos mostram que não existe uma fórmula única para o sucesso do multilinguismo. Cada país desenvolve seu próprio modelo com base em sua história, geografia e composição social. Vamos agora explorar as particularidades de cada um desses gigantes linguísticos europeus.
Países Baixos: Mais do que apenas o holandês

Quando pensamos nos Países Baixos, a primeira língua que vem à mente é, naturalmente, o holandês. No entanto, o Reino dos Países Baixos reconhece oficialmente outras três línguas. São elas o frísio, o inglês e o papiamento.
O frísio é uma língua germânica falada na província da Frísia, no norte do país, e possui um status protegido para garantir sua sobrevivência. O inglês e o papiamento, por outro lado, são oficiais nos municípios especiais e países constituintes do Caribe, como Aruba, Curaçao e São Martinho. O papiamento é uma fascinante língua crioula com influências do espanhol, português, holandês e línguas africanas.
Essa política linguística abrange não apenas o território europeu, mas também as partes caribenhas do reino. É uma demonstração do legado colonial do país e de seu compromisso em respeitar a identidade cultural de todas as suas partes. Os Países Baixos são, portanto, um exemplo de multilinguismo que transcende continentes.
Suíça: Um reflexo linguístico de seus vizinhos

A Suíça é talvez o exemplo mais famoso de multilinguismo no mundo, com sua política sendo um reflexo direto de sua geografia. O país está estrategicamente localizado na junção de três grandes culturas europeias. Como resultado, não é surpresa que suas línguas oficiais estejam ligadas aos seus poderosos vizinhos.
Observando o mapa, é possível adivinhar facilmente três dos quatro idiomas oficiais da nação. A proximidade com a Alemanha, a França e a Itália tornou o alemão, o francês e o italiano as línguas predominantes em diferentes cantões do país. Essa divisão linguística é um dos pilares do sistema federalista suíço.
Essa coexistência é um exemplo de pragmatismo e respeito mútuo que define a identidade suíça. Os cidadãos frequentemente aprendem pelo menos uma outra língua nacional na escola, facilitando a comunicação em todo o país. A Suíça transformou o que poderia ser uma fonte de divisão em um de seus maiores trunfos.
A Surpresa do Romanche: A quarta língua suíça

Se você acertou que o alemão, o francês e o italiano são línguas oficiais da Suíça, parabéns. No entanto, o país guarda uma surpresa linguística que muitos desconhecem. A quarta língua oficial é o romanche, um idioma românico fascinante com raízes que remontam ao latim falado pelos soldados romanos.
O romanche é falado por uma pequena minoria, principalmente no cantão de Grisões, uma região montanhosa no leste do país. Apesar de ter poucos falantes, o governo suíço faz grandes esforços para proteger e promover o idioma, reconhecendo seu imenso valor histórico e cultural. É um símbolo do compromisso do país com a preservação de sua herança.
Para os suíços, o romanche é muito mais do que apenas uma língua minoritária; é uma parte essencial de sua identidade nacional. A sua inclusão como língua oficial demonstra que, na Suíça, o valor de uma cultura não é medido pelo número de seus falantes. É uma lição poderosa sobre diversidade e respeito.
Dialetos que confundem: O caso do alemão suíço

Um fato curioso sobre a diversidade linguística da Suíça reside nos seus dialetos, especialmente o alemão suíço. Embora o alemão padrão seja uma das línguas oficiais, no dia a dia, a maioria da população da região germanófona fala uma variedade de dialetos conhecidos como “suíço-alemão”. E a diferença não é pequena.
Esses dialetos são tão distintos em pronúncia, vocabulário e gramática que muitas vezes são incompreensíveis para falantes de alemão da própria Alemanha. Isso cria situações inusitadas, onde duas pessoas que tecnicamente falam o “mesmo” idioma não conseguem se entender. É um exemplo fascinante de como uma língua pode evoluir de maneiras diferentes em regiões vizinhas.
O alemão suíço é uma fonte de grande orgulho local e um forte marcador de identidade. Nas escolas, as crianças aprendem o alemão padrão para ler e escrever, mas em casa e com os amigos, o dialeto reina supremo. Essa dualidade linguística é apenas mais uma camada na complexa e rica tapeçaria cultural da Suíça.
Sérvia: Uma nação unida por dez idiomas diferentes

Avançando na nossa lista de países poliglotas, chegamos a um número que desafia a imaginação. A Sérvia, uma nação localizada na encruzilhada dos Bálcãs, possui impressionantes 10 línguas oficiais. Este número reflete a complexa história étnica e política da região.
A diversidade linguística do país é um verdadeiro mosaico de culturas vizinhas e minorias históricas. Além do sérvio, a nação reconhece o croata, o romeno, o ruteno, o húngaro, o eslovaco, o tcheco, o bósnio, o búlgaro e o albanês. Cada idioma tem status oficial em municípios onde a respectiva minoria representa uma parcela significativa da população.
Essa política é um legado dos tempos da Iugoslávia e uma tentativa de garantir os direitos culturais de todos os seus cidadãos. Mostra um compromisso com a inclusão em uma região frequentemente marcada por tensões étnicas. A Sérvia é um exemplo de como a coexistência linguística pode ser uma ferramenta para a paz.
África do Sul: O país do arco-íris com onze vozes oficiais

O que poderia ser mais impressionante do que dez idiomas oficiais? A resposta está na África do Sul, que eleva o patamar com suas onze línguas reconhecidas. Este número notável, no entanto, ainda não abrange toda a riqueza linguística do país.
A decisão de adotar tantos idiomas oficiais foi um passo crucial na construção da nova África do Sul após o fim do Apartheid. Foi uma forma de reconhecer e dar voz às diversas etnias que compõem a nação. Cada um dos onze idiomas representa uma parte da alma e da história do país.
Este compromisso com o multilinguismo faz da África do Sul um dos países mais linguisticamente inclusivos do mundo. É uma celebração diária da diversidade que inspirou o apelido de “Nação Arco-Íris”. A política linguística é um pilar central de sua democracia.
O Mosaico de Línguas da África do Sul

As onze línguas oficiais da África do Sul formam uma lista impressionante que reflete a diversidade do povo sul-africano. Elas são o africâner, o inglês, o ndebele, o soto setentrional, o soto, o suáti, o tsonga, o tsuana, o venda, o xhosa e o zulu. Essa lista abrange as principais famílias linguísticas do país, tanto de origem europeia quanto africana.
O inglês, herdado do período colonial britânico, funciona frequentemente como a língua franca nos negócios e no governo. O africâner, derivado do holandês, é falado por uma parte significativa da população. As outras nove línguas são de origem bantu e representam a vasta maioria dos sul-africanos.
Essa inclusão garante que os cidadãos possam interagir com o Estado em sua língua materna, promovendo um sentimento de pertencimento. É um esforço logístico e financeiro enorme, mas considerado essencial para a unidade nacional. A África do Sul leva a sério a ideia de que cada voz importa.
Um passo gigante rumo à inclusão pós-Apartheid

A política linguística da África do Sul não para nas onze línguas oficiais, mostrando um compromisso ainda mais profundo com a inclusão. O governo também reconhece a presença e a importância de outras línguas historicamente marginalizadas. Entre elas estão as línguas khoi, nama e san, faladas pelos povos mais antigos da região.
Além disso, a Língua de Sinais Sul-Africana também recebeu reconhecimento, garantindo que a comunidade surda não seja deixada para trás. Esta abordagem abrangente é um pilar da era pós-Apartheid. Foi um passo fundamental para corrigir as injustiças do passado e construir uma sociedade mais igualitária.
Ao dar status e visibilidade a tantas línguas, a África do Sul enviou uma mensagem poderosa ao mundo. A mensagem é que a diversidade não é um problema a ser gerenciado, mas uma força a ser celebrada. A inclusão linguística se tornou um símbolo da cura e da reconciliação nacional.
Zimbábue: O recordista africano com 16 idiomas oficiais

Seguindo o exemplo de seu vizinho, um país sul-africano conseguiu superar a marca da África do Sul e estabelecer um recorde impressionante. Com incríveis 16 línguas oficiais, esta nação detém o terceiro maior número de idiomas reconhecidos no mundo. Você consegue adivinhar qual país é esse?
A resposta é o Zimbábue, uma nação que, em sua constituição de 2013, deu um passo ousado em direção ao reconhecimento de sua vasta diversidade étnica. Essa decisão colocou o país no pódio global do multilinguismo. É um feito notável para uma nação com tantos desafios econômicos e políticos.
A política linguística do Zimbábue é uma declaração de que cada uma de suas comunidades tem um lugar igual na identidade nacional. É um esforço para garantir que nenhum grupo étnico seja culturalmente dominado por outro. Este reconhecimento formal é um passo importante para a unidade e o respeito mútuo.
A impressionante lista de línguas do Zimbábue

A lista de 16 línguas oficiais do Zimbábue é uma das mais extensas e inclusivas do planeta. Ela abrange o chewa (também conhecido como nianja), chibarwe, inglês, calanga, coisã, nambya, ndau, ndebele, shangani, sona, soto, tonga, tsuana, venda, xhosa e a língua de sinais. Esta lista é um testemunho da complexa tapeçaria de povos que habitam o país.
Muitas dessas línguas pertencem à família bantu, mas a inclusão do coisã é particularmente significativa, pois reconhece os povos indígenas da região. O inglês mantém seu papel como língua de comunicação nos negócios e na educação, um legado do período colonial. A língua de sinais sendo oficializada coloca o Zimbábue na vanguarda dos direitos da comunidade surda.
Embora a implementação prática de uma política com 16 idiomas seja um desafio gigantesco, o gesto simbólico é imensurável. Representa um compromisso com um futuro onde todas as culturas zimbabuanas são valorizadas. É a prova de que a identidade de uma nação pode ser construída na pluralidade de suas vozes.
Índia: O gigante asiático e sua constelação de línguas

Deixando a África, nossa jornada nos leva a outro continente para encontrar o país com o segundo maior número de línguas oficiais do mundo. Com uma diversidade cultural que desafia a compreensão, a Índia é um verdadeiro universo linguístico. Gerenciar essa complexidade é um dos maiores feitos da democracia indiana.
A Índia não tem uma única língua nacional, mas sim duas línguas oficiais para a comunicação do governo central: o hindi e o inglês. No entanto, a constituição reconhece uma lista de “línguas programadas” que recebem status oficial em nível estadual. Esse sistema federalista é a chave para a coexistência de tantos idiomas.
Essa abordagem permite que os estados promovam suas próprias línguas na educação e na administração, preservando a identidade cultural local. É uma solução engenhosa para um país com centenas de línguas e dialetos. A Índia é um exemplo de como a unidade na diversidade pode ser alcançada em uma escala monumental.
Um universo de dialetos reconhecidos na Índia

A lista de línguas programadas da Índia é vasta e reflete a incrível diversidade do subcontinente. São 22 idiomas no total, garantindo que as principais famílias linguísticas, como a indo-ariana e a dravídica, sejam representadas. Cada uma dessas línguas é falada por milhões de pessoas.
Entre as línguas reconhecidas estão o bengali, o tâmil, o telugo, o marati, o gujarati, o punjabi, o canarês, o malaiala, o urdu e muitas outras. Além do hindi e do inglês, essa lista inclui o nepalês, o kokborok, o garo, o khasi, o konkani, o mizo, o odia, o oriá, o santáli e o manipuri. É uma verdadeira constelação de vozes e escritas.
Essa estrutura permite que a Índia funcione como uma única nação, ao mesmo tempo em que celebra sua pluralidade. A imagem de uma nota de dinheiro indiana, com o valor escrito em múltiplos idiomas, é o símbolo perfeito dessa política. É um testemunho do espírito democrático e inclusivo que define a Índia moderna.
Rússia: O campeão mundial em número de idiomas oficiais

Finalmente, chegamos ao topo do pódio, à nação que detém o título de país com o maior número de idiomas oficiais do mundo. Coincidentemente, é também o maior país do planeta em extensão territorial. A Rússia é a campeã indiscutível do multilinguismo oficial.
Com sua vasta área abrangendo onze fusos horários, a Federação Russa é o lar de uma quantidade impressionante de grupos étnicos. Para governar um território tão diverso, o país adotou uma política linguística extremamente descentralizada. Essa abordagem concede às suas numerosas repúblicas o direito de ter suas próprias línguas oficiais ao lado do russo.
Esse sistema garante um grau de autonomia cultural para as minorias étnicas, um fator crucial para manter a estabilidade em um país tão gigantesco. A escala da diversidade linguística russa é verdadeiramente surpreendente. Vamos descobrir agora quantas línguas são reconhecidas neste vasto país.
A vasta tapeçaria linguística das repúblicas russas

A Rússia surpreende o mundo com um total de 24 línguas oficiais reconhecidas em suas diversas repúblicas autônomas. Além do russo, que serve como língua franca em todo o país, cada república tem o direito de co-oficializar sua língua local. Esta lista abrange uma vasta gama de famílias linguísticas, incluindo as túrquicas, mongólicas e caucasianas.
A lista é um verdadeiro quem é quem das línguas da Eurásia, incluindo o tártaro, o checheno, o bashkir, o tchuvache e o sakha. Outras línguas oficiais incluem o buriata, o altai, o tuvana, o cacassiana, o adigue, o inguche, o cabardiano, o carachaio-bálcara e o calmuco. A lista continua com o abaza, o circassiano, o carachaio, o nogai, o mari, o mordóvico, o cómi, o osseto e o udmurte.
Essa política complexa é uma necessidade para governar um país que se estende da Europa Oriental ao Oceano Pacífico. Cada um desses idiomas representa uma cultura única com suas próprias tradições, literatura e história. A Rússia é, sem dúvida, um superlativo em todos os sentidos, inclusive no linguístico.
O papel unificador da língua russa em meio à diversidade

Com tantas línguas oficiais espalhadas por um território imenso, surge a pergunta sobre como a comunicação funciona em nível nacional. A resposta está no papel central da língua russa como o grande unificador. É o idioma que conecta todas as diferentes repúblicas e regiões.
A maioria das línguas regionais é específica de suas respectivas áreas e falada principalmente pela população local. No entanto, o russo é ensinado em todas as escolas e usado em toda a administração federal, nas forças armadas e na comunicação interétnica. Ele funciona como a ponte que permite a um cidadão da Chechênia se comunicar com alguém da Sibéria.
Esse sistema de um idioma comum ao lado de muitas línguas locais é o que permite à Federação Russa manter sua coesão. É um equilíbrio delicado entre a centralização e a autonomia cultural. A Rússia demonstra que é possível ser um mosaico de culturas e, ao mesmo tempo, uma nação unificada por uma única voz.