Nosferatu: O aguardado remake do clássico do terror chega aos cinemas

Nosferatu O aguardado remake do clássico do terror chega aos cinemas

O filme de Robert Eggers reinventa o icônico conto de vampiros com Bill Skarsgård e Lily-Rose Depp, conquistando público e crítica.

O aguardado remake de Nosferatu, dirigido por Robert Eggers, finalmente chegou aos cinemas, trazendo uma nova visão para o clássico do terror de 1922. Com um elenco estrelado, incluindo Bill Skarsgård como o temível Conde Orlok e Lily-Rose Depp como a protagonista Ellen, o filme já está sendo aclamado por sua cinematografia impressionante e narrativa envolvente.

Eggers, conhecido por suas obras anteriores como A Bruxa e O Farol, optou por modernizar a história sem perder a essência gótica que tornou o original um marco do cinema. A trama se passa no século XIX e segue Thomas Hutter, um corretor de imóveis que viaja à Transilvânia para negociar com o misterioso Conde Orlok, desencadeando uma sequência de eventos aterrorizantes.

Com um orçamento de US$ 50 milhões (R$ 270 milhões), o filme estreou em meio às festividades natalinas e já arrecadou US$ 40 milhões nos primeiros cinco dias, superando expectativas e consolidando-se como um dos maiores sucessos do gênero em 2024.

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Uma releitura visualmente deslumbrante

A nova versão de Nosferatu se destaca pela cinematografia impecável de Jarin Blaschke, colaborador frequente de Eggers. O uso de luz natural e tons prateados cria uma atmosfera sombria e hipnotizante, transportando os espectadores para o mundo gótico do século XIX. Cada cena é meticulosamente planejada, com movimentos de câmera que intensificam a sensação de confinamento e terror.

Além disso, o design de produção é outro ponto alto. Os cenários detalhados e os figurinos autênticos ajudam a construir um universo visualmente rico e imersivo. A escolha de filmar em cores, ao invés do preto e branco original, foi ousada, mas trouxe uma nova dimensão à narrativa sem comprometer sua essência clássica.

A atuação de Lily-Rose Depp, que interpreta Ellen, é especialmente elogiada por sua intensidade emocional. Sua personagem transita entre vulnerabilidade e força enquanto enfrenta a obsessão do Conde Orlok, interpretado magistralmente por Skarsgård.

Nosferatu O aguardado remake do clássico do terror chega aos cinemas
A cinematografia inovadora de Nosferatu destaca a tensão entre luz e sombra, reforçando o terror psicológico da trama. (Imagem: Reprodução/Divulgação)

Uma narrativa que equilibra horror e tragédia

A história deste remake aprofunda os temas de obsessão e sacrifício presentes no original. Eggers explora a relação psicossocial entre Ellen e Orlok, criando um vínculo perturbador que transcende os limites físicos. Essa abordagem adiciona camadas à trama, tornando-a mais complexa e emocionalmente impactante.

Diferente da adaptação original, esta versão dá maior destaque ao desenvolvimento dos personagens secundários, como Thomas Hutter (Nicholas Hoult) e Professor Von Franz (Willem Dafoe). Esses elementos ampliam o escopo da narrativa sem perder o foco no confronto central entre Ellen e Orlok.

A escolha de Eggers em incluir sustos visuais mais modernos também foi bem recebida pelo público contemporâneo. No entanto, ele mantém o equilíbrio ao priorizar o terror atmosférico característico do cinema expressionista alemão.

Recepção crítica e impacto cultural

Desde sua estreia em Berlim até seu lançamento global no Natal, Nosferatu recebeu elogios consistentes da crítica especializada. No Rotten Tomatoes, o filme alcançou 86% de aprovação, com destaque para sua direção artística e performances marcantes. No Metacritic, obteve uma pontuação sólida de 78/100.

A obra também se destacou na temporada de premiações. A trilha sonora composta por Robin Carolan venceu prêmios importantes, enquanto a cinematografia foi amplamente reconhecida por sua inovação visual. Críticos apontam que este remake tem potencial para se tornar um clássico moderno do gênero.

Além disso, o sucesso comercial reafirma a relevância do terror gótico no cinema contemporâneo. Filmes como este mostram que há espaço para narrativas sofisticadas dentro do gênero, atraindo tanto fãs antigos quanto novas audiências.

Fonte: Folha BV.