Curiosão

Clipe banido A história por trás dos vídeos que a TV não quis mostrar

Muitos artistas ousaram em clipes que foram considerados explícitos demais, abordando temas que desafiaram a sociedade e a mídia.

Você já parou para pensar que, mesmo com toda a liberdade de expressão que celebramos hoje, a tesoura da censura ainda está bem afiada? O mundo da música é a prova viva disso, com inúmeros videoclipes que foram cortados, banidos ou escondidos do grande público. Temas como religião, violência e sensualidade continuam sendo um campo minado para os artistas mais ousados.

Alguns vídeos foram tão polêmicos que acabaram sendo retirados da programação da TV e até mesmo do YouTube, seja por seu conteúdo ou por efeitos visuais perigosos. Essas obras desafiaram o status quo, provocando debates acalorados e forçando a sociedade a encarar seus próprios tabus. Afinal, onde termina a arte e começa a ofensa?

Vamos embarcar em uma viagem pela história da música para relembrar os clipes que foram longe demais para os censores. De estrelas pop a lendas do rock, muitos nomes gigantescos já tiveram seu trabalho questionado. Prepare-se para descobrir os bastidores das produções mais controversas de todos os tempos.

Maroon 5: A sensualidade proibida de ‘This Love’

Adam Levine, vocalista do Maroon 5, em uma cena do clipe 'This Love'.
Adam Levine e sua então namorada protagonizaram cenas quentes que não agradaram a todos. (Fonte da Imagem: Getty Images)

O clipe de “This Love” se tornou um clássico instantâneo, mas sua jornada até as telas de TV foi tudo menos tranquila. A MTV americana, um dos maiores canais de música da época, viu um problema nas entrelinhas da canção. Para eles, a produção era um pouco quente demais para a programação diurna.

A controvérsia girava em torno de duas palavras específicas: “coming” e “sinking”, que foram interpretadas com fortes conotações sexuais. Os censores não tiveram dúvidas e decidiram que o vídeo precisava de uma versão mais “comportada” para ser exibido. Essa decisão mostrou como a interpretação de uma letra pode mudar completamente o destino de um clipe.

Como resultado, o vídeo foi editado, cortando ou alterando as cenas e palavras consideradas problemáticas para se adequar às regras da emissora. Mesmo com a censura, a polêmica acabou gerando ainda mais curiosidade em torno da produção. No final das contas, o clipe se tornou um dos mais memoráveis da carreira do Maroon 5.

Lady Gaga: O jogo de sedução em ‘Love Game’

Lady Gaga com visual ousado e futurista no clipe de 'Love Game'.
A expressão “disco stick” se tornou um dos termos mais icônicos e controversos da carreira de Gaga. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Quando se trata de quebrar barreiras, Lady Gaga sempre foi uma especialista em provocar e testar os limites. No clipe de “Love Game”, a cantora não mediu palavras para expressar seu desejo de uma forma bem direta. A TV australiana, no entanto, não achou a abordagem tão divertida assim.

O grande problema estava no refrão, onde Gaga repetia a frase “I wanna take a ride on your disco stick”, uma metáfora nada sutil. Essa expressão, que pode ser traduzida como “quero dar uma volta na sua vara”, foi considerada inapropriada para ser transmitida em horário nobre. A ousadia da letra foi o suficiente para acender o alerta dos censores do outro lado do mundo.

A repetição incessante da frase foi o estopim para que o vídeo sofresse restrições em sua exibição na Austrália. A polêmica serviu para solidificar a imagem de Gaga como uma artista que não tem medo de chocar. Mais uma vez, ela provou que sua arte era feita para gerar discussões.

Alejandro: A controvérsia religiosa de Gaga

Lady Gaga em uma cena icônica do clipe 'Alejandro', com referências religiosas.
A mistura de símbolos sagrados com cenas picantes causou um verdadeiro alvoroço. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Lady Gaga voltou a ser o centro das atenções com o lançamento do clipe de “Alejandro”, uma superprodução cheia de simbolismos. Desta vez, a artista mergulhou fundo em referências religiosas, misturando o sagrado e o profano de uma maneira que incomodou muita gente. A Igreja Católica foi uma das instituições que se manifestou publicamente contra a obra.

O vídeo trazia imagens fortes, como Gaga engolindo um rosário e cenas picantes com dançarinos vestidos de forma provocante, o que foi visto como uma ofensa. A combinação de iconografia religiosa com uma atmosfera de sensualidade explícita foi considerada desrespeitosa. A polêmica foi tão grande que o clipe enfrentou sérias restrições em vários canais.

Embora não tenha sido completamente banido, a MTV americana tomou uma medida drástica na época de seu lançamento. O clipe de “Alejandro” só podia ser exibido durante a madrugada, longe dos olhos do público mais jovem. A decisão mostrou o poder que as instituições religiosas ainda exerciam sobre a mídia.

Queen: A linguagem corporal que chocou a mídia

Freddie Mercury e os membros do Queen em uma cena do clipe 'Body Language'.
Freddie Mercury usou a sensualidade como principal ferramenta neste clipe inovador para a época. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Muito antes de muitos artistas atuais, o Queen já estava quebrando tabus e desafiando as convenções sociais. O próprio nome da música, “Body Language” (Linguagem Corporal), já entregava que o vídeo não seria nada convencional. Freddie Mercury decidiu colocar o corpo para jogo e explorar a sensualidade de uma forma nunca vista.

No clipe, os integrantes da banda aparecem em cenas que sugerem um clima de sauna, com corpos suados e pouca roupa. Para a época, a abordagem foi considerada ousada demais e acabou sendo reprovada por grande parte da mídia conservadora. A sensualidade explícita e a atmosfera homoerótica do vídeo foram um choque para muitos.

A MTV, que estava apenas começando, baniu completamente o clipe, tornando-o o primeiro da história a ser vetado pelo canal. A decisão, no entanto, não diminuiu o impacto da obra, que se tornou um símbolo de ousadia. O Queen provou que estava anos-luz à frente de seu tempo.

Fergie: O mistério por trás da remoção de ‘Tension’

Fergie em uma pose sensual para a divulgação de seu trabalho solo.
Um suposto deslize no figurino pode ter sido a causa da remoção do vídeo. (Fonte da Imagem: Getty Images)

O retorno de Fergie à carreira solo foi marcado por um episódio bastante misterioso envolvendo o clipe da música “Tension”. Pouquíssimo tempo após seu lançamento oficial, o vídeo foi subitamente removido do YouTube. A plataforma não deu nenhuma explicação clara, deixando os fãs e a mídia cheios de perguntas.

A falta de uma justificativa oficial abriu espaço para todo tipo de especulação sobre o que teria acontecido. Entre os que conseguiram assistir ao clipe antes de sua remoção, o boato mais forte era um só. A teoria era de que um mamilo da cantora teria aparecido acidentalmente em uma das cenas.

Esse pequeno, mas significativo, detalhe teria sido o suficiente para violar as rígidas políticas da plataforma de vídeo. Embora nunca confirmado, o “escândalo do mamilo” se tornou a explicação mais aceita para o sumiço do clipe. O episódio mostrou como um simples descuido pode ter consequências drásticas no mundo digital.

Foo Fighters: A ousadia bem-humorada de ‘Hot Buns’

Os membros da banda Foo Fighters caracterizados como caminhoneiros no clipe 'Hot Buns'.
O bom humor da banda foi levado ao extremo com cenas de nudez cômica. (Fonte da Imagem: Getty Images)

O Foo Fighters sempre foi conhecido pelo seu bom humor e por não se levar tão a sério, e o clipe de “Hot Buns” é a prova definitiva disso. No vídeo, os integrantes da banda se transformam em caminhoneiros barbudos que decidem relaxar de uma forma bem inusitada. A diversão acontece em um chuveiro coletivo, com muita espuma e descontração.

A câmera não hesita em mostrar os músicos se divertindo juntos, e algumas partes dos corpos deles acabam aparecendo de relance. A proposta era claramente cômica, mas a nudez, mesmo que bem-humorada, sempre chama a atenção. O clipe brinca com estereótipos e entrega uma cena que fica entre o hilário e o controverso.

A produção foi feita para promover uma turnê e viralizou rapidamente, justamente por sua abordagem irreverente. Embora não tenha sido formalmente banido, o vídeo gerou muito debate sobre os limites do humor na música. Dave Grohl e sua turma mostraram que não têm medo de tirar a roupa pela arte, ou melhor, pela piada.

A versão extrema de ‘Low’

Dave Grohl e Jack Black em uma cena cômica e caótica do clipe 'Low'.
A parceria entre Dave Grohl e Jack Black resultou em um dos clipes mais caóticos da história. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Se “Hot Buns” foi uma brincadeira, o clipe de “Low” levou a ousadia do Foo Fighters a um outro patamar. Dave Grohl revelou que as gravações, que duraram seis horas, foram uma verdadeira maratona de loucuras. A versão original do vídeo contava com a participação do ator Jack Black e era ainda mais extrema.

Segundo o próprio vocalista, havia cenas gravadas com brinquedos sexuais e outras situações tão bizarras que ele mesmo decidiu cortá-las. O bom senso falou mais alto na ilha de edição, mas o resultado final ainda era bastante chocante. Mesmo com os cortes, o que sobrou foi considerado pesado demais para a MTV em 2003.

O canal julgou o clipe como inapropriado para sua audiência, limitando sua exibição. A história dos bastidores apenas aumentou a lenda em torno de “Low”, um vídeo que quase mostrou mais do que o público estava preparado para ver. A parceria entre Grohl e Black se provou explosiva em todos os sentidos.

Nicki Minaj: A avalanche de palavrões em ‘Stupid Hoe’

Nicki Minaj com um visual colorido e excêntrico no clipe 'Stupid Hoe'.
A quantidade de palavras de baixo calão no clipe quebrou recordes e barreiras de censura. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Nicki Minaj construiu sua carreira com base em atitude, rimas afiadas e uma boa dose de polêmica. No clipe de “Stupid Hoe”, a rapper decidiu não economizar nos palavrões, o que acabou lhe custando caro. A canção foi considerada explícita demais para os padrões de muitos canais de televisão.

O motivo da censura foi bem claro: a quantidade impressionante de impropérios que saíam da boca da artista. Para se ter uma ideia do exagero, uma das palavras de baixo calão foi repetida por Nicki nada menos que 52 vezes ao longo da música. Esse número foi mais do que suficiente para que o clipe fosse vetado por emissoras como a BET.

A decisão de não filtrar sua linguagem foi uma declaração de autenticidade, mas também uma barreira comercial. Ao ser banido, o vídeo perdeu uma importante janela de divulgação na TV. Ainda assim, a polêmica só serviu para aumentar o status de Nicki Minaj como uma das figuras mais destemidas do rap.

A dança provocante de ‘Anaconda’

Nicki Minaj e Drake em uma cena quente do clipe 'Anaconda'.
O famoso ‘twerking’ e a dança sensual para o rapper Drake foram o estopim para a controvérsia. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Nicki Minaj continuou a testar os limites com o lançamento de “Anaconda”, um clipe que se tornou um fenômeno cultural. A produção, no entanto, não agradou nem um pouco aos censores, que a consideraram excessivamente provocadora. A sensualidade da rapper foi, mais uma vez, o ponto central da controvérsia.

O vídeo é uma verdadeira celebração do corpo feminino, com muito “twerking” e coreografias extremamente sensuais. A cena em que Nicki faz uma dança erótica para seu amigo e colega de gravadora, o rapper Drake, foi a gota d’água para muitos. A intensidade dos movimentos e a conotação sexual explícita foram consideradas demais.

O clipe foi amplamente discutido e criticado por seu conteúdo, mas também foi aclamado por sua ousadia. A polêmica ajudou a impulsionar a música para o topo das paradas de sucesso. “Anaconda” se tornou um hino de empoderamento para alguns e um exemplo de mau gosto para outros, provando que a arte de Nicki Minaj nunca passa despercebida.

Nine Inch Nails: O corte drástico de ‘Closer’

Trent Reznor, vocalista do Nine Inch Nails, em uma cena sombria do clipe 'Closer'.
A versão original do clipe era tão extrema que quase dois minutos tiveram que ser cortados. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A banda Nine Inch Nails, liderada pelo genial e perturbador Trent Reznor, sempre flertou com o lado mais sombrio da existência. O clipe de “Closer” é talvez o exemplo mais famoso de como a banda chocou o sistema. A produção original era tão intensa que precisou ser severamente editada para poder ser exibida.

A gravadora teve que remover quase dois minutos de cenas para criar uma versão aceitável para a MTV. Mesmo após os cortes, o que sobrou ainda era considerado extremamente forte para os padrões da época. O vídeo era um coquetel de imagens perturbadoras envolvendo religião, fetiches, crueldade animal e política.

Cenas de Reznor usando acessórios fetichistas, como mordaças e algemas, combinadas com uma letra explícita, criaram uma obra de arte transgressora. “Closer” se tornou um marco dos anos 90, um clipe que ousou mostrar o grotesco e o bizarro de forma artística. A versão sem cortes se tornou um objeto de culto entre os fãs mais devotos da banda.

Duran Duran: As garotas que a MTV não quis filmar

Cena do clipe 'Girls On Film' do Duran Duran, mostrando mulheres em poses sensuais.
O clipe de 1981 foi considerado apelativo demais por mostrar mulheres seminuas em situações de luta. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Nos primórdios da MTV, o Duran Duran foi uma das bandas que ajudou a definir a era dos videoclipes, mas nem tudo foi um mar de rosas. Em 1981, o clipe de “Girls On Film” foi considerado apelativo demais pelo canal. A produção trazia uma estética ousada que não se encaixava nos padrões familiares da emissora.

O vídeo apresentava mulheres seminuas lutando em uma piscina de lama e em outras situações de conotação erótica. Para a MTV, que buscava construir uma imagem mais comercial e acessível, as cenas eram simplesmente inaceitáveis. O canal exigiu que o grupo fizesse uma nova edição do clipe para que ele pudesse ir ao ar.

Diante da pressão, a banda acabou cedendo e criou uma versão mais “limpa” do vídeo, removendo as cenas mais polêmicas. Esse episódio mostrou que, desde o início, a MTV exercia um forte controle sobre o conteúdo que exibia. O Duran Duran aprendeu da maneira mais difícil que a liberdade artística tinha seus limites na televisão.

Michael Jackson: O vandalismo que nunca vimos em ‘Black or White’

Michael Jackson dançando no icônico clipe de 'Black or White'.
A versão completa do clipe mostrava o Rei do Pop em um acesso de fúria que foi cortado da edição final. (Fonte da Imagem: Getty Images)

O clipe de “Black or White” é uma das obras mais icônicas de Michael Jackson, conhecido por sua mensagem de união e seus efeitos visuais revolucionários. No entanto, a versão que todos nós conhecemos não é a original completa. Uma parte controversa, que ficou conhecida como a “sequência da pantera”, foi cortada da edição final.

Nesses minutos excluídos, o Rei do Pop se transformava em uma pantera negra e, em seguida, voltava à forma humana para protagonizar uma cena de fúria. Ele aparecia quebrando janelas de carros e vitrines de lojas com mensagens racistas. Para os censores, a mensagem foi mal interpretada, parecendo uma promoção do vandalismo.

A controvérsia foi tão grande que Michael Jackson teve que vir a público pedir desculpas e explicar a intenção por trás da cena. Ele afirmou que sua dança era uma expressão de raiva contra a injustiça e o preconceito. Apesar da explicação, a cena foi permanentemente removida da maioria das versões exibidas na televisão.

Nirvana: A arte surreal e polêmica de ‘Heart-Shaped Box’

Kurt Cobain em uma cena do clipe 'Heart-Shaped Box', com estética surrealista.
O universo visual criado por Kurt Cobain era fascinante, mas também profundamente perturbador para muitos. (Fonte da Imagem: Shutterstock)

O Nirvana, liderado por Kurt Cobain, sempre usou sua música para expressar angústia e descontentamento, e seus clipes não eram diferentes. A produção de “Heart-Shaped Box” é um mergulho profundo no universo surreal e perturbador da banda. O vídeo é repleto de imagens simbólicas que chocaram e fascinaram o público na mesma medida.

Entre os elementos que causaram polêmica, estavam cenas com fetos pendurados em árvores e um homem idoso vestido de Papai Noel sendo crucificado. Essas imagens fortes e surrealistas criaram uma atmosfera onírica e desconfortável. O clipe era uma representação visual perfeita da mente complexa e atormentada de Cobain.

A MTV chegou a pedir que algumas cenas fossem alteradas, mas a banda se recusou a ceder completamente. O resultado é uma obra-prima audiovisual que continua a gerar debates e interpretações até hoje. “Heart-Shaped Box” provou que um videoclipe podia ser tão artisticamente denso e provocador quanto uma pintura de Salvador Dalí.

Miley Cyrus: A demolição da imagem de ‘Hannah Montana’

Miley Cyrus nua em uma bola de demolição na cena icônica do clipe 'Wrecking Ball'.
Essa imagem se tornou um dos momentos mais icônicos e divisivos da cultura pop recente. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Poucos clipes na história da música pop foram tão impactantes e divisivos quanto “Wrecking Ball” de Miley Cyrus. O vídeo marcou a quebra definitiva da cantora com sua antiga persona de “Hannah Montana”, a estrela boazinha da Disney. A transformação foi radical e deixou o mundo inteiro de queixo caído.

As imagens de Miley balançando nua em uma bola de demolição e lambendo um martelo se tornaram instantaneamente icônicas. Para muitos, a nudez e a vulnerabilidade transmitidas no clipe eram uma poderosa declaração artística sobre dor e libertação. Para outros, no entanto, foi apenas um ato de rebeldia calculado para chocar.

O clipe foi muito atrevido para a imagem que o público tinha dela, gerando uma onda de críticas e debates. Independentemente da opinião, “Wrecking Ball” cumpriu seu objetivo de reposicionar Miley Cyrus como uma artista adulta e dona de sua própria narrativa. Foi, literalmente, a demolição de seu passado.

Justin Timberlake: A visão de túnel que o YouTube bloqueou

Justin Timberlake em uma cena elegante do clipe 'Tunnel Vision'.
A nudez artística projetada no corpo do cantor foi o motivo da censura inicial do clipe. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Justin Timberlake também enfrentou a tesoura da censura em sua carreira, mais especificamente com o clipe de “Tunnel Vision”. Logo após seu lançamento, o YouTube decidiu remover o vídeo da plataforma, alegando violação de suas políticas. A decisão pegou muitos fãs de surpresa e gerou curiosidade sobre o conteúdo.

O motivo para a censura foi a grande quantidade de nudez presente no clipe. A produção, dirigida de forma artística, exibia mulheres com os seios à mostra em várias cenas, com suas imagens projetadas sobre o corpo do próprio cantor. A plataforma considerou que a exposição de pele era excessiva e vetou o vídeo.

Após uma onda de protestos de fãs e da mídia, o YouTube reconsiderou sua decisão e recolocou o clipe no ar, mas com uma restrição de idade. O episódio levantou um debate importante sobre o que é considerado arte e o que é visto como conteúdo impróprio. No final, a “visão de túnel” de Justin Timberlake conseguiu encontrar a luz.

Luísa Sonza: A polêmica com o clipe ‘Atenção’

Luísa Sonza durante uma performance ao vivo, com seu visual marcante.
A cantora brasileira usou as redes sociais para desabafar sobre o boicote ao seu trabalho. (Fonte da Imagem: AgNews/Vitor Chapetta)

A cantora brasileira Luísa Sonza também sentiu na pele o peso da censura digital em 2021. Ela usou suas redes sociais para desabafar sobre a restrição de alcance que seu clipe “Atenção”, em parceria com Pedro Sampaio, estava sofrendo no YouTube. Segundo a artista, o vídeo estava sendo boicotado pela plataforma.

O motivo alegado para a limitação era o suposto conteúdo explícito da produção, que trazia uma estética colorida e ousada. Indignada, Luísa pediu o apoio dos fãs e criticou a postura da plataforma. “Valorizem nosso pop, a gente sempre é boicotada de alguma forma”, declarou a cantora.

Ela também aproveitou a oportunidade para rebater as críticas de que seu trabalho seria uma má influência para o público mais jovem. “A responsabilidade pelas crianças são dos pais, não dos artistas”, finalizou Luísa, levantando um debate importante. O caso mostrou como a censura velada pode impactar diretamente a carreira dos artistas no Brasil.

David Bowie: A mistura profana de ‘The Next Day’

David Bowie caracterizado como uma figura messiânica no clipe 'The Next Day'.
Bowie não teve medo de misturar o sagrado e o profano em um de seus últimos trabalhos. (Fonte da Imagem: Getty Images)

O lendário David Bowie, conhecido por sua capacidade de se reinventar, também causou controvérsia com suas produções visuais. Em 2013, o clipe da música “The Next Day” foi mais uma prova de sua genialidade provocadora. No vídeo, o Camaleão do Rock aparece como uma espécie de figura messiânica em um bar frequentado por personagens religiosos.

A produção é uma mistura ousada de sensualidade, religião e crítica social, com cenas que incluem autoflagelo e elementos eróticos entre padres e freiras. A forma como Bowie retratou figuras e símbolos religiosos foi considerada uma afronta por muitos. O clipe foi rapidamente banido do YouTube poucas horas após seu lançamento.

Precisa dizer mais alguma coisa para entender a polêmica? A obra era uma crítica ácida e visualmente impactante, características marcantes da carreira de Bowie. Mesmo com o banimento, o clipe cumpriu seu papel de gerar discussão e provar que, até o fim, David Bowie nunca perdeu sua capacidade de chocar e fazer pensar.

Björk: A poesia pagã que a TV não aguentou

A cantora islandesa Björk, conhecida por sua arte experimental e vanguardista.
A arte de Björk sempre desafiou as convenções, e o clipe de ‘Pagan Poetry’ não foi exceção. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A artista islandesa Björk é sinônimo de vanguarda e experimentação, e seu trabalho visual sempre acompanhou sua música inovadora. O clipe de “Pagan Poetry” é um exemplo perfeito de como sua arte pode ser bela e chocante ao mesmo tempo. A produção foi considerada explícita demais para muitos canais de televisão.

As cenas que causaram o maior alvoroço foram as que mostravam os seios da cantora expostos de forma artística. Além disso, o vídeo trazia imagens gráficas de “body piercing”, o que provou ser demais para a sensibilidade de algumas pessoas. A MTV, por exemplo, censurou pesadamente o clipe para poder exibi-lo.

A combinação da nudez com as imagens de perfuração corporal criou uma obra visualmente poderosa, mas difícil de digerir para o grande público. O clipe foi mais uma demonstração da coragem de Björk em explorar os limites do corpo e da arte. “Pagan Poetry” continua sendo uma de suas peças visuais mais controversas e fascinantes.

Lil Nas X: A dança com o diabo em ‘Montero’

Lil Nas X em uma cena infernal do polêmico clipe 'Montero (Call Me By Your Name)'.
O rapper usou a polêmica como uma poderosa declaração sobre sua identidade e sexualidade. (Fonte da Imagem: Getty Images)

O rapper Lil Nas X se tornou um mestre em usar a polêmica a seu favor, e o clipe de “Montero (Call Me By Your Name)” foi seu golpe de mestre. O vídeo, repleto de referências religiosas e imagens explícitas, gerou uma onda de críticas de grupos conservadores. A cena mais comentada mostra o artista descendo ao inferno por um poste de pole dance e dançando para o diabo.

Muitos o acusaram de corromper sua base de fãs, supostamente formada por crianças, por causa de seu sucesso com “Old Town Road”. Lil Nas X não se intimidou e respondeu às críticas de forma contundente. “Eu não vou passar toda a minha carreira tentando agradar aos seus filhos, esse é o seu trabalho”, declarou ele.

O rapper explicou que o clipe era uma resposta direta à homofobia que sofreu durante a adolescência por parte de religiosos. “Espero que vocês estejam bravos, sintam a mesma raiva que vocês nos ensinam a ter de nós mesmos”, disse ele. Com essa atitude, Lil Nas X transformou a controvérsia em um poderoso manifesto de orgulho e autoaceitação.

Kanye West: A vingança simbólica contra Pete Davidson

Uma animação em stop-motion de Kanye West no clipe sombrio de 'Eazy'.
O clipe em preto e branco foi visto como uma ameaça direta ao então namorado de Kim Kardashian. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Em 2021, Kanye “Ye” West estava no centro de um turbilhão midiático devido ao seu divórcio de Kim Kardashian. Ele decidiu canalizar seus sentimentos em uma música chamada “Eazy”, na qual falava abertamente sobre a separação e seu descontentamento com Pete Davidson, o então namorado de Kim. Até aí, nada de novo no mundo da música.

O problema, no entanto, foi o videoclipe que acompanhou a canção, uma animação sombria em stop-motion. No vídeo, uma versão em argila de Kanye sequestra, amarra e enterra vivo um personagem que é a cara de Pete Davidson. A violência gráfica e a referência direta ao comediante foram vistas como uma ameaça real.

O clipe foi amplamente criticado por romantizar a violência e por ser uma forma de assédio público. Muitas pessoas consideraram que Kanye havia cruzado uma linha perigosa, transformando sua arte em um veículo para sua raiva pessoal. A produção se tornou um dos episódios mais controversos da já polêmica carreira do rapper.

A cama compartilhada de ‘Famous’

Modelos de cera de celebridades nuas em uma cama no clipe 'Famous' de Kanye West.
A cena, inspirada em uma pintura, colocou lado a lado inimigos e amigos do rapper. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Kanye West já havia chocado o mundo antes com o clipe de “Famous”, uma obra que literalmente colocou seus amigos e inimigos na mesma cama. O vídeo exibe uma cena longa e desconfortável de várias figuras de cera de celebridades dormindo nuas ao lado do rapper. A imagem, inspirada na pintura “Sleep” de Vincent Desiderio, foi projetada para provocar.

Na cama, estavam réplicas de personalidades como sua ex-esposa Kim Kardashian, sua rival Taylor Swift e até o ex-presidente Donald Trump. A cena levantou um enorme debate sobre privacidade, consentimento e os limites da expressão artística. Muitas das celebridades retratadas não gostaram nem um pouco da “homenagem”.

O clipe foi visto como uma invasão da imagem alheia e uma forma de Kanye se colocar no centro do universo pop, controlando a narrativa. A produção foi aclamada por sua ousadia artística, mas também duramente criticada por sua ética questionável. “Famous” se tornou um marco da cultura da celebridade na era digital.

O alerta de epilepsia em ‘All of the Lights’

Kanye West em meio a uma explosão de luzes e cores no clipe 'All of the Lights'.
As imagens piscantes do clipe levaram a um aviso de saúde para os espectadores. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A controvérsia em torno dos clipes de Kanye West nem sempre esteve ligada a temas como sexo ou violência. Em “All of the Lights”, o problema foi de natureza puramente técnica e de saúde pública. O vídeo é uma explosão de cores e luzes piscantes que, embora visualmente impressionante, trazia um risco real para parte do público.

Especialistas alertaram que a intensidade e a velocidade das luzes poderiam desencadear ataques em pessoas com epilepsia fotossensível. A preocupação era tão séria que o clipe passou a ser exibido com uma mensagem de aviso no início. O alerta informava sobre o potencial risco de convulsões e dores de cabeça.

Mesmo para quem não sofre da doença, assistir ao clipe pode ser uma experiência desconfortável e que causa uma certa aflição. Esse caso mostrou como a busca por uma estética impactante pode, às vezes, ter consequências inesperadas e perigosas. A arte de Kanye, mais uma vez, provou ter um poder avassalador.

Robin Thicke: As linhas borradas de ‘Blurred Lines’

Robin Thicke, Pharrell Williams e T.I. no clipe de 'Blurred Lines' com modelos.
O clipe e a letra da música foram acusados de promover uma cultura tóxica e misógina. (Fonte da Imagem: NL Beeld)

A música “Blurred Lines” foi um dos maiores sucessos de sua época, mas também uma das mais controversas. A polêmica começou com a letra, acusada por muitos de fazer apologia à cultura do estupro ao ignorar a importância do consentimento. As “linhas borradas” do título foram vistas como uma referência perigosa à falta de limites claros.

O videoclipe apenas jogou mais lenha na fogueira, com uma versão sem censura que mostrava modelos fazendo topless enquanto dançavam ao redor dos cantores vestidos. A objetificação das mulheres e a dinâmica de poder no vídeo foram amplamente criticadas. Para piorar, em um momento, balões formam a frase “Robin Thicke tem um grande…”, deixando a continuação para a imaginação do espectador.

Além das acusações de misoginia, a música também foi alvo de um processo de plágio por sua semelhança com uma canção de Marvin Gaye. A combinação de todos esses fatores transformou “Blurred Lines” em um símbolo de tudo o que havia de errado na cultura pop. O sucesso estrondoso veio acompanhado de uma mancha indelével na carreira de Robin Thicke.

Eminem: A paródia cruel de Michael Jackson em ‘Just Lose It’

Eminem caracterizado como Michael Jackson no controverso clipe 'Just Lose It'.
A sátira de Eminem foi considerada desrespeitosa e cruel por muitos, incluindo o próprio Rei do Pop. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Eminem construiu sua fama com base em rimas ácidas e um humor que não poupava ninguém, nem mesmo os maiores ícones da música. No clipe de “Just Lose It”, de 2004, o alvo do rapper foi ninguém menos que Michael Jackson. A paródia, no entanto, foi considerada pesada demais e cruzou a linha do desrespeito.

Na época, Michael Jackson enfrentava sérias acusações de pedofilia, e Eminem usou isso como tema central da piada. No vídeo, ele aparece vestido como o Rei do Pop, com o nariz caindo e o cabelo pegando fogo. A cena mais polêmica, no entanto, mostrava o rapper em uma cama pulando com várias crianças.

A Black Entertainment Television (BET) baniu o clipe de sua programação após o próprio Michael Jackson reclamar publicamente, chamando-o de inapropriado e desrespeitoso. O episódio gerou um grande debate sobre os limites da sátira. Para muitos, Eminem pegou pesado demais ao zombar de um assunto tão sério e de um colega de profissão em um momento vulnerável.

A obsessão perigosa em ‘Stan’

Cena do clipe 'Stan', de Eminem com Dido, mostrando o fã obcecado escrevendo uma carta.
A música deu origem a um novo termo no dicionário para descrever um fã excessivamente dedicado. (Fonte da Imagem: Reuters)

A música “Stan” é uma das obras mais aclamadas e complexas da carreira de Eminem, uma narrativa poderosa sobre a obsessão dos fãs. A canção foi tão impactante que a palavra “stan” entrou para o dicionário para descrever um fã fanático. O videoclipe, que conta com a participação da cantora Dido, é tão sombrio quanto a letra.

Devido à sua temática pesada, o clipe foi fortemente censurado na época de seu lançamento, especialmente para exibição na TV. O vídeo conta a história de Stan, um fã que se torna cada vez mais instável por não receber respostas de seu ídolo, Eminem. A narrativa culmina em uma tragédia chocante.

Em uma das cenas mais fortes, Stan, em um ato de desespero, amarra sua namorada grávida e dirige o carro em direção a uma ponte, causando a morte de ambos. Essa e outras cenas de violência e linguagem explícita foram cortadas ou alteradas nas versões para a televisão. Mesmo com a censura, a força da história de “Stan” permaneceu intacta.

Robbie Williams: O striptease bizarro de ‘Rock DJ’

Robbie Williams em uma cena do clipe 'Rock DJ', antes do controverso striptease.
O que começa como uma dança para chamar a atenção se transforma em um dos clipes mais grotescos da história. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Robbie Williams sempre foi um showman, conhecido por seu carisma e por suas performances cheias de energia. No clipe de “Rock DJ”, ele levou a ideia de “dar tudo de si” a um extremo chocante e bizarro. A produção foi considerada tão grotesca que a BBC se recusou a exibi-la em sua totalidade.

No vídeo, o cantor tenta desesperadamente chamar a atenção de um grupo de modelos em uma pista de patinação. Como elas o ignoram, ele começa um striptease que vai muito além de tirar a roupa. Robbie arranca sua própria pele, músculos e órgãos, jogando-os para as mulheres.

A cena culmina com o cantor se transformando em um esqueleto dançante, em um final que é ao mesmo tempo cômico e profundamente perturbador. O nível de detalhes gráficos foi o motivo pelo qual muitos canais, incluindo o Top of the Pops no Reino Unido, cortaram a parte final do vídeo. “Rock DJ” é um exemplo perfeito de como o humor negro pode ser levado às últimas consequências.

Anitta: A polêmica por trás de ‘Vai Malandra’

Anitta no topo de uma laje no Morro do Vidigal durante as gravações de 'Vai Malandra'.
O clipe foi um fenômeno cultural, mas também alvo de denúncias por seu conteúdo. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Em dezembro de 2017, a estrela brasileira Anitta estava pronta para lançar o que se tornaria um de seus maiores sucessos, “Vai Malandra”. O clipe, gravado no Morro do Vidigal, no Rio de Janeiro, já era um dos mais aguardados do ano. No entanto, antes mesmo de seu lançamento, a produção já enfrentava problemas com o YouTube.

Segundo o colunista Leo Dias, o vídeo teria recebido uma enxurrada de denúncias por causa da “falta de roupa” e da exposição dos corpos. A plataforma de vídeos teria imposto restrições ao clipe, temendo que seu conteúdo fosse considerado explícito demais. A polêmica serviu para aumentar ainda mais a expectativa do público.

O clipe de “Vai Malandra” acabou se tornando um marco, celebrando a cultura da favela e gerando debates sobre apropriação cultural, objetificação e empoderamento. A cena de abertura, com a câmera focando na celulite de Anitta, foi um ato de ousadia que repercutiu mundialmente. A controvérsia, no final, só ajudou a solidificar o status de Anitta como uma força da natureza no pop global.

Tropkillaz, J Balvin e Anitta: A controvérsia de ‘Bola Rebola’

Anitta, J Balvin e MC Zaac em cena do clipe colorido e sensual de 'Bola Rebola'.
Gravado em Salvador, o clipe foi vetado em diversos países da América Latina por seu conteúdo. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A colaboração internacional “Bola Rebola”, que uniu o duo brasileiro Tropkillaz, o astro colombiano J Balvin, Anitta e MC Zaac, foi um sucesso instantâneo. Lançado em fevereiro de 2019, o clipe trazia uma estética vibrante, filmada na comunidade do Solar do Unhão, em Salvador. No entanto, a produção não foi bem recebida em todos os lugares.

O vídeo foi vetado no YouTube em diversos países vizinhos, como Paraguai, Chile e Argentina. A decisão da plataforma foi motivada por uma série de denúncias feitas por usuários desses locais. Os críticos apontaram a letra da música e as imagens como problemáticas.

As principais queixas eram de que o clipe e a canção tratavam a mulher como um objeto, reforçando estereótipos sexistas. A sensualidade explícita e a forma como os corpos femininos eram exibidos foram o estopim para os protestos. O episódio mostrou como a percepção sobre um mesmo trabalho artístico pode variar drasticamente de uma cultura para outra.

J Balvin: O pedido de desculpas por ‘Perra’

O cantor colombiano J Balvin, que se envolveu em uma grande polêmica com o clipe de 'Perra'.
As imagens foram consideradas racistas e sexistas, forçando o artista a se retratar publicamente. (Fonte da Imagem: Getty Images)

O astro do reggaeton J Balvin se viu no centro de uma enorme controvérsia em 2021 por causa do clipe de sua música “Perra”. O vídeo foi tão mal recebido que o cantor colombiano teve que vir a público pedir desculpas aos seus fãs e a todos que se sentiram ofendidos. A produção foi rapidamente retirada do ar após uma onda de acusações.

As queixas eram de que o clipe continha imagens profundamente racistas e sexistas. A cena mais chocante mostrava J Balvin passeando com duas mulheres negras presas a coleiras, como se fossem cães. Isso se conectava diretamente com o título da música, já que “perra” é a palavra em espanhol para cadela.

Além disso, outros atores negros apareciam no vídeo usando próteses para se assemelharem a cachorros, o que foi visto como uma desumanização inaceitável. O caso gerou uma forte reação negativa, inclusive da vice-presidente da Colômbia. J Balvin admitiu o erro e removeu o vídeo, em um dos episódios mais lamentáveis de sua carreira.

Rihanna: A vingança sangrenta em ‘Bitch Better Have My Money’

Rihanna coberta de sangue em uma cena impactante do clipe 'Bitch Better Have My Money'.
O clipe, que se assemelha a um curta-metragem, foi criticado pela violência explícita. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Rihanna nunca teve medo de chocar, e o clipe de “Bitch Better Have My Money” é um exemplo perfeito de sua ousadia. A produção é praticamente um curta-metragem de vingança, no qual a cantora sequestra e tortura a esposa de seu contador caloteiro. Para os censores, a diva pop foi longe demais.

O vídeo é repleto de cenas de nudez, violência explícita e um banho de sangue que deixou muitos espectadores desconfortáveis. A produção foi duramente criticada por seu conteúdo gráfico, que muitos consideraram incitar a violência e até mesmo o ódio racial. A intensidade da narrativa visual foi o principal ponto de controvérsia.

Plataformas como o YouTube restringiram o acesso ao clipe, exigindo confirmação de idade para visualização. Apesar da polêmica, o vídeo foi aclamado por sua qualidade cinematográfica e pela performance de Rihanna. Ela provou, mais uma vez, que é uma artista que não se contenta com o convencional.

S&M: A celebração do fetiche

Rihanna em uma cena colorida e fetichista do clipe 'S&M'.
O universo sadomasoquista explorado no clipe foi demais para 11 países, que baniram o vídeo. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Lançado em 2011, o clipe de “S&M” de Rihanna foi um dos mais controversos de sua carreira, gerando uma reação global. A produção, que explora abertamente o universo do sadomasoquismo e outros fetiches, foi considerada explícita demais para muitos. O vídeo foi completamente banido em 11 países e sofreu restrições em vários outros.

As cenas que mostram o uso de chicotes, pessoas amarradas, gestos obscenos e corpos seminus não agradaram à opinião pública mais conservadora. Em muitas nações, o clipe só podia ser exibido durante a noite, para proteger o público mais jovem. A abordagem direta e sem rodeios do tema foi o que causou o maior impacto.

A polêmica foi tão grande que até o título da música teve que ser alterado para “Come On” em algumas rádios do Reino Unido. “S&M” se tornou um estudo de caso sobre como a cultura do fetiche é retratada e recebida na mídia de massa. Rihanna, como sempre, estava no centro do furacão, desafiando tabus e provocando discussões.

Rihanna: ‘Pour It Up’ e a polêmica no YouTube

Rihanna em um trono dourado no clipe ousado de 'Pour It Up'.
A ostentação e a dança sensual foram consideradas problemáticas pela plataforma de vídeos. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Rihanna parece ter um talento especial para criar clipes que desafiam as diretrizes das plataformas de vídeo. Em “Pour It Up”, a cantora mergulha em um universo de luxo, poder e sensualidade. O problema é que, para o YouTube, a combinação de todos esses elementos foi um pouco excessiva.

O clipe mostra a diva pop em um trono, cercada por dançarinas e muito dinheiro, em cenas que celebram a ostentação. A dança sensual, o pole dance e a atmosfera de clube de striptease não foram bem vistos pela plataforma. O vídeo acabou recebendo restrições e gerou mais um debate sobre a carreira da artista.

Muitos se perguntaram qual era o problema em uma mulher celebrar seu sucesso e sua sensualidade de forma tão explícita. O YouTube, no entanto, pareceu não concordar, reforçando a ideia de que há um padrão duplo na forma como homens e mulheres podem se expressar. Mais uma vez, Rihanna gerou uma discussão necessária, mesmo que sem querer.

Pearl Jam: A tragédia mal interpretada de ‘Jeremy’

Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, cantando intensamente no clipe de 'Jeremy'.
O vídeo, baseado em uma história real, teve seu final cortado, gerando uma interpretação equivocada. (Fonte da Imagem: Getty Images)

O clipe de “Jeremy” do Pearl Jam é uma das obras mais poderosas e trágicas da era grunge, inspirado em uma história real. A música narra a história de Jeremy Wade Delle, um adolescente que tirou a própria vida na frente de seus colegas de classe. O vídeo tentou capturar a angústia e o isolamento que levaram a essa tragédia.

No entanto, a versão original do clipe, que mostrava o ator que interpreta Jeremy colocando uma arma na boca, foi considerada forte demais pela MTV. O canal exigiu que a cena fosse cortada, deixando apenas o momento em que ele encara a turma. A edição final mostra os colegas cobertos de sangue, o que levou a uma interpretação completamente diferente.

Por causa desse corte, muitas pessoas entenderam que o vídeo retratava um tiroteio em massa, no qual Jeremy atirava em seus colegas. Essa má interpretação transformou um clipe sobre suicídio e bullying em uma polêmica sobre violência escolar. A censura, na tentativa de proteger o público, acabou distorcendo completamente a mensagem da banda.

Madonna: A violência cinematográfica de ‘What It Feels Like for a Girl’

Madonna com um visual agressivo no clipe dirigido por seu ex-marido, Guy Ritchie.
A jornada de violência gratuita da Rainha do Pop foi vetada pelos principais canais de música. (Fonte da Imagem: NL Beeld)

Madonna, a indiscutível Rainha do Pop, construiu sua carreira sobre uma base sólida de controvérsias e clipes icônicos. A produção para “What It Feels Like for a Girl”, dirigida por seu então marido, o cineasta Guy Ritchie, é um exemplo de sua ousadia. O clipe é uma obra cinematográfica impressionante, mas seu conteúdo foi considerado problemático.

No vídeo, Madonna embarca em uma onda de violência gratuita e inconsequente pela cidade. Ela rouba um carro, sequestra uma senhora, usa armas de choque em homens e provoca acidentes. A jornada de caos e destruição termina de forma trágica, com a personagem provocando a própria morte em uma colisão frontal.

É fácil entender por que a MTV e a VH1 decidiram banir o clipe de sua programação regular na época. A glorificação da violência e do comportamento criminoso foi vista como irresponsável. Mesmo vetado, o vídeo se tornou mais um capítulo na longa história de Madonna desafiando os limites do aceitável.

Like a Prayer: O clipe que iniciou tudo

Madonna em frente a cruzes em chamas na cena mais polêmica do clipe 'Like a Prayer'.
Este foi o vídeo que estabeleceu Madonna como a rainha da controvérsia e do escândalo. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Se hoje Madonna é conhecida por suas polêmicas, tudo começou para valer em 1989 com o clipe de “Like a Prayer”. Este foi o vídeo que a transformou de uma simples estrela pop em um ícone cultural que desafiava a religião e a moral. A produção misturava temas religiosos com raciais e criminais de uma forma nunca antes vista.

O clipe apresenta uma série de imagens que chocaram o mundo, como cruzes pegando fogo, estigmas nas mãos da cantora e um beijo em um santo negro que ganha vida. A narrativa envolvia um crime, racismo e a busca pela verdade, tudo embalado em uma atmosfera de fervor religioso e sensualidade. O Vaticano condenou publicamente o vídeo, e grupos religiosos pediram um boicote à Pepsi, que patrocinava a cantora.

A controvérsia foi tão gigantesca que a Pepsi cancelou seu contrato milionário com Madonna. No entanto, a polêmica apenas catapultou a música e a artista para um novo patamar de fama. “Like a Prayer” se tornou o primeiro de muitos clipes da Rainha do Pop a serem censurados e a definirem sua carreira.

A ousadia explícita de ‘Justify My Love’

Madonna em uma cena sensual em preto e branco do clipe 'Justify My Love'.
O vídeo foi tão escandaloso para a época que foi banido da MTV e lançado como o primeiro “single em VHS”. (Fonte da Imagem: NL Beeld)

Logo após o escândalo de “Like a Prayer”, Madonna decidiu dobrar a aposta com o vídeo de “Justify My Love”, em 1990. Filmado em preto e branco com uma estética de filme de arte europeu, o clipe explorava fantasias sexuais de forma explícita. A produção era tão ousada que foi considerada infame e escandalosa até para os padrões mais liberais.

O vídeo retrata uma festa em um hotel com cenas de sadomasoquismo, voyeurismo e bissexualidade. A MTV baniu o clipe imediatamente, recusando-se a exibi-lo em qualquer horário. A decisão do canal gerou um debate nacional sobre censura e liberdade de expressão na arte.

Com uma jogada de mestre, Madonna decidiu lançar o vídeo como um “single em VHS”, vendendo-o diretamente ao público. A estratégia foi um sucesso estrondoso, transformando a controvérsia em lucro e reforçando sua imagem de artista inteligente e transgressora. Ela provou que não precisava da TV para alcançar seus fãs.

Soundgarden: A coincidência trágica de ‘Nearly Forgot My Broken Heart’

Chris Cornell, vocalista do Soundgarden, em uma performance ao vivo.
O clipe ganhou um significado sombrio e doloroso após a morte trágica do cantor. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Às vezes, um videoclipe se torna controverso não por seu conteúdo original, mas por eventos trágicos que acontecem depois. Esse foi o caso de “Nearly Forgot My Broken Heart”, do Soundgarden. O vídeo, que tinha uma narrativa de humor negro, ganhou um significado completamente diferente e sombrio após a morte de seu vocalista, Chris Cornell.

No clipe, Cornell interpreta um prisioneiro no Velho Oeste que está sendo levado à forca. No último segundo, ele é salvo de uma forma inesperada, e a história tem um final feliz. A narrativa brincava com a ideia de escapar da morte por um triz.

Após o suicídio de Chris Cornell em 2017, o conteúdo do vídeo se tornou dolorosamente profético e difícil de assistir. Em respeito ao cantor e sua família, o clipe foi removido do YouTube e de outras plataformas oficiais. A trágica coincidência transformou uma obra de ficção em um lembrete doloroso da realidade.

Tame Impala: A história de amor implícita de ‘The Less I Know The Better’

Cena psicodélica do clipe do Tame Impala, mostrando uma jogadora de basquete e um gorila.
A relação entre a líder de torcida e o mascote do time foi o ponto central da narrativa visual. (Fonte da Imagem: Getty Images)

O clipe de “The Less I Know The Better” da banda Tame Impala é um exemplo de como a sugestão pode ser tão poderosa quanto a imagem explícita. Assim que foi lançado, o vídeo ficou um tempo fora do ar, gerando especulações sobre o motivo. A razão era sutil, mas presente em toda a narrativa visual.

A história segue um jogador de basquete do colégio que é apaixonado por uma líder de torcida. Seu coração é partido quando ele descobre que ela está em um relacionamento com o mascote do time, um gorila chamado Trevor. O que se segue é uma jornada visual que explora o ciúme e o desejo de forma muito criativa.

Não há nada abertamente explícito, mas tudo é fortemente implícito, especialmente as cenas de intimidade entre a garota e o gorila. A forma como a história é contada, misturando animação e live-action, cria uma atmosfera de sonho e fantasia. A polêmica residia justamente nessa capacidade de dizer muito sem mostrar quase nada.

A jornada psicodélica e suas sugestões

Uma animação colorida e psicodélica do clipe do Tame Impala.
As imagens surreais do clipe podem ser interpretadas como uma alusão ao uso de substâncias. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A complexidade do clipe do Tame Impala não para na história de amor inusitada. O vídeo também é recheado de referências a fantasias adolescentes e a uma jornada psicodélica. Essas camadas adicionais de significado contribuíram para a sua aura controversa.

Em um determinado momento, o mascote Trevor aparece sequestrando a líder de torcida, adicionando um tom mais sombrio à narrativa. Além disso, toda a estética visual do clipe, com suas cores vibrantes e transformações surreais, pode ser interpretada como uma alusão ao uso de drogas. A viagem visual do protagonista reflete seu estado emocional conturbado.

Essa combinação de temas adultos, como sexualidade e uso de substâncias, embalada em uma estética de desenho animado, criou uma obra única. O clipe brinca com a percepção do espectador, deixando muito espaço para a interpretação. É uma peça de arte que continua a fascinar e a gerar discussões.

Erykah Badu: O protesto nu em ‘Window Seat’

A cantora Erykah Badu, conhecida por sua arte politizada e cheia de alma.
Badu usou seu próprio corpo como ferramenta para um poderoso protesto político. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A cantora de neo-soul Erykah Badu é conhecida por sua arte politizada e por não ter medo de se expressar. No clipe de “Window Seat”, ela realizou um dos atos de protesto mais corajosos e controversos da música recente. O vídeo foi gravado em uma única tomada, no estilo guerrilha, sem autorização prévia.

No clipe, Badu caminha pela Dealey Plaza, em Dallas, o local exato onde o presidente John F. Kennedy foi assassinado, enquanto vai tirando suas roupas. Ao final, completamente nua, ela finge levar um tiro e cai no chão. A performance era uma crítica ao “assassinato de caráter” e ao conformismo social.

Apesar da forte mensagem política, a nudez pública da cantora gerou consequências legais. Erykah Badu foi formalmente acusada de conduta desordeira e teve que pagar uma multa. O vídeo, no entanto, não foi banido e se tornou um poderoso testamento sobre liberdade, vulnerabilidade e protesto artístico.

Marilyn Manson: O exagero que nem a gravadora aguentou

Marilyn Manson com seu visual chocante e maquiagem pesada.
O artista sempre fez da polêmica sua principal marca registrada, mas às vezes ia longe demais. (Fonte da Imagem: Getty Images)

Marilyn Manson construiu toda a sua persona artística em torno do choque e da controvérsia, mas até ele conseguiu ultrapassar os limites. No clipe da música “(s)Aint”, o cantor apelou para imagens tão fortes que sua própria gravadora decidiu intervir. A produção era um ataque direto aos valores religiosos e morais.

Uma das cenas mais polêmicas mostrava o artista cheirando cocaína sobre uma Bíblia, uma imagem projetada para causar o máximo de ofensa. O vídeo também continha cenas de automutilação, sexo e violência, tudo de forma extremamente gráfica. O exagero foi tanto que a Interscope Records se recusou a associar seu nome à versão original.

A gravadora preferiu divulgar uma versão editada e mais branda do clipe, deixando a versão completa para circular apenas na internet. O episódio mostrou que, mesmo para um artista cuja carreira se baseia em chocar, existe uma linha que, quando cruzada, se torna um problema até para seus parceiros comerciais. Manson, mais uma vez, provou ser o mestre do excesso.

The Prodigy: A jornada de excessos em ‘Smack My B-tch Up’

Imagem promocional da banda de música eletrônica The Prodigy.
O clipe em primeira pessoa foi revolucionário, mas seu conteúdo foi considerado uma apologia à violência e ao uso de drogas. (Fonte da Imagem: Getty Images)

O clipe de “Smack My B-tch Up”, da banda britânica de música eletrônica The Prodigy, é um dos mais infames e revolucionários dos anos 90. Lançado em 1997, o vídeo é filmado inteiramente da perspectiva em primeira pessoa de seu protagonista. A câmera nos leva para uma noite de excessos e caos nas ruas de Londres.

A jornada inclui consumo pesado de álcool, uso de drogas, vandalismo, uma briga em uma boate e cenas implícitas de sexo. O título da música, por si só, já era extremamente controverso e foi acusado de incitar a violência contra as mulheres. A combinação do título com as imagens criou uma obra explosiva.

O vídeo foi banido da MTV e de muitos outros canais ao redor do mundo, sendo exibido apenas em horários restritos e em versões editadas. A grande reviravolta no final, que revela que o protagonista é na verdade uma mulher, adicionou uma camada extra de complexidade e debate. O clipe continua sendo um marco da cultura rave e um estudo sobre a transgressão.

The Kinks: O humor negro que a BBC não entendeu

Os membros da banda The Kinks em uma foto clássica dos anos 60.
Em 1966, o humor britânico da banda foi considerado de mau gosto pela principal emissora do país. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A censura na música não é um fenômeno recente, e a banda britânica The Kinks sentiu isso na pele ainda em 1966. A BBC, a principal emissora do Reino Unido, decidiu banir o clipe promocional da música “Dead End Street”. O motivo? A emissora estatal considerou a produção de extremo mau gosto.

O vídeo, filmado em preto e branco, mostrava os integrantes da banda vestidos como coveiros, carregando um caixão pelas ruas. A grande piada era que, em determinado momento, o “morto” dentro do caixão saía de lá vivo e de muito bom humor. Era um exemplo clássico do humor negro e surrealista britânico.

Para a BBC da época, no entanto, brincar com um tema como a morte era simplesmente inaceitável. A decisão pode parecer uma bobagem hoje em dia, mas mostra como os padrões de moralidade mudaram ao longo do tempo. Os Kinks estavam apenas sendo irreverentes, mas acabaram trombando com a seriedade da mídia estatal.

M.I.A.: A violência explícita de ‘Born Free’

A cantora e ativista M.I.A., conhecida por sua música politicamente carregada.
O clipe, dirigido por Romain Gavras, é uma alegoria brutal sobre perseguição e genocídio. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A artista britânica M.I.A. sempre usou sua música como uma plataforma para o ativismo político, e o clipe de “Born Free” é talvez sua declaração mais chocante. Lançado em 2010, o vídeo de nove minutos é um curta-metragem brutal que retrata uma perseguição a pessoas ruivas. A produção é uma alegoria sobre genocídio, racismo e brutalidade policial.

As cenas são extremamente gráficas, mostrando violência policial, nudez forçada e execuções a sangue frio. A intensidade das imagens foi tão grande que o vídeo foi rapidamente banido do YouTube no Reino Unido e nos Estados Unidos. A plataforma considerou que o conteúdo violava suas políticas contra a “violência gratuita”.

O clipe, dirigido pelo cineasta Romain Gavras, foi projetado para chocar e forçar o espectador a confrontar a realidade da opressão. Apesar do banimento, “Born Free” cumpriu seu objetivo de gerar um debate global. A obra continua sendo uma das mais poderosas e perturbadoras críticas sociais já feitas em formato de videoclipe.

Justice: O estresse social que saiu pela culatra

A dupla de música eletrônica francesa Justice, conhecida por sua estética impactante.
O clipe foi acusado de ser racista, forçando a dupla a emitir um comunicado oficial. (Fonte da Imagem: Getty Images)

A dupla de música eletrônica francesa Justice também se viu no meio de uma polêmica racial com o clipe de “Stress”. O vídeo, também dirigido por Romain Gavras, mostra um grupo de jovens, em sua maioria negros e de ascendência árabe, cometendo atos de violência gratuita pelas ruas de Paris. A intenção era fazer uma crítica social, mas o resultado foi desastroso.

O clipe foi amplamente acusado de racismo e de estigmatizar os jovens dos “banlieues”, os subúrbios pobres da França. A representação dos jovens como vândalos violentos e sem motivo aparente reforçou estereótipos negativos. A reação foi tão forte que a dupla precisou se defender publicamente.

Em um comunicado oficial, o Justice afirmou que o vídeo “nunca foi planejado como uma estigmatização do banlieue, nem uma incitação à violência, nem, acima de tudo, como uma forma dissimulada de transmitir uma mensagem racista”. O caso serviu como um exemplo de como uma obra de arte com uma intenção pode ser interpretada de uma maneira completamente oposta, gerando um dano real à sua imagem.

Tyler James Mitchell
  • Tyler James Mitchell é o jornalista e autor por trás do blog Curiosão, apaixonado por desvendar temas de história e ciência. Sua missão é transformar o conhecimento complexo em narrativas acessíveis e fascinantes para o público.