
Filmes perdidos de Hollywood que quase chegaram às telas
Por trás das câmeras, algumas das maiores promessas do cinema se tornaram verdadeiros fantasmas.
O universo do cinema é um lugar fascinante, mas também incrivelmente instável e exigente. Levar uma grande produção de Hollywood do roteiro para a tela gigante é uma verdadeira maratona. Pense em toda a gente, equipamento e dinheiro envolvidos em cada projeto.
É quase um pequeno milagre que tantos filmes consigam, de fato, ser concluídos e lançados. A indústria cinematográfica geralmente é mestre em terminar o que começa, construindo expectativas em milhões de fãs. No entanto, às vezes, a única saída viável é simplesmente abandonar o barco no meio do caminho.
Conflitos nos bastidores, brigas de ego, escândalos e problemas de grana já enterraram muitos projetos promissores. Alguns desses filmes cancelados são lamentados pelos fãs até hoje, que se perguntam o que poderia ter sido. Será que teríamos obras-primas ou grandes fiascos que foram evitados por pouco?
Quarteto Fantástico: A versão que a Marvel tentou apagar

A super equipe da Marvel, conhecida como Quarteto Fantástico, já teve várias chances no cinema, não é mesmo? A maioria dessas tentativas, infelizmente, não conseguiu agradar em cheio os fãs e a crítica. Mas você sabia que uma das primeiras versões do time nas telas foi um filme B de baixíssimo orçamento?
Esse projeto peculiar foi totalmente concluído, com todas as cenas filmadas e editadas. Ele estava até mesmo com uma data de lançamento global agendada, pronto para chegar aos cinemas do mundo todo. Imagina a surpresa que seria para o público da época assistir a essa produção de baixo custo.
Tudo parecia pronto para a estreia, com o filme finalizado e a distribuição organizada. Ninguém imaginava que os bastidores da indústria preparavam uma reviravolta dramática. O destino desse filme estava prestes a mudar de uma forma que ninguém poderia prever.
O plano de Avi Arad para proteger a marca

Foi então que Avi Arad, um dos mais poderosos executivos da Marvel, entrou em cena de forma implacável. Ele comprou absolutamente todos os direitos relacionados ao filme, tomando controle total do projeto. Sua missão era clara e ele não mediria esforços para cumpri-la.
Arad imediatamente enviou uma ordem de “cessar e desistir” para todo o elenco e a equipe técnica, proibindo qualquer divulgação. Ele temia que um filme de baixo orçamento pudesse queimar a imagem da franquia para sempre. A reputação do Quarteto Fantástico estava em jogo e a decisão foi radical.
Para garantir que o filme nunca visse a luz do dia, ele mandou destruir o maior número possível de cópias existentes. Essa atitude transformou a produção em uma espécie de lenda urbana de Hollywood. Um filme completo que foi caçado e praticamente exterminado antes que o público pudesse assisti-lo.
10 Things I Hate About Life: A sequência que nunca aconteceu

Quem não se lembra do clássico ’10 Coisas que Eu Odeio em Você’ de 1999? O filme se tornou um ícone das comédias românticas e transformou Heath Ledger em um dos maiores galãs da sua geração. A química e o carisma do elenco original marcaram época e deixaram saudades.
Mais de uma década depois, em 2012, a notícia de uma sequência deixou os fãs em polvorosa. Intitulado ’10 Things I Hate About Life’, o novo filme começou a ser produzido e prometia trazer um novo olhar sobre o universo da história. A atriz Evan Rachel Wood foi escalada para ser a grande estrela do projeto.
A expectativa era altíssima, com todos se perguntando se a sequência conseguiria capturar a magia do original. A produção deu seus primeiros passos, e o nome de Evan Rachel Wood trazia prestígio e curiosidade. Mal sabiam eles que a jornada do filme seria interrompida de forma abrupta.
O colapso da produção e as batalhas legais

A produção estava a todo vapor quando, poucas semanas depois de começar, um imprevisto aconteceu. Evan Rachel Wood decidiu deixar o projeto para se dedicar à sua gravidez, o que pegou a todos de surpresa. Essa decisão acabou sendo o ponto de partida para o fim do filme.
A saída da atriz principal gerou uma enorme dor de cabeça para os produtores. Eles iniciaram uma batalha legal contra Rachel Wood, alegando quebra de contrato. O clima nos bastidores, que antes era de otimismo, se tornou tenso e complicado.
Com toda essa confusão e os processos judiciais em andamento, o projeto foi completamente paralisado. A sequência que prometia reviver um clássico acabou engavetada por tempo indeterminado. Um sonho para os fãs que se transformou em um pesadelo de produção.
Bogart Slept Here: O filme que De Niro não conseguiu fazer

Imagine a cena: Robert De Niro, fresco do sucesso estrondoso de ‘Taxi Driver’, estava pronto para seu próximo grande papel. Apenas três dias após finalizar a obra-prima de Scorsese, ele já estava escalado para estrelar um filme de Mike Nichols. O projeto se chamava ‘Bogart Slept Here’ e tinha tudo para ser um sucesso.
Mike Nichols, o aclamado diretor de ‘A Primeira Noite de um Homem’, estava animadíssimo com a ideia. Ter De Niro em seu set era a garantia de uma atuação poderosa e de prestígio. A combinação de um diretor genial com um ator no auge de sua carreira parecia infalível.
No entanto, a empolgação inicial logo deu lugar a um grande problema de compatibilidade. O que parecia uma parceria dos sonhos rapidamente se transformou em um choque de estilos. O destino do filme estava prestes a ser selado por essas diferenças criativas.
Quando o método de atuação não funciona

O problema central era o choque entre o estilo de atuação de De Niro e a visão do diretor. O método de atuação do ator, cheio de nuances e improvisações, não se encaixava com o roteiro de Neil Simon. O texto era calculado, preciso e com um humor que exigia uma entrega diferente.
Após poucos dias de filmagem, ficou claro para todos que a química não existia. Mike Nichols tomou a difícil decisão de demitir Robert De Niro do projeto. A notícia caiu como uma bomba em Hollywood, e o futuro do filme ficou em suspenso.
Com a saída de sua estrela, o projeto foi arquivado, mas a história não acabou aí. Anos depois, o roteirista Neil Simon retrabalhou completamente sua visão original. Aquele roteiro problemático renasceu e se transformou no filme ‘A Garota do Adeus’, de 1977.
Batgirl: O cancelamento mais chocante da DC

Recentemente, um dos cancelamentos mais inacreditáveis de Hollywood abalou os fãs de super-heróis. O filme ‘Batgirl’, da DC Films, estava praticamente pronto para ser lançado. A produção, estrelada por Leslie Grace, prometia trazer uma nova energia para o universo da DC.
A empolgação era ainda maior por causa de um detalhe muito especial. O filme marcaria o retorno de Michael Keaton ao icônico papel de Batman depois de décadas de ausência. A expectativa de ver Keaton novamente com o manto do morcego era um dos grandes atrativos do projeto.
Com um elenco desses e uma personagem tão querida, o que poderia dar errado? O filme já tinha concluído suas filmagens e estava na fase de pós-produção. Tudo caminhava para um lançamento aguardado por milhões de pessoas ao redor do mundo.
A decisão drástica da nova direção

Justamente quando tudo parecia certo, uma mudança na diretoria da Warner Bros. Discovery mudou tudo. A nova gestão da DC Films tinha outros planos para o futuro da marca. Infelizmente, ‘Batgirl’ não se encaixava mais nessa nova visão estratégica.
A decisão foi drástica e sem precedentes na história recente de Hollywood. A direção optou por engavetar completamente o projeto, mesmo com o filme já custando milhões de dólares. A notícia deixou fãs, elenco e equipe de produção completamente chocados e confusos.
Até hoje, o cancelamento de ‘Batgirl’ é um dos casos mais bizarros da indústria. Um filme finalizado que nunca verá a luz do dia por uma decisão puramente corporativa. Uma história que mostra como os bastidores do poder podem ser cruéis com a arte.
Napoleon: O épico que Kubrick nunca filmou

O lendário e genial diretor Stanley Kubrick era conhecido por sua ambição e perfeccionismo. Logo após finalizar sua obra-prima ‘2001: Uma Odisseia no Espaço’, ele já estava imerso em seu próximo grande projeto. Kubrick iniciou uma pesquisa minuciosa para uma cinebiografia grandiosa sobre Napoleão Bonaparte.
O projeto era um sonho para qualquer estúdio e para qualquer fã de cinema. O diretor planejava criar o épico definitivo sobre a vida do imperador francês. Sua dedicação era tamanha que ele leu centenas de livros e planejou cada detalhe com precisão cirúrgica.
Com a mente de Kubrick por trás do projeto, as expectativas eram estratosféricas. O filme prometia ser não apenas uma biografia, mas uma experiência cinematográfica imersiva e inesquecível. Infelizmente, a ambição do diretor encontrou um obstáculo intransponível.
O colapso de um sonho milionário

O elenco dos sonhos já estava sendo montado para dar vida a essa história épica. Jack Nicholson foi o escolhido para interpretar Napoleão, enquanto a icônica Audrey Hepburn viveria a Imperatriz Josefina. Com esses nomes, o filme parecia um sucesso infalível antes mesmo de começar a ser filmado.
No entanto, a grandiosidade do projeto veio com um preço igualmente grandioso. Os custos para as filmagens, que aconteceriam em locações na França e na Romênia, eram exorbitantes. O orçamento começou a crescer de forma assustadora, preocupando os financiadores.
No final, o dinheiro falou mais alto que a arte. Os custos astronômicos se tornaram insustentáveis, e o projeto ambicioso de Kubrick entrou em colapso. O épico sobre Napoleão se tornou um dos “maiores filmes nunca feitos” da história do cinema.
My Best Friend’s Birthday: O primeiro filme perdido de Tarantino

Hoje, todo mundo conhece Quentin Tarantino como um dos diretores mais influentes da era moderna. Seus filmes são aclamados e seu estilo é inconfundível. Mas, como todo gênio, ele também teve um começo difícil e cheio de percalços.
Seu primeiro filme, feito muito antes de ele se tornar uma estrela, foi uma comédia amadora e sem orçamento nenhum. Filmado ao longo de quatro longos anos na década de 1980, o projeto se chamava ‘My Best Friend’s Birthday’. A produção contava com o próprio Tarantino, seus amigos e colegas de trabalho no elenco.
Essa experiência foi a verdadeira escola de cinema para o jovem diretor. Ele aprendeu na marra a lidar com os desafios de uma produção independente. Mal sabia ele que o maior desafio viria na sala de edição.
A decisão de um diretor perfeccionista

Depois de anos de trabalho duro, as filmagens finalmente chegaram ao fim. Tarantino se trancou na sala de edição para montar seu filme de 70 minutos. Foi nesse momento que a dura realidade bateu à sua porta.
Ao revisar todo o material, ele percebeu que tinha um grande problema em mãos. Ele só conseguiu encontrar cerca de 30 minutos de filmagem que o deixavam realmente satisfeito. O resultado final simplesmente não estava à altura de suas próprias expectativas.
Com o coração pesado, mas fiel à sua visão artística, ele tomou uma decisão radical. Tarantino decidiu abandonar o projeto por completo, preferindo não lançar algo que considerava incompleto. Essa atitude já mostrava o perfeccionismo que o tornaria famoso anos mais tarde.
Gods Behaving Badly: Quando um elenco estelar não salva o filme

Você já imaginou um filme com Christopher Walken como Zeus e Sharon Stone como Afrodite? Essa era a premissa de ‘Gods Behaving Badly’, uma sátira mitológica programada para ser lançada em 2013. O elenco ainda contava com outros nomes de peso, como Edie Falco no papel de Artemis.
Com um time de estrelas desses, o filme parecia ter tudo para dar certo. A ideia de ver deuses gregos vivendo no mundo moderno com problemas mundanos era, no mínimo, curiosa. A expectativa era de uma comédia inteligente e cheia de charme.
No entanto, a realidade se mostrou bem diferente do que se imaginava. Infelizmente, nem mesmo um elenco dos sonhos foi capaz de salvar o projeto. O calcanhar de Aquiles do filme estava em seu roteiro, que se revelou um verdadeiro desastre.
A crítica que enterrou um filme para sempre

O filme teve uma única exibição pública no Festival de Cinema de Roma. Foi ali que seu destino foi selado de uma vez por todas. A recepção da crítica foi absolutamente devastadora, sem poupar elogios negativos.
Críticos e até mesmo outros cineastas que assistiram à sessão foram unânimes. Todos concordaram que o roteiro era entediante, sem graça e simplesmente ilegível na tela. A opinião geral era que ninguém mais no mundo deveria ser submetido àquela experiência.
A reação foi tão negativa que os produtores tomaram uma decisão drástica. Eles concordaram que era melhor esconder o filme do que arriscar um vexame público. E assim, ‘Gods Behaving Badly’ foi trancado em um cofre e nunca mais foi visto por ninguém.
Spider-Man 4: O adeus de Sam Raimi à franquia

Os fãs de super-heróis já sofreram algumas decepções ao longo dos anos, não é? Muito antes de o Universo Cinematográfico Marvel dominar o mundo, uma trilogia já reinava absoluta. Os filmes do Homem-Aranha dirigidos por Sam Raimi e estrelados por Tobey Maguire eram um fenômeno cultural.
A combinação da visão de Raimi com o carisma de Maguire capturou o coração de milhões de fãs. A trilogia redefiniu o que um filme de super-herói poderia ser. Era uma mistura perfeita de ação, drama e romance que dominava as bilheterias.
Depois do enorme sucesso dos três primeiros filmes, era natural que a Sony Pictures quisesse mais. Afinal, havia muito dinheiro em jogo e a franquia estava no auge. Um quarto filme parecia ser o próximo passo lógico para continuar essa história de sucesso.
A integridade artística contra o relógio

A Sony estava ansiosa para começar a produção do quarto filme o mais rápido possível. Sam Raimi, inicialmente, topou o desafio e embarcou no projeto. No entanto, ele logo percebeu que as coisas não seriam tão simples.
O estúdio impôs um cronograma extremamente apertado para a produção. Raimi sentiu que as restrições de tempo não permitiriam que ele fizesse um filme com a qualidade que os fãs mereciam. Ele se viu em um dilema entre cumprir o prazo e manter sua integridade artística.
No final, a arte venceu a pressão comercial. Sam Raimi decidiu dar um passo para trás e abandonar a direção do filme. Sem seu capitão, o projeto foi arquivado indefinidamente, para a tristeza dos fãs que esperavam por mais uma aventura.
Who Killed Bambi?: O filme punk que a Fox não bancou

Essa é uma daquelas histórias que parecem inacreditáveis demais para ser verdade. No final dos anos 1970, o lendário crítico de cinema Roger Ebert fez algo inusitado. Ele escreveu um roteiro de filme para ninguém menos que a banda punk S-ex Pistols.
O projeto, intitulado ‘Who Killed Bambi?’, foi uma encomenda direta do empresário da banda, o controverso Malcolm McLaren. A ideia era capturar a anarquia e a atitude da banda em um longa-metragem. Era uma combinação explosiva que tinha tudo para ser polêmica e icônica.
Para completar o time dos sonhos, o diretor cult Russ Meyer foi chamado para comandar o projeto. A Fox Studios, surpreendentemente, concordou em fornecer o financiamento inicial. Tudo parecia pronto para a criação de um clássico do cinema punk.
Três dias de caos e o fim do sonho

As filmagens começaram, e o caos prometido se instalou no set. No entanto, a energia anárquica que era tão atraente no papel se mostrou um problema na prática. O estúdio começou a ficar receoso com o rumo que as coisas estavam tomando.
Após apenas três dias de filmagens, a Fox decidiu que o risco era grande demais. Os executivos pularam fora do barco, retirando todo o financiamento do projeto. A decisão repentina pegou todos de surpresa e selou o destino do filme.
Sem dinheiro para continuar, todo o projeto desmoronou como um castelo de cartas. O filme que prometia ser o retrato definitivo da era punk acabou se tornando mais uma lenda. Uma história fascinante de como a rebeldia do rock encontrou os limites do sistema de Hollywood.
Gore: O filme cancelado pelo escândalo de Kevin Spacey

Em 2017, uma cinebiografia sobre o prolífico e polêmico escritor Gore Vidal estava prestes a ser lançada. O filme, intitulado ‘Gore’, era estrelado pelo então aclamado ator Kevin Spacey. A produção já estava finalizada e pronta para chegar ao público.
O projeto prometia um mergulho na vida de uma das figuras literárias mais fascinantes do século XX. A atuação de Spacey era aguardada com grande expectativa. Ninguém poderia imaginar que o filme jamais veria a luz do dia.
As filmagens haviam terminado e o filme já estava na fase de pós-produção. Tudo corria normalmente, até que um escândalo de proporções gigantescas veio à tona. O que aconteceu fora das telas foi muito mais chocante do que qualquer roteiro de ficção.
Quando a vida real destrói a ficção

Foi então que o mundo foi abalado pela notícia da horrenda história de má conduta de Kevin Spacey. Uma série de acusações graves vieram a público, manchando irremediavelmente a reputação do ator. O escândalo se espalhou como fogo, causando um terremoto em Hollywood.
A reação da indústria foi imediata e implacável. Diante da gravidade das alegações, os produtores de ‘Gore’ não tiveram outra escolha. O projeto foi instantaneamente cancelado, sem qualquer chance de ser salvo.
O filme se tornou mais uma vítima colateral das ações de seu astro. É um exemplo contundente de como a vida pessoal de um artista pode destruir completamente uma obra de arte. A cinebiografia de Gore Vidal permanece trancada, um fantasma na filmografia de todos os envolvidos.
Gambit: O sonho de Channing Tatum que virou pesadelo

A jornada de Channing Tatum até o estrelato é uma história de persistência e carisma. O astro de ‘Magic Mike’ conquistou o público com seu talento, mas ele também teve que lidar com grandes decepções. Uma das maiores foi, sem dúvida, seu projeto dos sonhos no universo dos X-Men.
Tatum estava prestes a realizar um grande desejo: entrar no lucrativo mundo do Universo Cinematográfico Marvel. Ele havia sido escalado para viver o mutante Gambit em um filme solo. O ator era apaixonado pelo personagem e lutou por anos para que o projeto acontecesse.
Tudo parecia estar se alinhando para que finalmente víssemos Tatum como o charmoso ladrão de cartas. No entanto, uma grande mudança nos bastidores de Hollywood esmagou suas perspectivas. O sonho estava prestes a se transformar em um pesadelo de produção.
Superman Lives: A visão ousada de Tim Burton para o herói

O filme ‘Superman Lives’, que deveria ter sido lançado em 1998, tinha potencial para ser o melhor filme do Homem de Aço. Se ele tivesse sido realmente feito, claro. A ideia era aproveitar o sucesso dos filmes do ‘Batman’ de Tim Burton e aplicar sua visão gótica ao herói de Krypton.
Para isso, Burton fez uma escolha de elenco que surpreendeu a todos. Ele recrutou o excêntrico Nicolas Cage para estrelar como o kryptoniano titular. A combinação de Burton e Cage prometia uma versão do Superman como nunca antes vista.
O projeto passou mais de um ano em pré-produção, com um investimento de 30 milhões de dólares. Testes de figurino foram feitos, cenários foram desenhados e o roteiro passou por várias versões. Infelizmente, a ousadia do projeto também foi sua ruína.
Diferenças criativas e um fã de coração partido

As coisas começaram a desandar por causa das famosas “diferenças criativas”. Tim Burton, os executivos do estúdio e o roteirista Kevin Smith simplesmente não conseguiam chegar a um acordo. Cada um tinha uma visão diferente para o personagem, e o conflito se tornou insustentável.
Depois de gastar uma fortuna e muito tempo no desenvolvimento, a Warner Brothers decidiu puxar o freio de mão. O estúdio abandonou completamente o filme, deixando um rastro de frustração. O projeto ambicioso de Burton e Cage estava oficialmente morto.
A decisão foi especialmente dolorosa para Nicolas Cage, que é um fã declarado do Superman. Ele é tão apaixonado pelo personagem que até nomeou um de seus filhos de Kal-El. Ter a chance de interpretá-lo e depois perdê-la foi, sem dúvida, uma grande decepção.
Gambit: A reviravolta do destino e a redenção do herói

Antes de a Disney comprar a Fox Studios, Channing Tatum estava totalmente confirmado no papel principal de ‘Gambit’. O filme solo do herói dos X-Men era uma das produções mais aguardadas pelos fãs. O ator estava profundamente envolvido no desenvolvimento, ajudando a moldar o projeto.
Infelizmente, a gigantesca fusão entre Disney e Fox mudou completamente o cenário. Assim que a Disney assumiu o controle, muitos projetos da Fox foram reavaliados. O filme ‘Gambit’ foi uma das primeiras vítimas, sendo imediatamente cancelado.
Para Tatum e os fãs, foi um golpe duro, o fim de um sonho de anos. Parecia que a chance de ver o ator no papel do mutante cajun havia desaparecido para sempre. No entanto, o destino do entretenimento é cheio de surpresas e reviravoltas.
I Love You, Daddy: O filme que o escândalo de Louis C.K. enterrou

Antes de se tornar a figura controversa que conhecemos hoje, Louis C.K. era um dos comediantes mais amados do mundo. Conseguir que um filme fosse produzido e lançado não era um grande problema para ele. Em 2017, ele estava prestes a lançar seu novo projeto, ‘I Love You, Daddy’.
O filme, filmado em preto e branco e com um elenco de peso, já estava gerando burburinho. A estreia estava marcada, e a campanha de marketing já estava em andamento. Tudo parecia normal, até que o timing de uma notícia bombástica mudou tudo.
Apenas uma semana antes da data de lançamento, o jornal The New York Times publicou uma reportagem devastadora. As acusações condenatórias de má conduta contra Louis C.K. vieram à tona. O timing não poderia ter sido pior para o destino do filme.
O colapso de um lançamento em 24 horas

A reação à reportagem foi imediata e avassaladora em todo o mundo. A distribuidora do filme agiu rapidamente para se distanciar do escândalo. Em questão de horas, o castelo de cartas começou a desmoronar.
Em apenas um dia, todo o apoio ao longa-metragem foi retirado. A estreia foi cancelada, os acordos de distribuição foram desfeitos e o filme foi puxado de todas as plataformas. Foi um dos colapsos de lançamento mais rápidos da história de Hollywood.
O filme, que já estava pronto para encontrar o público, foi efetivamente apagado da existência. Ele se tornou um lembrete sombrio de como as ações de uma pessoa podem ter consequências catastróficas. Uma obra que desapareceu antes mesmo de ter a chance de ser vista.
The Day the Clown Cried: A comédia de Jerry Lewis no Holocausto

Jerry Lewis foi, por muito tempo, um dos atores cômicos mais populares e influentes dos Estados Unidos. Seu humor físico e suas caretas o tornaram um ícone para gerações. No entanto, sua carreira também foi marcada por muita polêmica e projetos questionáveis.
Talvez sua decisão mais controversa tenha sido dirigir e estrelar um filme no início dos anos 1970. A obra se chamava ‘The Day the Clown Cried’. A premissa, por si só, já era extremamente chocante e de mau gosto.
A história era sobre um palhaço de circo que é preso em um campo de concentração nazista. Lá, ele é forçado a entreter crianças judias enquanto as leva para as câmaras de gás. Uma ideia tão sombria e delicada que parecia impossível de ser executada.
Um filme considerado ofensivo demais para existir

Mesmo para os padrões do início da década de 1970, o filme foi considerado extremamente insensível. A ideia de fazer uma comédia dramática com um tema tão trágico como o Holocausto foi vista como um erro terrível. A polêmica começou antes mesmo de o filme ser concluído.
Após a finalização, uma pequena exibição de teste foi organizada para um público selecionado. A reação foi de choque e repulsa, confirmando os piores temores dos produtores. Ficou claro que o filme era simplesmente inapropriado demais para ser lançado.
Diante do desastre iminente, a melhor decisão foi abandonar o projeto por completo. Jerry Lewis guardou as cópias do filme a sete chaves, envergonhado do resultado. ‘The Day the Clown Cried’ se tornou uma das obras mais infames e misteriosas da história do cinema.
The First Day: O confronto de Tarkovsky com a censura soviética

Considerado por muitos cinéfilos como um dos maiores deuses do cinema, o cineasta russo Andrei Tarkovsky era um artista sem concessões. Nos anos 1970, ele submeteu um roteiro ao governo soviético para aprovação. O filme seria sobre a vida na Rússia sob o governo do czar Pedro, o Grande.
O governo, através de seus censores, leu o roteiro e o aprovou para produção. Eles acreditavam que seria um filme histórico que exaltaria o passado russo. No entanto, Tarkovsky tinha um plano secreto e muito mais subversivo em mente.
O roteiro que ele realmente pretendia filmar era bem diferente daquele que foi aprovado. A versão real continha inúmeras cenas que criticavam sutilmente a política soviética. Eram críticas veladas que poderiam ser facilmente vistas como “contrarrevolucionárias” pelo regime.
A fúria de um diretor e a destruição da obra

Tarkovsky começou as filmagens, tentando executar seu plano audacioso. No entanto, não demorou muito para que o censor soviético entendesse a verdadeira natureza do projeto. A crítica disfarçada foi descoberta, e a reação do governo foi imediata.
A produção foi sumariamente interrompida por ordem direta das autoridades. Tarkovsky ficou furioso com a interferência em sua arte. Em um acesso de raiva e frustração, ele teria tomado uma atitude drástica.
Dizem que o próprio diretor destruiu todas as filmagens que já havia feito. Ele preferiu que sua obra não existisse a vê-la mutilada pela censura. E assim, ‘The First Day’ foi abandonado por completo, um ato final de desafio artístico.