
As músicas que quase ninguém consegue cantar de verdade
De baladas poderosas a clássicos do soul, prepare-se para os maiores desafios vocais.
Certas músicas parecem testar os limites da voz humana, não é mesmo? Não se trata apenas de alcançar uma nota alta, mas de um conjunto de habilidades que poucos dominam. Fatores como alcance vocal, afinação, potência e controle da respiração são cruciais para uma performance de arrepiar.
As canções mais difíceis podem apresentar desafios diferentes para cada cantor, dependendo de suas aptidões naturais. Algumas melodias exigem uma técnica vocal específica e apurada, enquanto outras dependem totalmente da entrega emocional do artista. Entre os milhões de faixas desafiadoras que existem, selecionamos aquelas que são universalmente conhecidas como as mais difíceis de interpretar.
Quem nunca tentou cantar seu hit favorito no chuveiro ou no karaokê e se deparou com um refrão impossível? É nesse momento que percebemos a genialidade por trás do artista original e a complexidade da canção. Prepare-se para descobrir por que essas músicas são consideradas os maiores testes de fogo para qualquer um que se atreva a cantá-las.
Barbra Streisand: O desafio de ‘Don’t Rain on My Parade’

Esta canção de alta energia do musical ‘Funny Girl’ é um verdadeiro furacão vocal que exige muito do intérprete. A música não dá um segundo de descanso, pedindo uma performance explosiva do início ao fim. É por isso que ela se tornou um número tão icônico e desafiador nos palcos.
O grande segredo aqui é o controle absoluto da respiração, algo que Barbra Streisand domina com maestria. Cada frase precisa ser cantada com uma entonação precisa, sem perder o fôlego ou a potência. Qualquer deslize pode comprometer toda a energia que a música demanda.
Além da técnica, a canção exige uma atitude de desafio e confiança que precisa transparecer na voz. É uma declaração de independência que, para ser convincente, precisa de uma entrega emocional avassaladora. Cantá-la bem é provar que você tem o controle total da sua arte.
Michael Bolton: A jornada emocional de ‘Go the Distance’

Essa famosa canção da Disney é toda sobre a entrega e a capacidade de transmitir uma profundidade emocional genuína. Não basta ter uma voz bonita; é preciso fazer o ouvinte sentir a jornada do herói. A música constrói uma narrativa de superação que depende inteiramente da interpretação.
O desafio está em manter a suavidade nos versos e, ao mesmo tempo, explodir com potência controlada no refrão. Essa dinâmica vocal exige uma transição perfeita entre a vulnerabilidade e a força. É uma música que conta uma história, e a voz é o principal veículo para essa narrativa.
Michael Bolton consegue imprimir uma paixão que serve de modelo para quem tenta cantar “Go the Distance”. A dificuldade não está apenas nas notas, mas em sustentar a emoção crescente até o clímax da canção. É um teste de resistência tanto técnica quanto sentimental.
Josh Groban: A versão épica de ‘You Raise Me Up’

Originalmente composta pelo duo Secret Garden, a canção ‘You Raise Me Up’ já foi regravada por inúmeros artistas ao longo dos anos. No entanto, foi na voz de Josh Groban que ela se tornou um hino monumental. Sua versão é, de longe, a mais desafiadora de se cantar.
A dificuldade reside na construção gradual da música, que começa de forma suave e atinge um clímax operístico. É preciso ter um controle vocal imenso para não se perder na grandiosidade do arranjo. Sustentar as notas longas e potentes do final da canção é uma tarefa para poucos.
A interpretação de Groban adicionou camadas de complexidade que transformaram a balada em um verdadeiro épico. A canção exige não apenas um grande alcance vocal, mas também a habilidade de modular a voz com precisão. É o tipo de música que separa os amadores dos profissionais.
Christina Aguilera: A vulnerabilidade dolorosa de ‘Hurt’

Era impossível não mencionar Christina Aguilera nesta lista, uma cantora conhecida por sua impressionante extensão e habilidade vocal. Embora ‘Hurt’ talvez não seja seu maior sucesso comercial, é indiscutivelmente uma das suas canções mais difíceis de cantar. A música é uma montanha-russa de emoções e técnica.
O desafio aqui é duplo, combinando uma entrega emocional crua com acrobacias vocais complexas. A canção exige que o cantor transite de sussurros frágeis para gritos poderosos e cheios de dor. Manter a afinação durante essas transições dinâmicas é extremamente complicado.
Aguilera demonstra um controle magistral sobre sua voz, expressando a dor da perda de uma forma quase palpável. Para cantar ‘Hurt’ de forma convincente, é preciso acessar um lugar de vulnerabilidade profunda. É uma música que drena o artista tanto física quanto emocionalmente.
Linkin Park: A crueza melódica de ‘Crawling’

Os vocais melódicos, ásperos e potentes de Chester Bennington transformaram ‘Crawling’ em um dos maiores sucessos do Linkin Park. Ao mesmo tempo, essa combinação única a tornou uma das músicas mais difíceis de se interpretar no rock. A canção é um retrato sonoro da luta interna.
A grande dificuldade está em alternar entre os versos suaves e melódicos e o refrão gritado e cheio de angústia. Essa transição abrupta exige um controle vocal extraordinário para não danificar as cordas vocais. É a assinatura de Chester que muitos tentam, mas poucos conseguem replicar.
Além da técnica, a música carrega um peso emocional imenso, refletindo a batalha contra a ansiedade e a falta de controle. Cantar ‘Crawling’ requer uma entrega visceral que vai além de simplesmente acertar as notas. É preciso incorporar o sentimento de desespero que a letra transmite.
Beyoncé: As mudanças de tom em ‘Love On Top’

Diversas músicas de Beyoncé poderiam facilmente fazer parte desta lista, dada sua complexidade e exigência vocal. No entanto, com suas inúmeras e audaciosas mudanças de tom, ‘Love On Top’ talvez seja a mais desafiadora de todas. É uma celebração da alegria que exige perfeição técnica.
A canção é famosa por suas quatro modulações consecutivas no final, que elevam a tonalidade a patamares estratosféricos. Manter a energia, a afinação e o fôlego enquanto a música sobe sem parar é um feito atlético. É um verdadeiro exercício de resistência e controle vocal.
Além das mudanças de tom, a música tem um ritmo contagiante e uma melodia cheia de corridas vocais que precisam ser executadas com leveza. Beyoncé faz parecer fácil, mas a verdade é que ‘Love On Top’ é um labirinto vocal. Cantá-la do início ao fim é uma prova de virtuosismo.
Bon Jovi: O hino de karaokê ‘Livin’ on a Prayer’

Este clássico absoluto do karaokê é uma daquelas músicas que todo mundo adora cantar junto, mas que na verdade é incrivelmente difícil. A energia contagiante da melodia nos convida a gritar o refrão a plenos pulmões. Porém, a realidade vocal é bem mais complicada do que parece.
O refrão já é bastante exigente por si só, pedindo notas altas e sustentadas com muita potência. Mas o verdadeiro teste vem depois da mudança de tom, que eleva a música a um nível quase sobre-humano. Atingir aquelas notas finais com a mesma força do início é uma tarefa hercúlea.
A voz de Jon Bon Jovi nesta faixa é icônica, misturando o rock com uma clareza impressionante nas notas mais altas. É uma música que exige resistência e uma capacidade pulmonar fora do comum. Cantá-la corretamente é sentir na pele o poder do rock dos anos 80.
Journey: A clareza poderosa de ‘Don’t Stop Believin”

Os vocais de Steve Perry neste clássico do rock são extremamente difíceis de emular, e por um bom motivo. Ele possui uma combinação rara de potência, clareza e uma entrega emocional que cativa instantaneamente. A música se tornou um hino atemporal justamente por causa dessa performance magistral.
A dificuldade está em manter a clareza cristalina da voz mesmo nas notas mais altas e potentes. Perry canta com uma precisão que não permite margem para erros, fazendo cada palavra soar perfeitamente. É um equilíbrio delicado entre força e controle técnico.
Além disso, a canção exige uma dose enorme de carisma e convicção para transmitir sua mensagem de esperança. Não é apenas sobre cantar as notas, mas sobre contar a história de Tommy e Gina com autenticidade. É por isso que, mesmo sendo um clássico, poucos conseguem fazer jus à versão original.
Adele: A emoção crua de ‘Hello’

Adele é, sem dúvida, uma das cantoras mais talentosas e aclamadas do mundo. Ela possui um poder raro de transmitir emoção de uma forma única, pungente e que toca a alma. A canção ‘Hello’ é provavelmente o melhor exemplo de sua capacidade de transformar sentimentos em som.
A música exige um controle dinâmico impressionante, começando com versos suaves e quase falados, e explodindo em um refrão avassalador. Essa transição precisa ser feita com uma emoção crua, mas sem perder o controle técnico da voz. É um equilíbrio que define a genialidade de Adele.
Cantar ‘Hello’ é mais do que um desafio vocal; é um desafio de interpretação. É preciso mergulhar na melancolia e no arrependimento que a letra expressa. A potência necessária para o refrão, combinada com a vulnerabilidade dos versos, faz desta uma das baladas mais difíceis da música moderna.
A-ha: O falsete impossível de ‘Take On Me’

Todo mundo conhece este clássico dos anos 80, não é verdade? E, com certeza, todo mundo já tentou cantar junto, apenas para ser esmagado pelo refrão impossível. A voz de Morten Harket parece desafiar as leis da física vocal.
O falsete icônico e os grandes saltos de alcance no refrão fazem de ‘Take On Me’ uma das músicas mais difíceis de cantar. Atingir aquela nota alta e sustentá-la com clareza é uma tarefa que humilha muitos vocalistas. Não é à toa que se tornou um meme e um teste de coragem no karaokê.
Mesmo para cantores experientes, a música representa um desafio técnico significativo. A precisão necessária para os saltos melódicos, combinada com a resistência para manter o falsete, é extraordinária. É uma canção divertida que esconde uma complexidade vocal absurda.
Steelheart: O grito agudo de ‘I’ll Never Let You Go’

A banda Steelheart pode não ser o nome mais famoso do glam metal dos anos 80, mas sua balada ‘I’ll Never Let You Go’ é indiscutivelmente uma das músicas mais difíceis de se cantar. O vocalista Miljenko Matijevic estabeleceu um padrão quase inalcançável. Seus vocais nesta faixa são simplesmente incomparáveis.
A canção é conhecida por ter uma das notas mais altas e longas já gravadas em uma música de rock. O grito final é lendário e exige um controle e uma capacidade pulmonar sobre-humanos. Muitos tentam, mas o resultado geralmente fica muito longe do original.
Além do clímax estratosférico, a música inteira é cantada em um registro alto e exigente. É uma balada poderosa que requer força e precisão do começo ao fim. É o tipo de canção que solidificou o lugar de Matijevic entre os grandes vocalistas do gênero.
The Darkness: O falsete ousado de ‘I Believe in a Thing Called Love’

O uso constante e audacioso do falsete por Justin Hawkins fez muitos fãs de rock levantarem as sobrancelhas em 2003. No entanto, a verdade é que a música foi um sucesso estrondoso e estabeleceu o The Darkness como uma banda de rock legítima. E muito disso se deve ao talento de seu vocalista incrivelmente habilidoso.
Cantar essa música exige uma confiança e uma ausência de vergonha que poucos possuem, além de um controle de falsete impecável. As transições rápidas entre a voz de peito e o falsete agudo são a principal dificuldade. É um malabarismo vocal que define o som da banda.
A canção se tornou um hit justamente por sua excentricidade e energia contagiante. Por trás da diversão, porém, há uma performance vocal extremamente técnica e difícil de replicar. É a prova de que o rock pode ser divertido e, ao mesmo tempo, um desafio de alto nível.
Sia: A paixão explosiva de ‘Chandelier’

Nesta canção, Sia entrega o que é talvez a sua performance mais apaixonada e visceral. A música é um grito de libertação e desespero que ressoa com uma força impressionante. Entregar esse nível de poder vocal, intensidade, controle e emoção não é nada fácil.
O refrão de ‘Chandelier’ é notoriamente difícil, com um salto para notas altíssimas que precisam ser cantadas com uma voz rouca e potente. Manter a afinação e a textura vocal durante essa explosão é o maior desafio da música. É preciso ter uma técnica sólida para não se machucar.
A canção captura a dualidade de uma festa selvagem e a dor escondida por trás dela. Para interpretá-la corretamente, o cantor precisa canalizar essa complexidade emocional. É uma performance que exige tudo do artista, tornando-se um marco na música pop moderna.
Frankie Valli: O rei do falsete em ‘Sherry’

Frankie Valli é o rei indiscutível dos falsetes, e poucos cantores conseguem fazer essa técnica soar tão grandiosa quanto ele em ‘Sherry’. A canção é um marco dos anos 60, impulsionada por uma performance vocal única. A habilidade técnica necessária para cantar esta música garante seu lugar nesta lista.
O desafio é manter o falsete potente e claro durante toda a música, sem soar fraco ou instável. Valli canta em um registro extremamente alto com uma confiança que faz parecer simples. No entanto, é uma demonstração de controle muscular e de respiração de altíssimo nível.
A música inteira é um exercício de precisão vocal, com harmonias complexas e uma melodia contagiante. ‘Sherry’ não é apenas uma canção cativante; é uma aula de canto. É por isso que o legado de Frankie Valli e The Four Seasons permanece tão influente.
Bonnie Tyler: A balada operística ‘Total Eclipse of the Heart’

A poderosa balada operística da cantora galesa começa de forma lenta e introspectiva, mas logo se transforma em uma besta indomável. É uma jornada musical dramática que exige uma performance igualmente teatral. Os vocais roucos e potentes de Bonnie Tyler levam a canção a lugares que muitas pessoas não conseguem alcançar.
A música é um teste de resistência, com versos longos que exigem um fôlego incrível. O refrão explode com uma energia dramática que precisa ser sustentada até o final. A textura rouca na voz de Tyler adiciona uma camada de emoção que é difícil de imitar sem soar forçado.
Trata-se de uma das baladas mais épicas de todos os tempos, e sua estrutura complexa é um desafio para qualquer cantor. A combinação de vulnerabilidade e poder explosivo faz dela uma peça central em qualquer competição de canto. É uma música que exige alma, pulmão e coração.
Michael Jackson: A intensidade de ‘Earth Song’

Michael Jackson possui algumas das linhas vocais mais únicas e reconhecíveis da história da música, muitas das quais são difíceis de cantar. ‘Earth Song’, especialmente em seu refrão e na parte final, é uma das mais desafiadoras de seu repertório. A canção é um apelo desesperado que se reflete na performance vocal.
O refrão exige gritos de angústia que precisam ser melódicos e controlados ao mesmo tempo. A seção final da música, com os ad-libs improvisados, é um teste de resistência e criatividade vocal. É onde Michael Jackson mostra toda a sua genialidade como intérprete.
A canção é mais do que uma música; é uma declaração política e emocional. Para cantá-la, é preciso incorporar a indignação e a tristeza pela destruição do planeta. A dificuldade está em canalizar essa energia avassaladora sem perder o controle da voz.
Hino Nacional Americano: Um desafio patriótico

Sim, o hino nacional dos Estados Unidos é uma das canções mais difíceis de se cantar! Muitos artistas famosos já tropeçaram ao tentar interpretá-lo em grandes eventos. A melodia possui um alcance vocal muito amplo, com saltos difíceis entre notas baixas e altas.
Com música de John Stafford Smith e letra de Francis Scott Key, ‘The Star-Spangled Banner’ é verdadeiramente desafiador para ser cantado corretamente. A frase “land of the free” é famosa por sua nota alta e longa, que exige um controle de respiração impecável. Um pequeno erro pode se tornar um desastre televisionado.
Além da dificuldade técnica, há a pressão de se apresentar em um momento solene e patriótico. Qualquer deslize é imediatamente notado e criticado pelo público. É por isso que cantar o hino nacional americano é considerado um teste de fogo para qualquer vocalista.
Simon & Garfunkel: A delicadeza de ‘Bridge over Troubled Water’

Não é nada fácil cantar uma canção emocional e silenciosa como esta com a perfeição que ela exige. ‘Bridge over Troubled Water’ é uma melodia linda, mas também extremamente difícil de interpretar. A performance de Art Garfunkel é tão pura que qualquer imperfeição se destaca.
A dificuldade está em sustentar as notas longas com uma voz suave e clara, sem oscilações. É preciso um controle de respiração fenomenal para manter a serenidade que a música pede. A canção cresce em intensidade, exigindo que o cantor acompanhe essa evolução de forma sutil e poderosa.
A beleza da música reside em sua simplicidade aparente, que na verdade esconde uma grande complexidade. É uma canção de consolo, e a voz precisa soar como um abraço caloroso. Cantá-la bem é um ato de generosidade e de domínio técnico absoluto.
Kate Bush: A excentricidade de ‘Wuthering Heights’

Kate Bush definitivamente não é uma cantora comum, e esta música é um exemplo perfeito de sua magnífica e peculiar extensão vocal. Inspirada no romance clássico, a canção tem uma qualidade etérea e fantasmagórica. Se você está procurando uma música realmente desafiadora para cantar, ‘Wuthering Heights’ é a sua escolha.
A canção é cantada em um registro extremamente alto e flutuante, que poucos conseguem alcançar. O estilo vocal é quase operístico, mas com uma sensibilidade pop que a torna única. Manter a afinação nesse registro agudo e ao mesmo tempo transmitir a emoção da personagem é o grande desafio.
A performance de Bush é teatral e expressiva, capturando o espírito selvagem e assombrado de Catherine Earnshaw. É uma música que exige que o cantor abandone qualquer inibição. É uma obra de arte vocal que continua a fascinar e a desafiar novas gerações de artistas.
The Righteous Brothers: A emoção crescente de ‘Unchained Melody’

A dupla The Righteous Brothers popularizou esta canção, que foi posteriormente regravada por inúmeros outros artistas ao longo das décadas. Mesmo com tantas versões, a original permanece como uma das baladas mais desafiadoras de se cantar. Sua dificuldade reside na combinação de carga emocional e notas altas.
A música começa em um tom baixo e conversado, mas cresce gradualmente até um clímax apaixonado e poderoso. A famosa frase “I need your love” exige uma explosão de emoção e uma nota alta que precisa ser perfeitamente controlada. É o momento que todos esperam e o mais difícil de executar.
O sucesso da interpretação depende da capacidade do cantor de construir a tensão e a paixão ao longo da música. É preciso ter vulnerabilidade e força, muitas vezes na mesma frase. É por isso que ‘Unchained Melody’ continua sendo um padrão de ouro para cantores românticos.
Aerosmith: A escalada vocal de ‘Dream On’

Steven Tyler começa de forma lenta e contida nesta balada épica do Aerosmith, enganando o ouvinte desavisado. A música vai construindo uma tensão que culmina em um crescendo explosivo. A seção final, com seus gritos incrivelmente altos, é o que a torna lendária.
A transição da voz de peito para a voz de cabeça e os gritos característicos de Tyler exigem uma técnica apurada. É preciso ter um controle imenso para não perder a afinação ou a potência nesse registro agudo. É a assinatura vocal de Tyler em sua forma mais pura e desafiadora.
‘Dream On’ é uma jornada, e a performance vocal precisa refletir essa escalada do sonho à realidade. A canção se tornou um hino do rock clássico justamente por essa estrutura dramática. Cantá-la é uma prova de fogo para qualquer aspirante a rockstar.
Celine Dion: O poder controlado de ‘All by Myself’

Celine Dion é, indiscutivelmente, uma das maiores cantoras do planeta, com uma técnica vocal quase perfeita. Qualquer uma de suas músicas poderia se encaixar aqui, mas sua versão de ‘All by Myself’ é provavelmente o melhor exemplo de quão poderosos e controlados são seus vocais. É uma verdadeira aula de canto.
A canção é famosa pela nota longa e altíssima que acontece após a mudança de tom, um momento icônico na música pop. Segurar essa nota com tanta força, clareza e por tanto tempo é um feito de resistência física e técnica. É o momento que define a música e aterroriza cantores de karaokê em todo o mundo.
Além da nota famosa, a música inteira exige uma interpretação cheia de nuances, passando da solidão silenciosa ao desespero explosivo. Celine navega por essas emoções com uma precisão cirúrgica. É uma performance que estabeleceu um novo padrão para baladas poderosas.
Queen: A complexidade operística de ‘Bohemian Rhapsody’

Outro favorito do karaokê que esconde uma complexidade absurda, ‘Bohemian Rhapsody’ é uma obra-prima de seis minutos. A canção mistura uma vasta gama de estilos vocais, desde a balada introspectiva até a ópera rock e o hard rock. Para acertar todos eles, é necessário um grau de proficiência vocal extraordinário.
A seção de ópera, com suas harmonias complexas e sobrepostas, é notoriamente difícil de recriar ao vivo. Freddie Mercury e os outros membros do Queen gravaram dezenas de camadas vocais para alcançar aquele som grandioso. Imitar essa riqueza sozinho é praticamente impossível.
Além das harmonias, a performance solo de Freddie exige um alcance e uma versatilidade incríveis. Ele transita entre diferentes personas e emoções com uma naturalidade impressionante. É uma peça musical tão única que continua sendo um dos maiores desafios da história da música.
Jennifer Holliday: A entrega visceral de ‘And I Am Telling You I’m Not Going’

Do musical ‘Dreamgirls’, ‘And I Am Telling You I’m Not Going’ é indiscutivelmente a canção mais difícil de Jennifer Holliday. Esta música não se trata apenas de potência e afinação; é sobre a entrega total e absoluta. É uma performance que deve soar como um grito de sobrevivência.
A canção é uma explosão de emoção crua, onde a personagem Effie White implora para não ser abandonada. O cantor precisa transmitir desespero, raiva, amor e dor, tudo em poucos minutos. Os gritos e a voz rouca no final são essenciais para a autenticidade da interpretação.
Tecnicamente, a música exige um controle imenso sobre a respiração e a dinâmica, mesmo em meio ao caos emocional. É uma daquelas performances que deixam o artista e o público exaustos. Cantá-la bem é um ato de coragem e de total vulnerabilidade artística.
Minnie Riperton: As notas de assobio em ‘Lovin’ You’

A doce e suave melodia de ‘Lovin’ You’ esconde uma das técnicas vocais mais difíceis e raras de se dominar. As famosas notas de assobio de Minnie Riperton nesta canção certamente a tornam uma das mais difíceis de cantar. Elas são tão altas que parecem pertencer a outro mundo.
O registro de assobio é o mais alto da voz humana, e pouquíssimos cantores conseguem acessá-lo com controle e clareza. Riperton não apenas atinge essas notas, mas também as usa de forma melódica e expressiva. É uma demonstração de habilidade que deixou o mundo da música chocado.
Tentar replicar essas notas sem o treinamento adequado é quase impossível e pode até ser prejudicial. A música é um lembrete da incrível diversidade da voz humana. É uma canção de amor que, ironicamente, se tornou um desafio vocal lendário.
Whitney Houston: A icônica ‘I Will Always Love You’

A icônica balada, originalmente gravada por Dolly Parton, se tornou um fenômeno global quando interpretada por Whitney Houston em 1992. Como parte da trilha sonora de ‘O Guarda-Costas’, a canção redefiniu o que era uma balada poderosa. Desde então, tornou-se a música preferida dos cantores que querem se desafiar.
A dificuldade começa na introdução a capella, que exige uma afinação perfeita e uma vulnerabilidade cativante. A música então constrói gradualmente até a famosa mudança de tom, onde a voz de Whitney explode com uma força inacreditável. É um momento de pura catarse musical.
Controlar o poder, a dinâmica e a emoção como Whitney fez é uma tarefa monumental. Sua versão é uma montanha-russa de sentimentos, da ternura à paixão avassaladora. É por isso que, décadas depois, ‘I Will Always Love You’ continua sendo o teste definitivo para qualquer grande cantor.
Mariah Carey: O clássico ‘Emotions’

Famosa por seu incrível alcance vocal, que cobre cinco oitavas, Mariah Carey é uma lenda por si só. A música ‘Emotions’ é um clássico de sua carreira e um exemplo perfeito de sua habilidade em atingir notas de assobio que parecem quebrar vidro. É uma demonstração de virtuosismo que poucos na história conseguiram igualar.
A canção é um festival de corridas vocais rápidas e saltos para o registro de assobio. Manter a leveza e a alegria da música enquanto se executa essas acrobacias vocais é o grande desafio. Muitos tentaram, e a grande maioria falhou espetacularmente.
Mariah Carey não apenas atinge as notas, mas brinca com elas, mostrando um domínio e uma confiança impressionantes. ‘Emotions’ é mais do que uma música pop; é uma declaração de suas capacidades vocais. É por isso que ela continua sendo uma das cantoras mais reverenciadas e difíceis de imitar.
Ariana Grande: A precisão de ‘Imagine’

Nesta canção, o tempo é tudo, assim como cantar perfeitamente afinado em meio a uma melodia complexa. ‘Imagine’ serve como um ótimo exemplo de uma música pop moderna que é genuinamente difícil de cantar. Ariana Grande mostra aqui todo o seu arsenal técnico.
A música exige um controle vocal preciso, com corridas melódicas intrincadas e saltos de oitava. Além disso, os sons de assobio que Grande executa no final da canção adicionam outra camada de dificuldade. É preciso ter um domínio total do registro agudo para executar a canção com perfeição.
A performance de Ariana é leve e parece sem esforço, o que mascara a verdadeira complexidade da faixa. A combinação de precisão rítmica, afinação e o uso do registro de assobio a torna um desafio surpreendente. É a prova de que a nova geração de divas pop continua elevando o padrão vocal.
Toni Braxton: O registro grave de ‘Un-Break My Heart’

Este clássico do R&B de 1996 começa de uma forma que poucas canções pop ousam fazer, em um registro grave e aveludado. A voz de Toni Braxton é instantaneamente reconhecível por sua profundidade e textura únicas. É uma música que exige um tipo diferente de força vocal.
A dificuldade está em manter a riqueza e a clareza nas notas mais baixas, algo que é tão desafiador quanto atingir notas altas. Braxton então entrega vocais poderosos, mas perfeitamente controlados, que transmitem uma tonelada de emoção. É uma performance de dor e saudade que precisa ser convincente.
Navegar pela ampla extensão vocal da música, dos graves profundos aos agudos passionais, requer uma grande habilidade. A canção se tornou um clássico eterno por causa dessa performance cheia de alma e tecnicamente impecável. É um marco do R&B dos anos 90.
Lisa Fischer: A corrida vocal impossível de ‘How Can I Ease the Pain’

Lisa Fischer pode ser mais conhecida como uma das backing vocals mais requisitadas do mundo, mas sua carreira solo tem joias como esta. ‘How Can I Ease the Pain’ é uma balada lenta e cheia de fôlego que poucos conseguem cantar. A música exige uma paciência e um controle que são raros de se ver.
A música constrói lentamente a emoção, pedindo uma interpretação delicada e cheia de alma. No entanto, o verdadeiro desafio está reservado para o final da canção. É nesse momento que Fischer solta uma corrida vocal impossivelmente alta e complexa que desafia a lógica.
Essa demonstração de virtuosismo vocal é o que lhe rendeu um Grammy e um lugar no panteão das grandes cantoras. A combinação da entrega suave da balada com a explosão técnica no final a torna uma das músicas mais difíceis de se dominar. É uma verdadeira prova de maestria vocal.