
As feras do surfe que dominaram o oceano e a história
Prepare-se para uma viagem pelas ondas que definiram lendas.
O que antes era visto como um passatempo alternativo, hoje se transformou em um espetáculo global. O surfe conquistou seu lugar nas Olimpíadas, provando que é muito mais do que um estilo de vida. A verdade é que o esporte virou uma indústria multibilionária que revela novos talentos a cada temporada.
Com competições cada vez mais acirradas e prêmios milionários, chegar ao topo do ranking mundial é uma tarefa para poucos. Manter-se lá, então, é um desafio que separa os bons surfistas das verdadeiras lendas. E é exatamente sobre essas lendas que vamos falar hoje.
Nesta jornada, vamos mergulhar na história do surfe para celebrar os nomes que mudaram o jogo para sempre. Alguns brilharam em campeonatos, enquanto outros deixaram sua marca de formas diferentes, mas igualmente importantes. Todos eles, sem exceção, merecem um lugar no panteão dos maiores do mundo.
Mick Fanning: O sobrevivente de um ataque ao vivo

Quando falamos do surfista australiano Mick Fanning, é impossível não pensar em sua carreira brilhante. Ele é, sem dúvida, um dos melhores atletas que o esporte já viu, com três títulos mundiais no currículo. Mas sua fama transcendeu as conquistas nas ondas por um motivo muito mais dramático.
Imagine estar competindo e, de repente, ser confrontado pelo maior predador do oceano. Foi exatamente o que aconteceu com Fanning em 2015, durante o Billabong Pro Event em Jeffries Bay. Ele foi atacado por um tubarão-branco com as câmeras transmitindo tudo ao vivo para o mundo inteiro.
O episódio poderia ter sido trágico, mas felizmente, ele conseguiu escapar ileso do encontro assustador. Aquele momento não apenas marcou a história do surfe, mas também solidificou Mick Fanning como uma lenda viva. Sua coragem e sorte naquele dia são tão impressionantes quanto seus títulos.
Eddie Aikau: O herói das ondas gigantes

Falar de Eddie Aikau é falar sobre a alma do surfe havaiano, pois ele era muito mais do que apenas um surfista. Ele era um “waterman” lendário, uma pessoa com uma conexão e um domínio sobre o oceano que poucos conseguem alcançar. Sua coragem diante do poder do mar se tornou uma verdadeira lenda.
Aikau foi um dos grandes pioneiros do surfe de ondas grandes, desbravando muralhas de água que a maioria temia. Ele não apenas surfava em Waimea Bay, um dos picos mais perigosos do mundo, como também era salva-vidas lá, sem nunca ter perdido uma vida sob sua vigia. Sua bravura era incomparável.
Para honrar seu legado de destemor e sacrifício, o ‘Eddie Aikau Invitational Big Wave Event’ é realizado até hoje. O evento só acontece quando as ondas atingem uma altura monumental, um tributo adequado ao homem que nunca recuou. Sua história continua a inspirar gerações de surfistas a superar seus limites.
Layne Beachley: A rainha soberana dos anos 90

A cena do surfe feminino nos anos 90 foi completamente dominada por uma força da natureza australiana. Layne Beachley não apenas competia, ela redefinia o que era possível para uma mulher no esporte. Sua presença nas baterias era sinônimo de performance de altíssimo nível e muita garra.
Sua rivalidade com a atleta americana Lisa Andersen se tornou uma das mais icônicas e celebradas da história. As duas elevavam o nível da competição a cada encontro, criando um espetáculo que atraía todos os olhares. Essa disputa acirrada ajudou a impulsionar a popularidade do surfe feminino.
No final das contas, foi Beachley quem estabeleceu uma hegemonia impressionante e difícil de ser igualada. Ela conquistou nada menos que seis títulos mundiais consecutivos, um feito extraordinário. Sua era de domínio a colocou para sempre no panteão das maiores atletas de todos os tempos.
Kelly Slater: O maior de todos os tempos

Se existe um nome que é quase unânime quando se discute o melhor surfista da história, esse nome é Kelly Slater. Há mais de trinta anos ele sobe em pódios e redefine os limites do esporte. Para muitos, ele é simplesmente o GOAT, a sigla em inglês para “O Maior de Todos os Tempos”.
A lista de conquistas do surfista americano parece interminável e quase inacreditável. Ele acumula 11 títulos mundiais e venceu oito vezes o cobiçado evento Pipe Masters, apenas para citar alguns de seus feitos. Slater não apenas venceu, ele dominou completamente múltiplas gerações de competidores.
Como se não bastasse, ele detém um recorde que mostra sua longevidade e talento precoce. Slater foi o mais jovem a ganhar um título mundial da WSL, com 20 anos, e também o mais velho, com 39. Essa façanha singular prova que seu talento é, de fato, atemporal.
Filipe Toledo: A agilidade da tempestade brasileira

Na década de 2010, uma onda de talento brasileiro invadiu e dominou o cenário mundial do surfe. Esse movimento ficou conhecido como a “Brazilian Storm” (Tempestade Brasileira), e Filipe Toledo foi uma de suas peças-chave. Sua velocidade e habilidade no ar rapidamente chamaram a atenção do mundo.
Ao lado de nomes como Gabriel Medina, Toledo ajudou a redefinir o padrão de performance nas competições. Seu estilo de surfe progressivo, com aéreos impressionantes, tornou-se sua marca registrada. Ele provou que os brasileiros não estavam apenas para competir, mas para vencer.
O reconhecimento de seu talento veio na forma de dois títulos mundiais, consolidando seu lugar entre os melhores. Filipe Toledo não é apenas um competidor feroz, mas um verdadeiro showman nas ondas. Sua habilidade de voar sobre a água continua a encantar fãs em todo o planeta.
Andy Irons: A rivalidade que marcou uma era

No universo do surfe, poucas rivalidades foram tão intensas e cativantes quanto a de Andy Irons e Kelly Slater. Irons foi um dos poucos que conseguiu desafiar o reinado de Slater no auge de sua forma. Ele era a representação da paixão e da força bruta contra a perfeição técnica do rival.
O surfista americano provou ser mais do que um adversário à altura, conquistando o Campeonato Mundial por três anos seguidos. Ele levantou o troféu em 2002, 2003 e 2004, uma demonstração de domínio espetacular. Sua presença no circuito garantia emoção e um nível de competição altíssimo.
Além dos títulos mundiais, Irons também foi quatro vezes campeão da Tríplice Coroa do Surfe, um dos prêmios mais prestigiados. Sua partida precoce deixou uma lacuna no esporte, mas seu legado como um dos maiores e mais apaixonados surfistas da história é eterno. Ele é lembrado como um verdadeiro guerreiro das ondas.
Bethany Hamilton: A personificação da superação

A história da surfista havaiana Bethany Hamilton é uma das mais conhecidas e inspiradoras do mundo dos esportes. Em 2003, sua vida mudou para sempre após um terrível ataque de tubarão. No incidente, ela acabou perdendo seu braço esquerdo, o que para muitos significaria o fim de uma carreira.
No entanto, a palavra “desistir” simplesmente não parece existir no vocabulário de Bethany. Apesar da experiência profundamente traumática e da imensa dificuldade física, ela tomou uma decisão inacreditável. Apenas um mês após o ataque, ela estava de volta à água, reaprendendo a surfar.
Bethany não apenas voltou a surfar, mas retornou ao cenário competitivo em alto nível, desafiando as melhores do mundo. Sua jornada é um testemunho poderoso da força do espírito humano e da resiliência. Sua história transcende o esporte e serve como uma verdadeira lição de vida para todos nós.
John John Florence: O mestre das ondas havaianas

Vindo diretamente do epicentro do surfe mundial, Oahu, no Havaí, John John Florence parece ter nascido para as ondas. Seu estilo combina uma fluidez incrível com uma potência explosiva, tornando-o um dos surfistas mais completos da atualidade. Assistir a ele surfar é como ver um artista em sua tela.
Seu talento inegável o levou ao topo do esporte de forma avassaladora, com a conquista de dois títulos mundiais consecutivos. Ele foi o rei do circuito em 2016 e 2017, mostrando uma consistência impressionante. Além disso, ele é cinco vezes campeão da prestigiosa Tríplice Coroa do Surfe.
Ninguém parece dominar as ondas de sua casa, no temido North Shore, como John John Florence. Ele provou inúmeras vezes que sua conexão com Pipeline e outras ondas locais é de outro nível. Sua performance em casa é um espetáculo à parte e uma aula de como surfar com perfeição.
Adriano de Souza: A garra do campeão “Mineirinho”

Adriano de Souza, carinhosamente apelidado de “Mineirinho”, é um exemplo de perseverança e foco no esporte. Sua jornada até o topo foi marcada por muita luta e uma determinação que inspirou uma nação. Ele é uma peça fundamental da geração que colocou o Brasil no topo do pódio mundial.
Ele se consagrou ao conquistar o cobiçado título mundial de 2015, um ano mágico para o surfe brasileiro. Mineirinho faz parte da mesma geração de ouro que inclui nomes como Gabriel Medina e Filipe Toledo. Juntos, eles formaram a implacável “Brazilian Storm” que varreu o circuito.
Sua competitividade e técnica apurada garantiram a ele um lugar de destaque entre os melhores do mundo. A vitória de Adriano de Souza não foi apenas um triunfo pessoal, mas um marco para o esporte no Brasil. Ele provou que com trabalho duro e paixão, qualquer sonho é alcançável.
Tom Curren: O ídolo que definiu os anos 80

Se você perguntar a qualquer surfista que cresceu nos anos 80 quem era o grande ídolo, a resposta provavelmente será Tom Curren. O surfista americano tinha um estilo tão fluido e revolucionário que todos queriam imitá-lo. Ele era a personificação do “cool” dentro e fora d’água.
Seu domínio nas competições era tão impressionante quanto seu estilo, como provam seus três títulos mundiais. Ele não apenas vencia, mas o fazia com uma graça e uma linha de surfe que pareciam de outro planeta. Curren elevou o padrão de performance e estética no esporte.
Até hoje, ele continua sendo reverenciado como um dos maiores de sua geração e, sem dúvida, da história. O impacto de Tom Curren vai além de seus troféus, pois ele mudou a forma como as pessoas encaravam o surfe. Ele transformou a competição em uma forma de arte.
Mark Richards: O revolucionário do design de pranchas

O australiano Mark Richards, mais conhecido pela sigla MR, foi uma figura dominante no final dos anos 70 e início dos 80. Ele não só acumulou três títulos mundiais, mostrando seu talento competitivo, mas também deixou um legado que vai muito além das medalhas. Sua mente inovadora mudou o surfe para sempre.
A maior contribuição de MR para o esporte foi, sem dúvida, o desenvolvimento do design de pranchas “Twin-Fin”. Ele popularizou o uso de duas quilhas, o que permitiu manobras mais rápidas e um estilo de surfe mais radical. Essa inovação foi uma verdadeira revolução na indústria.
Até aquele momento, a maioria das pranchas de surfe contava com apenas uma quilha central. A introdução do sistema de duas quilhas por Mark Richards abriu um novo universo de possibilidades. Ele não foi apenas um campeão, mas um verdadeiro inventor que moldou o futuro do esporte.
Grant Baker: O caçador sul-africano de ondas gigantes

Enquanto muitos surfistas se destacam nas ondas de tamanho normal, existe uma elite que se especializa no impossível. Grant “Twiggy” Baker é um dos mestres dessa arte, um tricampeão mundial de ondas grandes. Ele dedica sua vida a perseguir as maiores e mais perigosas ondulações do planeta.
O surfista sul-africano provou seu domínio na arena das ondas gigantes ao conquistar títulos em três anos distintos. Ele foi coroado o melhor do mundo em 2014, 2017 e novamente em 2020. Essa longevidade no topo de uma modalidade tão arriscada é um feito notável.
A coragem e a técnica de “Twiggy” o tornaram uma lenda viva no esporte. Enfrentar paredes de água do tamanho de edifícios exige um preparo mental e físico sobre-humano. Grant Baker possui ambos em abundância, representando com maestria a África do Sul no cenário global.
Ítalo Ferreira: O primeiro campeão olímpico da história

O Brasil tem uma coleção de ícones no surfe, e Ítalo Ferreira é, sem dúvida, um dos mais eletrizantes. Nascido no Rio Grande do Norte, seu estilo explosivo e seus aéreos imprevisíveis o tornaram um favorito dos fãs. Ele surfa com uma energia contagiante que é impossível de ignorar.
Seu nome ficou eternizado na história do esporte de uma maneira única e especial. Ítalo se tornou o primeiro campeão olímpico de surfe da história na disputa masculina, nos jogos de Tóquio. Esse feito monumental não apenas o consagrou, mas elevou o status do surfe brasileiro no mundo.
Antes mesmo do ouro olímpico, ele já havia mostrado seu poder ao vencer o campeonato mundial da WSL em 2019. A combinação de um título mundial com uma medalha de ouro olímpica o coloca em um patamar exclusivo. Ítalo Ferreira é um verdadeiro orgulho nacional e uma força da natureza.
Gerry Lopez: O mestre de Pipeline

Nos anos 70, uma lenda havaiana reinava soberana na onda mais desafiadora e perfeita do mundo. Gerry Lopez ficou tão conhecido por seu domínio em Banzai Pipeline que ganhou o apelido de “Mr. Pipeline”. Ele surfava os tubos ocos e perigosos com uma calma e um estilo que pareciam desafiar a lógica.
Seu jeito de surfar influenciou gerações, mostrando que era possível encontrar tranquilidade no meio do caos. Lopez não era apenas um competidor, mas um verdadeiro guru das ondas, um soul surfer por excelência. Sua abordagem ao surfe era quase espiritual.
A imagem de Gerry Lopez dentro de um tubo profundo em Pipeline se tornou um dos maiores ícones do esporte. Ele é uma das lendas mais reverenciadas dos anos 70 e um símbolo eterno do espírito aloha. Sua influência no surfe e na cultura que o cerca é imensurável.
Carissa Moore: A força dominante da nova era

Quando olhamos para a última década do surfe feminino, um nome se destaca com uma força impressionante. A americana Carissa Moore tem sido uma presença constante no topo do ranking mundial. Seu surfe é uma mistura de poder, fluidez e inovação que a torna extremamente difícil de ser batida.
Seu currículo fala por si só e comprova seu domínio absoluto nas competições. Com nada menos que cinco títulos mundiais em sua coleção, ela já garantiu seu lugar entre as maiores de todos os tempos. Cada vitória parece solidificar ainda mais seu legado no esporte.
Carissa Moore não é apenas uma campeã, mas uma inspiração para uma nova geração de surfistas. Ela combina performance de alto nível com um espírito esportivo exemplar. Sem dúvida, ela é uma das atletas mais completas e influentes da história recente do surfe.
Tom Carroll: A lenda australiana de base trocada

No surfe, a maioria dos atletas posiciona o pé esquerdo na frente da prancha, mas alguns usam a base trocada, ou “goofy-footed”. O australiano Tom Carroll é considerado um dos maiores mestres dessa arte na história do esporte. Seu estilo compacto e poderoso era uma visão única e intimidadora nas ondas.
Sua técnica apurada e sua competitividade feroz o levaram a conquistar dois títulos mundiais. Ele era conhecido por não ter medo de ondas grandes e perigosas, como Pipeline, onde realizou manobras icônicas. Carroll era um verdadeiro guerreiro nas competições.
Com um currículo recheado de vitórias importantes, ele se estabeleceu como um dos surfistas mais condecorados da Austrália. Tom Carroll é uma lenda viva, lembrado por sua coragem, seu estilo único e sua contribuição para a evolução do surfe. Ele provou que a base “goofy” também podia reinar no topo.
Gabriel Medina: O pioneiro da tempestade brasileira

A história do surfe competitivo no Brasil tem um antes e um depois de Gabriel Medina. Foi ele quem quebrou uma barreira histórica ao se tornar o primeiro brasileiro a conquistar um título mundial de surfe. A vitória em 2014 deu início a uma nova era de domínio verde e amarelo no esporte.
Depois de seu primeiro título, ele não parou mais, vencendo novamente em 2018 e 2021, tornando-se tricampeão mundial. Medina também é conhecido por sua inovação, sendo o primeiro a completar a manobra “backflip” em uma competição. Além disso, ele conquistou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris 2024, adicionando mais um feito histórico à sua carreira.
Seu impacto vai muito além das vitórias e dos troféus que acumulou ao longo dos anos. Gabriel Medina inspirou uma legião de jovens surfistas no Brasil e provou que era possível chegar ao topo. Ele é o verdadeiro catalisador da “Brazilian Storm” e uma lenda incontestável.
Greg Long: O colecionador de ondas gigantes

Diretamente de San Clemente, na Califórnia, vem um dos nomes mais respeitados quando o assunto é surfar ondas gigantes. Greg Long dedicou sua vida a perseguir e domar as maiores e mais temidas ondas do planeta. Sua coragem e seu preparo técnico o colocam em uma categoria de elite.
Ele venceu várias das competições mais perigosas e prestigiadas do mundo. Entre seus triunfos estão o Eddie Aikau em Waimea Bay e o Red Bull Titans de Mavericks, dois dos maiores desafios do esporte. Vencer nesses locais é um atestado de maestria e bravura.
Seu sucesso é tão grande que ele se tornou o surfista mais condecorado do Billabong XXL Global Big Wave Awards. Essa distinção o coloca oficialmente como um dos caçadores de ondas gigantes mais bem-sucedidos da história. Greg Long não apenas surfa ondas grandes, ele as coleciona.
Stephanie Gilmore: A recordista de títulos mundiais

Vinda de Nova Gales do Sul, na Austrália, Stephanie Gilmore é um verdadeiro fenômeno do surfe. Seu estilo é uma combinação perfeita de graça, fluidez e poder, tornando-a uma das atletas mais belas de se assistir. Mas por trás da elegância, existe uma competidora implacável.
Os números de sua carreira são simplesmente impressionantes e a colocam no topo da história. Stephanie Gilmore é a surfista mais condecorada do mundo, com incríveis oito títulos mundiais conquistados até agora. Ela não apenas quebrou recordes, ela estabeleceu um novo patamar de excelência.
Seu sucesso e sua postura dentro e fora d’água a transformaram em uma grande inspiração. Ela é um modelo para meninas e mulheres em todo o mundo, mostrando o que é possível alcançar com talento e dedicação. Stephanie Gilmore é, sem dúvida, a rainha absoluta do surfe moderno.
Rob Machado: O ícone do surfe livre

Nos anos 90, um grupo de surfistas revolucionou o esporte com um nível de talento e amizade que ficou para a história. Conhecida como ‘Momentum Generation’, essa equipe icônica incluía nomes como Kelly Slater e o australiano Rob Machado. Machado, com seu estilo único e relaxado, sempre se destacou.
Embora tenha tido sucesso em competições, foi no “free surf” que Rob Machado encontrou sua verdadeira vocação. Ele se tornou uma inspiração para surfistas em todo o mundo que valorizam mais o estilo e a conexão com a onda do que os pontos de um juiz. Sua filosofia de surfar por puro prazer é contagiante.
Com seu cabelo inconfundível e sua abordagem artística ao surfe, Rob Machado se tornou um dos embaixadores mais queridos do esporte. Ele prova que não é preciso ser um campeão mundial para ser uma lenda. Sua influência na cultura do surfe é profunda e duradoura.
Ross Clarke-Jones: O incansável veterano das ondas gigantes

Enquanto muitos atletas se aposentam bem antes dos 40, o surfista australiano de ondas grandes Ross Clarke-Jones desafia essa lógica. Ele está se aproximando dos 60 anos de idade, mas seu apetite por ondas gigantes parece não ter diminuído nem um pouco. Sua longevidade no esporte mais perigoso do mundo é simplesmente fenomenal.
Ross Clarke-Jones é mundialmente conhecido por surfar algumas das maiores e mais perigosas ondas do globo. Ele viaja o mundo em busca de tempestades e ondulações extremas, sempre pronto para o desafio. Sua coragem e experiência são incomparáveis.
Ele é um verdadeiro pioneiro e uma inspiração para as novas gerações de surfistas de ondas grandes. Sua carreira prova que a paixão e o preparo podem superar os limites impostos pela idade. Ross Clarke-Jones é a prova viva de que o espírito aventureiro não envelhece.
Dane Reynolds: A força bruta do surfe moderno

O surfista americano Dane Reynolds é conhecido por uma abordagem ao surfe que é pura força e agressividade. Seu estilo poderoso, cheio de rasgadas fortes e manobras inovadoras, o destacou no cenário mundial. Ele não surfa a onda, ele a ataca com uma intensidade impressionante.
Embora tenha competido no circuito mundial, ele é mais conhecido e celebrado por seu trabalho no “free surf”. Seus filmes e vídeos de surfe se tornaram lendários, influenciando uma geração de atletas a buscar um surfe mais radical e criativo. Ele prioriza a performance e a expressão pessoal acima dos resultados.
Assistir a Dane Reynolds em ação é uma experiência incrível e imprevisível. Você nunca sabe qual manobra inovadora ele vai tentar a seguir, o que torna seu surfe cativante. Ele é um dos talentos mais puros e crus que o esporte já viu.
Shane Dorian: Da competição de elite às ondas gigantes

Assim como seus amigos Kelly Slater e Rob Machado, o havaiano Shane Dorian também fez parte da revolucionária “Momentum Generation”. Ele teve uma carreira de sucesso no circuito mundial de surfe, conhecido por seu talento e competitividade. Dorian era uma presença constante entre os melhores do mundo.
Após se aposentar do tour competitivo, ele não abandonou o esporte, mas sim encontrou uma nova e perigosa paixão. Shane Dorian se reinventou como um dos melhores e mais respeitados surfistas de ondas grandes do planeta. Ele trocou as baterias de 30 minutos por desafios que duram uma vida.
Atualmente, ele é uma figura central na comunidade de ondas gigantes, conhecido por sua coragem e por ajudar a desenvolver equipamentos de segurança. Dorian não é apenas um atleta incrível, mas também um inovador que se preocupa com o bem-estar de seus colegas. Sua jornada é um exemplo de evolução e paixão pelo mar.
Sunny Garcia: O poder havaiano no auge do milênio

O surfista havaiano Sunny Garcia foi uma força dominante no esporte, especialmente no final dos anos 1990 e início dos 2000. Seu estilo de surfe era baseado na força e no poder, uma característica clássica da escola havaiana. Ele era um competidor temido e respeitado por todos no circuito.
Sua carreira atingiu o auge no ano 2000, quando ele finalmente alcançou o sonho de todo surfista profissional. Garcia se tornou o campeão mundial do ASP WCT, o circuito mundial de surfe, em uma temporada memorável. Foi a coroação de anos de dedicação e trabalho duro.
Além do título mundial, Sunny Garcia também é recordista de vitórias na Tríplice Coroa Havaiana, com seis títulos. Isso prova seu domínio absoluto nas ondas mais desafiadoras de sua casa. Ele é uma verdadeira lenda do Havaí e um dos maiores “power surfers” da história.
Mark Occhilupo: O retorno triunfal de “Occy”

A lenda australiana Mark Occhilupo, mais conhecido como “Occy”, é outro mestre da base “goofy-footer”. Ele ficou famoso por sua técnica de surfe de “backhand”, atacando a onda de costas com uma força e precisão impressionantes. Seu estilo era único e extremamente eficaz.
Ele alcançou a fama ainda muito jovem nos anos 80, mas depois se afastou do esporte por um tempo, lutando contra problemas pessoais. Muitos pensaram que sua carreira havia acabado, mas Occy tinha outros planos. Sua paixão pelo surfe o trouxe de volta de forma espetacular.
Em 1999, em um dos retornos mais incríveis da história do esporte, ele chocou o mundo ao ganhar o título mundial. A vitória de Occy aos 33 anos foi um conto de fadas, uma prova de que nunca é tarde para perseguir seus sonhos. Sua jornada de redenção o transformou em um herói para muitos.
Lisa Andersen: A musa que revolucionou o surfe feminino

Com quatro títulos mundiais de surfe no currículo, a americana Lisa Andersen é, sem dúvida, uma das maiores de todos os tempos. Ela trouxe uma combinação de feminilidade e agressividade para o esporte que mudou a percepção do surfe feminino. Sua influência foi muito além das suas vitórias.
Lisa dominou completamente a cena competitiva em meados dos anos 90, criando uma era de supremacia. Sua rivalidade com Layne Beachley elevou o nível do esporte e atraiu uma atenção sem precedentes. Ela se tornou um ícone de estilo e um modelo para uma nova geração.
Seu impacto foi tão grande que, em 2002, ela foi merecidamente introduzida no Hall da Fama dos Surfistas. Lisa Andersen não apenas venceu campeonatos, ela ajudou a construir a indústria do surfe feminino como a conhecemos hoje. Seu legado é de pioneirismo e inspiração.
Michael Peterson: O gênio atormentado dos anos 70

Michael “MP” Peterson foi um surfista australiano enigmático que dominou completamente a cena competitiva nos anos 70. Seu estilo de surfe era avançado para a época, com tubos profundos e curvas potentes que influenciaram o surfe moderno. Dentro d’água, ele era simplesmente imbatível.
Fora do mar, no entanto, MP travava uma batalha silenciosa e difícil contra a esquizofrenia não diagnosticada e o abuso de substâncias. Sua vida foi marcada por um talento brilhante e uma luta interna profunda, uma história complexa e trágica. Sua genialidade nas ondas contrastava com seu sofrimento pessoal.
Ele faleceu aos 59 anos de idade devido a um ataque cardíaco, deixando um legado controverso, mas inegável. Michael Peterson é lembrado como um dos talentos mais puros e naturais que a Austrália já produziu. Sua história é um lembrete sombrio do preço que alguns gênios pagam.
Taj Burrow: O eterno competidor de elite

Taj Burrow é um dos surfistas mais conhecidos e respeitados da Austrália, um verdadeiro exemplo de longevidade em alto nível. Durante anos, ele foi uma presença constante no topo do ranking mundial, conhecido por seu surfe rápido e progressivo. Ele era um competidor extremamente talentoso e perigoso em qualquer condição de mar.
Os fãs de surfe certamente se lembrarão de seus duelos épicos contra a lenda Kelly Slater. Taj conseguiu a façanha de derrotar Slater em duas finais memoráveis, provando ser um dos poucos capazes de superar o maior de todos. Esses momentos foram pontos altos em sua carreira estelar.
As vitórias sobre Slater aconteceram no Billabong Pro de 2007 em Jeffrey’s Bay e no Billabong Pipeline Masters em 2009. Embora nunca tenha conquistado um título mundial, sua consistência e suas vitórias em eventos importantes o colocam como um dos grandes. Taj Burrow é um verdadeiro ícone do surfe australiano.
Shaun Tomson: O pioneiro sul-africano do tubo

Nos anos 70, uma nova geração de surfistas estava mudando a forma como as ondas eram surfadas, e o sul-africano Shaun Tomson estava na vanguarda. Ele fazia parte da chamada geração “Free Ride”, que trouxe uma nova mentalidade e abordagem ao esporte. Tomson se tornou um dos rostos mais influentes dessa revolução.
Sua maior contribuição foi revolucionar a arte de surfar dentro do tubo, a manobra mais cobiçada do surfe. Ele mostrou ao mundo como se posicionar profundamente dentro da onda com uma calma e uma técnica nunca antes vistas. Seu domínio o levou à conquista do título mundial de 1977.
O impacto de Shaun Tomson é sentido até hoje, pois sua abordagem ao tubo se tornou o padrão para todos os surfistas. Ele não apenas venceu um campeonato, mas ensinou ao mundo uma nova maneira de dançar com o oceano. Ele é uma verdadeira lenda e um intelectual do esporte.
Rabbit Bartholomew: O estrategista por trás do esporte

Wayne “Rabbit” Bartholomew não foi apenas um dos melhores surfistas que a Austrália já produziu, com um título mundial em 1978. Sua inteligência e sua visão estratégica o tornaram uma das figuras mais importantes da história do esporte. Ele entendia o surfe como poucos, tanto como atleta quanto como líder.
Sua influência mais duradoura veio de seu trabalho fora da água, após encerrar sua carreira competitiva. Rabbit se envolveu profundamente na administração do surfe profissional, buscando sempre o crescimento e a valorização dos atletas. Ele tinha uma visão clara para o futuro do esporte.
Ele ocupou os cargos de CEO e presidente da Association of Surfing Professionals (ASP), a entidade que hoje conhecemos como WSL. Sua liderança foi fundamental para moldar o circuito mundial e transformá-lo em uma organização global e bem-sucedida. “Rabbit” foi verdadeiramente um arquiteto do surfe moderno.
Christian Fletcher: O rebelde que levou o surfe aos céus

Nos anos 80 e 90, o mundo do surfe era bastante conservador, mas o californiano Christian Fletcher chegou para quebrar todas as regras. Ele foi o grande pioneiro do surfe aéreo, uma inovação que chocou e dividiu a comunidade na época. Para ele, as ondas não eram apenas para serem deslizadas, mas também para serem voadas.
Sua principal inspiração vinha da cultura do skate, e ele trouxe as manobras e a atitude do asfalto para o mar. Ele começou a lançar “aéreos” muito antes de se tornarem comuns, mudando para sempre o repertório de possibilidades no surfe. Fletcher era um verdadeiro visionário, embora muitas vezes incompreendido.
Com sua atitude rebelde de “bad boy” e seu estilo de surfe radical, ele se tornou um ícone da contracultura. Christian Fletcher pode não ter vencido títulos mundiais, mas seu impacto na evolução do esporte é inegável. Ele é o pai do surfe progressivo que vemos hoje.
Cheyne Horan: A lenda do Hall da Fama

O surfista australiano Cheyne Horan é uma lenda incontestável do esporte, conhecido por seu estilo único e suas pranchas inovadoras. Ele foi vice-campeão mundial por quatro vezes, sempre travando batalhas épicas contra seu grande rival, Mark Richards. Sua presença no circuito garantia um espetáculo de alto nível.
Horan era conhecido por experimentar designs de pranchas diferentes, sempre em busca de uma vantagem competitiva. Ele não tinha medo de pensar fora da caixa e desafiar as convenções do esporte. Sua mente criativa era tão afiada quanto seu surfe.
Seu impacto e sua importância para o esporte foram reconhecidos cedo. Em 1986, Cheyne Horan foi introduzido no prestigiado Surfing Hall of Fame. Essa honra solidificou seu lugar como um dos grandes nomes que ajudaram a moldar o surfe competitivo.