
A jornada de glória do Brasil em cada Olimpíada
Cada medalha conta uma história de superação, e a do Brasil é simplesmente épica.
Os Jogos Olímpicos têm um poder de encantar a todos nós, não é mesmo? Suas raízes na Grécia Antiga são a base de uma tradição que inspira atletas e fãs até hoje. A competição multiesportiva é um evento único que une o mundo, com mais de 200 nações competindo lado a lado.
A primeira edição moderna aconteceu em 1896 e, desde então, muita coisa mudou, com novos esportes entrando e outros saindo do programa. A jornada do Brasil começou oficialmente nos Jogos da Antuérpia, em 1920, marcando o início de uma trajetória memorável. Ao longo de mais de um século, nossos atletas mostraram sua força e talento para o mundo.
Até as Olimpíadas de Paris 2024, o Brasil acumulou um total impressionante de 170 medalhas. Essa coleção de glórias é composta por 40 ouros, 49 pratas e 81 bronzes. A nossa estreia, aliás, já foi um presságio do sucesso, pois trouxemos para casa três medalhas logo de cara.
Paris 2024: Uma nova geração de heróis olímpicos

Em Paris, o Brasil somou um total de 20 medalhas, mostrando a força de uma geração renovada de atletas. O país celebrou três ouros inesquecíveis que levantaram a torcida e marcaram a história. Rebeca Andrade venceu nos exercícios de solo, Beatriz Souza foi campeã no judô, e Ana Patrícia e Duda quebraram um jejum de 28 anos no vôlei de praia feminino.
As pratas também vieram em peso, com sete pódios que demonstraram a garra brasileira em diversas modalidades. Caio Bonfim na marcha atlética, Willian Lima no judô e Tatiana Weston-Webb no surfe garantiram suas medalhas com performances incríveis. Rebeca Andrade ainda levou duas pratas na ginástica, enquanto Augusto Akio no skate, o futebol feminino e Isaquias Queiroz, com uma arrancada espetacular na canoagem, completaram a lista.
Os bronzes fecharam a conta com dez conquistas que consolidaram a posição do país no cenário mundial. Tivemos pódios com Rayssa Leal, Larissa Pimenta, Bia Ferreira, Gabriel Medina, Edival Pontes, Alison Dos Santos e as equipes de ginástica artística, judô misto e vôlei feminino. Com esse desempenho, o Brasil terminou sua participação na 20ª posição do quadro geral de medalhas.
Tóquio 2020: Desempenho recorde em tempos de pandemia

Realizados em 2021 por conta da pandemia, os Jogos de Tóquio viram o Brasil bater seu recorde de medalhas. Foram 21 pódios no total, repetindo a quantidade de sete ouros da edição anterior. Esse desempenho garantiu ao país a 12ª colocação no quadro de medalhas, a melhor posição da história até então.
Os ouros vieram de atletas que se tornaram ídolos nacionais e fizeram história em suas modalidades. Rebeca Andrade se tornou a primeira mulher brasileira campeã olímpica na ginástica, enquanto o surfe estreou com a vitória dourada de Ítalo Ferreira. Ana Marcela Cunha dominou a maratona aquática e Herbert Conceição brilhou no boxe.
A consagração de outros heróis também marcou a edição japonesa dos jogos. A dupla Martine Grael e Kahena Kunze garantiu o bicampeonato na vela, e o canoísta Isaquias Queiroz finalmente conquistou seu tão sonhado ouro. Para fechar com chave de ouro, a seleção masculina de futebol se tornou bicampeã olímpica, consolidando sua hegemonia.
Rio 2016: A glória de competir em casa

Competir em casa tem um sabor especial, e no Rio de Janeiro o Brasil alcançou seu melhor resultado até aquela data. Com um total de 19 medalhas, sendo sete de ouro, o país terminou em 13º no quadro geral. A torcida brasileira empurrou nossos atletas para momentos inesquecíveis de pura emoção.
Os ouros foram marcados por superação e talento, como o de Rafaela Silva no judô e a incrível vitória de Thiago Braz no salto com vara. Robson Conceição fez história ao conquistar o primeiro ouro do boxe brasileiro, enquanto Martine Grael e Kahena Kunze iniciavam sua jornada dourada na vela. O vôlei de praia também subiu ao lugar mais alto do pódio com Alison e Bruno Schmidt.
Dois dos momentos mais esperados pelo público se tornaram realidade e levaram o país à loucura. A seleção masculina de futebol, após muitas tentativas, finalmente conquistou o ouro olímpico em um Maracanã pulsante. Para completar a festa, a seleção masculina de vôlei também garantiu o bicampeonato, fechando com chave de ouro a participação brasileira.
Londres 2012: Mulheres no topo e a ginástica em evidência

Em Londres, o Brasil conquistou 17 medalhas e mostrou a força de seus atletas em diversas frentes. A seleção feminina de vôlei brilhou intensamente ao conquistar o bicampeonato olímpico, um feito memorável. Foi também nesta edição que a ginástica artística brasileira finalmente subiu ao pódio.
Arthur Zanetti surpreendeu o mundo ao vencer a prova das argolas, garantindo uma medalha de ouro inédita e histórica para o país. O judô feminino também teve seu momento de glória com Sarah Menezes, que venceu na categoria até 84kg. Essas vitórias consolidaram o nome do Brasil em modalidades de grande prestígio.
Além dos ouros, a delegação brasileira voltou para casa com cinco pratas e nove bronzes. Um dos destaques mais inesperados foi a medalha de bronze de Yane Marques no pentatlo moderno. Essa conquista surpreendeu a todos e mostrou a versatilidade do esporte nacional.
Pequim 2008: O protagonismo feminino e o brilho na natação

Os Jogos de Pequim foram marcados pelo protagonismo das mulheres brasileiras, que conquistaram pódios históricos. O vôlei feminino finalmente alcançou o topo, ganhando sua primeira medalha de ouro de forma avassaladora, perdendo apenas um set em toda a campanha. Uma geração de ouro com craques como Fofão, Sheila e Jaqueline encantou o mundo.
Outra conquista individual marcante veio com Maurren Maggi no salto em distância, tornando-a a primeira mulher brasileira a ganhar um ouro olímpico individual. O judô também viu Ketleyn Quadros levar o bronze, a primeira medalha feminina do esporte para o Brasil. Para completar, Natália Falavigna trouxe um bronze inédito e muito comemorado no taekwondo.
Enquanto as mulheres brilhavam, um fenômeno surgia nas piscinas chinesas e cravava seu nome na história. César Cielo conquistou a medalha de ouro nos 50m livre da natação, um feito espetacular. No total, o Brasil levou para casa 17 medalhas, sendo 3 de ouro, 4 de prata e 10 de bronze.
Atenas 2004: O retorno às origens e o domínio na areia e na água

No berço dos Jogos Olímpicos, o Brasil conquistou 10 medalhas, com um impressionante total de cinco ouros. A seleção masculina de vôlei, comandada por Bernardinho, tornou-se bicampeã com uma geração de craques. Na vela, Robert Scheidt, Torben Grael e Marcelo Ferreira também levaram o Brasil ao lugar mais alto do pódio.
O vôlei de praia continuou sua tradição de vitórias, com a dupla Ricardo e Emanuel conquistando o ouro. No hipismo, Rodrigo Pessoa dominou a prova de saltos individual, garantindo mais uma medalha dourada para o país. Outro grande destaque foi a prata da seleção feminina de futebol, que contava com as estrelas Marta, Formiga e Cristiane.
Essa edição também ficou marcada por um dos momentos mais emblemáticos do esporte brasileiro. O maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima liderava a prova quando foi atacado por um espectador. Apesar do incidente, ele se recuperou, garantiu o bronze e se tornou um herói nacional pela sua garra e espírito olímpico.
Sydney 2000: Uma campanha de pratas e bronzes

A virada do milênio nos Jogos de Sydney não trouxe medalhas de ouro para o Brasil, mas a delegação não voltou de mãos vazias. O país conquistou um total de 12 medalhas, sendo seis de prata e seis de bronze. Essas conquistas serviram para consolidar a força do Brasil em diversas modalidades.
O vôlei de praia, a vela, o judô e a natação continuaram a render pódios importantes para o país. As seleções femininas de vôlei e basquete também mostraram sua força, conquistando uma medalha de bronze cada. Esses resultados mantiveram o Brasil em evidência no cenário olímpico.
Um dos grandes destaques daquela edição foi a medalha de prata conquistada pela equipe do revezamento 4x100m no atletismo. Os velocistas Vicente de Lima, Edson Ribeiro, André da Silva e Claudinei da Silva fizeram uma prova memorável. A conquista foi muito celebrada e mostrou o potencial do atletismo brasileiro.
Atlanta 1996: A ascensão das mulheres e a estreia de ídolos

Os Jogos de Atlanta foram um marco para o esporte feminino brasileiro, que finalmente conquistou suas primeiras medalhas. O vôlei de praia fez uma estreia triunfal, com Sandra Pires e Jackie Silva se tornando campeãs olímpicas. A dobradinha no pódio foi completada com a prata de Adriana Samuel e Mônica.
A vela também trouxe ouros importantes, com Robert Scheidt e a dupla Torben Grael e Marcelo Soares subindo ao lugar mais alto do pódio. No basquete, a seleção feminina liderada por Hortência, Janeth e Paula conquistou sua primeira medalha, um bronze histórico. O vôlei feminino, com uma geração de craques como Ana Moser e Fernanda Venturini, também garantiu seu primeiro bronze.
Essa edição marcou ainda a estreia de futuros ídolos em pódios olímpicos. O nadador Gustavo Borges somou mais uma prata e um bronze à sua coleção. No hipismo, Rodrigo Pessoa conquistou sua primeira medalha, um bronze por equipes, iniciando uma trajetória de muito sucesso.
Barcelona 1992: O primeiro ouro do vôlei e a força do judô

Barcelona testemunhou um dos momentos mais icônicos do esporte brasileiro: o primeiro ouro olímpico do vôlei masculino. A equipe comandada por José Roberto Guimarães, com craques como Carlão, Tande e Marcelo Negrão, fez uma campanha impecável. Essa conquista mudou para sempre o patamar da modalidade no país.
O judô também teve um momento de glória com Rogério Sampaio, que trouxe a outra medalha de ouro para o Brasil. Sua vitória na categoria até 95kg foi uma demonstração de técnica e superação. O tatame espanhol se tornou um palco sagrado para o esporte nacional.
Além dos dois ouros, o Brasil ainda conquistou uma medalha de prata na natação. O nadador Gustavo Borges brilhou nos 100m livre e garantiu o pódio para o país. No total, foram três medalhas que marcaram uma geração e inspiraram futuros atletas.
Seul 1988: Judô e atletismo no topo do pódio

Em Seul, o Brasil conquistou um total de seis medalhas, sendo uma de ouro, duas de prata e três de bronze. O grande destaque foi Aurélio Miguel, que se sagrou campeão no judô na categoria até 95kg. Foi a primeira medalha de ouro do Brasil na história da modalidade.
As medalhas de prata vieram de dois esportes muito populares no país. Joaquim Cruz, que já era campeão olímpico, conquistou a prata nos 800m rasos, mostrando sua consistência. A seleção masculina de futebol, com talentos como Romário, também ficou com a prata após uma ótima campanha.
As medalhas de bronze completaram a participação brasileira na Coreia do Sul. A vela trouxe duas medalhas, incluindo a primeira do lendário Torben Grael. O desempenho em Seul mostrou a diversidade e o potencial do esporte olímpico brasileiro.
Los Angeles 1984: Um ouro histórico na pista de atletismo

Os Jogos de Los Angeles foram marcados por uma conquista dourada inesquecível para o atletismo brasileiro. Joaquim Cruz venceu a prova dos 800m rasos, garantindo a primeira medalha de ouro do país em uma prova de pista. Sua performance entrou para a história do esporte nacional e mundial.
Além do ouro, o Brasil celebrou a prata em dois esportes coletivos que se tornariam potências. As seleções masculinas de vôlei e futebol conquistaram a medalha de prata, inaugurando uma era de pódios para ambas as modalidades. Essas conquistas abriram caminho para muitas glórias futuras.
O judô também teve um desempenho expressivo, trazendo três medalhas para o Brasil, sendo uma de prata e duas de bronze. No total, a delegação brasileira voltou para casa com oito medalhas. Foi uma campanha que mostrou a evolução e a força do esporte brasileiro.
Moscou 1980: O brilho da vela e a consagração de João do Pulo

Em meio ao clima da Guerra Fria, a vela brasileira brilhou intensamente nas águas de Moscou. O país conquistou duas medalhas de ouro, um feito notável para a modalidade. Lars Sigurd Bjorkström e Alexandre Welter venceram na classe tornado, enquanto Marcos Soares e Eduardo Penido foram campeões na 470.
A campanha brasileira na Rússia não parou por aí e teve mais um momento de grande destaque. João Carlos de Oliveira, o lendário João do Pulo, conquistou sua segunda medalha de bronze olímpica no salto triplo. Ele se consolidou como um dos maiores nomes da história do atletismo brasileiro.
O Brasil ainda garantiu mais uma medalha de bronze, desta vez na natação. Com um total de quatro medalhas, sendo duas de ouro, a participação em Moscou foi extremamente positiva. O desempenho mostrou a força do país em esportes individuais de alta performance.
Montreal 1976: Dois bronzes para manter a tradição

Nos Jogos de Montreal, o Brasil não subiu ao lugar mais alto do pódio, mas garantiu duas medalhas de bronze. Foi uma participação modesta, mas que manteve o país no quadro de medalhas. Cada conquista representava um grande esforço da delegação.
Um dos bronzes veio com um nome que se tornaria uma lenda do esporte nacional. João do Pulo deu seus primeiros passos olímpicos e conquistou o bronze no salto triplo, iniciando sua jornada de sucesso. Sua performance já anunciava o grande atleta que ele se tornaria.
A outra medalha de bronze foi conquistada na vela, uma modalidade que sempre rendeu bons frutos ao Brasil. A dupla Reinaldo Conrad e Peter Ficker garantiu o pódio na classe flying dutchman. Foi mais uma demonstração da tradição e da qualidade dos velejadores brasileiros.
Munique 1972: O judô brasileiro faz sua estreia no pódio

A participação brasileira em Munique resultou em duas medalhas de bronze, mas uma delas teve um significado especial. Foi nesta edição que o judô brasileiro conquistou sua primeira medalha olímpica. Este feito abriu as portas para uma longa história de sucesso da modalidade.
O responsável pela façanha foi Chiaki Ishii, um atleta japonês naturalizado brasileiro que competiu com muita garra. Ele conquistou o bronze na categoria até 93 kg, cravando seu nome na história do esporte nacional. A partir dali, o judô se tornaria uma das principais fontes de medalhas para o Brasil.
A outra medalha de bronze veio do atletismo, com Nelson Prudêncio no salto triplo. Ele já havia conquistado a prata na edição anterior e mostrou mais uma vez sua força na prova. As duas medalhas em Munique mantiveram o Brasil presente no cenário olímpico.
Cidade do México 1968: Um pódio de prata e dois de bronze

Na altitude da Cidade do México, o Brasil conquistou um total de três medalhas. A prata veio com Nelson Prudêncio no salto triplo, em uma das finais mais emocionantes da história da prova. Sua performance foi um grande marco para o atletismo brasileiro.
As duas medalhas de bronze também vieram de esportes individuais, mostrando a força dos nossos atletas. No boxe, Servílio de Oliveira subiu ao pódio no peso mosca, uma conquista muito comemorada. Foi uma demonstração de talento e coragem no ringue.
A vela completou o quadro de medalhas com mais um bronze, desta vez com a dupla Reinaldo Conrad e Burkhard Cordes. A consistência da modalidade em trazer pódios para o país já era notável. A campanha no México reforçou a presença do Brasil em diversas frentes do esporte.
Tóquio 1964: Uma única medalha e uma pioneira na final

A primeira vez que os Jogos Olímpicos foram realizados em Tóquio rendeu apenas uma medalha para o Brasil. A equipe masculina de basquete conquistou o bronze, naquela que seria a última vez que a seleção masculina subiria ao pódio. Foi uma despedida honrosa para uma geração talentosa.
Apesar da única medalha, essa edição teve outro grande destaque para o esporte brasileiro. Aida dos Santos, única mulher na delegação, fez história no salto em altura. Ela se tornou a primeira brasileira a competir em uma final olímpica.
Aida terminou a competição em um incrível quarto lugar, um resultado extraordinário para a época. Sua participação pioneira abriu caminho para muitas outras mulheres que viriam a brilhar nos Jogos. Ela provou que o talento feminino brasileiro tinha espaço no cenário mundial.
Roma 1960: Dois bronzes na Cidade Eterna

Nos históricos Jogos de Roma, a delegação brasileira conquistou duas medalhas de bronze. As conquistas vieram de duas modalidades que se tornariam tradicionais para o país. Cada pódio representava um passo importante na evolução do esporte nacional.
Uma das medalhas veio das piscinas, com o nadador Manoel dos Santos nos 100m livre. Sua performance foi um grande feito para a natação brasileira na época. Ele subiu ao pódio ao lado de grandes nomes da modalidade.
A outra medalha de bronze foi conquistada pela equipe masculina de basquete. A seleção mostrava sua força e se consolidava como uma das melhores do mundo. A participação em Roma deixou um legado de orgulho e inspiração.
Melbourne 1956: O bicampeonato de uma lenda

A participação do Brasil nos Jogos de Melbourne pode ser resumida em uma única medalha, mas ela foi de ouro. A conquista veio de um atleta que já era uma lenda do esporte. Adhemar Ferreira da Silva brilhou mais uma vez no cenário mundial.
Ele conquistou a medalha de ouro no salto triplo com uma performance dominante. Essa vitória o tornou o primeiro atleta sul-americano a ser bicampeão olímpico em um evento individual. Seu nome foi eternizado na história do atletismo e do esporte brasileiro.
O feito de Adhemar foi um momento de imenso orgulho para o país. Ele não apenas quebrou recordes, mas também inspirou uma nação inteira. Sua medalha solitária em Melbourne valeu por muitas.
Helsinque 1952: O primeiro ouro de Adhemar e mais dois bronzes

A campanha brasileira em Helsinque foi muito positiva, com um total de três medalhas. O grande destaque foi a primeira medalha de ouro de Adhemar Ferreira da Silva no salto triplo. Foi o início de uma jornada lendária para o atleta.
Além do ouro, o Brasil conquistou duas medalhas de bronze que mostraram a diversidade de talentos do país. José Telles da Conceição subiu ao pódio no salto em altura. Foi um resultado expressivo para o atletismo brasileiro.
A outra medalha de bronze veio da natação, com Tetsuo Okamoto nos 1500m livre. Sua conquista foi um marco para a natação de longa distância no Brasil. A participação em Helsinque deixou um saldo muito positivo para a delegação.
Londres 1948: O bronze que salvou a honra do basquete

Nos Jogos de Londres, realizados após a Segunda Guerra Mundial, o Brasil conquistou uma única medalha. A honra do país foi salva pela seleção masculina de basquete. A equipe fez uma grande campanha e trouxe o bronze para casa.
A disputa pelo terceiro lugar foi contra o México, em um jogo muito disputado. A vitória brasileira garantiu um lugar no pódio e um momento de alegria para a delegação. Foi a primeira medalha olímpica do basquete brasileiro.
Essa conquista solitária foi muito valorizada, pois manter o Brasil no quadro de medalhas era um grande feito. O bronze do basquete inspirou futuras gerações de jogadores. O esporte se consolidou como uma das paixões nacionais.
Berlim 1936: Uma edição sem pódios para o Brasil

A delegação brasileira viajou para os Jogos de Berlim, mas infelizmente não conquistou nenhuma medalha. Foi uma participação discreta em uma das edições mais controversas da história olímpica. O contexto político da época ofuscou parte do brilho esportivo.
Apesar da ausência de pódios para o Brasil, esses Jogos tiveram um herói inesquecível. O atleta norte-americano Jesse Owens brilhou intensamente no atletismo. Ele se tornou uma lenda ao conquistar quatro medalhas de ouro.
Owens venceu as provas dos 100m, 200m, salto em distância e revezamento 4x100m. Suas vitórias foram uma resposta poderosa ao regime nazista de Adolf Hitler. Ele se tornou um símbolo de excelência e resistência.
Los Angeles 1932: Sem medalhas, mas com uma pioneira

O Brasil também não conquistou medalhas nos Jogos de Los Angeles, em 1932. A delegação enfrentou dificuldades, e a sorte não esteve ao lado dos nossos atletas. No entanto, essa edição ficou marcada por um feito histórico.
A nadadora Maria Lenk foi a única mulher na delegação brasileira. Ela se tornou a primeira mulher sul-americana a participar de uma Olimpíada. Sua presença foi um ato de coragem e pioneirismo.
Embora não tenha subido ao pódio, Maria Lenk abriu portas para todas as atletas que vieram depois dela. Seu legado é imenso e vai muito além de qualquer medalha. Ela se tornou um dos maiores nomes da história do esporte brasileiro.
Amsterdã 1928: A ausência brasileira por motivos maiores

Diferentemente das edições anteriores, o Brasil não enviou representantes para os Jogos de Amsterdã em 1928. A ausência da bandeira verde e amarela foi sentida no evento. A decisão foi tomada por razões que iam além do esporte.
Segundo o Comitê Olímpico Brasileiro, a não participação se deu por causa de uma grave crise econômica. O país enfrentava dificuldades financeiras e não havia recursos para custear a viagem da delegação. Foi um momento de pausa na trajetória olímpica brasileira.
A crise impediu que nossos atletas pudessem competir e mostrar seu talento na Holanda. A ausência em Amsterdã serve como um lembrete das dificuldades que o esporte nacional já enfrentou. Felizmente, o Brasil retornaria com força nas edições seguintes.
Paris 1924: Uma participação sem medalhas na Cidade Luz

Em sua segunda participação olímpica, o Brasil viajou para Paris em 1924 com esperanças renovadas. A delegação competiu em diversas modalidades, buscando repetir o sucesso da estreia. No entanto, a sorte não esteve do nosso lado.
Apesar do esforço e da dedicação dos atletas, o Brasil não conseguiu conquistar nenhuma medalha. Foi uma participação discreta na capital francesa. A experiência, no entanto, serviu de aprendizado para a delegação.
Mesmo sem pódios, a presença do Brasil nos Jogos ajudou a consolidar o país no movimento olímpico. Cada competição era uma oportunidade de ganhar experiência e se preparar para o futuro. A jornada estava apenas começando.
Antuérpia 1920: A estreia triunfal com três medalhas

A história do Brasil nos Jogos Olímpicos começou oficialmente na Antuérpia, em 1920. Foi a primeira vez que o país enviou uma delegação para a maior competição esportiva do mundo. A equipe era composta por 22 atletas, todos homens.
Eles competiram em cinco modalidades: polo aquático, natação, saltos ornamentais, remo e tiro esportivo. Foi justamente no tiro esportivo que o Brasil fez história e surpreendeu a todos. A estreia não poderia ter sido melhor.
O país conquistou logo de cara três medalhas, sendo uma de ouro, uma de prata e uma de bronze. O grande herói foi Guilherme Paraense, que trouxe a primeira medalha de ouro da história do Brasil. Foi um início triunfal que encheu o país de orgulho.
Estocolmo 1912: O Brasil ainda não havia estreado

Nos Jogos de Estocolmo, em 1912, o movimento olímpico já ganhava força ao redor do mundo. A Suécia organizou uma edição que ficou marcada pela eficiência e pela paixão pelo esporte. No entanto, o Brasil ainda não fazia parte dessa festa.
O país ainda não havia formado seu Comitê Olímpico e, por isso, não enviou representantes. A estreia brasileira aconteceria apenas oito anos depois. A semente do olimpismo ainda estava sendo plantada em terras brasileiras.
Enquanto o mundo celebrava seus heróis na Suécia, o Brasil observava de longe. A história olímpica do país ainda estava para ser escrita. A ausência em Estocolmo faz parte do processo de amadurecimento do esporte nacional.
Londres 1908: Um espetáculo sem a presença brasileira

Londres sediou os Jogos Olímpicos pela primeira vez em 1908, em uma edição grandiosa. A competição reuniu atletas de diversas partes do mundo. O Brasil, no entanto, ainda não contava com representantes.
Nessa época, o esporte organizado no Brasil ainda dava seus primeiros passos. A criação de um comitê olímpico nacional era um projeto para o futuro. Por isso, a bandeira brasileira não desfilou na cerimônia de abertura.
Curiosamente, a ginástica feminina fez sua aparição, mas apenas como uma exibição. Isso mostra como o esporte e a participação feminina evoluíram ao longo do tempo. O caminho para a igualdade ainda era longo.
St. Louis 1904: Jogos distantes e sem brasileiros

Os Jogos de 1904 foram realizados em St. Louis, nos Estados Unidos, e tiveram pouca participação internacional. As longas distâncias e os altos custos de viagem dificultaram a presença de muitos países. O Brasil foi um dos que ficaram de fora.
Nesta edição, foram disputadas algumas modalidades bastante inusitadas, como o salto sobre barril. Isso reflete o caráter experimental dos primeiros Jogos Olímpicos modernos. Muitas coisas mudaram desde então.
A ausência do Brasil e de outras nações sul-americanas era esperada. O esporte olímpico ainda não tinha a dimensão global que tem hoje. A jornada para a inclusão de todos os continentes estava apenas no começo.
Paris 1900: O início do século sem o Brasil

A segunda edição dos Jogos Olímpicos modernos aconteceu em Paris, no ano de 1900. O evento foi integrado à Exposição Universal, o que diluiu um pouco seu foco esportivo. Mesmo assim, foi um passo importante para a consolidação do movimento.
Nessa época, o Brasil ainda não tinha uma estrutura esportiva organizada para participar de um evento desse porte. O país não enviou representantes para a capital francesa. A estreia olímpica brasileira ainda levaria duas décadas para acontecer.
Enquanto atletas de outras nações competiam em Paris, o esporte no Brasil engatinhava. A ausência do país nos primeiros Jogos é um reflexo do seu desenvolvimento esportivo tardio. A história que viria a ser escrita, no entanto, seria de muitas glórias.
Atenas 1896: O renascimento dos Jogos sem brasileiros

A grande aventura dos Jogos Olímpicos modernos começou em Atenas, em 1896. A capital grega foi escolhida para sediar o evento por seu significado histórico, como berço das Olimpíadas da Antiguidade. Foi um momento de grande celebração e esperança.
Atletas de 14 nações se reuniram para competir em um estádio histórico, totalmente restaurado para a ocasião. O espírito de competição e confraternização marcou o evento. No entanto, o Brasil não estava entre os países participantes.
A nação brasileira ainda estava longe de integrar o movimento olímpico internacional. A ausência na primeira edição é compreensível, dado o contexto da época. Mal sabiam os gregos que, um dia, um país chamado Brasil se tornaria uma potência olímpica.