
A chocante verdade sobre pais que se tornaram assassinos
O laço que deveria proteger se tornou a arma do crime em histórias que desafiam a nossa compreensão.
Pensar em um pai ou mãe tirando a vida do próprio filho parece algo saído de um filme de terror, não é mesmo? O amor familiar é visto como um porto seguro, uma força incondicional que deveria proteger e nutrir. Infelizmente, a realidade pode ser muito mais sombria e perturbadora do que a ficção.
Esses atos terríveis, conhecidos como filicídio, não são apenas um problema moderno, mas uma tragédia que se repete ao longo da história. Desde os tempos antigos até os dias de hoje, motivos chocantes levaram pais a cometerem o crime mais antinatural de todos. E cada caso deixa uma marca indelével de dor e incredulidade.
Prepare-se para conhecer histórias que vão do Império Romano aos subúrbios dos dias atuais, incluindo um caso famoso que vitimou um astro da música. Vamos mergulhar em relatos que nos forçam a questionar os limites da natureza humana. A jornada a seguir é forte, mas necessária para entender essas profundas e trágicas falhas humanas.
Urfan Sharif

A pequena Sara Sharif, de apenas 10 anos, teve sua vida brutalmente interrompida em sua própria casa em Surrey, na Inglaterra. O caso, que veio à tona em agosto de 2023, rapidamente se transformou em um pesadelo internacional. A descoberta do corpo da menina foi apenas o começo de uma história repleta de crueldade e mentiras.
Logo após a morte de Sara, seu pai, Urfan Sharif, junto com a madrasta, Beinash Batool, e o tio, Faisal Malik, fugiram do país. Eles embarcaram para o Paquistão, deixando para trás uma cena de crime e uma nota perturbadora. A confissão escrita por Urfan detalhava o ato, mas tentava minimizar a intenção, um detalhe que se provaria falso.
Na nota, ele afirmava ter matado a filha por espancamento, mas jurava que não era sua intenção. Ele alegava ter “perdido o controle”, uma desculpa que os investigadores logo descobririam ser uma fachada. A verdade sobre o que Sara sofreu era muito mais aterrorizante do que aquelas poucas palavras sugeriam.
A confissão e o julgamento

A caçada humana terminou com Urfan se entregando à polícia no Paquistão, onde tentou sustentar sua versão dos fatos. Ele descreveu a morte da filha como um acidente trágico, resultado de um castigo por mau comportamento que saiu do controle. No entanto, as evidências físicas contavam uma história completamente diferente e muito mais assustadora.
A autópsia revelou um horror inimaginável, encontrando mais de 70 ferimentos espalhados pelo corpo frágil da menina. Os promotores apresentaram provas de que Sara vinha sofrendo torturas sistemáticas há anos, desmentindo a narrativa de um único ato impensado. A morte dela não foi um acidente, mas o clímax de um longo período de abuso.
Levados a julgamento na Inglaterra, Sharif, Batool e Malik enfrentaram a justiça pelo crime hediondo. Em dezembro de 2024, o júri não teve dúvidas e os considerou culpados pelo assassinato de Sara. A condenação encerrou um capítulo sombrio, mas deixou cicatrizes profundas em todos que acompanharam o caso.
Lúcio Júnio Bruto

A Roma Antiga foi palco de dramas políticos que moldaram o mundo, e a história de Lúcio Júnio Bruto é uma das mais chocantes. Considerado o fundador da República Romana, ele tomou uma decisão que o imortalizou de uma forma terrível. Para ele, a lealdade ao Estado estava acima de qualquer laço de sangue.
No ano de 509 a.C., Bruto descobriu uma conspiração para restaurar a monarquia que ele havia lutado tanto para derrubar. O que tornou a situação insuportável foi descobrir que seus próprios filhos, Tito e Tibério, estavam envolvidos. Eles haviam escolhido apoiar o antigo regime, traindo a causa do pai e da nova República.
A resposta de Bruto foi implacável e entrou para a história como um exemplo extremo de dever cívico. Ele ordenou a execução de seus dois filhos, demonstrando que ninguém estava acima da lei da nova República. Um ato que consolidou seu poder, mas o marcou para sempre como o pai que sacrificou a família pelo Estado.
Robert Fisher

O dia 10 de abril de 2001 começou com uma explosão que abalou uma vizinhança tranquila e marcou o início de um mistério sombrio. Robert Fisher, um homem aparentemente comum, explodiu a própria casa, desaparecendo em meio ao caos. O que os bombeiros encontraram nos escombros, no entanto, era muito pior do que o incêndio.
Dentro da casa destruída, os corpos de sua esposa, Mary, e de seus dois filhos, Brittney, de 12 anos, e Robert Jr., de 10, foram descobertos. A explosão, inicialmente vista como a causa das mortes, era na verdade uma tentativa de encobrir um crime brutal. A cena revelou uma violência que ia muito além do fogo.
A investigação logo apontou para uma verdade terrível: a família já estava morta antes da explosão. A esposa de Fisher havia sido baleada na cabeça e as gargantas das crianças tinham sido cortadas. Robert Fisher se tornou o principal suspeito e um dos fugitivos mais procurados da história do FBI.
A cena do crime e a fuga

A brutalidade dos atos cometidos por Fisher chocou até mesmo os investigadores mais experientes. O fato de ele ter cortado a garganta dos próprios filhos revelou uma crueldade calculada e desumana. A explosão foi o ato final para apagar as evidências de seu massacre familiar.
Desde aquele dia, Robert Fisher nunca mais foi visto, tornando-se uma espécie de fantasma na lista dos mais procurados. Teorias sobre seu paradeiro surgiram ao longo dos anos, mas nenhuma pista concreta levou à sua captura. Sua capacidade de desaparecer sem deixar rastros intriga as autoridades até hoje.
O caso permanece como um lembrete sombrio de que o mal pode se esconder por trás de uma fachada de normalidade. Fisher deixou para trás uma trilha de destruição e dor, tornando-se um símbolo do pai que se transformou em monstro. Sua liberdade contínua é uma ferida aberta para a justiça e para a memória de sua família.
Antônia, a Jovem

Na complexa teia de poder e intriga da Roma Imperial, Antônia, a Jovem, era uma figura de grande influência. Como sobrinha do imperador Augusto, ela navegava pelas perigosas águas da política romana com habilidade. No entanto, uma acusação contra sua filha, Lívila, a colocou em uma posição terrível.
Lívila foi acusada de um crime gravíssimo: envenenar Druso Júlio César, o filho do imperador Tibério, no ano 31 d.C. A acusação manchou o nome da família e ameaçou a posição de Antônia. A mãe, então, tomou uma atitude drástica para lidar com a desonra.
Em vez de um julgamento público, Antônia, a Jovem, decidiu fazer justiça com as próprias mãos. Ela trancou a filha Lívila em um quarto, recusando-se a alimentá-la e deixando-a para morrer de fome. Foi um ato brutal de uma mãe que escolheu a honra da família em detrimento da vida de sua própria filha.
Chris Benoit

O mundo do wrestling profissional foi abalado até o seu âmago em junho de 2007 por uma notícia devastadora. O lutador canadense Chris Benoit, conhecido por sua intensidade e técnica no ringue, tornou-se o protagonista de uma tragédia real. O que aconteceu em sua casa superou qualquer enredo fictício do esporte.
Durante um fim de semana sombrio, Benoit assassinou sua esposa, Nancy, e seu filho de apenas 7 anos, Daniel. A sequência de eventos foi metódica e aterrorizante, espalhando-se por vários dias. Ele primeiro matou a esposa, depois o filho, antes de finalmente tirar a própria vida.
A descoberta dos corpos chocou fãs e colegas, levantando um debate intenso sobre os efeitos de concussões e o uso de esteroides no esporte. A autópsia de seu cérebro revelou danos severos, semelhantes aos de um paciente de Alzheimer de 85 anos. O caso se tornou um divisor de águas na conscientização sobre a saúde mental dos atletas.
Jefté

As páginas da Bíblia contêm histórias de fé, milagres e, por vezes, de sacrifícios extremos e perturbadores. A narrativa de Jefté, encontrada no Livro dos Juízes, é uma das mais trágicas e controversas. Ele era um líder e guerreiro de Israel, cuja fé o levou a um ato impensável.
Antes de uma batalha crucial contra os amonitas, Jefté fez um voto precipitado a Deus. Ele prometeu que, se saísse vitorioso, sacrificaria a primeira coisa que saísse de sua casa para recebê-lo em seu retorno. O destino, no entanto, lhe preparou uma armadilha cruel.
Ao retornar vitorioso, a primeira pessoa a saudá-lo com danças e celebrações foi sua única filha. Preso por sua promessa, Jefté cumpriu o voto e sacrificou a jovem, um ato que ecoa através dos séculos. A história levanta debates teológicos sobre a natureza dos votos e a vontade divina.
Alexandre Nardoni

O Brasil parou em 2008 para acompanhar um dos casos criminais mais chocantes e midiáticos de sua história. A morte da pequena Isabella Nardoni, de apenas 5 anos, gerou uma comoção nacional sem precedentes. A menina foi jogada da janela do sexto andar do apartamento onde moravam seu pai, Alexandre Nardoni, e sua madrasta, Anna Carolina Jatobá.
Inicialmente, o casal apresentou versões confusas e contraditórias sobre um suposto invasor, mas as peças não se encaixavam. A investigação policial foi minuciosa, usando reconstituições e perícias para desvendar o que realmente aconteceu naquela noite de sábado. A verdade que emergiu era muito mais sombria do que qualquer um poderia imaginar.
A polícia concluiu que Isabella foi primeiro asfixiada pela madrasta dentro do apartamento após uma discussão. Em seguida, o próprio pai, Alexandre, cortou a tela de proteção e a atirou pela janela, em uma tentativa desesperada de simular um acidente. Apesar de nunca terem admitido o crime, ambos foram condenados a longas penas de prisão.
Vitélio

O poder e a ganância muitas vezes andam de mãos dadas, e a história do Império Romano está repleta de exemplos. O imperador Aulo Vitélio Germânico, que governou por um breve e turbulento período, é um desses casos. Dizem os relatos históricos que sua ambição não conhecia limites, nem mesmo os laços familiares.
A história sugere que Vitélio envenenou seu próprio filho, Aulo Vitélio Petroniano, por um motivo puramente financeiro. O jovem era o herdeiro de uma fortuna considerável deixada por seus avós maternos. A morte do filho garantiria que essa herança passasse diretamente para as mãos do imperador.
Este ato, se verdadeiro, revela um lado extremamente calculista e frio do imperador. Sacrificar o próprio herdeiro em troca de riqueza é uma das acusações mais graves que um governante pode enfrentar. A história de Vitélio serve como um lembrete sombrio de como a cobiça pode corromper a alma humana.
Dena Schlosser

A cidade de Plano, no Texas, foi palco de um crime que desafia a compreensão e expõe as profundezas da doença mental. Em 22 de novembro de 2002, Dena Schlosser cometeu um ato de violência inimaginável contra sua própria filha. O caso chocou a nação e trouxe à tona discussões difíceis sobre saúde mental.
Em meio a um surto psicótico, Schlosser amputou os braços de sua filha de 11 meses, Margaret, que não resistiu aos ferimentos. O chamado para a emergência, feito pela própria Dena, revelou uma mulher completamente desligada da realidade, cantando hinos religiosos. Seu estado mental tornou o caso ainda mais complexo e trágico.
Dena Schlosser foi diagnosticada com graves problemas de saúde mental e acabou sendo internada em uma instituição psiquiátrica. Lá, ela se tornou colega de quarto e amiga de Andrea Yates, outra mãe que também matou os filhos em um estado de psicose. A história delas se tornou um símbolo da necessidade de um melhor suporte à saúde mental materna.
Herodes, o Grande

O nome de Herodes, o Grande, ficou eternamente associado à paranoia e à crueldade, especialmente por seu papel nas narrativas bíblicas. Como rei da Judeia sob o domínio romano, ele era obcecado em manter seu poder a qualquer custo. Essa obsessão o levou a cometer atrocidades até mesmo contra sua própria família.
Temendo que seus filhos, Alexandre I e Aristóbulo IV, pudessem usurpar seu trono, Herodes não hesitou em eliminá-los. Ele os via não como herdeiros, mas como ameaças diretas ao seu reinado. A paranoia do rei transformou o palácio em um lugar de medo e desconfiança.
Sua crueldade atingiu o ápice no evento conhecido como o Massacre dos Inocentes. Ao saber do nascimento de um “novo rei dos judeus” em Belém, ele ordenou a morte de todos os meninos com dois anos ou menos na região. Um ato de violência indiscriminada para proteger um poder que ele se recusava a perder.
Andrea Yates

A manhã de 20 de junho de 2001 deveria ter sido como qualquer outra na casa da família Yates, em Houston, Texas. No entanto, ela se transformou em um dos casos mais trágicos e debatidos de filicídio nos Estados Unidos. Andrea Yates, uma mãe dedicada, cometeu um ato que chocou o mundo.
Lutando contra uma severa depressão pós-parto e psicose, Andrea sistematicamente afogou seus cinco filhos na banheira da família. As crianças tinham idades entre seis meses e sete anos. Após o ato, ela mesma ligou para a polícia e para o marido, confessando o que havia feito.
O julgamento de Andrea Yates gerou um intenso debate sobre saúde mental e responsabilidade criminal. Inicialmente condenada, a sentença foi posteriormente anulada, e em um novo julgamento, ela foi considerada inocente por motivo de insanidade. Desde então, ela vive em um hospital psiquiátrico de segurança máxima.
Constantino, o Grande

Constantino, o Grande, é uma figura monumental na história, famoso por ser o primeiro imperador romano a se converter ao cristianismo. Seu reinado marcou uma virada decisiva para o Império e para o mundo ocidental. No entanto, por trás da fachada de imperador piedoso, existiam dramas familiares sombrios.
No ano de 326 d.C., Constantino tomou a decisão chocante de executar seu próprio filho mais velho, Crispo. Crispo era um comandante militar talentoso e popular, o que talvez tenha alimentado a desconfiança do pai. A ordem de execução foi súbita e brutal.
Até hoje, o motivo exato para a execução de Crispo permanece um mistério para os historiadores. Algumas teorias sugerem que a segunda esposa de Constantino, Fausta, o acusou falsamente de traição ou assédio. Seja qual for a verdade, o ato manchou o legado do grande imperador com o sangue de seu próprio herdeiro.
John List

A história de John List parece um roteiro de filme de suspense, mas foi uma realidade aterrorizante. Em 9 de novembro de 1971, este contador aparentemente normal executou um plano meticuloso e cruel. Ele assassinou toda a sua família em sua mansão em Westfield, Nova Jersey.
De forma metódica, List matou sua mãe, sua esposa e seus três filhos, um por um, ao longo do dia. Depois de cometer os crimes, ele limpou a cena, deixou uma confissão e simplesmente desapareceu. O caso se tornou um dos maiores mistérios não resolvidos dos Estados Unidos por quase duas décadas.
A captura de John List só aconteceu em 1989, após seu caso ser apresentado no programa de TV “America’s Most Wanted”. Uma vizinha o reconheceu, e ele foi preso vivendo sob uma nova identidade. Sua história é um exemplo assustador de como uma vida aparentemente perfeita pode esconder segredos mortais.
Irene de Atenas

A ambição pelo poder pode levar as pessoas a cometer atos inimagináveis, e a história da Imperatriz Irene de Atenas é prova disso. No Império Bizantino, ela governou como regente de seu jovem filho, Constantino VI. Contudo, compartilhar o poder não estava em seus planos.
Quando Constantino VI atingiu a maioridade e tentou governar sozinho, ele entrou em conflito direto com a própria mãe. Irene não estava disposta a ceder o controle que havia conquistado. A luta pelo trono se transformou em uma batalha familiar mortal.
Em um ato de crueldade sem precedentes, Irene ordenou que seu filho fosse capturado e cegado, um ferimento que o levou à morte. Com o herdeiro fora do caminho, ela se tornou a primeira mulher a governar o Império Bizantino em seu próprio direito. Um triunfo manchado pelo sangue de seu próprio filho.
Diane Downs

Em uma noite escura de maio de 1983, uma mulher chamada Diane Downs chegou a um hospital no Oregon com uma história terrível. Ela e seus três filhos teriam sido vítimas de um assaltante de carros que atirou neles em uma estrada deserta. A história, no entanto, começou a desmoronar rapidamente.
A polícia e os médicos notaram o comportamento estranhamente calmo de Diane, que parecia mais preocupada com seu carro do que com os filhos gravemente feridos. Um de seus filhos, Cheryl, de 7 anos, não sobreviveu. A investigação logo se voltou para a própria mãe como a principal suspeita.
A promotoria argumentou que Diane atirou nos filhos porque eles atrapalhavam seu relacionamento com um homem que não queria crianças. Sua filha sobrevivente, Christie, acabou testemunhando contra ela, selando seu destino. Diane Downs foi condenada à prisão perpétua por um crime que chocou pela sua frieza e egoísmo.
Pedro, o Grande

Pedro, o Grande, é celebrado como o czar que arrastou a Rússia para a modernidade, transformando-a em uma grande potência europeia. No entanto, sua grandiosidade como líder contrastava fortemente com a brutalidade em sua vida pessoal. A relação com seu filho e herdeiro, Alexei Petrovich, é um exemplo sombrio disso.
Alexei representava a velha guarda russa e resistia às reformas ocidentalizantes de seu pai. Em 1718, a tensão entre os dois atingiu o ápice quando Pedro acusou o filho de conspirar para derrubá-lo. O herdeiro do trono russo tornou-se um prisioneiro de seu próprio pai.
Para extrair uma confissão, Pedro, o Grande, submeteu Alexei a torturas terríveis. O jovem príncipe acabou confessando a conspiração sob coação e morreu devido aos ferimentos antes que pudesse ser formalmente executado. O czar eliminou seu herdeiro para proteger seu projeto de nação, um ato de crueldade estatal e paternal.
Lori Vallow Daybell

O caso de Lori Vallow Daybell é uma espiral bizarra de crenças apocalípticas, desaparecimentos e múltiplos assassinatos que capturou a atenção dos Estados Unidos. Lori foi condenada não apenas pela morte de seus dois filhos, mas também por conspirar para matar a ex-esposa de seu novo marido. A trama macabra se desenrolou ao longo de meses, deixando um rastro de destruição.
Tudo começou em setembro de 2019, quando seus filhos, Joshua “JJ” Vallow, de 7 anos, e Tylee Ryan, de 16, desapareceram misteriosamente. Na mesma época, Lori mantinha um caso com Chad Daybell, um autor de livros sobre o fim do mundo que também era casado. A teia de tragédias começou a se fechar rapidamente quando a esposa de Chad, Tammy, morreu subitamente.
Apenas duas semanas após a morte de Tammy, Lori e Chad se casaram no Havaí, levantando enormes suspeitas. Quando a polícia começou a questionar o paradeiro das crianças, o casal mentiu, dizendo que estavam com parentes. Essas mentiras foram o início do fim para a dupla, que logo seria exposta por seus crimes terríveis.
A teia de mentiras e a condenação

A busca pelas crianças desaparecidas terminou da pior maneira possível em junho de 2020. Os corpos de JJ e Tylee foram encontrados enterrados no quintal da propriedade de Chad Daybell, uma descoberta macabra que chocou o país. Lori foi então acusada de assassinato em primeiro grau, além das acusações de deserção e conspiração.
Durante o julgamento, a promotoria argumentou que o casal acreditava que as crianças eram “zumbis” e que suas mortes eram necessárias. Lori foi condenada por todas as acusações em maio de 2022, recebendo múltiplas sentenças de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. Chad Daybell aguarda seu próprio julgamento, previsto para abril de 2024.
Mesmo diante das evidências esmagadoras, Lori Vallow continuou a negar seu envolvimento, afirmando que “Jesus Cristo sabe a verdade”. Suas palavras, no entanto, não conseguiram apagar a dor e a brutalidade de seus atos. O caso se tornou um exemplo sombrio de como crenças distorcidas podem levar à tragédia.
Claus Luthe

Claus Luthe era um nome reverenciado no mundo do design automotivo, responsável por linhas icônicas de carros para marcas como a BMW. Sua genialidade criativa, no entanto, não o protegeu de um drama pessoal devastador. Uma discussão em família terminou da pior forma possível.
Em 1990, durante uma briga acalorada, Luthe esfaqueou seu filho de 33 anos, Ulrich, que sofria de dependência química. O jovem não resistiu aos ferimentos e morreu. O aclamado designer de carros se viu, de repente, no centro de uma investigação de homicídio.
Luthe alegou que agiu em legítima defesa, mas acabou sendo condenado por homicídio culposo. A tragédia encerrou sua carreira na BMW e marcou o resto de sua vida com uma dor profunda. Foi um fim sombrio para um homem cujo trabalho era sinônimo de beleza e inovação.
Aulo Postúmio Tuberto

A disciplina era a espinha dorsal do exército romano, e os comandantes eram conhecidos por sua aplicação inflexível das regras. Aulo Postúmio Tuberto, um líder militar que se tornou ditador em 431 a.C., levou esse princípio ao extremo. Sua história é um exemplo brutal de como a ordem militar podia se sobrepor aos laços de sangue.
Durante uma campanha militar, seu filho, que também servia no exército, desobedeceu a uma ordem direta. Ele abandonou o posto que lhe fora atribuído pelo pai para liderar um ataque bem-sucedido contra o inimigo. O jovem provavelmente esperava ser elogiado por sua bravura e iniciativa.
No entanto, para Tuberto, a desobediência era um crime imperdoável, independentemente do resultado. Ele viu o ato do filho como uma quebra na disciplina que poderia ameaçar todo o exército. Como punição exemplar, ele ordenou a execução de seu próprio filho, um ato que chocou até mesmo os padrões rígidos da época.
Victor Pot

Harry Fragson era um popular músico e comediante britânico no início do século XX, com uma carreira de sucesso em Paris. Sua vida, no entanto, teve um fim abrupto e trágico na véspera de Ano Novo de 1913. A tragédia aconteceu dentro de sua própria casa, pelas mãos da pessoa que deveria protegê-lo.
Naquele dia, Fragson encontrou seu pai idoso, Victor Pot, em um estado de profunda perturbação mental. O pai estava prestes a tirar a própria vida, e uma discussão começou entre os dois. Em meio ao conflito, a frágil saúde mental de Victor cedeu completamente.
Victor Pot, em um ato de desespero e confusão, atirou fatalmente em seu filho, a estrela da música. Poucas semanas depois, o próprio Victor morreu em um hospício, incapaz de se recuperar do colapso mental que o levou a matar seu filho. Foi um fim duplamente trágico para uma família destruída pela doença.
Tito Mânlio Imperioso Torquato

A história romana está repleta de contos sobre generais que colocaram o dever acima de tudo, inclusive da família. Tito Mânlio Imperioso Torquato é um dos exemplos mais extremos dessa mentalidade. Sua rigidez como cônsul e general se tornou lendária por um ato de crueldade paternal.
Em 340 a.C., durante a Guerra Latina, Torquato deu uma ordem estrita para que nenhum soldado romano entrasse em combate individual. Seu filho, no entanto, foi desafiado para um duelo por um guerreiro latino e, sentindo que não podia recusar, aceitou. Ele lutou bravamente e venceu o duelo, trazendo honra para si mesmo.
Mas para Torquato, a vitória não importava; a desobediência era o único fato relevante. Para manter a disciplina e dar o exemplo, ele ordenou a execução de seu próprio filho na frente de todo o exército. O ato chocou a todos e tornou seu nome sinônimo de severidade implacável.
Jeffrey MacDonald

O caso de Jeffrey MacDonald é um dos mais controversos e duradouros da história criminal americana. Em 17 de fevereiro de 1970, este médico do Exército dos EUA ligou para a emergência de sua casa em Fort Bragg. Ele alegou que sua família havia sido atacada por um grupo de invasores hippies.
Sua esposa grávida, Colette, e suas duas filhas pequenas, Kimberley e Kristen, foram brutalmente assassinadas. MacDonald, que sofreu ferimentos superficiais, contou uma história detalhada sobre intrusos cantando “ácido é legal, matem os porcos”. A história, no entanto, não convenceu os investigadores.
As evidências na cena do crime contradiziam a versão de MacDonald, apontando para um crime cometido por alguém de dentro da casa. Após uma longa batalha legal, ele foi finalmente condenado pelos assassinatos em 1979. Ele continua a proclamar sua inocência da prisão até hoje, mas o caso permanece como um exemplo clássico de um pai que tentou encobrir o impensável.
Liu Chen (Shu Han)

A história da China Antiga é marcada por reinos em ascensão e queda, e a lealdade a uma dinastia era um valor supremo. Liu Chen, o Príncipe de Beidi, viveu durante o turbulento período dos Três Reinos. Sua história é um testemunho sombrio da honra e do desespero diante da derrota.
Em dezembro de 263 d.C., o reino de Shu Han, ao qual ele pertencia, estava à beira do colapso. O imperador decidiu se render ao reino rival de Wei, uma decisão que Liu Chen considerou uma desonra insuportável. Ele tentou convencer o imperador a lutar até o fim, mas não obteve sucesso.
Sentindo que não havia outra saída honrosa, Liu Chen tomou uma decisão drástica. Ele primeiro matou sua esposa e filhos, para que não vivessem sob o domínio inimigo. Em seguida, ele tirou a própria vida, um ato final de lealdade a uma dinastia que não existia mais.
Joseph e Magda Goebbels

Joseph Goebbels era o mestre da propaganda nazista, uma das figuras mais poderosas e sinistras do Terceiro Reich. Sua esposa, Magda, era igualmente uma nazista fervorosa, muitas vezes apresentada como a mãe modelo do regime. Juntos, eles tiveram seis filhos, que eram frequentemente usados em materiais de propaganda como o futuro da raça ariana.
A imagem pública da família Goebbels era de felicidade e lealdade inabalável a Adolf Hitler. As crianças eram vistas como o símbolo da pureza e do ideal nazista. Ninguém poderia prever o destino terrível que seus próprios pais lhes reservavam.
À medida que a Segunda Guerra Mundial chegava ao fim e o Exército Vermelho se aproximava de Berlim, o fanatismo do casal atingiu seu ápice. Eles se recusaram a viver em um mundo sem o nazismo e tomaram uma decisão monstruosa. O destino de seus filhos estava selado por sua ideologia distorcida.
O fanatismo levado às últimas consequências

No dia 1º de maio de 1945, escondidos no bunker de Hitler, Joseph e Magda Goebbels executaram seu plano final. Para evitar a rendição e a captura pelos soviéticos, eles decidiram que toda a família deveria morrer. Eles não podiam conceber seus filhos crescendo em um mundo pós-nazista.
Magda Goebbels, com a ajuda de um médico, sedou suas cinco filhas e seu único filho com morfina. Enquanto as crianças dormiam, ela mesma esmagou cápsulas de cianeto em suas bocas, matando cada uma delas. Foi um ato de crueldade calculado, nascido de um fanatismo cego.
Logo após matarem seus filhos, Joseph e Magda Goebbels foram para o jardim da Chancelaria e tiraram as próprias vidas. O assassinato de seus filhos permanece como um dos atos mais sombrios e perturbadores do regime nazista. Um testemunho arrepiante de como a ideologia pode destruir a humanidade mais básica.
Murad I

O Império Otomano foi uma potência mundial por séculos, mas sua estabilidade era frequentemente ameaçada por lutas internas pelo poder. A sucessão ao trono era um assunto perigoso, e a rivalidade entre pais e filhos era comum. A história do Sultão Murad I e seu filho Savcı Bey é um exemplo claro dessa dinâmica brutal.
Por volta de 1373, Savcı Bey, herdeiro de Murad I, decidiu que não queria esperar pela morte do pai para governar. Ele se rebelou e tentou tomar o poder à força, desafiando a autoridade do sultão. Foi uma aposta arriscada que teria consequências fatais.
A rebelião falhou, e a resposta de Murad I foi impiedosa. Ele não apenas derrotou o filho, mas também ordenou sua execução como traidor. No mundo otomano, a traição ao sultão era o crime supremo, e nem mesmo o laço de sangue poderia oferecer proteção.
Marvin Gay Sr.

A morte de Marvin Gaye, o lendário príncipe da soul music, é talvez um dos casos mais infames e trágicos de filicídio. Sua voz sedutora e suas canções icônicas marcaram uma geração. No entanto, sua vida pessoal foi marcada por uma relação tumultuada e violenta com seu próprio pai, Marvin Gay Sr.
No dia 1º de abril de 1984, um dia antes de seu 45º aniversário, uma discussão acalorada explodiu na casa da família. A briga, que começou por causa de um documento perdido, rapidamente escalou para a violência física. Marvin Gaye interveio para proteger sua mãe, empurrando seu pai.
Em resposta, Marvin Gay Sr. foi até seu quarto, pegou um revólver que o próprio filho lhe dera de presente e atirou duas vezes no peito do cantor. A estrela da música morreu quase instantaneamente, assassinado pelo homem que lhe deu o nome. O pai foi condenado por homicídio voluntário, mas recebeu uma sentença branda devido à sua idade e ao contexto de abuso mútuo.
Suleiman I

Suleiman, o Magnífico, é considerado um dos maiores sultões da história do Império Otomano, conhecido por sua sabedoria e conquistas. Seu longo reinado foi uma era de ouro para o império. No entanto, mesmo um líder tão poderoso foi vítima das intrigas e da paranoia que permeavam a corte.
Seu filho e herdeiro mais promissor, Şehzade Mustafa, era imensamente popular entre o exército e o povo. Essa popularidade, no entanto, tornou-se uma ameaça aos olhos de seus rivais no palácio. Eles começaram a sussurrar no ouvido do sultão que Mustafa estava conspirando para tomar o trono.
Influenciado por essas intrigas, Suleiman passou a acreditar que seu próprio filho era um traidor. Em 1553, ele convocou Mustafa à sua tenda e o mandou estrangular na sua presença. Foi um ato que ele supostamente lamentou pelo resto da vida, uma mancha escura no legado do magnífico sultão.
Francisca Rojas

A ciência forense deu um salto gigantesco no final do século XIX, e o caso de Francisca Rojas, na Argentina, foi fundamental para isso. Em 1892, Rojas correu para os vizinhos gritando que um agressor havia invadido sua casa e matado seus dois filhos pequenos. A história, no entanto, tinha uma falha crucial.
A polícia investigou a cena do crime e não encontrou sinais de arrombamento ou da presença de um estranho. O que eles encontraram, no entanto, foi uma marca de impressão digital ensanguentada em uma porta. Naquela época, a análise de impressões digitais era uma técnica nova e revolucionária.
Ao comparar a impressão digital com as de Francisca, a correspondência foi perfeita. Pressionada com a evidência irrefutável, ela confessou ter matado os filhos para poder se casar com um novo namorado que não gostava de crianças. Francisca Rojas entrou para a história como a primeira criminosa condenada com base em evidências de impressões digitais.
Ivan, o Terrível

O czar Ivan IV Vasilyevich da Rússia ganhou o apelido de “o Terrível” por uma boa razão, sendo conhecido por seus acessos de raiva e crueldade. Um dos episódios mais infames de seu reinado envolveu uma tragédia familiar que ele mesmo provocou. A violência que ele infligia a seus inimigos acabou se voltando contra seu próprio herdeiro.
A história conta que, em novembro de 1581, Ivan agrediu violentamente a esposa grávida de seu filho, Yelena Sheremeteva, causando um aborto espontâneo. Seu filho, Ivan Ivanovich, confrontou o pai sobre o ataque. A discussão rapidamente saiu do controle, despertando a fúria do czar.
Em um acesso de raiva cega, Ivan, o Terrível, golpeou a cabeça de seu filho com seu cetro pontiagudo. O ferimento foi fatal, e o herdeiro do trono russo morreu dias depois. O czar ficou devastado pelo remorso, mas o ato já estava feito, manchando seu legado para sempre.
Abbas I

Abbas, o Grande, é lembrado como um dos maiores governantes da história iraniana, o 5º Xá da dinastia Safávida. Ele fortaleceu o exército, revitalizou a economia e deixou um legado arquitetônico impressionante. No entanto, como muitos governantes poderosos, ele vivia com medo constante de conspirações.
Em 1615, essa paranoia se voltou contra seu próprio filho mais velho e herdeiro, Mohammad Baqer Mirza. Abbas foi convencido por seus conselheiros de que o filho estava planejando usurpar o poder. Cego pela desconfiança, ele ordenou a morte do príncipe.
Segundo os historiadores, o arrependimento de Abbas foi imediato e profundo. Ele mergulhou em um luto que o acompanhou pelo resto da vida, mas o dano já estava feito. Ao eliminar seu herdeiro mais capaz, ele inadvertidamente enfraqueceu a dinastia que tanto lutou para construir.
Mary Cowan

No final do século XIX, uma série de mortes misteriosas em uma única família chocou o estado do Maine, nos Estados Unidos. Mary Cowan, uma mulher de aparência comum, ficou conhecida como “A Borgia de Maine”. O apelido era uma referência à famosa família italiana conhecida por seus envenenamentos.
Entre 1884 e 1894, Cowan orquestrou a morte de quatro crianças sob seus cuidados. Ela assassinou três de seus próprios filhos e um enteado. O método preferido era o veneno, geralmente arsênico, que era difícil de detectar na época.
Sua onda de crimes só foi descoberta após a morte da última vítima, quando as suspeitas finalmente se tornaram grandes demais para serem ignoradas. O caso de Mary Cowan é um dos primeiros exemplos documentados de uma serial killer feminina nos Estados Unidos. Ela usou o veneno para eliminar silenciosamente aqueles que considerava um fardo.